Traduzido do original em Inglês. The Fight of Faith. By A. W. Pink. Via: ChapelLibrary.org

Documentos relacionados
Um Apetite Espiritual. Anne Dutton

A Rainha das Graças. Thomas Watson

Um Teste Infalível! Samuel Davies

Uma Biografia de Susannah Spurgeon: C o n c l u s ã o. Charles Ray

Aflições. Anne Dutton

A Total Desejabilidade. de Jesus Cristo. John Flavel

O Espírito Santo Na CFB1689. Matthew Brennan

Cultivando Homens Para A Plantação De Igrejas. John Giarrizzo

A Obra do Espírito Santo No Chamado Eficaz. William R. Downing

Cinco Aspectos Essenciais do Ministério Pastoral. Thomas Hicks

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

O BATISMO INFANTIL E O PRINCÍPIO REGULADOR DO CULTO

Traduzido do original em Inglês. Family Workship. By A. W. Pink. Via: GraceGems.org. Tradução por Camila Almeida Revisão e Capa por William Teixeira

foi destruída pela Obra Redentora do Senhor Jesus Cristo? William R. Downing

Uma Exposição De I João 2:2. A. W. Pink

O MITO DO LIVRE-ARBÍTRIO. Walter J. Chantry

O Incomparável e Irrecusável Chamado de Cristo para Mulheres. Thomas Vincent

No Contexto da Redenção

Os Cinco Pontos do Calvinismo & a Teologia Pactual. Tom Hicks

O PACTO DA GRAÇA MIKE RENIHAN

A Obra da Criação de Deus. William R. Downing

Nomeação, Função e Características de. Diáconos Bíblicos. Nehemiah Coxe

A Bíblia e a Sua Inspiração Divina. William R. Downing

Como o Espírito Santo Aplica a Redenção Adquirida pela Senhor Jesus Cristo? William R. Downing

Nas Tuas Mãos Entrego o Meu Espírito. R. M. M Cheyne

AS DEZ VIRGENS - PARTE I AS VIRGENS PRUDENTES E AS LOUCAS

Homem e Mulher, Deus os Criou à Sua Imagem

As Marcas e Bênçãos das Ovelhas de Cristo

AS DEZ VIRGENS - PARTE III A VINDA DO ESPOSO

UM VERDADEIRO MAPA DO ESTADO MISERÁVEL DO HOMEM POR NATUREZA

Como Nós Podemos Conhecer a Deus? William R. Downing

CRISTO É TUDO EM TODOS JEREMIAH BURROUGHS

Jesus Cristo: Profeta, Sacerdote e Rei. William R. Downing

O Poder Conservador das. Doutrinas da Graça. Thomas J. Nettles

Traduzido do original em Inglês. John s Vision. By R. M. M'Cheyne

O Amor Eletivo de Deus

Uma Biografia de Susannah Spurgeon: A Fundação de O Fundo para Livros. Charles Ray

Uma Biografia de Susannah Spurgeon: V i u v e z. Charles Ray

UMA REFUTAÇÃO COMPLETA DO ARGUMENTO EM FAVOR DO BATISMO INFANTIL BASEADO NO PACTO DA GRAÇA

UM CHAMADO À SEPARAÇÃO. A. W. Pink

CRISTO SE OFERECE COMO SALVADOR PARA TODA A RAÇA HUMANA

Os Padrões Doutrinários e Práticos Para a Membresia De Uma Igreja Local Segundo A Bíblia e a CFB1689. James M. Renihan

A Guide to Fervent Prayer

Traduzido do original em Inglês. The Call of Abraham. By R. M. M'Cheyne. Via: EternalLifeMinistries.org

A Body of Practical Divinity Book 4 Chapter 1 Of the Respective Duties of Husband and Wife

O que é o Pecado? William R. Downing

Christ s Call To Young Women

A Oração e o Seu Significado na Vida do Crente. William R. Downing

For What, And How We Are To Pray & The Necessity Of Secret Prayer

A TERRÍVEL CONDIÇÃO DOS HOMENS NATURAIS

Um Equilíbrio Bíblico:

Dez Razões Pelas Quais É Errado Tirar a Vida De Crianças por Nascer

O Batismo Cristão. William R. Downing

Se Alguém Tem Sede. R. M. M Cheyne

Traduzido do original em Inglês. Cross-Bearing. By A. W. Pink. Via: GraceGems.org. Tradução e Capa por Camila Almeida Revisão por William Teixeira

Uma Palavra aos Pais. A. W. Pink

Traduzido do original em Inglês. Draw Water With Joy. By R. M. M'Cheyne

AS DEZ VIRGENS - PARTE II AS VIRGENS ADORMECEM

Eu, o Senhor, Te Chamei em Justiça. R. M. M Cheyne

Traduzido do original em Inglês. Trust in The Lord. By R. M. M'Cheyne

Como Cristo é Totalmente Desejável? John Flavel

UMA TERRA MUITO BOA.

Encorajamento e Defesa do Uso de Catecismos Bíblicos. William R. Downing

UM CRENTE TEM PRAZER NA LEI DE DEUS

Catecismo Puritano. Compilado por C. H. Spurgeon

NÃO ME ENVERGONHO DO EVANGELHO

La Iglesia: Huerto y Fuente Cerrada de Cristo

O DISCIPULADO NO TEMPO DOS PURITANOS

Uma Biografia de Susannah Spurgeon: Vida Madura. Charles Ray

TUDO DE GRAÇA C. H. SPURGEON

TU QUE HABITAS NOS JARDINS

A Ceia do Senhor. William R. Downing

As The Lily Among Thorns, So Is My Love Among The Daughters

Pai Nosso: A Oração Modelo. William R. Downing

AS DEZ VIRGENS - PARTE IV PRUDENTES E A DESGRAÇA DAS VIRGENS LOUCAS

Entreat Me Not To Leave Thee

AQUIETAI-VOS E SABEI QUE EU SOU DEUS

Traduzido do original em Inglês. Do What You Can. By R. M. M'Cheyne

ASERIEDADEEXIGIDANO PÚLPITOEVANGÉLICO Abraham Booth

Traduzido do original em Inglês. My Lord and My God. By R. M. M'Cheyne

A Trindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo. William R. Downing

Sermão Uma Análise Bíblica Sobre o Feminismo Pregado na Noite de 9 de Março de 2014, na Congregação Batista Reformada em Belém

NA CASA DO OLEIRO. A. W. Pink

Traduzido do original em Inglês. The Ark. By R. M. M'Cheyne. Tradução por Camila Almeida Revisão e Capa por William Teixeira

O Catecismo Batista de. William Collins e Benjamin Keach

O Senhor Jesus Cristo: O Redentor Dos Eleitos de Deus. William R. Downing

O MARAVILHOSO SIGNIFICADO DO BATISMO

A Guide to Fervent Prayer

Perfect Love Casteth Out Fear

In Memoriam: A Song of Sighs

Sobre a Pregação do Evangelho. William R. Downing

. A DIFICULDADE E A DESEJABILIDADE DA

Traduzido do original em Inglês. Comfort Ye. By R. M. M'Cheyne

GRAÇAS FRAGRANTES C. H. SPURGEON

Levanta-te, Resplandece. R. M. M Cheyne

O TEMA DA PREGAÇÃO DE JOÃO

CONSIDERAI O APÓSTOLO E SUMO SACERDOTE DE NOSSA CONFISSÃO

A Guide to Fervent Prayer

Decadência Espiritual. R. M. M Cheyne

Moisés e Hobabe. M. M Cheyne

Transcrição:

A. W. Pink

Traduzido do original em Inglês The Fight of Faith By A. W. Pink Via: ChapelLibrary.org Tradução e Capa por William Teixeira Revisão por Camila Almeida 1ª Edição: Fevereiro de 2015 Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel ACF Copyright 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil. Traduzido e publicado em Português pelo website oestandartedecristo.com, sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License. Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

A Milícia da Fé Por A. W. Pink Há alguns que ensinam que os Cristãos que se envolvem no combate espiritual estão vi- vendo abaixo de seus privilégios. Eles insistem que Deus está disposto a fazer todo o nosso combate por nós. Seu slogan de estimação é: Deixe acontecer, e deixe Deus agir Eles dizem que o Cristão deve deixar a batalha para Cristo. Há uma meia verdade nisso, mas uma meia verdade quando levada a extremos, torna-se erro. A meia verdade é que o filho de Deus não tem a força em si mesmo, Cristo diz aos Seus discípulos: Sem Mim, nada podeis fazer (João 15:5). No entanto, isso não significa que devemos ser meramente passivos, ou que o estado ideal na vida é simplesmente ser autômatos galvanizados. Há também um lado positivo, ativo e agressivo na vida Cristã, que apela para o exercício dos nossos maiores esforços, para o uso de todas as faculdades, uma cooperação pessoal e racional com Cristo. Não há pouco do que é conhecido como a vida vitoriosa sendo ensinado que é virtualmente uma negação da responsabilidade do Cristão. É desequilibrada. Embora enfatizando um aspecto da verdade, infelizmente ignora outros aspectos igualmente necessários e importantes, a serem mantidos diante de nós. A Palavra de Deus declara que Porque cada qual levará a sua própria carga (Gálatas 6:5), o que significa que ele deve cumprir sua obrigação pessoal. Santos são convocados: purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito (2 Coríntios 7:1), e a guardar-se da corrupção do mundo (Tiago 1:27). Somos exortados a vencer o mal com o bem (Romanos 12:21). O apóstolo Paulo declarou: Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão (1 Coríntios 9:27). Assim, negar que o Cristão é chamado a se envolver em uma guerra incessante contra a carne, o mundo e o diabo, é fugir diante da face de muitas evidentes Escrituras. Há uma dualidade muito real para a vida Cristã, e cada aspecto da verdade divina é equilibrado por sua contraparte. A Piedade prática é um paradoxo misterioso, que é in-compreensível para o homem natural. O Cristão é mais forte quando ele é mais fraco, mais rico quando é mais pobre, mais feliz quando mais miserável. Sendo desconhecido (1 João 3:1); contudo, ele é bem conhecido (Gálatas 4:9). Embora morrendo diariamente (1 Coríntios 15:31), sim, morto; no entanto, eis que ele vive (Colossenses 3:3-4). Apesar de não ter nada, ele possui todas as coisas (2 Coríntios 6:10). Embora perseguido, ele não está desamparado; abatido, porém não destruído. Ele é chamado a alegrar-se com tremor (Salmo 2:11), e é assegurado: Bem-aventurados vós, que agora chorais (Lucas 6:21). Embora o Senhor o leva a deitar-se em verdes pastos e o guie às águas tranquilas, ele ainda está no deserto, e em uma terra seca e cansada, onde não há água (Salmo 63:1). Embora sejam

os seguidores do Príncipe da paz, os Cristãos devem suportar as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo (2 Timóteo 2:3); e embora mais que vencedores, eles muitas vezes são derrotados. Milita a boa milícia da fé (1 Timóteo 6:12). Somos chamados a nos envolvermos em uma guerra incessante. A vida Cristã deve ser vivida no campo de batalha. Podemos não gostar disso, podemos desejar que isto não fosse assim, mas foi assim que Deus ordenou. E o nosso pior inimigo, nosso inimigo mais perigoso, é o nosso próprio eu, o velho homem, que quer sempre seguir seu caminho, que se rebela contra o jugo de Cristo, que odeia a cruz ; este velho homem, que se opõe a todos os desejos do novo homem, que não gosta da Palavra de Deus e sempre quer substituir a palavra do homem. Mas o eu tem que ser negado (Mateus 16:24), suas paixões e concupiscências crucificadas (Gálatas 5:24). Contudo, isso não é de forma alguma uma tarefa fácil. É um conflito que está sempre acontecendo dentro do verdadeiro Cristão. É verdade, existem momentos em que o velho homem finge estar dormindo ou morto, mas logo ele revive e está mais vigoroso do que nunca em oposição ao novo homem. É então que o verdadeiro Cristão pergunta seriamente: Se é assim (que eu realmente sou um filho de Deus), por que eu sou assim? Esse era o intrigante problema de Rebeca quando os filhos lutavam dentro dela (Gênesis 25:22). Esta parábola é colocada diante de nós na Escritura acima! Será que precisamos de qualquer intérprete? O Cristão não tem a chave que explica esta parábola nas experiências conflitantes de sua alma? Sim, a sequência que ocorreu com a pobre Rebeca não é a mesma com você e comigo? Ela foi perguntar ao Senhor. Ah, seu marido não poderia resolver este mistério para ela; nenhum homem poderia, nem ela poderia repousar sobre o seu próprio entendimento e julgar e explicar isso. Não, a luta dentro dela era tão grande e feroz que ela precisava assegurar-se da garantia Divina. E Deus não a desapontou ou a deixou na escuridão. E o Senhor lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor (Gênesis 25:23). Mas o significado de tal versículo está escondido daqueles que são, em seus próprios conceitos sábios e prudentes. Mas, com a bênção de Deus, isto é revelado àqueles que, sendo ensinados pelo Espírito, são levados a perceber que eles são bebês, ou seja, que discernem que são ignorantes, fracos e impotentes, pois é isto o que os bebês são. E quem eram as duas nações que lutavam dentro Rebeca? Esaú e Jacó, de quem dois países muito diferentes se originaram, a saber, Edom e Israel. Agora observem atentamente o que se segue: e um povo será mais forte do que o outro ; sim, Esaú era tão forte que Jacó tinha medo dele, e fugiu de sua presença. Assim é espiritualmente, o velho homem é mais forte do que o novo homem. Como é estranho que seja assim! Será que não deve-

mos naturalmente concluir que aquele que é nascido do Espírito é mais forte do que aquele que é nascido da carne (João 3:6)? É claro que pensado naturalmente seria assim, pois o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus (1 Coríntios 2:14). Mas considere o assunto do ponto de vista do discernimento espiritual. Suponha que o novo homem fosse mais forte que o velho homem, e então? Assim o Cristão seria autossuficiente, orgulhoso e altivo. Mas Deus, em Sua infinita sabedoria, permite que o novo homem em Seus filhos seja mais fraco do que o velho homem. Por quê? Para que eles possam depender dele. Mas uma coisa é saber disto teoricamente, e outra bem diferente é colocá-la em prática. Uma coisa é acreditar que o novo homem (Jacó) é mais fraco, do que o velho homem (Esaú, que nasceu primeiro!), e é completamente outra coisa buscar diariamente e obter de Deus a força necessária para lutar contra o velho homem. É por isso que é chamado de bom combate da fé, pois a fé lida com Deus. Milita a boa milícia da fé (1 Timóteo 6:12). Nossas circunstâncias são o campo de batalha. A carne nunca está satisfeita com as circunstâncias em que Deus nos coloca, mas sempre quer mudá-las, ou entrar em um outro lugar além do que estamos agora inseridos. Assim foi com o antigo Israel. As circunstâncias às quais Deus levou os filhos de Israel era o deserto, e eles murmuraram, e desejaram voltar ao Egito. E isso está escrito como um a- lerta para nós! A tendência das circunstâncias é ligar os nossos corações à terra, quando prósperos, para fazer-nos satisfeitos com as coisas; quando adversas, para nos fazer murmurar ou cobiçar as coisas que nós não temos. Nada além do exercício da verdadeira fé pode erguer nossos corações acima das circunstâncias, pois a fé olha além de todas as coisas visíveis, pelo que o coração se deleita e encontra a sua paz e alegria no Senhor (Salmo 37:4). Isso nunca é fácil para qualquer um de nós; é sempre uma luta, e somente a graça Divina (buscada diligentemente) pode nos dar a vitória. Muitas vezes falhamos; quando o fazemos, isso deve ser confessado a Deus (1 João 1:9), e deve haver um recomeço. Nada mais que a fé pode nos permitir subir acima das circunstâncias, este foi o caso de dois apóstolos, que, com os pés no tronco, com costas sangrando e doendo, cantavam louvores a Deus no calabouço de Filipos; aquela fé foi vitoriosa sobre a maioria das circunstâncias desagradáveis. Quase podemos imaginar cada leitor dizendo: Ai de mim, minha fé é tão fraca : Ah, pondere novamente nesta palavra: Milita a boa milícia da fé note a repetição! Não é fácil para a fé o superar as circunstâncias; não, não é. É difícil, por vezes, extremamente difícil; assim o escritor o tem encontrado ser. Mas lembre-se, um combate não é concluído em um momento, por um golpe; muitas vezes, o vencedor recebe muitas feridas e é gravemente ferido antes que ele finalmente conquiste seu inimigo. Então, nós temos encontrado combates e ainda encontraremos. O grande inimigo, a carne (o eu ) inflige ao novo homem muitos golpes dolorosos, muitas quedas; mas, pela graça, conti-

nuamos a lutar. Amiúde o novo homem começa a vencer, por vezes, o velho homem parece vencer. Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará (Provérbios 24:16). Sim, caro leitor, cada verdadeiro Cristão tem um combate em suas mãos: o eu é o principal inimigo que tem que ser conquistado; nossas circunstâncias, o campo de batalha, onde o combate deve ser travado. E cada um de nós gostaria muito de mudar o campo de batalha. Há coisas desagradáveis que, às vezes, tentam extremamente cada um de nós, até que somos tentados a bradar com o salmista aflito: Oh! quem me dera asas como de pomba! Então voaria, e estaria em descanso (Salmo 55:6). Sim, é triste dizer: o escritor tem feito a mesma coisa. Mas, quando ele está em seu juízo perfeito (espiritualmente), ele é grato por essas mesmas circunstâncias. Por quê? Porque elas oferecem uma oportunidade para sua fé agir e superá-las, e para nós encontrarmos a nossa paz, a nossa alegria, a nossa satisfação, não em um ambiente agradável, não em amigos agradáveis, nem mesmo na doce comunhão com os irmãos e irmãs em Cristo; mas em Deus! Ele pode satisfazer a alma. Ele nunca abandona aqueles que verdadeiramente confiam nele. Todavia é uma luta fazer isto. Sim, uma verdadeira luta, longa e árdua. No entanto, se clamamos a Deus por ajuda, por força e determinação, Ele não nos faltará, mas nos fará mais que vencedores [Romanos 8:37]. Há em cada um de nós o desejo de agir como um covarde, e fugir do campo de batalha, as nossas circunstâncias. Isto é o que Abraão fez (Gênesis 12:10), mas ele não ganhou nada com isso. Isto é o que fez Elias (1 Reis 19:3), e o Senhor o repreendeu por isso. E esses casos são registrados, para nosso ensino (Romanos 15:4), como advertência para considerarmos em nosso coração. Eles nos dizem que devemos resistir firmemente a esta inclinação para o mal, e nos atentarmos para a exortação: Vigiai, estai firmes na fé; portai-vos [ajam] varonilmente, e fortalecei-vos (1 Coríntios 16:13). Milita a boa milícia da fé. O Senhor não nos convida a fazer algo do qual Ele foi dispensado. Oh! que luta, o Capitão de nossa salvação suportou! Veja-O lá no deserto: quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam (Marcos 1:13), e durante todo esse tempo sem comer (Mateus 4:2). Quão ferozmente o Diabo agrediu, e O atacou vez após vez. E o Salvador o enfrentou e o conquistou no terreno da fé, utilizando apenas a Palavra de Deus. Veja-O novamente no Getsêmani; ali a luta foi ainda mais feroz, e tão intensas eram Suas agonias que Ele suou grandes gotas de sangue. Não havia qualquer conforto da parte de Seus discípulos, eles não podiam vigiar com Ele nem mesmo uma hora. No entanto, Ele triunfou nisto, no terreno da fé: O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia (Hebreus 5:7).

Esses dois casos são registrados para nossa instrução, e, como sempre, a ordem é bem significativa. Elas nos ensinam como devemos militar a boa milícia da fé. O próprio Cristo nos deixou um exemplo! [1 Pedro 2:21] E o que podemos aprender com estes incidentes solenes e sagrados? Isso: a única arma que devemos usar é a Espada do Espírito; e, a vitória só pode ser obtida em nossos joelhos: com grande clamor e lágrimas. O Senhor graciosamente nos capacita a agir assim. Oh! que cada um de nós possa mais intensamente buscar a graça de militar a boa milícia da fé. Devemos ter uma feliz e pacífica comunhão no Céu; mas antes de chegarmos lá, a luta tem de ser travada e vencida ou nunca chegaremos lá de modo algum (2 Timóteo 4:6-8). Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide! Solus Christus! Soli Deo Gloria!

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oestandartedecristo.com. 10 Sermões R. M. M Cheyne Adoração A. W. Pink Agonia de Cristo J. Edwards Batismo, O John Gill Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo Neotestamentário e Batista William R. Downing Bênçãos do Pacto C. H. Spurgeon Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina da Eleição Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos Cessaram Peter Masters Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da Eleição A. W. Pink Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida pelos Arminianos J. Owen Confissão de Fé Batista de 1689 Conversão John Gill Cristo É Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs Cristo, Totalmente Desejável John Flavel Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins Doutrina da Eleição, A A. W. Pink Eleição & Vocação R. M. M Cheyne Eleição Particular C. H. Spurgeon Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A J. Owen Evangelismo Moderno A. W. Pink Excelência de Cristo, A J. Edwards Gloriosa Predestinação, A C. H. Spurgeon Guia Para a Oração Fervorosa, Um A. W. Pink Igrejas do Novo Testamento A. W. Pink In Memoriam, a Canção dos Suspiros Susannah Spurgeon Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A Jeremiah Burroughs Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação dos Pecadores, A A. W. Pink Jesus! C. H. Spurgeon Justificação, Propiciação e Declaração C. H. Spurgeon Livre Graça, A C. H. Spurgeon Marcas de Uma Verdadeira Conversão G. Whitefield Mito do Livre-Arbítrio, O Walter J. Chantry Natureza da Igreja Evangélica, A John Gill Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a John Flavel Necessário Vos é Nascer de Novo Thomas Boston Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A C. H. Spurgeon Objeções à Soberania de Deus Respondidas A. W. Pink Oração Thomas Watson Pacto da Graça, O Mike Renihan Paixão de Cristo, A Thomas Adams Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado J. Edwards Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural Thomas Boston Plenitude do Mediador, A John Gill Porção do Ímpios, A J. Edwards Pregação Chocante Paul Washer Prerrogativa Real, A C. H. Spurgeon Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200 Quem Deve Ser Batizado? C. H. Spurgeon Quem São Os Eleitos? C. H. Spurgeon Reformação Pessoal & na Oração Secreta R. M. M'Cheyne Regeneração ou Decisionismo? Paul Washer Salvação Pertence Ao Senhor, A C. H. Spurgeon Sangue, O C. H. Spurgeon Semper Idem Thomas Adams Sermões de Páscoa Adams, Pink, Spurgeon, Gill, Owen e Charnock Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) C. H. Spurgeon Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A J. Edwards Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos J. Owen Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja J. Owen Supremacia e o Poder de Deus, A A. W. Pink Teologia Pactual e Dispensacionalismo William R. Downing Tratado Sobre a Oração, Um John Bunyan Tratado Sobre o Amor de Deus, Um Bernardo de Claraval Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica no Batismo de Crentes Fred Malone Sola Fide Sola Scriptura Sola Gratia Solus Christus Soli Deo Gloria

Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO. 2 Coríntios 4 Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide! Solus Christus! Soli Deo Gloria 1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; 2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória / de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 10 Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; 11 E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. 12 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13 E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos. 14 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15 Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus. 16 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18 Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.