AULA INAUGURAL 1. APRESENTAÇÃO INQUÉRITO POLICIAL EXERCÍCIOS COMENTADOS QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS... 19

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Transcrição:

AULA INAUGURAL 1. APRESENTAÇÃO... 2 2. INQUÉRITO POLICIAL... 5 3. EXERCÍCIOS COMENTADOS... 10 4. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS... 19 Concurso: Polícia Federal Cargo: Agente da Polícia Federal Matéria: Direito Processual Penal Professor: Rafael Nogueira Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

1. Apresentação Olá meus alunos(a)s e futuro(a) agentes da Polícia Federal. Sou o professor Rafael Nogueira, Advogado, concursado na área jurídica, militante na área Direito Público, com experiência em concursos públicos e aprovação. É um imenso prazer iniciar este curso de teoria com resolução de questões comentadas de Direito Processo Penal, com abrangência na banca Cespe, direcionado para o concurso da Polícia Federal. Recentemente saiu a tão esperada autorização para o concurso de AGENTE da PF. Foram autorizadas 600 vagas para o cargo com remuneração prevista de R$ 7.887,33, conforme o Diário Oficial da União. O período entre a autorização e a publicação do edital é curto, então não perca tempo, comece a estudar desde já! Não faça como muitos: Preparando-se após edital. A preparação prévia para esse cargo é o que garantirá que você saia na frente de muitos. Então, não perca tempo e adquira já este módulo. O método que utilizo é um dos mais tradicionais no Brasil para proporcionar a sua aprovação: Teoria+Exercícios. Você sabendo conjugar esses dois elementos é questão de tempo a sua aprovação. E isso, você verá em meu módulo. Outro método que utilizo é o da SIMPLIFICAÇÃO! O que é isso professor??? Esse método visa à sistematização do conhecimento e aprendizado, ou seja, procuro abordar os temas, ainda que complexos, de uma forma clara e objetiva, utilizando de vários mecanismos de memorização, facilitando a vida do candidato, como: Mapas mentais, Frases mnemônicas e outros. rafaelnogueira@concurseiro24horas.com 2

Estou iniciando este curso com muito ânimo de ensinar e transmitir o melhor para que você gabarite esta matéria que, muitas vezes, é um diferencial na sua pontuação e classificação. Esse cargo(agente da PF), como também de servidores de tribunais e auditorias exigem muito, como: estudo pesado, preparação, persistência e dedicação. Sem essas atitudes, fica quase que, impossível, obter a sua aprovação. Analisando a matéria, detalhadamente, com base no Cespe e no curso deste material, percebi o que é realmente cobrado nas questões de Direito Penal, numa proporção, aproximadamente, de: 60%: Literalidade da lei. Isso mesmo, o famoso CTRL C + CTRL V 30%: Doutrina 10%: Jurisprudência (Decisões dos Tribunais) Embora existam alguns que não sejam adeptos à memorização ou a decorar artigos (não recomendo a última hipótese), é preciso estudar muito o Código Penal. Digo isso, pois 60% é um número bem relevante no que tange às questões. Destarte, ler e reler; é necessário, inclusive, buscando resolver inúmeros exercícios para fixação do conteúdo. Conforme o edital do CESPE para agente da polícia federal do ano de 2012, o conteúdo programático de Direito Penal, como vocês podem ver abaixo, está condizente com o nível do cargo: Cronograma de curso: NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL: 1 Inquérito policial: 1.1 Histórico, natureza, conceito, finalidade, características, fundamento, titularidade, grau de cognição, valor probatório, formas de rafaelnogueira@concurseiro24horas.com 3

instauração, notitia criminis, delatio criminis, procedimentos investigativos, indiciamento, garantias do investigado; conclusão, prazos. 2 Prova. 2.1 Exame do corpo de delito e perícias em geral. 2.2 Interrogatório do acusado. 2.3 Confissão. 2.4 Qualificação e oitiva do ofendido. 2.5 Testemunhas. 2.6 Reconhecimento de pessoas e coisas. 2.7 Acareação. 2.8 Documentos de prova. 2.9 Indícios. 2.10 Busca e apreensão. 3 Restrição de liberdade. 3.1 Prisão em flagrante. 3.2 Prisão preventiva. 3.3 Prisão temporária (Lei nº 7.960/1989). Quanto às questões elaboradas pelo CESPE, há questões suficientes de concursos anteriores relacionadas a cargos de agente da PF, incluindo outras similares de outros cargos, isto é, um número muito significativo. Não desanime, a aprovação pode estar mais perto do que você imagina, tendo em vista a remuneração que você receberá, futuro(a)funcionário(a) Público(a), fruto do seu esforço. Tenho certeza que se vocês treinarem intensivamente (Teoria+resolução de exercícios) terão boas chances de gabaritar a matéria. Como toda banca, o Cespe não tem muito mistério, mas é necessário que você se familiarize a suas questões. Outro detalhe é que se você adquirir este módulo, não ficará sozinho nesta caminhada, pois estarei dando o suporte via e-mail, seja tirando dúvidas ou fornecendo elementos que o ajudarão na sua aprovação. Portanto, venham adquirir este módulo de Teoria + Resolução de questões (Direito Processo Penal) para nível Superior - Polícia Federal(Agente de polícia); imperdível para seu aperfeiçoamento, como estudante que quer, realmente, alcançar a tão sonhada aprovação. rafaelnogueira@concurseiro24horas.com 4

Por fim, não esqueçam a importância desta matéria, pois o cargo de agente da policial federal atuará, constantemente, com ela, seja na ala investigativa dos crimes, fornecendo elementos ao inquérito policial ou efetuando prisões(flagrantes, preventivas ou temporárias). Com os cumprimentos, Professor Rafael Nogueira, seu amigo! E- mail para contato: rafaelnogueira@concurseiro24horas.com / nogueirabr2@gmail.com 2. Inquérito policial Histórico Conforme se vislumbra na obra de Laertes de Macedo TORRES, o Inquérito Policial possui histórico longo e ele se remete, se não de antes, da Inquisição européia, onde nasceu o processo secreto, no século XII. A inquisição foi o meio usado pelos papas e reis católicos para perseguir os mouros, judeus e quaisquer outros hereges que importunavam o interesse e a vontade daqueles. A grande verdade é que a Inquisição perseguiu, além de criminosos comuns, os que se chamariam hoje de perseguidos políticos e quaisquer pessoas que negassem a doutrina católica, ou fossem contra eles, desde estudiosos como Galileu à personalidades públicas como Joana D Arc. Fonte: Tiago Augusto Wolker1, UNIBRASIL Conceito Trata-se do conjunto de atos investigativos(diligências) realizados pela polícia judiciária, seja polícias civil ou federal, com o fito de investigar as infrações penais e averiguar e coletar provas necessárias para que possa ser proposta a ação penal. Finalidade- Apurar a autoria e a materialidade do crime. Características Sigiloso, Escrito, Inquisitivo Titularidade- Delegado de Polícia rafaelnogueira@concurseiro24horas.com 5

Valor probatório Dispensável, caso a denúncia ministerial tenha elementos suficientes para propositura da ação penal. DO INQUÉRITO POLICIAL Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.(pgr investigando promotores de justiça) Formas de instauração Art. 5 o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: I - de ofício;(notitia Criminis Direta) Delegado toma conhecimento direto de crime, por qualquer meio- princípio da oficiosidade II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.(notitia Criminis indireta) 1 o O requerimento a que se refere o n o II conterá sempre que possível: a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. 2 o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. 3 o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.(delation Criminis) 4 o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. rafaelnogueira@concurseiro24horas.com 6

5 o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la(famosa Queixa-Crime) Art. 6 o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:(preservação, colhimento de provas e objetos, depoimentos) I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV - ouvir o ofendido; V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. Art. 7 o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. Art. 8 o Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro. Art. 9 o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, rafaelnogueira@concurseiro24horas.com 7

contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 1 o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente. rafaelnogueira@concurseiro24horas.com 8

Inquérito -oficioso-de ofício Ademais, a ocorrência de meras irregularidades no inquérito não vicia a ação penal dele decorrente. 2 o No relatório poderá a autoridade indicar testemunkhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas. 3 o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.(autos com juiz devolve para maiores investigaçõe) Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito.(arma, bala, ciringa) Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; IV - representar acerca da prisão preventiva (E temporária) Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial. Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.(p. Indisponibilidade d IP) Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do rafaelnogueira@concurseiro24horas.com.br 9

ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.(c. Sigiloso) Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Tacitamente revogado) Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, independentemente de precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição. Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado. 3. Exercícios Comentados 1) Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente Administrativo A respeito da investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, julgue o item abaixo. Suponha que um delegado da Polícia Federal, ao tomar conhecimento de um ilícito penal federal, instaure inquérito policial para a apuração do fato e da autoria do ilícito e que, no curso do procedimento, o seu superior hierárquico, alegando motivo de interesse público, redistribua o inquérito a outro delegado. Nessa situação, o ato do superior hierárquico está em desacordo com a rafaelnogueira@concurseiro24horas.com.br 10

legislação, que veda expressamente a redistribuição de inquéritos policiais em curso. Lei 12.830/2013 4o O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação Gabarito 2) Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: PC-DF Prova: Escrivão de Polícia Julgue os itens seguintes, a respeito do inquérito policial (IP) e das provas. A autoridade policial tem o dever jurídico de atender à requisição do Ministério Público pela instauração de IP, podendo, entretanto, se recusar a fazê-lo na hipótese em que a requisição não contenha nenhum dado ou elemento que permita a abertura das investigações. Requisição Leia-se = obrigatoriedade Gabarito: É CERTO QUE O INQUÉRITO É, PARA A AUTORIDADE POLICIAL, DOTADO DE DISCRICIONARIEDADE. CONTUDO, A DISCRICIONARIEDADE DO DELEGADO DETÉM EXCEÇÕES E, DENTRE ELAS, DESTACA-SE A REQUISIÇÃO DA AUTORIDADE JUDICIÁRIA OU DO MINISTÉRIO PÚBLICO. HAVENDO REQUISIÇÃO DE INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO, OU AINDA REQUISIÇÃO DE DILIGÊNCIAS TANTO POR PARTE DO JUIZ QUANTO DO MP, A AUTORIDADE POLICIAL ESTARÁ OBRIGADA A ATENDÊ-LA, SALVO EM CASO DE ORDEM MANIFESTAMENTE ILEGAL. VALE RESSALTAR QUE, CONFORME ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL, EMBORA NÃO ESTEJA A AUTORIDADE POLICIAL SOB SUBORDINAÇÃO FUNCIONAL AO JUIZ OU AO MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, TEM ELA O DEVER FUNCIONAL DE REALIZAR AS DILIGÊNCIAS REQUISITADAS POR ESTAS AUTORIDADES, NOS TERMOS DO ART. 13, II, DO CPP. E APESAR DA RECUSA rafaelnogueira@concurseiro24horas.com.br 11

NO CUMPRIMENTO DAS DILIGÊNCIAS REQUISITADAS NÃO CONSUBSTANCIAR O CRIME DE DESOBEDIÊNCIA, O MESMO PODERÁ REPERCUTIR NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR. (RHC 6511 SP 1997/0035681-7) Fonte: http://www.infinitiadvogados.com.br/blog/?p=265 3) Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal O Ministério Público pode oferecer a denúncia ainda que não disponha do inquérito relatado pela autoridade policial. Art. 39 do CPP: 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. Gabarito - 4) Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal Durante o inquérito policial, é necessária a autorização judicial para que um agente policial se infiltre em organização criminosa com fins investigativos. Lei 12.850/13. Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, que estabelecerá seus limites. 1o Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. 2o Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1o e se a prova não puder ser produzida por outros meios disponíveis. rafaelnogueira@concurseiro24horas.com.br 12

3o A infiltração será autorizada pelo PRAZO DE ATÉ 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais RENOVAÇÕES(cuidado galera, pode renovar), desde que comprovada sua necessidade. 4o Findo o prazo previsto no 3o, o relatório circunstanciado será apresentado ao juiz competente, que imediatamente cientificará o Ministério Público. 5o No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá "determinar aos SEUS AGENTES", e o Ministério Público poderá requisitar, a qualquer tempo, relatório da ATIVIDADE DE INFILTRAÇÃO. Gabarito 5) Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia Um delegado da Polícia Federal instaurou inquérito policial, mediante portaria, para investigar a conduta de deputado federal suspeito da prática de crimes contra a administração pública. Intimado para oitiva nos autos, o parlamentar impetrou habeas corpus contra o ato da autoridade policial, sob o argumento de usurpação de competência originária do STF. Nessa situação hipotética, assiste razão ao impetrante, visto que, para a instauração do procedimento policial, é necessário que a autoridade policial obtenha prévia autorização da Câmara dos Deputados ou do STF. Conforme o CESPE: "Dispõe a questão que um delegado da Polícia Federal instaurou inquérito policial, mediante portaria, para investigar a conduta de deputado federal suspeito da prática de crimes contra a administração pública. Sob o argumento de que a autoridade policial não poderia dar início à investigação policial, o parlamentar impetrou habeas corpus alegando usurpação de competência originária do STF e necessidade de prévia autorização da Câmara dos Deputados ou do STF. Ora, para a instauração de inquérito policial contra parlamentar não precisa a autoridade policial obter prévia autorização da Câmara dos Deputados nem do Supremo Tribunal Federal. É preciso, isto sim, submeter o Inquérito, no prazo legal, ao STF, pois é perante este que eventual ação nele embasada poderá ser processada e julgada. Com efeito, a garantia da imunidade parlamentar, em sentido formal, somente tem incidência em juízo, depois de oferecida a acusação penal." rafaelnogueira@concurseiro24horas.com.br 13

Gabarito 6(Questão adaptada) Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: TJ-CE Prova: Técnico Judiciário - Área Judiciária No que diz respeito ao inquérito policial, assinale a opção correta. 6.1 Se tratando de crimes de ação penal pública condicionada, o inquérito policial poderá ser iniciado de ofício pela autoridade policial sem a representação do ofendido, necessária apenas para dar início à ação penal. Art. 5(...) 4 o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. Gabarito 6.2 Tratando-se de crimes de ação penal privada, o inquérito policial poderá ser iniciado mediante requisição do Ministério Público ou da autoridade judiciária. Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento (PARTICULAR OU SEU REPRESENTANTE LEGAL) de quem tenha qualidade para intentá-la. Gabarito - 6.3 O indiciado pode requerer à autoridade policial qualquer diligência que julgue necessária. Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. Gabarito - certo rafaelnogueira@concurseiro24horas.com.br 14

6.4 A autoridade policial deve nomear curador ao indiciar menor de 18 anos de idade. Menor não deve ser indiciado, tendo em vista que não comete crime, mas sim ato infracional. Gabarito - 6.5 Nos crimes de ação penal pública, o inquérito policial somente poderá ser iniciado de ofício pela autoridade policial. Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. Gabarito: 7(Questão adaptada) Ano: 2013Banca: CESPE Órgão: TJ-ES Prova: Titular de Serviços de Notas e de Registros Em relação ao inquérito policial e aos princípios gerais informadores do processo penal, assinale a opção correta. 7.1 Se o indiciado estiver em liberdade, o prazo para a conclusão do inquérito policial será de trinta dias, podendo ser prorrogado por determinação da autoridade judiciária competente. Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. rafaelnogueira@concurseiro24horas.com.br 15

7.2 Dado o princípio da busca da verdade real, que rege o processo penal, o juiz do processo pode esclarecer pontos obscuros, desde que circunscritos às provas apresentadas pela acusação e pela defesa, à qual se atribui o ônus probatório, não sendo admitida, conforme a jurisprudência dos tribunais superiores, a atividade instrutória do juiz no processo penal. Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; II determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. Gabarito - 7.3 A recusa do acusado em se manifestar durante seu interrogatório poderá gerar presunção do reconhecimento do crime a ele imputado, em face do livre convencimento do juiz. Art.186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas. Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa Gabarito - 7.4 O delegado de polícia somente perderá a disponibilidade da iniciativa para a instauração do inquérito policial em caso de crimes de ação penal privada. Art. 5o Omissis rafaelnogueira@concurseiro24horas.com.br 16

3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicála à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá procedera inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. Gabarito - 7.5 Não havendo indícios suficientes de autoria para se proceder ao ato de indiciamento nos autos de um inquérito policial, deverá a autoridade policial competente, determinar, de ofício, o sobrestamento do feito, comunicando o Ato administrativo delegado à autoridade policial, com sérias conseqüências na esfera individual do investigado, o indiciamento embasa-se na convicção formada a partir dos elementos coligidos na investigação que apontem para a autoria do crime em apuração. "O indiciamento pressupõe um grau mais elevado de certeza de autoria que a situação de suspeito" (LOPES JÚNIOR, 2008, p.289). Júlio Fabrini Mirabete ensina que, havendo a reunião de indícios de autoria da infração em direção ao investigado, este deverá ser necessariamente indiciado: O indiciamento não é ato arbitrário nem discricionário, visto que inexiste a possibilidade legal de escolher entre indiciar ou não. A questão situa-se na legalidade do ato. O suspeito sobre o qual se reuniu prova de autoria da infração tem que ser indiciado; já aquele que contra si possuía frágeis indícios, não pode ser indiciado, pois é mero suspeito (1995, p. 91)." Fonte deste texto: http://jus.com.br/artigos/19166/analise-garantistado-indiciamento-no-inquerito-policial#ixzz2voc8o2lv Gabarito 8) Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: DEPEN Prova: Agente Penitenciário rafaelnogueira@concurseiro24horas.com.br 17

O delegado de polícia, mediante despacho nos autos do inquérito policial, poderá determinar a incomunicabilidade do indiciado sempre que o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o permitir. Art 21 do CPP - Não foi recepcionado pela Carta de 88 e é inconstitucional. Dispõe o artigo 21 do CPP: A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. Gabarito rafaelnogueira@concurseiro24horas.com.br 18

4. Questões sem comentários 1) Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente Administrativo A respeito da investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, julgue o item abaixo. Suponha que um delegado da Polícia Federal, ao tomar conhecimento de um ilícito penal federal, instaure inquérito policial para a apuração do fato e da autoria do ilícito e que, no curso do procedimento, o seu superior hierárquico, alegando motivo de interesse público, redistribua o inquérito a outro delegado. Nessa situação, o ato do superior hierárquico está em desacordo com a legislação, que veda expressamente a redistribuição de inquéritos policiais em curso. 2) Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: PC-DF Prova: Escrivão de Polícia Julgue os itens seguintes, a respeito do inquérito policial (IP) e das provas. A autoridade policial tem o dever jurídico de atender à requisição do Ministério Público pela instauração de IP, podendo, entretanto, se recusar a fazê-lo na hipótese em que a requisição não contenha nenhum dado ou elemento que permita a abertura das investigações. 3) Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal O Ministério Público pode oferecer a denúncia ainda que não disponha do inquérito relatado pela autoridade policial. 4) Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal Durante o inquérito policial, é necessária a autorização judicial para que um agente policial se infiltre em organização criminosa com fins investigativos. 5) Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia Um delegado da Polícia Federal instaurou inquérito policial, mediante portaria, para investigar a conduta de deputado federal suspeito da prática de crimes contra a administração pública. Intimado para oitiva nos autos, o parlamentar impetrou habeas corpus contra o ato da autoridade policial, sob o argumento de usurpação de competência originária do STF. Nessa situação hipotética, assiste razão ao impetrante, visto que, para a instauração do procedimento policial, é necessário que a autoridade policial obtenha prévia autorização da Câmara dos Deputados ou do STF. rafaelnogueira@concurseiro24horas.com.br 19

6(Questão adaptada) Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: TJ-CE Prova: Técnico Judiciário - Área Judiciária No que diz respeito ao inquérito policial, assinale a opção correta. 6.1 Se tratando de crimes de ação penal pública condicionada, o inquérito policial poderá ser iniciado de ofício pela autoridade policial sem a representação do ofendido, necessária apenas para dar início à ação penal. 6.2 Tratando-se de crimes de ação penal privada, o inquérito policial poderá ser iniciado mediante requisição do Ministério Público ou da autoridade judiciária. 6.3 O indiciado pode requerer à autoridade policial qualquer diligência que julgue necessária. 6.4 A autoridade policial deve nomear curador ao indiciar menor de 18 anos de idade. 6.5 Nos crimes de ação penal pública, o inquérito policial somente poderá ser iniciado de ofício pela autoridade policial. 7(Questão adaptada) Ano: 2013Banca: CESPE Órgão: TJ-ES Prova: Titular de Serviços de Notas e de Registros Em relação ao inquérito policial e aos princípios gerais informadores do processo penal, assinale a opção correta. 7.1 Se o indiciado estiver em liberdade, o prazo para a conclusão do inquérito policial será de trinta dias, podendo ser prorrogado por determinação da autoridade judiciária competente. 7.2 Dado o princípio da busca da verdade real, que rege o processo penal, o juiz do processo pode esclarecer pontos obscuros, desde que circunscritos às provas apresentadas pela acusação e pela defesa, à qual se atribui o ônus probatório, não sendo admitida, conforme a jurisprudência dos tribunais superiores, a atividade instrutória do juiz no processo penal. 7.3 A recusa do acusado em se manifestar durante seu interrogatório poderá gerar presunção do reconhecimento do crime a ele imputado, em face do livre convencimento do juiz. 7.4 O delegado de polícia somente perderá a disponibilidade da iniciativa rafaelnogueira@concurseiro24horas.com.br 20

para a instauração do inquérito policial em caso de crimes de ação penal privada. 7.5 Não havendo indícios suficientes de autoria para se proceder ao ato de indiciamento nos autos de um inquérito policial, deverá a autoridade policial competente, determinar, de ofício, o sobrestamento do feito, comunicando o 8) Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: DEPEN Prova: Agente Penitenciário O delegado de polícia, mediante despacho nos autos do inquérito policial, poderá determinar a incomunicabilidade do indiciado sempre que o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o permitir. GABARITO 1 6.4 2 6.5 3 7.1 4 7.2 5 7.3 6.1 7.4 6.2 7.5 6.3 8 rafaelnogueira@concurseiro24horas.com.br 21