Comissão Temporária de Reforma do Código Penal (CTRCP) Complemento do Plano de Trabalho

Documentos relacionados
Senhoras senadoras, senhores senadores, representantes de entidades e demais convidados, bom dia!

ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS 1 AGENDA CONGRESSO NACIONAL SEMANA 4 A 8 DE MARÇO DE 2013.

REGULAMENTO DA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO CPA FACULDADE ESTÁCIO DO AMAPÁ ESTÁCIO AMAPÁ

CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

RELATÓRIO FINAL. RELATOR: Senador PEDRO TAQUES

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

DIREITO CONSTITUCIONAL

Tema do dia: A REALIDADE DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL

Índice Geral. Índice Sistemático do Código Penal... Tábua de Abreviaturas... Código Penal Decreto-lei 2.848, de 7 de dezembro de

GRUPO MUNICIPAL. Considerando que:

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Publicado no Diário Oficial da União nº 191-A, de 5 de outubro de 1988

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

ABIN - Sistema Brasileiro de Inteligência e Agência Brasileira de Inteligência

R E S O L U Ç Ã O. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor nesta data, revogando a Resolução CONSEACC/IT 11/2015. Itatiba, 24 de novembro de 2015.

LEGISLAÇÃO DO MPE. Organização do Ministério Público. Lei Complementar 106/2003 Parte 8. Prof. Karina Jaques

DIREITO CONSTITUCIONAL

SUMÁRIO LISTA DE ABREVIATURAS CAPÍTULO I - FUNÇÃO E CARREIRA DO DEFENSOR PÚBLICO... 23

ABIN - Sistema Brasileiro de Inteligência e Agência Brasileira de Inteligência

DIREITO CONSTITUCIONAL

Regulamento do Núcleo de Atividades Simuladas - NAS

MINUTA DO PROJETO DE LEI QUE CRIA O CONSELHO MUNICIPAL DE TRANSPARÊNCIA E CONTROLE SOCIAL

REGIMENTO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA E TECNOLOGIA ESPACIAIS

REGULAMENTO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

ARQUIVOLOGIA. Legislação Arquivística. Decreto nº 4.073/2002. Prof. Antonio Botão

PROINFÂNCIA Fórum Nacional dos Membros do Ministério Público da Infância e Adolescência REGIMENTO INTERNO

DIREITO CONSTITUCIONAL

REGULAMENTO DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES DO CURSO DE TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

RESOLUÇÃO Nº 28/2008, DE 15 DE ABRIL DE 2008

Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional

PROJETO CBEC ELEITORAL

Agenda Legislativa Semana 29 de Abril a 3 de Maio de 2013.

Conselho Municipal de Educação Erechim-RS Relatores das Comissões de Adequação do PME Parecer CME 005/2015

Roteiro de Leitura de Direito Constitucional II 1º Semestre

GABINETE DO PREFEITO LEI Nº 4.331/2013

SHEILA JORGE SELIM DE SALES Professora de Direito - UFMG

RESOLUÇÃO Nº 57/2001, DE 12 DE SETEMBRO DE 2001

CORNÉLIO PROCÓPIO 2018

Direito Constitucional

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UTFPR

LEI Nº 5.052, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2017

DIREITO CONSTITUCIONAL

Apresentação: Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para a Atividade de Distribuição de Produtos de Investimentos

Súmario. Teoria da Constituição e das Normas Constitucionais Poder Constituinte e Direito Constitucional Intertemporal...

SUMÁRIO III LICENCIAMENTO AMBIENTAL / ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AM-

PROVA TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ESCREVENTE QUESTÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

ÍNDICE SISTEMÁTICO DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Estado de Alagoas Prefeitura Municipal de São Miguel dos Campos Gabinete do Prefeito

CARTA DE BRASÍLIA DO ENFRENTAMENTO À EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PARA FINS COMERCIAIS.

RESOLUÇÃO DPG Nº 292, DE 25 DE OUTUBRO DE CONSIDERANDO o quanto previsto nos arts. 98, II, b, 107, 111, todos da Lei Complementar nº 80/94;

FACULDADE CATÓLICA SANTA TERESINHA

ATIVIDADES COMPLEMENTARES: Regulamento e Normas. Elaborada em novembro de 2012

ÁREA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE DIREITO MANUAL DOS ESTÁGIOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO

Constitucional. Aspectos Gerais do Direito. Direito. Constitucional

REGIMENTO PARA A 9ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE 2015 CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE DIADEMA

NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE - NDE REGULAMENTO CAPÍTULO I DAS CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

PROJETO DE LEI N.º 2.321, DE 2011 (Do Sr. Leopoldo Meyer)

INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ PRÓ-REITORIA DE ENSINO DIRETORIA DE ENSINO SUPERIOR

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA FAMETRO

SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS PORTARIA Nº 1.968, DE 16 DE SETEMBRO DE 2010

RESOLUÇÃO Nº. 13 DO CONSELHO SUPERIOR, DE 22 DE JUNHO DE 2016.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 768, DE 2 DE FEVEREIRO DE 2017.

Eduardo e outros-col. Leis Especiais p Conc-v45.indd 13 25/11/ :33:53

QUADRO DE CONSOLIDAÇÃO DE PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO E OUTRAS INICIATIVAS. Propostas em Tramitação para Alteração da Constituição da República

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 101, DE 2015

DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE Aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3 e dá outras providências.

EDITAL 21/2015 PARA ELEIÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DISCENTE NA CONGREGAÇÃO DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE BARUERI PADRE DANILO JOSÉ DE OLIVEIRA OHL.

Resolução Colegiada nº 01/2011 do CSTGA/IFPB/Campus João Pessoa

RESOLUÇÃO CONSUP Nº 01, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2017.

Índice Geral. Índice Sistemático

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOAS

Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), do Curso de Graduação Ciência da Computação da Faculdade Anglo-Americano

REGIMENTO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA E TECNOLOGIA ESPACIAIS, ÁREA DE CONCENTRAÇÂO EM MECÂNICA ESPACIAL E CONTROLE

TÍTULO III DA GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO ENSINO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO CAPÍTULO I DA GESTÃO DO ENSINO

1. APRESENTAÇÃO QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS QUESTÕES COMENTADAS GABARITO...19

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº D DE O CONGRESSO NACIONAL decreta:

REGULAMENTO 9 CONGRESSO REGIONAL DA PSICOLOGIA DO PARANÁ (9 COREP) CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

RESOLUÇÃO CONSU Nº 008/2016

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL. Mato Grosso do Sul

PLANO DE TRABALHO. Presidente: Deputado JOAQUIM PASSARINHO. 1º Vice-Presidente: Dep. ALEXANDRE SERFIOTIS. Relator: Deputado ONYX LORENZONI

COMISSÕES PARLAMENTARES

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CÂMARA MUNICIPAL DE ANGRA DOS REIS

Plano Nacional de Trabalho Decente -

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UTFPR

DIREITO CONSTITUCIONAL

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Pró-Reitoria de Graduação Diretoria do Curso de Direito COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

Formulário Anexo I. MARCOS PAULO DIAS RODRIGUES, , Analista Administrativo, Assessor-

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos. Declaração Universal dos Direitos Humanos Parte 2

Direito Constitucional

RESOLUÇÃO Nº 042/2017, DE 06 JULHO DE Art. 1º Aprovar o Regimento Interno da Câmara de Ensino. (Anexo) Pouso Alegre, 06 de julho de 2017.

SUMÁRIO. Língua Portuguesa

RESOLUÇÃO Nº 63-CONSUP/IFAM, 24 de novembro de 2017.

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UTFPR

DIREITO CONSTITUCIONAL

RESOLUÇÃO Nº 005/07 CONSUNI

Art. 2º O Conselho Estadual de Cultura tem por competências: II - acompanhar e fiscalizar a execução do Plano Estadual de Cultura;

Transcrição:

Comissão Temporária de Reforma do Código Penal (CTRCP) Complemento do Plano de Trabalho A Comissão Temporária de Reforma do Código Penal (CTRCP), instalada com o objetivo de analisar, discutir e deliberar sobre o PLS nº 236, de 2012 Código Penal, possui, no ano de 2013, grande responsabilidade perante a sociedade brasileira. Com efeito, se para a apreciação e análise de qualquer proposição submetida ao crivo parlamentar é inarredável a colheita de informações, sugestões, estudos, teses e antíteses, no exame e aprovação de projetos de codificação, ainda mais voltado ao Direito Penal, essa necessidade de subsídios é ainda mais evidente afinal, trata-se de diploma legal dotado de importância ímpar na regulação das condutas dos cidadãos brasileiros. Para cumprir as diretrizes aprovadas pela Comissão no plano de trabalho em 2012, o aditamento que ora se propõe visa fortalecer esse diálogo com a sociedade no decorrer do primeiro semestre de 2013, de modo a aperfeiçoar as disposições contidas no Projeto de Novo Código Penal. Para tanto, o objetivo dos trabalhos nesta etapa é ouvir todos os segmentos interessados, suprir eventuais omissões e acolher sugestões a fim de corrigir ocasionais deficiências. Somente assim será possível entregar à sociedade um Código que se constitua em um moderno instrumento que auxilie no combate à criminalidade e contribua para o desenvolvimento das políticas de segurança pública, observando, sempre, os ditames constitucionais relacionados à garantia dos direitos fundamentais individuais. Espera-se, outrossim, cumprir as determinações da Constituição de 1988, ao mesmo tempo que, com um olhar para o futuro, sejam reguladas situações típicas de um mundo dinâmico, em transformação e globalizado.

2 Prestigiar a adequação à Constituição Federal de 1988 e às inovações tecnológicas, disponibilizar meios que possibilitem uma melhora na Segurança Pública do país e sistematizar nossas leis penais são os nossos objetivos centrais. A legislação penal deve ser clara, objetiva e proporcional. É uma lei que não permite falhas e deve alcançar toda a população. Por isso, é indissociável de uma análise detida. Nesta perspectiva, em cumprimento às deliberações desta Comissão no ano de 2012, elaboramos uma sugestão prévia de agenda contendo ciclo de debates que possibilitem diálogo desta Casa da Federação com a sociedade civil organizada, trazendo os subsídios necessários para a deliberação em temas de alta complexidade e repercussão presentes no PLS n. 236/2012. Como é próprio do Estado Democrático de Direito, o contraditório será prestigiado e diferentes correntes doutrinárias e ideológicas terão a oportunidade de apresentar suas visões. Serão contempladas análises dogmáticas e também sociológicas, de modo que o resultado apresentado à Nação seja um documento alinhamento com os anseios sociais e dotado de grande técnica. Para início dos debates, propomos uma audiência pública com dois profissionais balizados na área penal e que possuem notório envolvimento na contribuição legislativa. O Procurador Regional da República Luiz Carlos dos Santos Gonçalves foi o Relator Geral da Comissão de Juristas que elaborou os textos do PLS n. 236, de 2012, quanto o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior foi integrante de várias Comissão de Juristas criadas para propor Reforma ao Código Penal, inclusive a responsável pela Reforma da Parte Geral de 1984. Na sequência, iniciando a análise sistemática dos títulos e matérias do Projeto de Lei nº 236/2012, propomos a realização de audiências públicas específicas, com abordagem profunda e consistente a partir da seguinte divisão temática: i) Parte Geral, ii) Título I (crimes contra a pessoa); iii) Títulos II, III e VI (crimes contra o patrimônio, crimes contra a propriedade imaterial e crimes

3 cibernéticos); iv) Títulos IV e V (crimes contra dignidade sexual e crimes contra a incolumidade pública); v) Títulos VII, VIII e XIV (crimes contra a saúde pública, crimes contra a paz pública e crimes contra interesses metaindividuais); vi) Títulos IX, X, XI, XII e XIII (crimes contra a fé pública, crimes contra a Administração Pública, crimes eleitorais, crimes contra as finanças públicas e crimes contra a ordem econômico-financeiro) e vii) Títulos XV, XVI e XVII (crimes relativos a estrangeiros, crimes contra os Direitos Humanos e dos crimes de guerra). Proponho que esse itinerário seja iniciado pela Parte Geral do Projeto de Código Penal especialmente porque é na parte geral que se estabelecem os fundamentos que irão orientar toda a construção da parte especial. Nela se define a teoria do crime adotada, as penas e até mesmo questões inerentes à ação penal. Nesse ponto, sugiro que a Comissão aproveite a oportunidade em que está se discutindo a parte geral e realize reunião conjunta com a Subcomissão de Segurança Pública para discutir as consequências das estipulações de penas alternativas para o sistema penitenciário, seus benefícios e, sobretudo, sugestões de aprimoramento. Ou seja, após uma reunião teórica, é importante que sejam debatidas as condições fáticas e atuais do sistema penal, trazendo a dimensão sociológica para dentro da discussão do Novo Código. Superada essa etapa, a divisão sugerida em relação aos demais itens da parte especial tentou imprimir coerência e pertinência temática entre os títulos e capítulos do Projeto com a necessidade de compatibiliza-la com as determinações da agenda parlamentar, de modo que, se não é perfeita, pelo menos oferece possibilidade real de análise pelos parlamentares. Tendo isso em vista, os crimes contra a pessoa por sua importância, abrangência e alto potencial de gerar polêmicas terão uma audiência pública própria.

4 De outro lado, os crimes contra o patrimônio, crimes contra a propriedade imaterial e crimes cibernéticos (Títulos II, III e VI) poderão ser tratados em conjunto, dinamizando os trabalhos. Já os crimes contra a dignidade sexual (Título III) e contra a incolumidade pública (V) apesar de sua importância, tiveram que ser agrupados em uma única audiência, de modo que os expositores e os membros da Comissão possam destacar as questões mais relevantes. O agrupamento dos crimes contra a saúde pública (Título VII), contra a paz pública (Título VIII) e contra os interesses metaindividuais (Títulos IX) foi possível em razão da pertinência temática e menor grau de controvérsia sobre eles. Pelas mesmas razões, sugiro que os Títulos IX, X, XI, XII e XIII (crimes contra a fé pública, crimes contra a Administração Pública, crimes eleitorais, crimes contra as finanças públicas e crimes contra a ordem econômico-financeiro) também sejam apreciados em conjunto. Finalmente, uma audiência pública para debater os crimes relativos a estrangeiros, crimes contra os Direitos Humanos e dos crimes de guerra (Títulos XV, XVI e XVII, respectivamente) se faz necessária, pois temas proeminentes na agenda legislativa como o tráfico de pessoas, tortura, crimes contra idosos, crianças e minorias demandam análises por estudiosos que compreendam o caráter universalista desses tipos penas e possam apresentar sugestões a partir do direito comparado e dos Tratados sobre Direitos Humanos e Direitos Fundamentais. Além disso, em razão de sua importância no sistema penal, proponho a realização de audiências públicas voltadas a ouvirmos especialistas a respeito do combate ao crime organizado nacional e transnacional e outra a respeito do tráfico ilícito de drogas afins.

5 Ainda, sugiro que a Comissão delibere acerca das audiências com a população nos Estados, de modo que a sociedade possa ser ouvida e possa expressar suas demandas em relação à nova legislação. Dessa maneira, proponho que seja adotada a seguinte metodologia: uma reunião na primeira quinzena de cada mês no Senado Federal, tratando dos temas específicos do Projeto do Código Penal e na segunda quinzena uma reunião no Estados da Federação, de acordo com os Requerimentos a serem aprovados na Comissão. Sem prejuízo das audiências em conjunto com a Subcomissão de Segurança e outras que, por ventura, se façam pertinentes, serão realizadas, nessa sistemática, pelo menos sete audiências no Senado Federal e seis audiências nos Estados, atendendo, desse modo, grande parte da demanda por legitimidade democrática. Por fim, tenho que é de suma importância que a Comissão participe de Seminário que sugeri na Subcomissão de Segurança Pública da CCJ, tratando das experiências exitosas em matéria de segurança e também da questão do papel da política, com especial foco sobre a Polícia Pacificadora e/ou Comunitária. Agenda sugerida 1. Audiência Pública Diagnóstico do Novo Código Penal Convidados: Dr. Luiz Carlos dos Santos Gonçalves e Dr. Miguel Reale Júnior. Data: Quinta-feira (28.02.2013), às 10 horas. Local: Plenário 3, Ala Alexandre Costa, Senado Federal. 2. Audiência Pública Crimes Contra a Pessoa.

6 3. Audiência Pública Crimes Contra o Patrimônio, Crimes Contra a Propriedade Imaterial e Crimes Cibernéticos 4. Audiência Pública Crimes Contra Dignidade Sexual e Crimes Contra a Incolumidade Pública. 5. Audiência Pública Crimes Contra a Saúde Pública, Crimes Contra a Paz Pública e Crimes Contra Interesses Metaindividuais. 6. Audiência Pública Crimes Contra a Fé Pública, Crimes Contra a Administração Pública, Crimes Eleitorais, Crimes Contra as Finanças Públicas e Crimes Contra a Ordem Econômico-financeiro. 7. Audiência Pública Crimes Relativos a Estrangeiros, Crimes Contra os Direitos Humanos e dos Crimes de Guerra. 8. Audiências Públicas Regionalizadas Cidades, datas e participantes a ser determinado pelos membros da Comissão 9. Audiências públicas conjuntas com a Subcomissão Temporária de Segurança Pública 9.1 Sistema penitenciário e penas alternativas. 9.2 Combate ao crime organizado nacional e transnacional 9.3 Política de Drogas 10. Seminário Temático conjunto com a Subcomissão Temporária de Segurança Pública 10.1 Soluções e experiências exitosas.

7 10.2 Polícia pacificadora e cultura da paz. Calendário proposto em anexo Sala das Sessões, PEDRO TAQUES Relator da Comissão Temporária Reforma do Código Penal