AVALIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE SENSORES DE ALAGAMENTO PARA UNIDADES CONFINADAS 1

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Transcrição:

AVALIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE SENSORES DE ALAGAMENTO PARA UNIDADES CONFINADAS 1 Giordano Marholt Walker 2, Maurício De Campos 3, Paulo Sérgio Sausen 4. 1 Pesquisa Institucional desenvolvida no Departamento de Ciências Exatas e Engenharias (DCEEng) pertencente ao Grupo de Automação Industrial e Controle (GAIC) 2 Acadêmico do curso de Engenharia Elétrica na UNIJUI, bolsista PROBIC/Fapergs - gi.walker@hotmail.com. 3 Professor Colaborador MSc. Maurício de Campos - campos@unijui.edu.br 4 Professor Orientador Dr. Paulo S. Sausen - sausen@unijui.edu.br Introdução Cada vez mais a energia elétrica torna-se um serviço básico imprescindível para a vida e o bem estar do homem contemporâneo. Estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que até 2050, a demanda por energia deverá triplicar, portanto, é necessário o aperfeiçoamento da geração, transmissão e distribuição da energia elétrica. Objetivando melhorar a qualidade de energia fornecida aos consumidores a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE-RS) em conjunto com o Grupo de Automação Industrial e Controle (GAIC) da UNIJUÍ estão desenvolvendo um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que consiste no desenvolvimento e implantação de um sistema capaz de monitorar remotamente grandezas relacionadas a 160 subestações da CEEE localizadas em Porto Alegre/RS. Tal sistema possui três módulos, com funções distintas, responsáveis por medir as grandezas estabelecidas. São eles o Módulo de Aquisição Principal, o Módulo de Aquisição de Correntes do Primário e o Módulo de Aquisição de Grandezas do Secundário. Para realizar a comunicação entre os Módulos, foram utilizadas as redes PLC (Power Line Communication) e a CAN (Controller Area Network). Observando que estamos tratando de um sistema a ser aplicado na prática, existem algumas grandezas que podem acarretar no mau funcionamento do sistema, devendo ser observadas. Portanto, este trabalho visa tratar da avaliação e desenvolvimento de um sistema que utilizará sensores para medir o nível de alagamento no interior das subestações em que o projeto será aplicado. Neste contexto o principal objetivo deste artigo é apresentar o desenvolvimento e avaliação de parte do sistema maior, restringindo-se a escolha, desenvolvimento e avaliação de um subsistema utilizando sensores de baixo custo e boa confiabilidade. Quando finalizado este subsistema será capaz de monitorar o nível de alagamento da subestação de energia elétrica e suas informações poderão ser usadas para tomar decisões em relação a possíveis problemas ou mesmo ações que possam ser executadas visando evitar danos críticos a todo o sistema. Cabe ressaltar que o sistema aqui apresentado apenas realiza o monitoramento da subestação de energia elétrica e por definição não atua no mesmo. Metodologia

Existe uma gama de sensores de nível do mercado, dos mais diversos tipos, com diversos níveis de precisão, confiabilidade, aplicações e custos. Portanto, foi necessário definir critérios para a escolha dos principais modelos a serem testados. Neste projeto foram definidos dois critérios principais que são: confiabilidade e custo. A partir dos critérios definidos foram analisados os tipos de sensores de nível de líquidos disponíveis no mercado, para realizar os testes, foram escolhidos três tipos de sensores: de boia magnética, boia lateral e ultrassônico, por serem os que mais se adéquam a aplicação proposta. No primeiro caso, uma boia magnética localizada em uma haste movimenta-se de acordo com o liquido, fechando ou abrindo os contatos localizados no interior da haste. Como os contatos estão no interior da mesma, não há contato com o liquido, concedendo maior robustez e durabilidade. Além de ser de fácil instalação, ele não é afetado por vapores e espuma, possuindo uma boa confiabilidade. O modelo escolhido, nesta categoria, foi o CBN (Figura 1), da marca Contech, o qual tem uma faixa de trabalho de 200 a 6000 mm, alimentação de 24 V, sinal de saída de 4 a 20 ma, ou 0 a 5 v, e faixa de temperatura de 0 a 80 ºC. Figura 1 - Sensor Contech CBN No segundo caso o sensor é um sensor de boia lateral, sendo instalado na lateral do local, seja por falta de espaço, ou por comodidade. Realiza a leitura através de uma boia magnética, que possui dois estados, normalmente fechado (NF), ou normalmente aberto (NA). No estado normalmente aberto (NA), quando a água atinge o sensor, movimenta a boia para cima, fechando contato. O modelo escolhido foi o LA26M-40 (Figura 2), da marca ICOS. Ele resiste a uma pressão máxima de trabalho de 2 bar, temperaturas de -10 ate 100 ºC, com alimentação de até 24 V e cerificação IP66 (contra poeira e jatos fortes de água).

Figura 2 - ICOS LA26M-40 Por último, o sensor ultrassônico foi avaliado. Ele é instalado no teto da subestação, e através da emissão e recepção de vibrações ultrassônicas ele é capaz de calcular a distância entre ele e um objeto, no caso, a água. Este tipo de sensor possui características que permitem que seja medido, sem contato, o objeto, no caso deste projeto a lamina de água. O modelo escolhido foi o MB7067 (Figura 3), da MAXSONAR. Este sensor possui saída analógica, com alimentação de 5 V,e alcance máximo de 700 cm, que diminui para 600 cm com alimentação de 3,3v, e trabalha desde -40 ate 65 ºC. Figura 3 - MaxSonar MB7067 Resultados e Discussão Após definidos os modelos, foi necessário definir um ambiente de teste, em laboratório, de modo que todas as possíveis variáveis que possam ser encontradas em campo fossem contempladas. Para

tal, foi utilizada uma caixa fechada, com fluxo constante de água, espuma e objetos aleatórios soltos. Todos os sensores foram testados três vezes no mesmo ambiente, pela mesma quantidade de tempo, e para serem aprovados no teste, todos deveriam avisar quando o nível de água da caixa atingisse a quantidade estabelecida, com o máximo de precisão possível. Os três sensores passaram no teste, e funcionaram de forma extremamente satisfatória, estando aptos para serem testados em campo. Como o sensor CBN, da marca Contech, possui um preço superior aos outros dois, optou-se por testar apenas os outros dois sensores, deixando-o como segunda opção. O primeiro a ser testado em campo foi o MB7067, da MAXSONAR. Ele foi instalado na parte superior de uma subestação subterrânea, á 3 metros do solo. Os dados do teste eram enviados em tempo real para o laboratório, onde eram avaliados. Em campo, o sensor ultrassônico não obteve resultado satisfatório, sendo descartado das escolhas. Isto se deve a seu amplo ângulo de abertura, que realizava uma leitura que acabava identificando outros objetos dentro da subestação além da lamina de água, enviando uma falsa leitura de nível para o laboratório. Também foi identificado que o local por ser bastante insalubre poderia facilmente prejudicar o funcionamento deste tipo de sensor. Em seguida, testou-se o LA26M-40, da fabricante ICOS. A barra de alagamento produzida com 2 sensores foi instalada a 30 cm do chão, sendo que um sensor estava a 30 cm, e o outro a 70 cm. Como no teste anterior, os dados também eram enviados para o laboratório em tempo real. Diferente do sensor ultrassônico, o sensor de boia lateral obteve um resultado satisfatório uma vez que sua concepção é mais robusta e menos suscetível a falhas em decorrência do ambiente insalubre que é a subestação de energia. Este sensor conseguiu medir com precisão o nível da água, e os dados eram enviados rapidamente para o laboratório. Por estes motivos optou-se em escolher o sensor LA26M-40 para ser utilizado no projeto. Logo após a escolha foi necessário realizar a montagem da barra de nível de alagamento para tanto se optou por utilizar tubos de PVC, por serem de fácil aquisição, montagem e com baixo custo. Para a montagem final de cada sistema de detecção de alagamento foram necessários os seguintes itens (Figura 4): 1- Dois Sensores de Nível de Alagamento ICOS LA26M-40; 2- Dois Adaptadores ICOS PVC M16 x 25; 3- Um Joelho Soldável 25 mm; 4- Um Tê 90º Soldável 90 mm; 5- Um Tubo Soldável 25 mm x 40 cm; 6- Um Tubo Soldável 25 mm x 4 cm; 7- Uma Luva de Redução Soldável Mista 25mm x 1/2"; 8- Uma Bucha de Redução Galvanizada 1/2" x 3/8"; 9- Dois Metros de Cabo PP 3 x 2,5 mm2; 10- Um Prensa-Cabo de 3/8".

Figura 4 - Itens necessários para montar a Barra de Nível de Alagamento O primeiro passo é colocar o adaptador ICOS PVC M16 x 25 em cada um dos sensores, para após, coloca-los e soldá-los no joelho e no tê, posicionados corretamente na Posição Normalmente Aberto (NA). Em seguida, faz-se necessário uma pré-montagem da barra, para realizar-se a conexão e emenda dos fios dos sensores. Dos três fios dos cabos, um deve ser conectado com um fio de cada sensor, sendo o responsável pela alimentação de 5 V. Os outros dois servem para o retorno dos sensores, que enviarão 5 V à placa quando a boia fechar contato, o que significa que a água atingiu o respectivo nível da boia. Para evitar contato dos fios, a emenda foi estanhada e coberta com termo retrátil. Para realizar a montagem final, encaixasse o tubo de 25mm x 40 cm no joelho, e do outro lado no tê. Este, por usa vez conecta-se com o tubo de 25mm c 4 cm, que conecta-se com a Luva de Redução Soldável Mista 25 mm x 1/2". Por último, utiliza-se a Bucha de Redução Galvanizada para possibilitar a colocação do Prensa Cabos. Para a conexão por completo do Prensa-Cabo na Bucha de Redução, deve-se cortar um pedaço de aproximadamente 5 mm da rosca do Prensa-Cabos. Recomenda-se soldar todas as conexões com cola especifica, garantindo impermeabilidade e maior duração da Barra de Nível de Alagamento. Para melhor fixação da cola também se pode lixar as partes que serão conectadas. O resultado final desta montagem pode ser observado na Figura 5.

Figura 5 - Barra de Nível de Alagamento finalizada Conclusão O presente artigo apresenta a escolha, a montagem e a avaliação de sensores de alagamento a partir de testes realizados, em laboratório e em campo, visando escolher o melhor sensor, a partir dos critérios definidos pelo projeto, para ser utilizado no sistema de monitoramento de subestações de energia elétrica da CEEE-RS. Mesmo com as dificuldades encontradas, foi possível desenvolver um sistema de controle do nível de alagamento com baixo custo e alta confiabilidade, que já está operacional em 12 subestações da CEEE no centro de Porto Alegre. E que até o final do projeto será instalada em 160 subestações. Neste contexto conclui-se que os testes foram extremamente satisfatórios, visto que, dos sensores estudados, o sensor escolhido para equipar o sistema apresentou o melhor custo-benefício, mostrando-se confiável. Também é necessário reforçar a importância deste trabalho, que através de testes simples e de baixo custo, possibilitou a utilização de sensores de baixo custo e alta confiabilidade sem a necessidade de recorrer a sensores complexos, que certamente seriam de difícil instalação e alto custo final. Agradecimentos Os autores agradecem o apoio financeiro da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE-D), a UNIJUI e a FAPERGS pela bolsa de iniciação científica. Referências Bibliográficas COMMANDEUR, Caroline Denardi; KINAS, Jonatas Rodrigo; MAI, Leonardo Sostmeyer; CAMPOS, Mauricio de; SAUSEN, Paulo Sérgio. Avaliação e Projeto de um Sistema para Medição de Nível de Alagamento em Subestações de Distribuição de Energia Elétrica. Salão do Conhecimento, Ijuí, 2015. Empresa de Pesquisa Energética. Demanda de Energia: 2050. Disponível em: http://www.epe.gov.br/estudos/documents/dea%2013-14%20demanda%20de%20energia%202050.pdf Acesso em 27 Jun. 2016.

Instituto Newton C. BraSalga. Como funcionam os sensores ultrassônicos. Disponível em: http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/5273-art691 Acesso em 27 Jun. 2016. Power Line Communication. Disponível em: http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2008_2/tulio/introducao.htm Acesso em: 27 Jun. 2016. Sensor de Nível LA26M-40. Disponível em: https://www.icos.com.br/sensordenivel/la26m40/ Acesso em 24 Jun. 2016. Transmissores de nível: Boia Magnética. Disponível em: http://contechind.com.br/instrumentacao/transmissores-de-nivel/boia-magnetica/ Acesso em 23 jun. 2016. XL-MaxSonar. Disponível em: http://www.maxbotix.com/documents/xl-maxsonar- WR_Datasheet.pdf Acesso em 24 Jun. 2016.