AUTOMATIC ELECTRIC GUN GUIA RÁPIDO DE MANUTENÇÃO E CUIDADOS PARA AEGs ALLAN PAINK RODRIGUES MAD DOG AIRSOFT TEAM DIVISÃO PARANÁ
INTRO Neste guia serão abordados, de forma rápida, alguns tópicos a respeito de manutenção preventiva e cuidados para com os rifles elétricos para a prática de airsoft (AEG). As informações presentes aqui são resultado de alguns meses de pesquisa - a qual realizei em alguns sites de referência sobre o esporte - juntamente com uma base de conhecimento técnico. Cada marca e modelo de AEG terá cuidados específicos, por isso é muito importante a leitura do manual do fabricante antes do primeiro uso do equipamento. O mesmo ocorre com as baterias, cada tipo terá instruções específicas para prolongar a vida da mesma, evitar o efeito de memória e até mesmo acidentes graves. Por esse ser um guia rápido, tais instruções não serão discutidas aqui. Para praticantes em busca da primeira AEG, é recomendável que procure uma loja especializada, que venda equipamentos de qualidade e ainda tenha um bom pós-venda. Com o respaldo de profissionais competentes ficará mais fácil ter um possível problema na AEG solucionado. 1. TIRO SECO O disparo sem BB, popular tiro seco, deve ser evitado, pois ele gera um impacto maior na gearbox, podendo trincá-la. Quando o disparo é efetuado com BB, existe uma pressão de resistência que funciona como uma mola contra o pistão, reduzindo o impacto do ciclo, o que não ocorre em tiros secos. 2. RAJADAS Rajadas longas são prejudiciais a AEG, podem causar desgaste prematuro das peças da gearbox e até mesmo do motor. O conceito de rajada longa varia de acordo com cada AEG, por exemplo: para algumas SMGs uma rajada de 2 segundos é considerada rajada longa, em algumas LMGs esse tempo passa para 15 segundos, aproximadamente. Conhecendo bem sua AEG é possível ter uma noção desse tempo de rajada, na dúvida considere 2 segundos, isso te poupará preocupação no futuro.
3. GATILHO Ao puxar o gatilho deve-se aplicar a força necessária para realizar o disparo, evitando que a ação seja feita em ângulo com o eixo do cano da arma, no caso da maioria das AEGs. Se a quantidade ou tempo de aplicação da força não forem suficientes, o motor não completará um ciclo completo, o que é prejudicial. Caso a quantidade de força seja excessiva o mecanismo do gatilho será danificado no decorrer do tempo de utilização do equipamento. 4. FRAGILIDADE Mesmo sendo uma réplica de uma arma real, as AEGs não possuem a mesma resistência e os mesmos sistemas de blindagem de sua versão real. Por esse motivo deve-se evitar jogá-las e derrubá-las no chão, bem como contato direto com lama, barro, água e outros elementos que são prejudiciais aos sistemas da AEG. Submetê-las a grandes esforços pode resultar em deformações plásticas em peças metálicas e ruptura em peças de polímero. 5. MUNIÇÃO A munição utilizada no airsoft são as BBs, elas sofrem grande esforço quando disparadas. Por serem de PVC, é comum que apresentem trincas ou deformações em sua estrutura, mesmo sem sofrer impacto em algum obstáculo do campo. Por esse motivo é recomendado que não se reutilizem as BBs, mesmo aquelas aparentemente intactas podem causar obstrução do cano e danos no hop-up. Esses mesmos problemas podem ocorrer devido ao uso de munições de baixa qualidade, que geralmente possuem um preço muito inferior em relação às concorrentes. Esse problema é agravado caso a AEG tenha um cano de precisão instalado. 6. PARAFUSOS Assim como na maioria dos sistemas mecânicos, as AEGs possuem parafusos e porcas que afrouxam com o uso. Por isso é importante verificá-los a cada partida, e se necessário apertá -los, deve-se faze-lo utilizando apenas a força necessária. Essa prática evitará perda de peças, de precisão e desgaste das roscas.
7. INNER BARREL O inner barrel nada mais é que o cano útil da AEG, ele é apenas alguns décimos - em alguns casos centésimos - de milímetro maior que as BBs. Para evitar perda de precisão nos disparos ou obstrução do cano, é necessário limpá-lo de tempos em tempos. Essa frequência é muito subjetiva, alguns indicam que a limpeza seja realizada a cada 5000 disparos, outros a cada 2000, alguns praticantes mais cuidadosos costumam fazê-la após cada jogo. Portanto, dependendo do local utilizado para o prática do airsoft a frequência de limpeza do inner barrel pode ser maior ou menor. Por exemplo: ambientes úmidos ou com muita poeira e sólidos em suspensão agridem mais o cano, por isso a limpeza deve ser efetuada com mais frequência. O primeiro passo é certificar-se de que o hop-up esteja totalmente aberto, ou seja, a borracha que faz com que a BB gire deve estar totalmente fora da câmara do hop-up, evitando assim que seja danificado com a vareta de limpeza. Em seguida deve-se umedecer um pedaço de pano limpo com o lubrificante de silicone e acoplá-lo à vareta de limpeza, inserindo-a com cuidado no inner barrel, com movimentos rotativos. Esse processo deve ser repetido até que o pano saia limpo. A cada repetição é importante utilizar um pedaço de pano limpo. Após essa etapa é necessário secar o cano, por isso deve-se repetir o processo anterior, porém utilizando um pedaço de pano seco. São recomendadas de duas a três repetições para que o inner barrel esteja totalmente seco. Os materiais necessários para o procedimento são: pedaços de pano, cleaning rod (vareta de limpeza, que acompanha a AEG) e lubrificante 100% silicone - aerossol, de preferência. 8. LUBRIFICAÇÃO A lubrificação da AEG e seus acessórios é recomendada para o perfeito funcionamento dos mesmos, evita travamentos e pausas nas partidas para manutenção corretiva do equipamento.
A maioria das AEGs possuem peças plásticas que podem ser atacadas pelos tipos mais comuns de lubrificantes, por isso deve-se sempre usar lubrificantes 100% silicone - de preferência aerossol - para realizar a lubrificação do equipamento. É indicado aplicar uma pequena quantidade de lubrificante nos magazines (carregadores), a fim de facilitar a compressão e descompressão da mesma, reduzindo as chances de travamento. A mesma recomendação é válida para a câmara de alimentação do hop-up. 10. MOLAS As molas são elementos mecânicos que possuem efeito de memória. Com o passar do tempo elas tendem a perder sua capacidade de compressão. Para retardar esse processo natural é indicado aliviar as molas antes de guardar o equipamento. Quando se utiliza o modo automático de disparos é comum que a mola do pistão da AEG fique comprimida no fim da rajada. Por esse motivo é necessário realizar cerca de 5 disparos no semi, que serão suficientes para retornar a mola na posição de repouso. Ao término de cada partida, recomenda-se retirar todas as BBs do magazine, fazendo com que sua mola seja descomprimida. 9. BATERIAS É extremamente importante desconectar a bateria da AEG fora das partidas. Caso fique conectada um longo período de tempo sem utilização é possível que ocorra um superaquecimento da fiação e até derretimento do plug. FONTES Airsplat Aisoft Brasil Airsoft GI Airsoft RC Airsoft Society Red Wolf Airsoft
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