ISENÇÃO E DIFERIMENTO No Estado do Paraná a um incentivo fiscal para as empresas onde, toda venda efetuada para uma outra empresa revendedora, a o diferimento na alíquota do ICMS conforme os Art. Nº96 e Art. Nº97 do Decreto 1980/2007 (regulamento de ICMS). Diferimento este que não se estende as vendas a consumidor final, situação a qual os produtos são tributados na sua integralidade, assim como quando esta venda decorre de uma operação interestadual. Situação esta que nutre a necessidade de incluir mais de um código de situação tributária para cada produto, sendo estes definidos conforme cada cliente. Também conforme a lei Nº. 14.978/2005, as operações internas que destinem produtos da cesta básica de alimentos a consumidores finais ficam isentas de ICMS. Mais uma vez tornando-se necessário a separação por clientes do código de substituição tributária e da alíquota de ICMS. Sendo que, nesta situação devem ser excluídos os créditos originários da compra da mercadoria vendida com isenção. Situação Tributária Diferidos ou isentos Tipo de Venda Entrada Saída Revendedor Produtos Vendas com isenção (Cesta Básica) Produtos Vendas com isenção (Cesta Básica) 000 051 040 051 051 040 Produtos Diferidos 051 051 000 Produtos Diferidos 000 051 000 Saída Consumidor Final
Abaixo segue a Legislação: DIFERIMENTO Decreto 1980/2007 (RICMS PR) Art. 96. Fica, também, diferido o pagamento do imposto nas saídas internas entre contribuintes e nas operações de importação, por contribuinte, de mercadorias, na proporção de: I - 33,33% do valor do imposto, na hipótese da alíquota ser 18%; II - 58,62% do valor do imposto, nas saídas de mercadorias classificadas nas posições 2204, 2205, 2206 e 2208 da NCM, de que trata a alínea "c" do inciso V do art. 14; 2204 Vinhos de uvas frescas, incluídos os vinhos enriquecidos com álcool; Mostos de Uvas, excluídos os da posição 2009; 2205 Vermutes e outros vinhos de uvas frescas aromatizados por plantas ou substâncias aromáticas; 2206 Outras bebidas fermentadas (por exemplo:sidra, perada, hidromel); Misturas de bebidas fermentadas e Misturas de bebidas fermentadas com bebidas não alcoólicas, não especificadas em outras posições da nomenclatura; 2208 Álcool etílico não desnaturado, com um teor alcoólico, em volume inferior a 80% vol; Aguardentes; Licores e Outras bebidas espirituosas (alcoólicas). III - 52% do valor do imposto, nas saídas de mercadorias classificadas nas posições 3303, 3304, 3305 e 3307 da NCM, de que trata a alínea "f" do inciso III do artigo 14, exceto em relação àquelas de que tratam os itens 1, 3, e 7 da alínea "h" do inciso II do mesmo artigo; 3303 Perfumes e Águas-de-colônia;
3304 Produtos de beleza ou de maquilagem preparados e preparações para conservação ou cuidados da pele (exceto medicamentos) incluídas as preparações para manicuros e pedicuros; 3305 Preparações capilares; 3307 Preparações para barbear (antes, durante ou após), desodorantes corporais, preparações para banhos, depilatórios, outros produtos de perfumaria ou de toucador preparados e outras preparações cosméticas, não especificadas nem compreendidos em outras posições; desodorantes de ambientes, preparados, mesmo não perfumados, com ou sem propriedades desinfetantes; IV - 61,11% do valor do imposto, nas saídas de uréia classificada no código NCM 3102.10.10. 1º O disposto neste artigo não se aplica às operações: a) sujeitas ao regime de substituição tributária; b) com petróleo e combustíveis. c) que destinem mercadorias a empresas de construção civil. 2º Para os fins do disposto neste artigo, no documento fiscal emitido para acobertar as operações deverá ser indicada a base de cálculo do imposto, no campo específico; a informação de que o imposto foi parcialmente diferido e o seu valor, seguido do correspondente dispositivo do Regulamento do ICMS, no campo "Informações Complementares"; e o resultado obtido após a exclusão do valor do imposto diferido, no campo "Valor do ICMS". 3º O disposto neste artigo, salvo disposição em contrário:
a) não é cumulativo, na mesma operação, com outros benefícios fiscais; b) não se aplica na existência de tratamento tributário específico mais favorável para a operação. 4º No caso da importação, para o valor da operação de que trata o 2º deverá ser observado o disposto no inciso V e no 1º do Art. 6º. 5º O disposto no inciso IV somente se aplica nas operações realizadas entre estabelecimentos industriais. Art. 97. Encerra-se a fase de diferimento em relação às mercadorias de que trata o artigo anterior: I - nas saídas para outro Estado; II - nas saídas internas para consumidor final, contribuinte ou não do imposto. ISENÇÃO Lei Nº. 14.978/2005 Art. 1º Ficam isentas do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) as operações internas que destinem os seguintes produtos da cesta básica de alimentos a consumidores finais: I açúcar e outros adoçantes artificiais ou naturais; arroz em estado natural; amido de milho; aveia em flocos; II café torrado em grão ou moído; carnes e miúdos comestíveis, frescos, resfriados ou congelados, resultantes do abate de aves, coelhos e gados bovino, bufalino, suíno, ovino e caprino; chá em folhas; III erva-mate; IV farinha de aveia e de trigo; farinha de mandioca e de milho, inclusive prégelatinizada; V feijão em estado natural; frutas frescas; fubá, inclusive pré-cozido; VI leite, exceto os concentrados e adicionados de açúcares e edulcorantes, leite em pó e lingüiças; VII macarrão e outras massas alimentícias não cozidas, não recheadas ou não preparadas de outro modo, que constituam massa alimentar seca, classificada na posição
1902.1 da NBM/SH (sistema adotado até 31/12/96); manteiga; margarina e creme vegetal; mel; mortadelas; VIII óleos refinados de soja, de milho, de canola e de girassol; ovos de galinha; IX pão francês ou de sal, obtido pela cocção de massa preparada com farinha de trigo, fermento biológico, água e sal, que não contenham ingrediente que venha a modificar o seu tipo, característica ou classificação a que sejam produzidos com o peso de até 1000 gramas; peixes frescos, resfriados ou congelados; produtos hortifrutigrangeiros, inclusive alho em estado natural; produtos vegetais em embalagem longa vida, com ou sem carne, desde que dispensados de refrigeração, descascados, esterilizados e cozidos a vapor; X queijo minas, mussarela e prato; XI sal de cozinha; sardinha em lata; salsichas, exceto em lata; XII vinagre. 1º. Como forma de estímulo ou de proteção para a produção rural e industrial do Estado, poderão ser concedidos, pelo Poder Executivo, outros benefícios, em qualquer das etapas da cadeia de produção e de comercialização, de forma temporária ou permanente, para os alimentos da cesta básica. 2º....Vetado... Art. 2º Os produtos paranaenses primários e deles derivados, tais como trigo, milho, feijão, mandioca e outros, poderão, a critério do Poder Executivo, ter reduzida a alíquota do ICMS, de modo permanente ou temporário. Art. 3º Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, produzindo efeitos a partir de 01/01/2006.