Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional REGULAMENTO DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) DA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CURITIBA Junho 2010
REGULAMENTO DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Capítulo I DA APRESENTAÇÃO Art. 1º O presente Regulamento estabelece as finalidades, objetivos, atribuições e normas para o desenvolvimento e operacionalização do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da UTFPR. Capítulo II DAS FINALIDADES Art. 2º O Programa PIBID será desenvolvido como estratégia institucional para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem dos cursos de licenciatura. Art. 3º O PIBID constitui-se em atividade optativa dentro dos cursos de licenciatura da UTFPR, podendo, quando da sua conclusão, ser pontuado como Atividade Complementar e constar no Histórico Escolar do estudante. Capítulo III DOS OBJETIVOS Art. 4º Os objetivos do PIBID da UTFPR são: I. incentivar a formação de professores para a educação básica, contribuindo para a elevação da qualidade da escola pública; II. valorizar o magistério, incentivando os estudantes que optam pela carreira docente; III. elevar a qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de professores nos cursos de licenciatura; IV. inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, promovendo a integração entre educação superior e educação básica;
V. proporcionar aos futuros professores participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar e que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem, levando em consideração o IDEB e o desempenho da escola em avaliações nacionais, como Provinha Brasil, Prova Brasil, SAEB, ENEM, entre outras; e VI. incentivar escolas públicas de educação básica, tornando-as protagonistas nos processos formativos dos estudantes das licenciaturas, mobilizando seus professores como co-formadores de futuros professores. Capítulo IV DO ACOMPANHAMENTO Art. 5º O PIBID será acompanhado por um Comitê Local composto pelo Diretor de Graduações, pelo Coordenador Institucional, pelos coordenadores de subprojetos, por dois representantes dos supervisores, dois representes dos alunos-bolsistas e por um representante da Secretaria Estadual de Educação do Paraná (SEED-PR). Capítulo V DAS ATRIBUIÇÕES E DEVERES Art. 6º Constituem-se atribuições do aluno bolsista do PIBID: I. Participar das atividades previstas no plano de trabalho proposto pelo professor coordenador de área; II. Seguir as orientações do professor supervisor ao realizar as atividades do plano de trabalho; III. Apresentar relatórios das atividades desenvolvidas, quando solicitado pelo professor coordenador de área; IV. Manter o professor coordenador de área informado sobre situações e/ou condições que comprometam o andamento das atividades nas escolas da rede pública, onde serão realizadas as atividades do projeto; V. Zelar pelo patrimônio e nome da Instituição; e VI. Cumprir as normas internas previstas no estatuto da instituição. Art. 7º Constituem-se atribuições do professor-supervisor do PIBID:
I. informar ao coordenador de área alterações cadastrais e eventuais mudanças nas condições que lhe garantiram inscrição e permanência no PIBID; II. controlar a frequência dos bolsistas de iniciação à docência na escola, repassando essas informações ao coordenador de área do Programa; III. acompanhar as atividades presenciais dos bolsistas de iniciação à docência sob sua orientação, em conformidade com suas atribuições previstas no PIBID; IV. participar de seminários regionais do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), realizando todas as atividades previstas, tanto presenciais quanto a distância, quando convocado; e V. elaborar e enviar ao coordenador de área documentos de acompanhamento das atividades dos bolsistas de iniciação à docência sob sua supervisão, sempre que solicitado. Art. 8º Constituem-se atribuições do coordenador de área: I. responder pela coordenação geral do subprojeto de área e no campus em que estiver situado, perante a coordenação institucional; II. garantir, acompanhar e registrar o planejamento, a organização e a execução das atividades previstas no subprojeto; III. constituir e participar de comissões de seleção de bolsistas de iniciação à docência e de supervisores para atuarem no subprojeto; IV. orientar e acompanhar a atuação dos bolsistas de iniciação à docência, inclusive a frequência às atividades e atuar conjuntamente com os supervisores das escolas envolvidas, sempre no âmbito do subprojeto que coordena; V. apresentar ao coordenador institucional relatório anual contendo descrições, análise e avaliação do desenvolvimento do subprojeto que coordena; VI. manter o coordenador institucional informado de toda e qualquer substituição, inclusão ou desistência de professores supervisores, bem como de alunos bolsistas de iniciação à docência de sua área; VII. elaborar relatórios sobre o Programa, bem como sobre a participação dos professores supervisores, repassando-os ao coordenador institucional do projeto; VIII. identificar as escolas públicas onde os alunos exercerão suas atividades;
IX. informar os professores supervisores das normas e procedimentos do Programa; X. realizar o acompanhamento técnico-pedagógico do projeto em desenvolvimento em sua área específica; XI. participar de seminários regionais do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), realizando todas as atividades previstas, tanto presenciais quanto a distância, quando convocados; XII. capacitar os professores supervisores quando necessário e previsto no subprojeto pelo qual é responsável; XIII. enviar ao coordenador institucional do Programa documentos de acompanhamento das atividades dos bolsistas de iniciação à docência sob sua orientação, sempre que solicitado; XIV. participar da elaboração do Edital do Programa PIBID e da seleção de bolsistas; XV. propor plano de trabalho a ser desenvolvido pelo bolsista; XVI. auxiliar o bolsista na execução das suas atividades; e XVII.acompanhar e avaliar os bolsistas, e decidir sobre a renovação ou cancelamento de suas Bolsas-PIBID. Art. 9º Constituem-se atribuições do coordenador institucional: I. presidir o Comitê Local de Acompanhamento do PIBID da UTFPR; II. responder pela coordenação geral do PIBID perante as instâncias superiores da instituição, da secretaria de educação e da CAPES; III. garantir e acompanhar o planejamento, a organização e execução das atividades previstas no projeto, quer as de natureza coletiva, quer aquelas executadas na esfera dos diferentes subprojetos; IV. negociar com as autoridades da rede pública a participação das escolas no PIBID; V. elaborar edital de seleção de coordenadores de subprojetos em conjunto com comitê de acompanhamento do Pibid e em consonância com a proreitoria de graduação e educação profissional; VI. elaborar e encaminhar à CAPES relatório das atividades desenvolvidas no âmbito do projeto institucional como um todo;
VII. apoiar os coordenadores dos sub-projetos, na promoção de atividades interdisciplinares nas escolas conveniadas; VIII. responsabilizar-se pelo cadastramento completo dos alunos, dos coordenadores (inclusive o seu) e professores supervisores vinculados ao projeto, conforme orientação, mantendo esse cadastro atualizado junto à CAPES; IX. homologar mensalmente o pagamento dos bolsistas de acordo com cronograma estabelecido pela CAPES; X. informar à CAPES toda e qualquer substituição, inclusão ou desistência de coordenadores de área e professores supervisores, bem como de bolsistas de iniciação à docência vinculados ao projeto sob sua coordenação; XI. elaborar relatórios sobre o Programa, bem como sobre a participação dos coordenadores de área e professores supervisores, repassando-os anualmente à CAPES e à Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional; XII. informar os coordenadores de área das normas e procedimentos do PIBID; XIII. realizar o acompanhamento técnico-pedagógico do Programa; XIV. participar de seminários e encontros do PIBID promovidos pela CAPES, realizando todas as atividades previstas, tanto presenciais quanto a distância, se convocado; e XV. Manter a Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional informada sobre o andamento do Programa PIBID, sempre que solicitado. Art. 10 Constituem-se atribuições do Comitê de Acompanhamento Local: I - apoiar institucionalmente as atividades do PIBID; II - verificar a coerência da proposta com o Plano de Desenvolvimento Institucional da Instituição e o projeto pedagógico do curso de graduação pertinente; III - referendar os processos de seleção e de desligamento de alunos bolsistas dos projetos, por proposta do coordenador de área; IV referendar o relatório consolidado da instituição à Capes, com aprovação da Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional; V - organizar dados e informações relativos ao PIBID e emitir pareceres por solicitação da Capes e ou da Pro-Reitoria de Graduação e Educação Profissional; e
VI referendar os processos de substituição de tutores. CAPÍTULO VI DAS RESTRIÇÕES Art. 11 São vedadas aos bolsistas as seguintes atividades: I. o exercício de atividades técnico-administrativas; II. a regência de classe, em aulas teóricas e/ou práticas, em substituição ao professor titular da disciplina/unidade curricular, na UTFPR; III. substituir o professor supervisor em aulas teóricas e/ou práticas na escola conveniada; IV. o preenchimento de documentos oficiais, de responsabilidade docente; e V. a correção de prova ou outros trabalhos acadêmicos que impliquem na atribuição de mérito ou julgamento de valor. Capítulo VII DAS VAGAS Art. 12 O número de vagas com bolsas, disponíveis para cada curso de licenciatura, no âmbito do Programa PIBID, será estabelecido anualmente pelo comitê de acompanhamento do Pibid, em consonância com a Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional, em função de Edital próprio da CAPES. Capítulo VIII DA SELEÇÃO DOS BOLSISTAS Art. 13 O processo de seleção de candidatos ao Programa PIBID da UTFPR será divulgado por intermédio de Editais publicados pela Pró Reitoria de Graduação e Educação Profissional o, no início de cada período letivo, quando houver vacância de vagas de bolsistas em qualquer um dos subprojetos. Parágrafo único No caso de vacância da vaga de Bolsista, não ocupada por candidatos aprovados que estejam em lista de espera, a Pró-reitoria de Graduação e Educação Profissional poderá publicar Edital de Chamada para complementar o tempo de duração do Programa que se encerra na publicação do Edital regular.
Art. 14 Somente poderão candidatar-se a uma vaga no Programa PIBID, ou à renovação da Bolsa-PIBID, os estudantes dos cursos de licenciatura da UTFPR que: I. estejam regularmente matriculados; II. comprovem haver compatibilidade entre os horários de suas atividades acadêmicas e os propostos para o desenvolvimento do Programa; e III. não recebam outra bolsa da UTFPR, excetuando-se a Bolsa Permanência, se for o seu caso. Art. 15 A seleção dos bolsistas será feita a partir de processo seletivo elaborado pelo comitê de acompanhamento do Pibid e em consonância com a Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional. Capítulo IX DA SELEÇÃO DOS PROFESSORES SUPERVISORES Art. 16 A seleção de professor-supervisor do programa PIBID será feita a partir de edital específico, publicado pela Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional. Capítulo X DAS ATIVIDADES E DO CONTROLE Art. 17 O bolsista exercerá suas atividades sob orientação e supervisão do Coordenador de Área e do professor supervisor ao qual sua licenciatura esteja vinculada. Art. 18 Caberá ao Coordenador de área, com o apoio do professor supervisor, avaliar o desempenho do bolsista. 1º O bolsista que faltar mais de duas vezes, no período de um ano, às convocações do coordenador sem justificativa pertinente será excluído do programa.
2 o O bolsista que faltar às atividades programadas na escola mais de duas vezes, no período de um ano, sem justificativa pertinente, será excluído do programa. Art. 19 O horário das atividades do bolsista não poderá, em hipótese alguma, coincidir com o de suas atividades acadêmicas. Art. 20 Os bolsistas exercerão suas atividades sem qualquer vínculo empregatício com a UTFPR, conforme o subprojeto da área a que estiverem vinculados. 1º A jornada de atividades dos bolsistas será fixada pelo Coordenador de área. 2º O registro da carga horária deverá ser feito por ficha de frequência e acompanhado pelo Coordenador de área. Art. 21 O período de vinculação ao Programa terá a duração de 12 (doze) meses, com a concessão de 12 meses de Bolsa, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período, conforme os subprojetos de área. Parágrafo Único A prorrogação que trata o caput deste artigo está condicionada, quando for o caso, à existência de vaga e à avaliação do aluno bolsista no período em que esteve vinculado ao programa. Art. 22 A formalização da participação no Programa ocorrerá por meio de Termo de Acordo específico entre a Instituição e o bolsista e mediado pelo setor de Recursos Humanos da Instituição. Parágrafo único O Termo de Acordo poderá ser interrompido por qualquer uma das partes, por meio de manifestação por escrito. Capítulo XI DA BOLSA E DA VERBA DE CUSTEIO Art. 23 Durante o período de vigência da atividade de bolsista, o estudante receberá uma bolsa mensal, cujo valor será fixado pela Capes em ato próprio. Art. 24 A bolsa mensal a ser recebida pelo estudante será responsabilidade da Capes. Art. 25 A verba de custeio será empregada de acordo com a previsão de cada subprojeto de área. Capítulo XII
DA AVALIAÇÃO DO ALUNO BOLSISTA DO PROGRAMA PIBID Art. 26 Semestralmente o Coordenador de Área encaminhará o relatório de atividades desenvolvidas pelo bolsista ao Coordenador Institucional, acompanhado de parecer avaliativo dessas atividades. Capítulo XIII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 27 Os casos omissos neste Regulamento serão resolvidos pelo Comitê de Acompanhamento Local do Pibid e em consonância com a pró-reitoria de graduação e educação profissional. Art. 28 Este Regulamento entrará em vigor após a sua homologação pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação e Conselho Universitário.