LEI N. 015/2005. Art Os Conselhos Tutelares serão compostos por 5 (cinco) membros com mandato de 3 (três) anos, permitida uma recondução.

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Transcrição:

LEI N. 015/2005 REESTRUTURA O CONSELHO TUTELAR DE MAETINGA, CRIADO PELA LEI MUNICIPAL N. 014/1997, de 25/04/1997 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS O PREFEITO MUNICIPAL DE MAETINGA ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, faço saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sancionou a seguinte Lei: Art. 1. - O Conselho Tutelar criado pela Lei n. 014/97, de 25 de abril de 1997, atendendo às diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente ECA, em consonância com o Art. 88 da Lei N 8.069/1990 e seus incisos, fica reestruturado nos termos desta lei. Art. 2. - Os Conselhos Tutelares são órgãos permanentes e autônomos, não jurisdicionais, encarregados de zelar pelo cumprimento dos Direitos da Criança e do Adolescente, ficando vinculados ao Gabinete do Prefeito para fins de execução orçamentária, sem subordinação hierárquica ou funcional com o Poder Executivo Municipal. Art. 3. - Os Conselhos Tutelares serão eleitos por voto direto, secreto, universal e facultativo dos cidadãos com domicílio eleitoral no Município, em eleição realizada sob a coordenação e responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente -COMDICA e fiscalização do Ministério Público. Art. 4. - Os Conselhos Tutelares serão compostos por 5 (cinco) membros com mandato de 3 (três) anos, permitida uma recondução. Parágrafo único - Para cada conselheiro haverá 01 (um) suplente.

DOS REQUISITOS Art. 5. - A candidatura ao cargo de conselheiro tutelar será individual. Art. 6. - São requisitos para candidatar-se a membro do Conselho Tutelar: I- reconhecida idoneidade moral; II - idade superior a 21 anos; III - residir no Município de Maetinga há mais de 2 (dois) anos; IV - estar em gozo de seus direitos políticos; V ser alfabetizado;... VI ter experiência com crianças... VII - não ter sido penalizado com a destituição da função de conselheiro tutelar, nos 5 (cinco) anos antecedentes à eleição; VIII - ser aprovado em prova de conhecimentos gerais sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA e das legislações pertinentes à área da criança e do adolescente. Art. 7. - Submeter-se-ão à prova de conhecimentos os candidatos que preencherem os requisitos à candidatura constantes nos incisos I a VIII do artigo 6 desta Lei. Art. 8. - O COMDICA publicará a lista contendo o nome dos candidatos que forem considerados aptos a prestarem a prova de conhecimentos. Art. 9. - Da decisão que considerar não preenchidos os requisitos da candidatura, cabe recurso, dirigido ao COMDICA, a ser apresentado no prazo de 3 (três) dias úteis da publicação da lista. Art. 10. - A função de conselheiro tutelar exige dedicação exclusiva, sendo incompatível com o exercício de outra função pública e/ou privada. Art. 11. - O candidato que for membro do COMDICA deverá pedir seu afastamento no ato da aceitação da sua inscrição no certame.

Art. 12. - A pessoa jurídica que tiver seu trabalhador eleito para compor o Conselho Tutelar e decidir liberá-lo para o exercício da função com garantia de emprego, cargo ou função, mantendo sua remuneração ou a diferença entre esta e a de conselheiro tutelar, será agraciada pelo COMDICA com diploma de relevantes serviços prestados à causa da criança e do adolescente, em cerimônia especialmente designada para este fim. Art. 13. - O servidor municipal ou empregado permanente que for eleito para o Conselho Tutelar poderá optar entre o valor do cargo de conselheiro ou o valor total de seus vencimentos, ficando-lhe garantido: I - o retorno ao cargo, emprego ou função que exercia, com o término ou a perda de seu mandato; II - a contagem do tempo de serviço para todos os efeitos legais. Parágrafo único - Caso o candidato eleito exerça cargo em comissão, assessor político em qualquer esfera do Poder Público deverá ser exonerado para assumir o cargo de Conselheiro Tutelar. DO PROCESSO DE ESCOLHA Art. 14. - Caberá ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, na forma estabelecida nesta Lei e na legislação vigente, organizar a escolha do Conselho Tutelar, sendo obrigatória a fiscalização do Ministério Público. Art. 15. - O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente designará, dentre os seus membros, uma Comissão Coordenadora do processo eleitoral, que regulamentara através de Resolução a convocação das eleições. Parágrafo Único Não poderão participar da Comissão Coordenadora os candidatos inscritos e seus parentes por consangüíneo até o 2 grau, ou seu cônjuge.

Art. 16. - O modelo da cédula de votação, no caso de votação manual, será elaborada de forma mais simplificativa possível, e conterá os nomes de todos os candidatos na ordem decrescente de sorteio ou em ordem alfabética, sendo realizada reunião do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, com a presença de todos os candidatos que quiserem comparecer e na presença de um representante do ministério público, que será previamente notificado de tal data. - 1º - Os cidadãos votarão em apenas um nome, constantes da cédula, sendo nula as cédulas que contiverem mais de 01 (um) nome assinalado ou que tenha qualquer tipo de inscrição que possa identificar o votante, no caso de votação manual. 2º - A homologação e o sorteio de que trata o Artigo 15, será realizado em até 05 (cinco) dias úteis após o encerramento das inscrição ou da data de julgamento de eventual(is) impugnação de candidatos, sendo que o município de Maetinga, providenciará a confecção das cédulas de votação para a escolha popular. Art. 17. - Qualquer pessoa maior e capaz, isenta eleitoralmente pelo município poderá, até o ultimo dia útil antes da realização do pleito requerer junto ao Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente a impugnação de candidatura em petição fundamentada e indicando as provas que poderão ser produzidas. Parágrafo Único - impugnada qualquer candidatura, a homologação ficará suspensa até decisão final do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. DOS CONSELHEIROS TUTELARES Art. 18. - Ficam criados 05 (cinco) cargos em comissão, a serem providos pelo exercício da função de confiança popular, denominados conselheiros tutelares, eleitos por voto universal e facultativo, na forma da lei.

Art. 19. - Os conselheiros tutelares eleitos serão nomeados nos cargos em comissão por ato do Chefe do Poder Executivo Municipal e exonerados ao final de seus mandatos, ou nos casos previstos em lei. Art. 20. - A remuneração dos conselheiros tutelares será equivalente a um salário mínimo vigente no país. Parágrafo único - Será garantida aos conselheiros tutelares a aplicação dos dispositivos previstos no 2, do artigo 39, da Constituição Federal. Art. 21. - Os conselheiros tutelares poderão requisitar do Poder Público assessoria jurídica e terapêutica para auxiliá-los no desempenho de suas funções. Parágrafo único - Caso o Conselho Tutelar identifique a necessidade de assessoria específica por tempo determinado, não previsto no caput deste artigo, poderá requisitá-la indicando demanda e período junto ao Executivo. DA CONVOCAÇÃO DOS SUPLENTES Art. 22. - Convocar-se-ão os suplentes de conselheiros tutelares nos seguintes casos: I - quando as licenças a que fazem jus os titulares excederem 30 (trinta) dias; II - no caso de renúncia do Conselheiro titular; III - no caso de perda do mandato. 1 - O suplente de conselheiro tutelar perceberá a remuneração e os direitos decorrentes do exercício do cargo, quando substituir o titular do Conselho nas hipóteses previstas nos incisos deste artigo. 2 - A convocação do suplente obedecerá estritamente à ordem de classificação resultante da eleição.

DO CONTROLE, FUNCIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO INTERNA DOS CONSELHOS TUTELARES Art. 23. - O controle, o funcionamento e a organização interna dos Conselhos Tutelares obedecerão ao Regimento Interno, respeitados os ditames desta lei e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Art. 24. - O regimento interno dos conselhos será unitário para todos os Conselhos Tutelares, respeitando-se as peculiaridades da área de atuação de cada Conselho e deve ser elaborado por todos os conselheiros eleitos para os cargos, observando o contido nos 1 e 2, deste artigo e no artigo 21, desta lei. 1 - A primeira coordenação geral iniciará e presidirá a plenária de elaboração do regimento interno. 2 - O regimento interno será elaborado até 60 (sessenta) dias da data da posse dos conselheiros e será publicado em todas as repartições publicas do município ou em jornal de circulação a nível regional 30 (trinta) dias do protocolo do mesmo. Art. 25. - O regimento deverá observar o conteúdo desta lei, devendo ainda: I - dedicação exclusiva, disponibilidade de 24 horas e funcionamento diário e ininterrupto das 8:00 horas às 18:00 horas; II - jornada de trabalho de 40 horas semanais e previsão de regime de plantão a ser prestado; III - prever, como regra, decisões colegiadas, retiradas em reuniões que não prejudiquem o previsto no inciso I deste artigo; IV - criação, organização e funcionamento de uma Comissão de Ética, formada exclusivamente por conselheiros tutelares, visando instaurar e proceder sindicância por cometimento de falta éticodisciplinar praticada por Conselheiro no exercício de sua função; V - prever normas de condutas éticas, deveres dos Conselheiros, faltas disciplinares e respectivas sanções disciplinares;

VI - prever as regras procedimentais e processuais gerais para trâmite do processo disciplinar, observando direitos constitucionais, princípios gerais de direito, bem como o que consta nesta lei; VII - criação, organização e funcionamento de uma coordenação geral formada pelos Conselheiros Coordenadores de cada Conselho existente. Parágrafo único - O Coordenador de cada Conselho terá somente 1 (um) mandato determinado, garantindo-se a igualdade e o rodízio no tempo de coordenação para todos os membros de cada Conselho. DO PROCESSO DISCIPLINAR Art. 26. - O processo disciplinar será instaurado mediante representação de qualquer autoridade ou cidadão. 1 - A representação, para ser admitida, deverá ser apresentada por escrito com fundamentação e indicação de provas e de testemunhas com seus respectivos endereços. 2 - O processo disciplinar tramitará em sigilo, até o seu término, permitido o acesso às partes e seus defensores. Art. 27. - Constitui infração disciplinar: I - usar de sua função para benefício próprio; II - romper o sigilo em relação aos casos analisados pelos Conselhos Tutelares; III - deixar de comparecer no horário de trabalho estabelecido sem justificativa; IV - recusar-se a prestar atendimento; V - exercer outra atividade incompatível com a dedicação exclusiva; VI - exceder-se no exercício da função de modo a exorbitar sua competência, abusando da autoridade que lhe foi conferida. Art. 28. - Constatada a infração, a Comissão de Ética poderá aplicar as seguintes penalidades: I - advertência;

II - suspensão não remunerada; III - perda da função. ESTADO DA BAHIA Art. 29. - A advertência será aplicada no caso de violação das proibições constantes nos incisos I, II e III do artigo 24. Art. 30. - A suspensão não remunerada será aplicada: I - em reincidência, específica ou não, das faltas punidas com advertência; II - no caso de violação das proibições constantes nos incisos IV, V e VI do artigo 23. Art. 31. - A perda da função será aplicada: I - em reincidência, específica ou não, das faltas punidas com suspensão não remunerada; II - em decorrência de condenação passado em julgado, por crime ou contravenção que seja incompatível com o exercício de sua função. Art. 32. - Na sindicância cabe à Comissão de Ética assegurar o exercício do contraditório e da ampla defesa do Conselheiro Tutelar. Art. 33. - O processo de sindicância deve ser concluído em 60 (sessenta) dias após sua instauração, salvo impedimento justificado. Art. 34. - Instaurada a sindicância, o indiciado será notificado, previamente, da data em que será ouvido pela Comissão de Ética. Parágrafo único - O não comparecimento injustificado não impedirá continuidade da sindicância, devendo ser-lhe nomeado defensor. Art. 35. - Após a oitiva do indiciado, o mesmo terá 5 (cinco) dias para apresentar sua defesa prévia, sendo-lhe facultada consulta aos autos.

Parágrafo único - Na defesa prévia devem ser anexados documentos, as provas a serem produzidas, bem como indicado o número de testemunhas a serem ouvidas, no máximo de 3 (três) por fato imputado. Art. 36. - Ouvir-se-ão primeiro as testemunhas de acusação e posteriormente as de defesa. Parágrafo único - As testemunhas de defesa comparecerão independentemente de intimação e a falta injustificada das mesmas não obstará o prosseguimento da instrução. Art. 37. - Concluída a fase instrutória, dar-se-á vista dos autos à defesa para as alegações finais, no prazo de 10 (dez) dias. Art. 38. - Apresentadas as alegações finais, a Comissão de Ética terá 15 (quinze) dias para findar a sindicância, sugerindo o arquivamento ou aplicando a penalidade cabível. Parágrafo único - Na hipótese de arquivamento, só será aberta nova sindicância sobre o mesmo fato se o arquivamento tiver ocorrido por falta de provas, expressamente manifestado na conclusão da Comissão de Ética. Art. 39. - Da decisão que aplicar a penalidade haverá reexame necessário pelo Chefe do Poder Executivo. Parágrafo único - O Conselheiro indiciado poderá interpor recurso fundamentado, devendo apresentá-lo em 15 (quinze) dias, a contar de sua intimação pessoal ou de seu procurador, da decisão da Comissão de Ética. Art. 40. - Caso a denúncia do fato apurado tenha sido encaminhada por particular, quando da conclusão dos trabalhos o denunciante deve ser cientificado da decisão da Comissão de Ética. Art. 41. - Concluída a sindicância pela incidência de uma das hipóteses previstas nos artigos 228 a 258 da Lei Federal n.

8.069/90, os autos serão remetidos imediatamente ao Ministério Público, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis. FORMAÇÃO E APRIMORAMENTO Art. 42. - O COMDICA oferecerá um curso de capacitação básico inicial para os conselheiros tutelares titulares e suplentes. Art. 43. - O COMDICA, em convênio com entidades e universidades, manterá um programa de formação continuada para aprimoramento da atuação dos conselheiros tutelares. Art. 44. - Para participação no programa de formação continuada, bem como palestras, reuniões, seminários, conferências, cursos e outros, os Conselheiros deverão montar uma programação de forma a não interromperem o atendimento no Conselho Tutelar. DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 45. - Será garantido aos Conselhos Tutelares o suporte administrativo necessário o seu funcionamento, utilizando espaço físico, equipamentos e funcionários do Poder Público. Art. 46. - Os Conselheiros Tutelares que pretenderem disputar uma nova escolha para eventual recondução por uma vez, deverão desincompatibilizar-se até o primeiro dia útil após a homologação das candidaturas pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Parágrafo Único A inobservância do prazo do caput deste artigo acarretará a inegibilidade do candidato que possibilitará a impugnação da candidatura e o indeferimento de seu pedido de registro. Art. 47. - A eleição a ser realizada na vigência da presente lei poderá ocorrer no prazo máximo de até 3 (três) meses antes do termino do mandato do Conselho Tutelar existente.

Parágrafo único - Excepcionalmente, os atuais mandatos dos Conselheiros Tutelares poderão ser prorrogados pelo mesmo prazo previsto no caput deste artigo. Art. 48. - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Gabinete do Prefeito Municipal de Maetinga, 24 de outubro de 2005. Brasilino Jose da Silva Neto Prefeito Municipal Alexandre Andrade de Oliveira Secretario Municipal de Administração e Finanças