ANÁLISE DA PAUTA DO SIND-SAÚDE CAMPANHA SALARIAL DE 2016

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Transcrição:

ANÁLISE DA PAUTA DO SIND-SAÚDE CAMPANHA SALARIAL DE 2016 REFERÊNCIA: Ofício nº 004/2016 pauta aprovada em 23/02/2016 na Assembleia Geral dos Trabalhadores do Sistema Estadual de Saúde e Unimontes 1) Aumento real de salários com a devida reposição da inflação de 20%, respeitando-se a paridade entre os trabalhadores da ativa e aposentados O último reajuste concedido em caráter geral aos servidores das carreiras do Grupo de Atividades de Saúde foi um abono de R$190,00, com vigência a partir de 1º de junho, incorporável ao vencimento básico em 4 etapas (outubro/2015, janeiro/2016, abril/2016 e julho/2016). Os servidores da Unimontes que atuam em unidades vinculadas à área da saúde também foram contemplados com o abono de R$190,00. Entre os reajustes específicos, informamos que em fevereiro de 2015 ocorreu a segunda etapa de incorporação da Gratificação Complementar (gratificação com valor correspondente a 50% do VB) ao vencimento básico dos servidores das carreiras da FHEMIG, FUNED, HEMOMINAS e ESP, conforme previsão constante na Lei nº 21.167, de 17 de janeiro de 2014. Além disso, houve um aumento do valor da Gratificação por Atividades de Gestão da Saúde - Gages atribuída aos servidores ocupantes de cargo de provimento efetivo da carreira de Especialista em Políticas e Gestão da Saúde da SES/MG, passando de 40% para 50% do vencimento básico, conforme previsão constante no art. 4º da Lei nº 21.167, de 17 de janeiro de 2014. Novos reajustes estão condicionados à disponibilidade financeira e orçamentária, bem como à observância dos limites de despesas com pessoal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal. 2) Auxílio Creche para os servidores da ESP-MG Escola de Saúde Pública O reajuste foi concedido pelo Governo e acordado em reunião da SEPLAG e SES com o SIND- SAÙDE, no dia 06 de abril de 2016, atendendo uma demanda histórica dos servidores da ESP-MG 1

3) Mudança da data-base do mês de outubro para o mês de abril Conforme previsto no caput do art. 24 da Constituição do Estado e no art.7º da Lei nº 19.973, de dezembro de 2011 (Lei de Política Remuneratória), as negociações de reajustes salariais deverão ser realizadas na Mesa de Negociação Sindical Permanente, de forma mais ampla e unificada. É importante ressaltar que o reajuste depende da disponibilidade de recursos e aplicação dos critérios previstos na Lei de Política Remuneratória. A mudança da data-base é interpretada como antecipação de reajuste o que contraria o disposto no art. 22, parágrafo único, da Lei de Responsabilidade Fiscal. O Governo está adotando medidas para o cumprimento da legislação e, assim, propiciar a recuperação dos patamares abaixo do limite prudencial fiscal, sem, contudo, comprometer a prestação dos serviços públicos, bem como os direitos de todos servidores. 4) Que haja descompressão das tabelas dos trabalhadores de nível auxiliar que ninguém receba salário-base menor que o salário mínimo vigente no país As tabelas das carreiras de nível fundamental de todos os Grupos de Atividades sofreram um achatamento em 2013 para compatibilização com os reajustes anuais decorrentes da atualização do salário mínimo. Esse achatamento ficará mais evidente após a incorporação total do abono de R$190,00, concedido em 2015, aos servidores das carreiras do Grupo de Atividades de Saúde, uma vez que o valor acrescido ao vencimento básico é o mesmo, independentemente do nível e grau da tabela. Entretanto, referido abono beneficiou servidores com as menores remunerações. Se, por um lado, reconhecemos que existe uma distorção nessas tabelas, por outro lado o momento atual não permite que se façam as correções, em virtude do impacto financeiro de das vedações previstas no art. 22, parágrafo único, da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ademais, essa situação se estende a diversas categorias, sendo objeto de discussão em todo o Estado. Esclarecemos que, pelas regras vigentes, o menor valor de vencimento básico para as tabelas das carreiras do Poder Executivo é de R$880,00 para uma jornada de 40 horas semanais, aplicando-se a proporcionalidade para as tabelas de 30 horas semanais (ou seja, R$660,00 como VB inicial para 30 horas). 2

Ademais, no âmbito da Saúde, o menor valor de vencimento básico, após a incorporação do abono de R$190,00 (julho/2016), será de R$781,00 para 30 horas semanais. As discussões referentes aos itens 1, 3 e 4 tratam de assuntos comuns a mais de um setor e carreira do estado sendo pauta da MESA PERMANENTE DE NEGOCIAÇÃO SINDICAL. 5) Incorporação das autoridades sanitárias trabalhadores da SES no Plano de Carreiras do Sistema Estadual de Saúde, bem como o reconhecimento dos mesmos como fiscais sanitários, assegurados todos os direitos previstos em lei A definição de autoridade sanitária e de quem pode exercer essa função é prevista nos arts. 19 e 20 do Código de Saúde Lei nº 13317 de 24/09/1999: Art. 19 - Para os efeitos desta Lei, entende-se por autoridade sanitária o agente público ou o servidor legalmente empossado a quem são conferidas as prerrogativas e os direitos do cargo, da função ou do mandato para o exercício das ações de vigilância à saúde, no âmbito de sua competência. Art. 20 - Para os efeitos desta lei, são autoridades sanitárias: I - o Secretário de Estado da Saúde; II - os Secretários Municipais de Saúde ou autoridades equivalentes; III - os demais Secretários de Estado ou Municipais com interveniência na área da saúde, no âmbito de sua competência; IV - o ocupante de função ou cargo de direção, assessoramento e coordenação das ações de vigilância à saúde, lotado na Secretaria de Estado de Saúde, nas Secretarias Municipais de Saúde ou órgãos equivalentes, no âmbito de sua competência; V - o servidor integrante de equipe multidisciplinar ou de grupo técnico de vigilância sanitária e epidemiológica e de área relacionada à saúde, observada sua competência legal; VI - o servidor público integrante do SUS, designado para o exercício de atividade de regulação da assistência à saúde, de vigilância sanitária, de vigilância epidemiológica e ambiental ou da auditoria assistencial do SUS. Percebe-se que não é possível vincular, no modelo atual, o exercício da função de autoridade sanitária a um plano de carreiras, uma vez que os agentes públicos podem ser ocupantes de cargos ou funções em qualquer nível de atuação do SUS, não estando necessariamente vinculados a uma carreira ou cargo efetivo estadual. Serão realizados estudos para avaliar os normativos que regem a condição de autoridade sanitária e os ajustes necessários ao melhor funcionamento da atividades e melhores condições de trabalho. Com relação ao Decreto 46.938, de 21/01/2016, redefiniu a concessão de diárias aos fiscais sanitário, a SES já agendou reunião com o CSC Centro de Serviços Compartilhados, para discutir a demanda. 3

A Lei de Responsabilidade Fiscal em seu inciso II do art.22 veda, diante do atingimento do limite prudencial, a criação de cargo, emprego ou função. Ressaltamos ainda, que o ingresso em carreiras públicas dar-se-á mediante concurso público. 3) Implantação da jornada máxima de 30 horas semanais sem redução salarial, conforme preconiza a OMS a todos os trabalhadores do Sistema Estadual de Saúde e Unimontes Desde o início do atual governo, a demanda pela implantação da jornada máxima de 30 horas semanais sem redução salarial vem sendo apresentada como a principal reinvindicação dos trabalhadores da Saúde. O termo de acordo para o fim da greve assinado em 29/05/2015 previa o compromisso de se buscar a redução da carga horária dos trabalhadores da Saúde, no contexto de revisão dos planos de carreira, (...) com participação e deliberação dos trabalhadores. Neste período foram realizados estudos do impacto financeiro da demanda ao sindicato. O governo propôs a redução da jornada de 40 para 30 horas para profissionais que trabalhassem em regime de turno ininterrupto, enquanto estivessem nessa condição. Entretanto a representação dos trabalhadores entendeu que a proposta não atendia a expectativa dos trabalhadores e a recusou, propondo a retomada da discussão por trabalhadores e governo buscando ampliar o alcance da proposta. Foi instituída em novembro de 2015 uma comissão paritária formada pela equipe técnica dos órgãos da Saúde, da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), com o objetivo de promover novos estudos relativos à proposta de redução de jornada para 30 horas semanais. Foi realizado um levantamento nos órgãos/entidades do Sistema Estadual de Saúde, para verificar qual o quantitativo de horas necessárias (e de novos ingressos, consequentemente) para compensação da redução de jornada em cada unidade, visando garantir a continuidade da prestação dos serviços tanto na área assistencial quanto na administrativa. O Grupo técnico se reuniu no dia 04/04/2016 para finalizar as apresentações dos estudos realizados pelos Órgãos e Instituições envolvidos, dando os devidos encaminhamentos, a fim de subsidiar decisões, partindo da mensuração do impacto financeiro da redução de jornada, e definições de propostas para possível implementação. O governo comprometeu-se a avaliar o material elaborado pelo grupo técnico e retornar aos trabalhadores na semana de 11 a 15 de abril. Uma reunião entre os secretários de Estado da Saúde e do Planejamento está prevista para essa semana. 4

Vale destacar que qualquer medida que implique aumento de despesas com pessoal atualmente encontra óbices na Lei de Responsabilidade Fiscal, portanto a redução de jornada sem redução salarial está condicionada ao reequilíbrio das contas públicas. 4) Reestruturação da carreira dos trabalhadores do Sistema Estadual de Saúde e Unimontes Em 2015 houve diversas reuniões com os gestores e a representação dos trabalhadores do Sistema Estadual de Saúde e Unimontes, com participação da SEPLAG, para discussão sobre propostas de reestruturação das carreiras. Conforme acordado com o sindicato, o tema prioritário para os estudos sobre as carreiras, no momento atual, é a proposta de redução de jornada para 30 horas semanais, tendo sido instituído um grupo técnico exclusivamente com essa finalidade. 5) Extensão do pagamento da Gratificação Complementar para todos os trabalhadores da Unimontes Em novembro de 2015 foi firmado acordo para atendimento ao pleito, entretanto a medida depende de envio de projeto de lei à ALMG, que somente será possível quando as despesas com pessoal do Poder Executivo estiverem dentro dos limites determinados pela LRF. As demandas relacionadas a UNIMONTES estão sendo discutidas com SINDSAÚDE reuniões específicas, com SEPLAG e SECTES. Itens 4 e 5. 6) Que haja a extensão da GAGES Gratificação por Atividades de Gestão da Saúde - a todos os trabalhadores da SES, com a devida incorporação ao salário-base. em A GAGES, cujo valor corresponde a 50% do vencimento básico do servidor, foi instituída pela Lei nº 21.167, de 17/01/2014. Como o próprio nome diz, e por decisão do governo anterior, esta gratificação é relacionada exclusivamente a atividades especializadas de gestão de políticas públicas de saúde, por isso foi atribuída somente aos EPGS. Embora haja concordância com o mérito do pleito, extensão da GAGES ou criação de gratificação equivalente para as demais carreiras da SES acarretará impacto financeiro, caracterizando descumprimento das vedações previstas no art. 22, parágrafo único, da LRF. 7) Que haja de imediato o cumprimento dos direitos previstos no atual Plano de Carreira Cargos e Salários tanto para pessoas da ativa como para os trabalhadores que se afastaram preliminarmente para aposentadoria que se encontra congelado O Estado enfrenta um momento de graves restrições de ordem financeira, bem como de ordem jurídica, tendo em vista as vedações previstas na LRF à adoção de medidas que impliquem aumento de despesas com pessoal. Esse cenário vem provocando atrasos na 5

publicação e taxação dos atos de evolução na carreira, entretanto a legislação estadual assegura a implementação desses benefícios, bem como os acertos dos valores retroativos à data de vigência. Aqueles que estão em afastamento preliminar à aposentadoria não poderão ser prejudicados, pois, mesmos nos casos em que os atos de progressão/promoção ainda não tenham sido publicados, o direito está garantido caso os requisitos legais tenham sido implementados quando o servidor estava em atividade. As progressões devidas da SES e que estavam congeladas, foram publicadas no Diario Oficial do dia 13/04. As promoções também estão asseguradas. O pagamento retroativo desses direitos e outros como Título Declaratórios, qüinqüênios, etc serão negociados com os sindicatos na Mesa de Negociação Sindical Permanente. 10) Extensão do abono incorporável aos bolsistas da FHEMIG. 6