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fls Este documento foi liberado nos autos em 10/06/2017 às 11:12, é cópia do original assinado digitalmente por JOSE EDUARDO NOBRE CARLOS.

lauda 1

AGRAVO DE INSTRUMENTO N

Transcrição:

fls. 1010 Autos n. 0307035-73.2016.8.24.0020 Ação: Recuperação Judicial Autor: Canguru Plásticos Ltda. e outros/ Vistos, etc. As sociedades empresárias CANGURU PLÁSTICOS LTDA, IMBRALIT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ARTEFATOS DE FIBROCIMENTO LTDA, CANGURU AGROPECUÁRIA LTDA, JORGE ZANATTA ADMINISTRAÇÃO DE BENS E PARTICIPAÇÕES LTDA e JORGE ZANATTA INVESTIMENTOS LTDA, requereram o processamento da RECUPERAÇÃO JUDICIAL, objetivando, em síntese, viabilizar a superação da crise econômica-financeira enfrentada pelo grupo econômico. passo a analisar os pedidos. Os autos vieram conclusos. É O BREVE RELATÓRIO. DECIDO. Atenta aos requerimentos iniciais, bem como às emendas à inicial, Inicialmente, cumpre-se frisar que, nada obstante a ausência de previsão legal na Lei n.º 11.101/2005, não se vê razão para impedir o processamento da recuperação judicial constando, no polo ativo da lide, as sociedade empresárias que fazem parte do mesmo grupo econômico, especialmente, quando não se retarde ou dificulte a satisfação dos direitos dos credores. O juízo tem ciência das correntes contrárias a medida, que fundamentam na distância entre os estabelecimentos das sociedades empresárias, podendo, com isso, causar dificuldades a participação dos credores na assembleia geral de credores, especialmente, os trabalhistas. No entanto, sabe-se, perfeitamente, que os trabalhadores têm sido representados, em assembleia geral de credores, por meio de seus sindicatos, caindo, por terra, a dificuldade apontada. Além disso, verifica-se no presente caso que as sociedades empresárias possuem a cidade de Criciúma/SC como o local de maior concentração de negócios, sendo, inclusive, a sede do centro administrativo das sociedades. Logo, considerando que na cidade de Criciúma está o principal estabelecimento das empresas, sendo este o local em que está centralizada a atividade e

fls. 1011 influência econômica, não haverá qualquer dificuldade para os credores em razão da existência de diferentes estabelecimentos, posto que o local central das atividades é na presente cidade de Criciúma, local em que certamente acontecerá a assembleia geral de credores, facilitando, portanto, a participação de todos os credores, em especial dos trabalhistas. Ademais, a sociedade empresária Canguru Plásticos LTDA, é a maior devedora e líder do conglomerado econômico do Grupo Jorge Zanatta, razão por que a elaboração de PLANO DE RECUPERAÇÃO ÚNICO pode, na realidade, facilitar a superação da crise econômica-financeira enfrentada pelo grupo econômico, permitindo, desse modo, a continuidade das atividades empresariais, a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e do interesse dos credores no intuito de promover a preservação das empresas, sua função social e o estímulo à atividade econômica, evitando, ainda, a quebra de todo o grupo. Assim sendo, admito o processamento da recuperação judicial constando, no polo ativo da lide, as sociedades empresárias que fazem parte do mesmo grupo econômico. Dito isso, sabe-se que "a nova lei deu forma às seguintes modalidades recuperatórias em juízo: (a) recuperação ordinária, prevista nos arts. 47-69; (b) recuperação especial destinada às microempresas e empresas de pequeno porte (arts. 70-72); (c) recuperação extrajudicial sujeita à homologação judicial, regulamentada pelos arts. 161-167" (NEGRÃO, Ricardo. Aspectos objetivos da lei de recuperação de empresas e de falências: lei n.º 11.101, de 9 de fevereiro de 2005. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 174). O "processo de recuperação judicial divide-se em três fases bem distintas" (COELHO, 2007, p. 144), quais sejam: fase postulatória, fase deliberativa e fase executiva. A primeira fase, por sua vez, encerra-se "[...] com dois atos judiciais: a petição inicial e o despacho que manda processar a recuperação" (Ibid., p. 151). Anote-se que "é possível que empresas economicamente saudáveis sofram crise financeira, momentânea ou não, em razão da insuficiência de recursos financeiros para o pagamento das obrigações assumidas" (Op. cit, NEGRÃO, p. 173). O instituto da RECUPERAÇÃO JUDICIAL tem por objetivo "viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a

fls. 1012 manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica" (art. 47 da Lei n.º 11.101/2005), o que, diga-se de passagem, é louvável, diante do presente cenário de recessão em que vivemos. O art. 48 da Lei n.º 11.101/2005 estabelece: Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: I não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; II não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; III não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; IV não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. Parágrafo único. A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente. O art. 51 do diploma legal mencionado em epígrafe dispõe: Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruída com: I a exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das razões da crise econômico-financeira; II as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de: a) balanço patrimonial; b) demonstração de resultados acumulados; c) demonstração do resultado desde o último exercício social; d) relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção; III a relação nominal completa dos credores, inclusive aqueles por obrigação de fazer ou de dar, com a indicação do endereço de cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito, discriminando sua origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros contábeis de cada transação pendente; IV a relação integral dos empregados, em que constem as respectivas funções, salários, indenizações e outras parcelas a que têm direito, com o correspondente mês de competência, e a discriminação dos valores pendentes de pagamento; V certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas, o ato constitutivo atualizado e as atas de nomeação dos atuais administradores; VI a relação dos bens particulares dos sócios controladores e dos administradores do devedor; VII os extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suas eventuais aplicações financeiras de qualquer modalidade, inclusive em fundos de investimento ou em bolsas de valores, emitidos pelas respectivas

fls. 1013 instituições financeiras; VIII certidões dos cartórios de protestos situados na comarca do domicílio ou sede do devedor e naquelas onde possui filial; IX a relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais em que este figure como parte, inclusive as de natureza trabalhista, com a estimativa dos respectivos valores demandados. 1 o Os documentos de escrituração contábil e demais relatórios auxiliares, na forma e no suporte previstos em lei, permanecerão à disposição do juízo, do administrador judicial e, mediante autorização judicial, de qualquer interessado. 2 o Com relação à exigência prevista no inciso II do caput deste artigo, as microempresas e empresas de pequeno porte poderão apresentar livros e escrituração contábil simplificados nos termos da legislação específica. 3 o O juiz poderá determinar o depósito em cartório dos documentos a que se referem os 1 o e 2 o deste artigo ou de cópia destes. Analisando cuidadosamente os autos, observa-se que as partes requerentes são pessoas jurídicas de direito privado constituída há mais de 2 (dois) anos, consoante se infere dos documentos de fls. 590/591 (Canguru Agropecuária Ltda), fls. 601/602 (Canguru Plásticos Ltda), fl. 612 (DPMC Fabricação e Distribuição de Descartáveis Plásticos e Materiais de Construção Ltda), fl. 619 (Imbralit Indústria e Comércio de Artefatos de Fibrocimento Ltda), fl. 630 (Jorge Zanatta Administração de Bens e Participações Ltda) e fl. 642 (Jorge Zanatta Investimentos Ltda), todas certidões simplificadas das sociedades empresárias. Ademais, as requerentes jamais foram falidas, sequer requereram recuperação judicial e tampouco sofreram condenação por crime falimentar, assim como seus sócios e administradores, conforme se verifica dos documentos de fls. 532-537, 542-547, 551-556, 561-566, 571-577 e 582-587. cumpridos. Portanto, os requisitos do art. 48 da Lei n.º 11.101/2005 estão Do mesmo modo, estão preenchidos os requisitos ínsitos no art. 51 do mesmo diploma legal, porquanto as partes requerentes juntaram aos autos todos os documentos exigidos, razão por que o pedido de processamento da RECUPERAÇÃO JUDICIAL, na modalidade ordinária, diante da crise econômico-financeira que vem enfrentando, deve ser deferido. água e gás I Da manutenção do fornecimento de energia elétrica, telefone, No tocante ao pedido de manutenção do fornecimento de energia elétrica, telefone e água por falta de pagamento dos débitos anteriores ao pedido de

fls. 1014 recuperação judicial, cumpre-se frisar que a continuidade dos serviços tornam-se imprescindíveis à manutenção da viabilidade das atividades da sociedade empresária recuperanda, porquanto "Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido." (art. 49, "caput", da Lei n.º 11.101/2005). já decidiu: Nesse sentido, o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo RECUPERAÇÃO JUDICIAL - Fornecimento de energia elétrica - Continuidade da prestação dos serviços de fornecimento - Distinção entre débitos novos e antigos - Continuidade da prestação do serviço condicionada ao pagamento pontual das contas vincendas e vencidas, desde a data do pedido de recuperação judicial Precedente da Câmara Reservada - Recurso (Agravo de Instrumento n.º 2035797-18.2014.8.26.0000, 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do TJSP, rela. Desa. Lígia Araújo Bisogni, j. em 19.05.2014). Do. v. aresto, extrai-se o excerto abaixo: 1. Trata-se de agravo de instrumento tirado por Ecom Energia Ltda. contra a r. decisão reproduzida a pág. 19 que, nos autos do pedido de recuperação judicial de Acumuladores Ajax Ltda. e Outro, deferiu pretensão liminar consistente em obrigar a ora agravante a não interromper o fornecimento de energia elétrica às ora agravadas, com pretensão de atribuição de efeito suspensivo ao recurso indeferida. Recurso bem processado, com resposta das agravadas. 2. Efetivamente, a termo legal, apenas os valores anteriores ao pedido de recuperação judicial, e não ao seu deferimento, devem fazer parte do plano de recuperação a ser submetido à aprovação ou rejeição. Bem por isso, aliás, que foi editada a Súmula 57 da Seção de D. Privado, in verbis: A falta de pagamento de conta de luz, água e gás anteriores ao pedido de recuperação judicial não autoriza a suspensão ou interrupção do fornecimento. Ora, o fornecimento de energia elétrica é fundamental para a manutenção da atividade da empresa recuperanda e, por consequência, para que ela possa se reerguer; como os artigos 47 e 49 da Lei 11.101/05 preveem, genericamente, a inclusão dos débitos anteriores ao ajuizamento do pedido de recuperação num concurso de credores, persiste total incompatibilidade na admissão do corte de fornecimento. As contas anteriores à instauração da recuperação judicial estão sujeitas ao concurso, ressalvada a responsabilidade pelo pagamento das contas vencidas após tal marco temporal. (Apel. nº 0018912-79.2012.8.26.0566, Rel. Des. Fortes Barbosa). No caso em debate, todavia, observo que a agravante não tinha nenhum crédito constituído com as agravadas, anterior ao pedido de recuperação judicial, principalmente considerando que o contrato firmado entre os litigantes data de 17.12.2013 (pág. 115), com início de fornecimento de energia elétrica a partir de janeiro de 2014,e o pedido de recuperação judicial foi protocolado em 18.12.2013 (pág. 30).

fls. 1015 Assim, não há impedimento legal para a suspensão e/ou interrupção do fornecimento, eis que as agravadas não podem deixar de honrar o pagamento das dívidas assumidas depois da data do pedido de recuperação. É preciso distinguir débitos novos e antigos, estando a continuidade da prestação do serviço condicionada ao pagamento pontual das contas vincendas e vencidas desde a data do pedido de recuperação judicial. Mediante o pagamento das contas vencidas após o ajuizamento do pedido de recuperação judicial, deve prosseguir o fornecimento de energia elétrica... (acórdão citado). Pelo exposto, dou provimento ao recurso para, em caso de não pagamento das contas vencidas após o ajuizamento do pedido de recuperação judicial, permitir a suspensão do fornecimento de energia elétrica pela agravante. Ora, resta claro que, à superação da crise-econômico financeira das sociedades empresárias, faz-se mister, por ora, impedir a interrupção do fornecimento dos serviços de energia elétrica, telefone e água por falta de pagamento dos débitos anteriores ao pedido de recuperação judicial. No entanto, deve-se gizar, desde já, que a ordem legal concedida presta-se, tão somente, para evitar o corte do fornecimento dos referidos serviços, exclusivamente, por falta de pagamento dos débitos anteriores ao pedido de recuperação judicial, ou seja, o suposto inadimplemento de débitos posteriores ao pedido de recuperação poderão importar, sem sombra de dúvida, em suspensão e/ou cancelamento dos serviços ora em análise. II Da suspensão da divulgação de anotações e protestos Da mesma forma, no que tange ao requerimento para suspender a divulgação de anotações de protestos em nome das sociedades empresárias, tenho que razão assistem às partes requerentes. Isso porque, embora o protesto seja um exercício regular do direito do credor, não faz sentido que se suspendam, a teor do art. 6º da Lei n. 11.101/2015 todas as ações e execuções em trâmite pelo prazo de 180 (cento e oitenta dias) do deferimento da recuperação judicial e se mantenham os efeitos dos protestos levados a efeito contra as recuperandas nesse período, sob pena de se desconsiderar a finalidade do instituto da recuperação judicial (art. 47, da LRF). Nesse sentido, extrai-se da jurisprudência: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. SUSTAÇÃO DOS EFEITOS DOS PROTESTOS E VEDAÇÃO DE APONTAMENTOS FUTUROS. MEDIDA CONCEDIDA. INTERPRETAÇÃO DO INSTITUTO. PRINCÍPIO DA

fls. 1016 FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA. PRECEDENTES. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E PROVIDO PARCIALMENTE. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO EM PARTE E, NA PARTE CONHECIDA, PROVIDO PARCIALMENTE EM DECISÃO MONOCRÁTICA. (TJRS, Agravo de Instrumento n. 70052026861, rel. Des. Artur Arnildo Ludwig, j. 13-11-2012). Assim, estando as requerentes em processo de recuperação judicial seria inadequado manter-se os efeitos dos protestos lançados e autorizar os futuros, dificultando a operacionalização das atividades, frustrando a relação comercial, sobretudo, com as instituições financeiras. Não bastasse isso, é notório o prejuízo que as sociedades empresárias recuperandas sofreriam acaso não concedida a medida postulada, podendo comprometer suas atividades e, por conseguinte, o plano de recuperação a ser apresentado. Diante disso, prestigiando os princípios da razoabilidade e da preservação da empresa, o pleito de suspensão da divulgação das anotações de protesto, bem como eventuais anotações dos nomes das requerentes pelos Cartórios de Protestos de Títulos e pelos órgãos de restrição de crédito (SERASA, SPC, CCF, dentre outros), relativamente aos títulos e créditos constituídos anteriormente ao pedido de recuperação, vencidos e vincendos, sujeitos ao Plano de Recuperação Judicial, tal como requerido na inicial, deve ser deferido. III Da suspensão da trava bancária Por outro lado, no que tange ao requerimento de suspensão da chamada trava bancária, razão não assiste aos requerentes. Isso porque, não obstante a argumentação jurídica trazida pelas requerentes, vê-se que suas teses (embora pertinentes), são no todo superficiais. Isso porque, não pode este juízo se valer de meras alegações quanto à existência de contratos com travas bancárias para deferir o requerimento formulado na inicial. Além de apenas indicar a existência de contratos bancários com a referida proteção, as requerentes alegam que desconhecem a existência dos registros necessários para o reconhecimento da trava, o que por si só demonstra a fragilidade de provas em tal sentido, não sendo possível aferir a veracidade das alegações. Ademais, convém ressaltar que recentemente este juízo se deparou com situação semelhante, ocasião em que, por ter efetivamente constatado a existência de contrato bancário com trava bancária, em razão da ausência de provas de registro, foi

fls. 1017 deferido o levantamento da trava. Não obstante a posterior comprovação do registro do referido contrato, em que pese mantido o entendimento desde juízo em respeito ao princípio da preservação das empresas, sobreveio decisão em sede de agravo de instrumento concedendo a liminar determinando a manutenção da trava bancária. Diante disso, atenta às decisões recentes acerca do tema, saliento que por força da predominante corrente jurisprudencial, créditos decorrentes de cessão fiduciária não se sujeitam à recuperação judicial, considerando sua natureza incorpórea, não se submetendo à ressalva da parte final do 3º do art. 49 da Lei nº. 11.101/2005 (chamada "trava bancária"), motivo pelo qual indefiro o pedido inicial de levantamento/suspensão de eventuais travas bancárias existentes. 4º, da LRF) IV Do comprometimento do patrimônio da empresa (art. 6º, No mais, no que se refere ao 4º do art. 6º da Lei nº. 11.101/2005, saliento, tem-se claro que "[...] eventual comprometimento do patrimônio do devedor há de ser repelido, vedados atos que importem a redução do patrimônio da empresa, ou exclua parte dele do processo de recuperação, sob pena de comprometer, de forma significativa, o seguimento da empresa. Orientação da 2ª Seção do STJ. Aplicação do princípio da menor onerosidade do devedor, sob pena de inibir o cumprimento do plano de recuperação judicial. Os atos judiciais que reduzam o patrimônio da recuperanda não podem ser praticados por Juízo diverso da Recuperação Judicial. Precedentes do TJRS e STJ. Conflito positivo de competência acolhido liminarmente." (Conflito de Competência Nº 70058973017, Vigésima Segunda Câmara Cível do TJRS, rel. Des. Carlos Eduardo Zietlow Duro, j. em 19.03.2014). Desse modo, não há dúvida que qualquer penhora sobre as contas das sociedades empresárias CANGURU PLÁSTICOS LTDA, IMBRALIT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ARTEFATOS DE FIBROCIMENTO LTDA, CANGURU AGROPECUÁRIA LTDA, JORGE ZANATTA ADMINISTRAÇÃO DE BENS E PARTICIPAÇÕES LTDA e JORGE ZANATTA INVESTIMENTOS LTDA poderá inviabilizar o cumprimento de obrigações mais prementes das empresas e a manutenção de suas atividades, bem como o cumprimento do plano de recuperação a ser aprovado em assembleia geral de credores, o que não pode ser admitido por este juízo universal. V Do pagamento de cheques pós datados De igual forma, em relação ao pedido para que seja deferido o não pagamento dos cheques pós datados emitidos anteriormente ao pedido de recuperação,

fls. 1018 tenho que o pleito igualmente comporta deferimento. Isso porque, por força do art. 49 da Lei nº. 11.101/2005, tem-se que estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. Assim, como já exposto anteriormente quando do deferimento da manutenção dos serviços de energia elétrica, telefone e água, se os débitos relativos às obrigações contraídas antes do pedido de recuperação judicial ficam sujeitos ao regime da recuperação, inviável que se conceda a determinados credores privilégios não previstos na legislação para o recebimento de seus valores. Desse modo, defiro desde já que os portadores de cártulas emitidas anteriormente ao pedido de recuperação (conforme relação de fls. 31/32), não podem se valer desta condição para, descontando os títulos diretamente na rede de compensação, receber seus créditos em detrimento dos demais. VI Do sigilo das relações de bens Por outro lado, em relação ao pedido de sigilo das relações de bens particulares dos sócios e administradores das sociedades empresárias requerentes, não merece acolhimento, pois, não vejo qualquer prejuízo aos sócios proprietários em terem expostas suas declarações de bens declaradas ao Fisco, mormente por não se tratar de processo sigiloso ou submetido a segredo de justiça. Assim sendo, DEFIRO O PEDIDO DE PROCESSAMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL almejada pelas sociedades empresárias CANGURU PLÁSTICOS LTDA, IMBRALIT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ARTEFATOS DE FIBROCIMENTO LTDA, CANGURU AGROPECUÁRIA LTDA, JORGE ZANATTA ADMINISTRAÇÃO DE BENS E PARTICIPAÇÕES LTDA e JORGE ZANATTA INVESTIMENTOS LTDA, nos termos do art. 52, "caput", da Lei n.º da Lei n.º 11.101/2005. No mais, atenta à petição retro juntada, considerando a notícia de interrupção no fornecimento de energia elétrica das sociedades empresarias Canguru Plásticos Ltda e Imbralit Indústria e Comércio de Artefatos de Fibrocimento Ltda, preenchidos os requisitos do art. 300 do NCPC, DEFIRO TUTELA DE URGÊNCIA para determinar DISTRIBUIÇÃO S/A. o imediato religamento da energia elétrica por parte da CELESC Ademais, como já fundamentado no item I, defiro desde já a IMEDIATA expedição de ofício às seguintes empresas: CELESC DISTRIBUIÇÃO S/A,

fls. 1019 CLARO S/A, COMPANHIA CATARINENSE DE ÁGUAS E SANEAMENTO CASAN, COMPANHIA DE GÁS DE SANTA CATARINA, COMPANHIA ESTADUAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA CEE, LIQUIGÁS DISTRIBUIDORA S/A, OI S/, SERVIÇO AUTÔNOMO DE SANEAMENTO DE PELOTAS, SUPERGASBRAS ENERGIA LTDA, SUL GÁS LTDA, TELEFÔNICA BRASIL S/A e à TELEMAR NORTE LESTE S/A, nos endereços indicados na relação de credores das devedoras, a fim obstar a interrupção no fornecimento de energia elétrica, telefone, água e gás, por falta de pagamento dos débitos anteriores ao pedido de recuperação judicial, forte nos arts. 47 e 49, "caput", ambos da Lei n.º 11.101/2005, autorizando, contudo, a suspensão e o cancelamento dos serviços ora em análise na hipótese de inadimplemento de débitos posteriores ao pedido de recuperação. Defiro, outrossim, o pleito de suspensão da divulgação das anotações de protesto, bem como eventuais anotações dos nomes das requerentes pelos Cartórios de Protestos de Títulos e pelos órgãos de restrição de crédito (SERASA, SPC, CCF, dentre outros), relativamente aos títulos e créditos constituídos anteriormente ao pedido de recuperação, vencidos e vincendos, sujeitos ao Plano de Recuperação Judicial, tal como requerido na inicial, deve ser deferido. Nos termos do art. 49, 3º, da Lei nº. 11.101/2005, durante o prazo de suspensão a que se refere o 4º do art. 6º da LRF, determino que não poderá haver qualquer penhora nas contas das sociedades empresárias, CANGURU PLÁSTICOS LTDA, IMBRALIT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ARTEFATOS DE FIBROCIMENTO LTDA, CANGURU AGROPECUÁRIA LTDA, JORGE ZANATTA ADMINISTRAÇÃO DE BENS E PARTICIPAÇÕES LTDA e JORGE ZANATTA INVESTIMENTOS LTDA, pelo mesmo motivo, fica desde já autorizada a manutenção das sociedades empresárias na posse dos bens essenciais as suas atividades. Ademais, como constou da fundamentação acima (item V), oficie-se ao Banco HSBC Bank Brasil S/A - Banco Múltiplo, no endereço constante na relação de credores das devedores, determinando a proibição de pagamento dos cheques pós-datados constantes da relação de fls. 31/32 emitidos pelas requerentes. A teor do art. 52, I, da Lei n.º 11.101/2005, nomeio, como administrador judicial, sociedade INNOVARE - ADMINISTRADORA EM RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA SS - ME, representada por seus sócios MAURICIO COLLE DE FIGUEIREDO e FLÁVIO CARLOS, situada à Travessa Germano Magrin, n.º

fls. 1020 100, sala 407, Edifício Parthenon, bairro Centro, MUNICÍPIO DE CRICIÚMA, CEP: 88802-090, fone: (48) 3413-8211/9975-7977/9978-3115. Os credores poderão acessar o site <http://www.innovareadministradora.com.br> para demais informações. Arbitro, desde já, a remuneração inicial e mensal de R$18.000,00 (dezoito mil reais), que deverá ser pago, pela empresa requerente Canguru Plásticos Ltda - principal líder do conglomerado econômico, diretamente ao administrador judicial até o 10.º dia de cada mês, devendo, contudo, aquela comprovar o pagamento nestes autos. Em momento oportuno será apreciada a remuneração final e de direito do administrador judicial, com lastro no art. 24, 1.º, da Lei n.º 11.101/2005. Determino a dispensa da apresentação de certidões negativas para que as empresas requerentes exerçam suas atividades, exceto para contratação com o Poder Público ou para recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, observando o disposto no art. 69 desta Lei, conforme dispõe o art. 52, II, da Lei n.º 11.101/2005. Ordeno a suspensão de todas as ações ou execuções contra as empresas requerentes, na forma do art. 6 o desta Lei, permanecendo os respectivos autos no juízo onde se processam, ressalvadas as ações previstas nos 1 o, 2 o e 7 o do art. 6 o desta Lei e as relativas a créditos excetuados na forma dos 3 o e 4 o do art. 49 desta Lei, nos termos da dicção do art. 52, III, da Lei n.º 11.101/2005. Caberá às empresas requerentes comunicarem o teor desta decisão interlocutória diretamente aos juízos competentes (art. 52, 3.º, da Lei n.º 11.101/2005). Determino a suspensão do curso do prazo de prescrição das ações e execuções contra as empresas requerentes pelo prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias, conforme preceitua o art. 6.º, 4.º, da Lei n.º 11.101/2005. Determino às empresas requerentes que apresentem suas contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, por meio de balancetes mensais, sob pena de destituição de seu(s) administrador(es), à luz do art. 52, IV, da Lei n.º 11.101/2005. n.º 11.101/2005. Determino a publicação de edital, com lastro no art. 52, 1.º, da Lei Comunique-se, por carta, às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento desta decisão (art. 52, V, da Lei n.º 11.101/2005).

fls. 1021 52, V, da Lei n.º 11.101/2005). Intime-se, pessoalmente, o representante do Ministério Público (art. Ordeno à Junta Comercial que proceda à anotação da recuperação judicial no registro do devedor, para que conste a expressão "em Recuperação Judicial" (art. 69, "parágrafo único", da Lei n. 11.101/2005). Determino que as empresas requerentes apresentem, em até 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, o plano de recuperação, sob pena de convolação em falência (art. 53, "caput", da Lei n. 11.101/2005). Criciúma, 15 de julho de 2016. Eliza Maria Strapazzon Juíza de Direito "DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE Lei n. 11.419/2006, art. 1º, 2º, III, a