- Aula 3
OS VERDADEIROS ADORADORES Objetivo: ao final da aula, o aluno deverá buscar se identificar como um adorador dentro dos padrões bíblicos, empenhando-se por cultuar a Deus do modo que O agrada e exortando outros irmãos a proceder igualmente.
Caps. 1 e 13 OS VERDADEIROS ADORADORES: - Eleitos e chamados para adorar - São pessoas de fé, inteligentes - Têm uma visão e uma experiência espiritual - Buscam e aproximam de Deus com integridade - São conscientes de sua carência de Deus - Demonstram unanimidade no culto
Introdução A igreja é a comunidade de adoradores que se congrega para testemunhar publicamente os atos graciosos de Deus.
A adoração correta ao verdadeiro Deus, é uma atitude de fé, gratidão e obediência na qual, o adorador se prostra diante do Deus que o atraiu com a Sua graça irresistível.
No Novo Testamento, a aqueles que eram tentados a se ausentarem do culto por motivos irrelevantes, o escritor da Epístola aos Hebreus exorta (Hb 10.25).
A nossa frequência aos cultos deve pressupor um desejo de adorar, aprender e servir a Deus. O culto nunca é uma atitude passiva, antes envolve o desejo de participação (Hb 10.22-25).
Nenhum homem pode excluir-se dos cultos regulares da comunidade à qual pertence, sem sérios prejuízos para sua vida espiritual pessoal. B.B. Warfield
... nem o indivíduo mais santo pode se dar ao luxo de dispensar as formas regulares de devoção, e que o culto público regular da igreja, apesar de todas as suas imperfeições e problemas localizados, é a provisão divina para o sustento da alma. B.B. Warfield
Com que me apresentarei ao Senhor? (Mq 6.6). Esta certamente é a grande pergunta com a qual todo o ser humano se deparará um dia. Os hipócritas podem entrar lá, mas regressam vazios e insatisfeitos no tocante ao desfruto de alguma bênção espiritual. João Calvino
Algumas características daqueles que cultuam verdadeiramente a Deus a) São pessoas de fé: O culto a Deus começa por Deus que nos conduz à fé que Ele mesmo gera, por graça, em nós (Ef 2.8). Sem a genuína fé, procedente da Palavra e direcionada para o Deus Triuno, todos os nossos atos de culto são vazios e abomináveis a Deus.
b) São pessoas inteligentes: O culto não é puramente emocional; ele exige inteligência, raciocínio. O homem no culto manifesta a sua fé de forma compreensiva, usando as suas faculdades mentais (Rm 12.1-2; 1Co 14.15; Hb 8.10; 10.16; 13.15).
c) Têm uma visão espiritual: Aqueles que adoram a Deus não estão presos apenas aos elementos perceptíveis pelos sentidos mas, têm uma sensibilidade espiritual.
d) São pessoas que tiveram uma experiência espiritual: Ninguém, nunca verdadeiramente, vem a conhecer, honrar, louvar, ou glorificar a Deus sem ser mudado durante o processo. São pessoas que já experimentaram de forma consciente o Seu perdão, a Sua salvação e graça (Sl 18.49-50; 108.1-4; Cl 1.9-14; Hb 9.11-14;62 10.22).
e) Buscam a Deus com integridade ( Sl 108.1): O principal altar, no qual Deus é adorado, deve estar situado dentro de nós, pois Deus é adorado espiritualmente através da fé, de orações e de outros ofícios de piedade (João Calvino).
f) Aproximam-se realmente de Deus: Quando adoramos a Deus em Cristo, nos aproximamos verdadeiramente de Deus (Tg 4.8; Hb 4.16; 10.19,22).
g) Não são orgulhosos senão confiantes: O cristão aproxima-se de Deus baseando- se não nos seus supostos "méritos", mas nos de Cristo Jesus, sabendo que nele já não há mais condenação (Rm 8.1). Por isso, pode apresentarse diante de Deus com santo temor e alegre confiança (2Co 1.20; Ef 3.12; Hb 4.15-16; 12.28).
h) Demonstram unanimidade no Culto: A adoração é prestada por homens que, chamados por Deus, constituem um povo santo, unido pela mesma fé. O culto não é departamental, é da Igreja, prestado unanimemente a Deus (At 4.24,32).
i) Conscientes de sua carência de Deus: Na realidade todos carecemos de Deus. No entanto, quantas vezes nos damos conta disso? É necessário que entendamos que somos nós que precisamos de Deus não Deus de nós: Deus é totalmente independente; tudo lhe pertence. O culto é na realidade algo que nos beneficia, é essencial à nossa existência. Portanto, o culto a Deus não é descompromissado; é vital (Sl 50.15).
Conclusão A adoração não é somente uma expressão de gratidão, mas também é um meio de graça, através do qual os famintos são alimentados, e os pobres são enriquecidos.
Algumas vezes a impressão que fica é que pensamos que Deus carece do nosso culto; e se não o oferecermos, Deus fica excluído de parte de Sua glória.
O culto a Deus é um tributo de louvor e gratidão. Quando nos reunimos para cultuar o fazemos agradecidamente tendo os nossos olhos fitos em Deus e em seus atos salvadores e abençoadores. Necessitamos, portanto, desenvolver a nossa percepção espiritual; ver, ainda que apenas parcialmente, os feitos de Deus (Sl 66.5; Sl 46.8).