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Transcrição:

o.s.: 26058-21/06/2011 - REVISTA NA AMAT BAZAR 2011 - CAPA FRENTE

Rua Casemiro de Abreu, 1300 - CEP 90420-000 - Bela Vista o.s.: 26058-21/06/2011 - REVISTA NA AMAT BAZAR 2011 - CAPA VERSO Foto: Rafael Borges Modelo: Rafaela Zanela Porto Alegre - RS - Telefone: (51) 3328-2462 marcotarrago@uol.com.br - www.marcotarrago.com.br 39

o.s.: 26058-21/06/2011 - REVISTA NA AMAT BAZAR 2011 - MIOLO 1 VERSO Entrevista Ministra da Secretaria de Direitos Maria do Maria do Rosário Nunes é natural de Veranópolis (RS), tem 44 anos, é casada e mãe de uma filha. Professora da rede pública, pedagoga formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mestre em Educação e Violência Infantil pela mesma universidade. Iniciou sua militância no movimento estudantil secundarista e no Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS/Sindicato). Foi vereadora de Porto Alegre (RS) por dois mandatos, tendo presidido as comissões de Educação e de Direitos Humanos. Como deputada estadual, foi presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos e vice-presidente da Assembleia Legislativa gaúcha por dois anos. Em 2002, Maria do Rosário foi eleita deputada federal, sendo reeleita em 2006 e 2010, sempre com expressivas votações. No Congresso Nacional, foi relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que investigou as redes de exploração sexual de crianças e adolescentes. Representou a Câmara na Comissão sobre Mortos e Foto: Fabio Rodrigues Desaparecidos Políticos durante a Ditadura Militar e foi presidente da Comissão Especial da Lei Nacional da Adoção. Desde 2003, coordena a Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. Foi vice-presidente das Comissões de Direitos Humanos e Minorias e Educação e Cultura. Em 2009, presidiu a Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal, tendo se destacado, entre tantos temas, por organizar uma série de debates em todo o Brasil sobre o novo Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020). Nas eleições de 2010, coordenou o Programa de Governo da então candidata Dilma Rousseff nas áreas de Direitos Humanos, Educação e Políticas para as Mulheres. No dia 1º de janeiro de 2011, foi empossada pela presidenta Dilma Rousseff como ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. - Criança, caminho para o futuro? sociedade como um todo sobre os problemas vividos e as Ministra: Precisamos entender que não haverá formas de enfrentá-los. Temas como educação, oportunidafuturo se não garantirmos um presente digno. Então, eu de profissional, violência e drogadição, por exemplo, são afirmo que a criança exige um compromisso e dedicação preocupações permanentes da nossa juventude. E quem hoje, pois é no presente que ela está crescendo, que seu melhor para falar com eles do que eles mesmos? corpo e mente estão em formação e que seus direitos Precisamos, portanto, plantar essa semente e formarmos precisam ser garantidos. O Estatuto da Criança e do uma rede de multiplicadores dos direitos da infância e Adolescente (ECA) estabelece que é prioridade juventude no nosso país. absoluta da família, da sociedade e do Estado - Qual a importância do protagonismo Tenho zelar pelos direitos da criança e do adolescen- feminino na Secretaria de Direitos orgulho de ser a te; essa prioridade não pode esperar. Humanos? - Como a senhora avalia a atuação primeira ministra de Ministra: A participação das dos jovens nos dias de hoje? Há espaço Direitos Humanos do Brasil, mulheres nos espaços de decisão é algo para uma juventude atuante na sociedade? justamente no governo da fundamental para o governo brasileiro. Ministra: A rapidez com que a primeira presidenta Tenho orgulho de ser a primeira ministra de informação se espalha hoje em dia faz a nossa da República. Direitos Humanos do Brasil, justamente, no juventude cada vez mais atenta e interessada. O governo da primeira presidenta da República. que precisamos incentivar é que os jovens recebam Estamos trabalhando com muita determinação para boas informações e sejam incentivados a ter uma participa- garantir o empoderamento das mulheres e a superação de ção ativa na sociedade. Sou uma entusiasta do protagonis- todas as barreiras de preconceitos ainda existentes na nossa mo juvenil, de capacitar jovens que dialoguem com a sociedade. Já conquistamos muitos avanços e ainda temos Poesia brinca com coisa séria Carlos Urbim Carlos Urbim nasceu na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Mudou-se para Porto Alegre aos 19 anos e formou-se em Jornalismo na UFRGS. Trabalha na área do jornalismo há 33 anos, tendo passado por diversas empresas jornalísticas, todas sediadas em Porto Alegre. Sua primeira publicação destinada ao público infantil, Um Guri Daltônico, de 1984, obteve grande repercussão junto ao público. Carlos Urbime é autor dos livros Patropi, a Pandorguinha, Dinossauro@birutices, Uma Graça de Traça, Caderno de Temas, Diário de um Guri, Dona Juana, Bolacha Maria, Saco de Brinquedos, Rio Grande do Sul Um Século de História, Os Farrapos, Álbum de Figurinhas e Morro Reuter de A a Z, entre outros. Ao escrever para crianças, busca na infância a motivação para o material de que é feita sua produção literária, conservando as influências e o sotaque da região em que nasceu. Utiliza a poesia como forma de cativar os pequenos leitores, e seus personagens têm fortes vínculos com o cotidiano gaúcho, o que contribui para a identificação imediata entre o autor e seu público. Em 2009, foi escolhido como patrono da 55ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre. Foto: Rodrigo Migliorin soletrar! Essas regras gramaticais são coisa de doido! Vaia feroz para o infeliz que inventou o máximo divisor comum. E seria muito bacana ver Dom Pedro gritar em São Paulo com a espada na mão, montado no cavalo. Melhor mesmo só conversa no sofá com o pai, enquanto a mãe prepara o almoço. Mas dever de casa também é distrair o irmão. Tomara que esse bebê pare de chorar depois de mamar! Tudo o que passa pela cabeça do menino está, por exemplo, em Lata de Tesouros ou Admissão ao Ginásio, escritos em prosa. Quando brotaram, tornaramse exercícios de texto longo para quem está mais acostumado com leitura. No Dever de Casa, a proposta é a de criar poesia. Simples, afetivas, do bem. Por que poemas? Ah, é maneira alegre de oferecer leitura a quem está começando a Carlos Urbim gostar de ler. E os que já gostam vão perceber as sutilezas. No começo do processo, tudo é brincadeira, época Mario Quintana sempre disse que crianças adoram o ritmo de colher informações. Uma idéia está se formando, das poesias. Poemas deixam a gente feliz na sala de aula e na qualquer coisa que aconteça pode ser imagem traduzida em vida. palavras. Poesia em tempo integral. Com muitos recreios e Feita a coleta inicial, tudo passa a ser muito sério. Há o direito de sonhar. Uma vez calhou de o brinquedo ser um planejamento, memória técnica, 38 anos de redação em saco para encher de brinquedos. Em outra oportunidade, jornais, escolhas literárias a partir de 1984, estréia de Um foram os cheiros e gostos da infância, em especial os de Guri Daltônico. Como aconselha Manoel de Barros, agora Bolacha Maria. Depois chegou a vez de acompanhar é hora de escovar palavras. Garimpar exatidões. Lixar um guri atrolhado de deveres para fazer em casa. excessos. Polir sujeiras. Mil vezes a mesma frase, Essas Esperto, curioso, louco para brincar no pátio ou mil cuidados com o som, a pausa, o movimenna calçada, cheio de preguiça ao encarar os to, a síntese. regras gramaticais são coisa de doido! cadernos espalhados na mesa da sala. Daí em diante, o poema é trabalho de Vaia feroz para o infeliz Vira divertimento imaginar o que um carpintaria, artesanato, moldagem, reflexão que inventou o máximo guri desses apronta. Lições, temas, aulas em constante sobre o ofício. Atrás de cada verso, divisor comum. que não dá para vacilar, senão depois nem ele estão os rastros de vivências compartilhadas, entende o que anotou correndo direto do palmilhadas, na busca impossível da perfeição. quadro, onde tudo estava bem claro em letras de O conforto final dos poemas publicados giz. Agora, ele vê fotinhos de escritores no livro do MEC passará pela seriedade maior da brincadeira, quando que a escola adotou. Pega a bola e compara com o mapa avaliada pela editora. Nova etapa para cortar, polir, mundi achatado nos polos. Ouve Tom Jobim saindo do enquadrar. Até os artistas darem existência gráfica e visual rádio ali na cozinha. Os gomos da bola parecem meridianos ao que é feito de palavras. Aí, então, tem mais que partir e paralelos. para o abraço. Livro novo na roda, poesia querendo ser Uma peteca de presente para os que souberem descoberta, brinquedo e celebração. Literatura 18 23

o.s.: 26058-21/06/2011 - REVISTA NA AMAT BAZAR 2011 -MIOLO 1 FRENTE

o.s.: 26058-21/06/2011 - REVISTA NA AMAT BAZAR 2011 - MIOLO 2 FRENTE Homenagem Moacyr - Escritor de Porto Alegre Regina Zilberman Regina Zilberman é escritora e professora. Licenciou-se em Letras pela UFRGS, doutorou-se em Romanística pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e fez pós-doutorado em Rhode Island, nos Estados Unidos. Foi professora da PUCRS e é uma das maiores especialistas em literatura infantojuvenil. Possui mais de 20 livros publicados e premiados na área pedagógica e educacional. É professora da UFRGS (Instituto de Letras). O primeiro romance de de nossa literatura e escolhe seus pares. Com efeito, se o Bom Fim Moacyr Scliar, A guerra no Bom de Moacyr Scliar é o de sua (nossa) infância, povoado por uma Fim, foi editado em 1982. Não é seu mitologia própria, muito peculiar ao bairro, ele é também o Bom primeiro livro, pois, antes, tinha Fim que se encontra nos livros de Erico Verissimo, como Um lugar lançado as narrativas de Carnaval ao sol, por exemplo. Ao se reapropriar do Bom Fim de Erico e dos animais, publicado contos em reintroduzi-lo em seus livros, Moacyr adianta ao leitor como quer parceira com Carlos Stein e partici- ser lido. Como gaúcho pado de antologias, acompanhado e alinhado à melhor de outros escritores do Rio Grande tradição do romance do Sul. sulino. A guerra no Bom Fim, Por último, o contudo, ocupa lugar especial, Bom Fim é o nosso Regina Zilberman porque lida com Porto Alegre. Não bairro judeu. É como apenas a ação se passa na cidade, falando de seus bairros, morros, tal que nos reconheceparques: a vida porto-alegrense anima a ação da narrativa, motiva o mos nesse livro, não comportamento das personagens, estabelece os parâmetros de apenas por fazer parte comportamento e afeto. Nossa capital está ali, de corpo inteiro, desse grupo étnico, seduzindo os homens que a habitam e explicando a razão de ser de mas principalmente suas existências. por nos apontar o Por sua vez, A guerra no Bom Fim não é o único texto em m o d o como nós, Moacyr Scliar em família que Porto Alegre reside nas páginas dos livros de Scliar: O exército judeus, pertencemos a esse segmento minoritário, à cidade de Porto de um homem só, Os deuses de Raquel, O ciclo das Alegre e à cultura do Rio Grande do Sul, representada no águas, Os voluntários, O centauro no jardim eis romance pela adesão de Moacyr à tradição literária de criações dos anos 1970 que escolhem a cidade como Erico Verissimo. Mais que outro escritor, Scliar cenário dos acontecimentos. Cenário que evidenciou nossa identidade, no melting pot de nossa extravasa as funções costumeiramente atribuídas metrópole, sem renegar as origens, de um lado, de a ele: bairros podem traduzir a personalidade das outro, sem abrir mão da integração ao universo pessoas, como o paradoxal bairro Partenon em gaúcho. Os deuses de Raquel, ruas são sintomas de A trajetória do romancista, inaugurada sonhos, como a bastante conhecida Voluntários da com esse A guerra no Bom Fim, nunca perdeu de Pátria, em Os voluntários. vista esse começo. O escritor foi longe: produziu Moacyr Scliar é o intérprete de nossa cidade, e quase vinte romances, várias livros de contos, ensaios nos seus livros nos reconhecemos não apenas como sobre medicina e literatura, narrativas infanto-juvenis; foi O pequeno Moacyr habitantes dessa curiosa pólis, feita de concreto, asfalto e objeto de coletâneas que selecionam os melhores entre os paisagens idílicas. Reconhecemo-nos também como indivíduos, muitos bons; está publicado em Portugal e traduzido nos Estados sujeitos que encontram no espaço circundante seu eu refletido, Unidos, França, Holanda, Alemanha, para citar alguns dos países imagem e reprodução mais nítida e compreensível que o original. do Hemisfério Norte em que sua obra foi acolhida favoravelmente. C o n t i n u o a Além disso, foi chamado para fazer conferências na destacar A guerra no Bom América do Norte e na Europa, participou de programas de Fim. Porque esse livro, incentivo à leitura no interior do Estado e por todos os cantos do estreia de Scliar no país. Ministrou curso de literatura para estudantes universitários romance, ultrapassa a nos Estados Unidos e foi regularmente convidado para debater e representação da cidade e compor painéis com intelectuais e artistas de renome do meio da interpretação de seus acadêmico e artístico. m o r a d o r e s. H o - O escritor foi longe; mas continuou sempre próximo, não menageando Erico apenas por permanecer entre nós, lealmente porto-alegrense. Mas Verissimo, de quem extrai também por nos entregar nossa cidade à leitura e entendimento, a visão literária do Bom leitura que é compreensão de nosso mundo e de nós mesmos. Nada Fim apresentada no texto, melhor para iluminar nossas vidas, mesmo após ter partido daqui Escritor na Academia Brasileira de Letras o escritor refaz a trajetória para sempre. Humanos da Presidência da República Rosário muitas barreiras a superar, mas com certeza o fato das nosso país. Trabalhamos com diversos segmentos, mas eu mulheres estarem ocupando cada vez mais espaços de gostaria de destacar três que são de fundamental importânpoder e decisão incentiva todas as brasileiras e sonharem e cia para nós: crianças e adolescentes, idosos e pessoas com lutarem pelos seus direitos. deficiência. Estamos trabalhando diariamente para - Como se encontra o trabalho escravo infantil no construir políticas que garantam os direitos de todas essas Brasil? pessoas, para que a nossa sociedade conviva em paz e com Ministra: O Censo de 2010, recém divulgado pelo igualdade. Também quero aproveitar para destacar que IBGE, trouxe um dado alarmante. Segundo o levantamen- estamos propondo um diálogo sobre liberdade religiosa, to, 132 mil crianças e adolescentes, entre dez e 14 anos, são em que todas as religiosidades sejam chamadas para os principais responsáveis pela renda da sua família. Isso é discutir um projeto de paz no país e de enfrentamento das um sinal claro do trabalho infantil no nosso país, algo que discriminações e violência, em especial, aquelas motivadas precisa ser enfrentado. A Organização Internacional do pelo ódio e a intolerância, algo que não pode mais ser aceito Trabalho (OIT) considera o trabalho infantil como uma das em um país democrático e tão diversificado como o nosso piores formas de exploração da infância. Onde entra o Brasil. trabalho, sai a educação e a possibilidade de a criança - Qual sua percepção de mundo sendo mulher, crescer com dignidade e com seus direitos preservados. esposa, mãe, política e tendo o cargo de Secretária de Quero destacar aqui uma situação muito peculiar que é Direitos Humanos? o trabalho infantil doméstico, quando as meninas Ministra: Acredito que nós, mulheres, são levadas a trabalhar em uma casa de família O trabalho temos uma visão diferenciada de mundo. Não que acredita estar ajudando-a, mas, na infantil destrói a que ela seja pior ou melhor que a dos homens, verdade, não está. O trabalho infantil destrói a infância e precisa ser mas é diferente. Eu, particularmente, quando infância e precisa ser enfrentado. Lugar de enfrentado. Lugar vejo que estamos conseguindo ampliar criança é na escola! de criança é direitos, promover a inclusão social de milhões - Porto Alegre aprovou, no final do ano na escola. de pessoas, melhorar o acesso à educação e a passado, uma lei que assegura o ensino do direitos básicos que foram historicamente Holocausto na rede pública municipal de escolas. negados a nossa gente, renovo a minha esperança de Qual a sua opinião sobre esse projeto de lei? É viável um Brasil e de um mundo cada vez melhores e mais estendê-lo para outros municípios do país? humanos. É um longo processo a ser percorrido, mas tenho Ministra: Trata-se de uma brilhante iniciativa, que muita fé em que alcançaremos um padrão de convivência vai levar para o ambiente escolar um debate sobre uma baseado na paz e no respeito aos direitos de todas as terrível prática que ocorreu na história mundial e que pessoas. Esse é o meu sonho e é para isso que trabalhamos resultou na perseguição e morte de milhões de pessoas, em aqui no governo federal. especial judeus, motivadas pelo racismo. Esse é um tema de - Qual a mensagem que a senhora deixa para uma fundamental importância para ser ensinado e discutido. ONG feminina, como a Na amat Pioneiras, que atua com Somente a partir do conhecimento da totalidade da nossa o objetivo de elevar o status da mulher na sociedade? história é que conseguiremos enfrentar os preconceitos e Ministra: Olha, a minha mensagem é de um grande garantir que práticas como essa nunca mais ocorram em reconhecimento pelo trabalho que vocês desenvolvem no nenhum lugar do planeta. debate de temas tão importantes da nossa sociedade e para - Como está seu cronograma de trabalho à frente da o empoderamento das mulheres. Quero agradecer publica- Secretaria de Direitos Humanos? Seus projetos? Planos? mente pela atuação de vocês para garantir uma sociedade Ministra: Sinto-me muito honrada e com uma cada vez mais engajada na defesa dos seus direitos. E enorme responsabilidade de coordenar a política de aproveito para reafirmar meu respeito por toda a comuni- Direitos Humanos do governo da presidenta Dilma dade judaica do Rio Grande do Sul e do Brasil, cuja missão Rousseff. Aqui na SDH, temos o desafio de elaborar maior é a paz e a harmonia entre todos os povos. Obrigada programas que garantam e ampliem os direitos de cada pela oportunidade e parabéns pelo trabalho de vocês! brasileiro e cada brasileira, dentro do contexto de um governo determinado a enfrentar a pobreza extrema no Entrevista concedida à Marili Scliar Buchalter Entrevista 22 19

o.s.: 26058-21/06/2011 - REVISTA NA AMAT BAZAR 2011 - MIOLO 2 VERSO 51º Bazar Anual Doação Grupo Coach Neurim para o Amparo Santa Cruz Na amat Pioneiras Julho 2010 a Junho 2011 Departamento Cultural - Curso de Culinária Departamento de Turismo - Excursão a Riveira Festa de Purim Grupo Paulina Cuperstein Prêmio SIBRA para Celi Maltz Raskin Apresentação do Coral Zemer em Tramandaí Departamento Cultural - Painel em Homenagema Moacyr Scliar Grupo Prachim - Encontro do Verão 2011 Exposição Mesas Pessach Grupo Sara Barkait- Chá do Dia das Mães Doação 51º Bazar Visita ao Lar Mauricio Seligman Seminário Cultural Grupo Any Rerin e Grupo Koach (Wizo) - Leilão de Artes Grupo Elisheva Kaplan - 80 Anos Fani Ratinecas Departamento Cultural - Palestra da Professora Helena Lewin - Clientelshik Doação Na amat e Wizo para comunidades das Ilhas do Guaiba Mostra Cinema Judaico Confraternização Final Ano Quinta da Estância Grande Grupo Morashá - Pizza da Primavera Posse da Nova Diretoria Centro Porto Alegre Palestra Céres Maltz Bin - Presidente Executivo Nacional Visita ao Lar Mauricio Seligman Festa da Rua - 63º Anos do Estado de Israel 150 Anos de Theodor Herzl - Na amat e Wizo 20 Grupo Avodá - 80 anos Paulina Knijnik Grupo Morashá - Doação de Brinquedos Festa de Chanucá - Centro Israelita Abertura Trabalhos 2011 Departamento Turismo - Passeio Veranópolis e Termas Do Prata Dia Na amat 2011 21

Desde sua inauguração, em 21 de novembro de 1990, o Rua da Praia Shopping, localizado bem no centro de Porto Alegre - Rua dos Andradas, 1001 - contribuiu, e muito, para a revalorização do centro da capital gaúcha. São 19 mil metros quadrados de área bruta locada, distribuídos em 4 andares, ligados por escadas rolantes e elevadores panorâmicos, e ar-condicionado totalmente informatizado. As 130 lojas do RUA DA PRAIA SHOPPING formam um mix diversificado com lojas de vestuário, cine-foto-vídeo-som, presentes, papelaria, decoração, bijuterias, além de restaurantes, fast food e área de lazer que, além dos cinemas e brinquedos eletrônicos, conta com Boliche. O Grande Hotel, do Grupo Master, 4 estrelas, construído junto ao Rua da Praia Shopping, proporciona conforto para seus hóspedes. As lojas do RUA DA PRAIA SHOPPING funcionam, diariamente, das 9 às 22 horas e sábados até às 21 horas. A Área de Lazer e Alimentação tem horário mais flexível: de segunda a sábado, fica aberta até 22 horas e domingos até 21 horas. Queridas Chaverot Na amat Pioneiras comemora, neste ano de 2011, 90 anos da sua fundação em Israel. Somos o maior movimento feminino organizado em Israel, e, no Brasil, estamos presentes nas grandes capitais. Contribuir para o desenvolvimento e a valorização da mulher e preservar as tradições e a identidade judaico-sionista. Essa é a nossa Missão, que chaverot comprometidas e batalhadoras cumprem todos os dias, engajadas nas causas sociais, lutando para minimizar as injustiças e buscando elevar o status da mulher na sociedade em geral. Com muito orgulho, participamos dessa trajetória de 90 anos, somos agentes de mudanças na Organização e no mundo em que vivemos. Antes ligada ao Avodá, com caráter político, Na amat tornou-se uma ONG há cinco anos. São muitas A Na amat RS é uma organização feminina da comunidade mudanças, muitas histórias e muitas vivências, das quais judaica, preocupada em dar condições para elevar o status da mulher todas nós, chaverot, fazemos parte. e também em ver nosso ishuv cada vez mais unido e atuante. Assim, Grande exemplo de fazer parte é o nosso 52º Bazar em nosso trabalho, em 2010 e 2011, tem contado, para a realização Porto Alegre. O tradicional evento anual é o resultado da união de esforços, dedicação e carinho das chaverot. No Bazar, vemos o conjunta de vários eventos, comemorações ou palestras, com trabalho que a Organização realiza, nos deliciamos com a culinária parcerias de diversas instituições, como Wizo, Colégio Israelita apresentada, assistimos com prazer a shows de música e dança, Brasileiro, Club Campestre Macabi, Hebraica-RS, Centro participamos ativamente da preservação de nossa cultura e tradição Israelita Porto-Alegrense e outras entidades com as quais judaicas. estamos estabelecendo contatos para tarefas futuras. Dentro de A temática do Bazar deste ano apresenta um dos pontosnosso dinamismo e atuação, tivemos muitas atividades sociais, chaves de todo o trabalho da Na amat: a criança. culturais, excursões, apresentações do Coral Zemer, palestras e É através da educação, do carinho e do cuidado com a criança a Mostra de Cinema Judaico que, em agosto, em parceria com o que podemos formar a base de uma sociedade forte, saudável, ética e clube A Hebraica de São Paulo, realizará sua VI edição. consciente, o que contribuirá para um mundo com menos desigualdade, melhores condições e maior justiça. Também temos um atuante departamento Dor Hemshech (Geração Continuidade), com o objetivo de formar novos Chaverot, parabéns pelo engajamento. grupos e dar apoio àqueles que já estão atuando. Os 90 anos da Na amat não existem por acaso: são resultado do A Revista do Bazar deste ano tem um tema intrínseco trabalho e da relevância de cada chaverá e de sua dedicação. Nós fazemos à Na amat: a criança, como esperança de um caminho melhor essa história! para a sociedade. Desde que foi criada, há exatamente 90 Parabéns ao Centro Porto Alegre por mais um Bazar, com certeza anos, uma das primeiras preocupações da Na amat Israel foi garantia de um domingo repleto de felicidade! dar condições para que as mulheres pudessem trabalhar, lado a lado com os homens, na formação do Estado de Israel. Céres Maltz Bin - Presidente Executivo Nacional Criaram-se creches, para que as crianças fossem atendidas e educadas dentro dos princípios da tzedaká (justiça social). Por esse motivo, prestamos a nossa carinhosa homenagem para a NA AMAT, a maior entidade feminina de Israel, pelos seus 90 anos de fundação. O 52º Bazar, nosso maior evento, homenageia todas as crianças do mundo, que, de uma forma ou outra, são a nossa expectativa de um mundo de paz e prosperidade. Convidamos o público para que, no dia 10 de julho, possamos nos encontrar na sede da Hebraica-RS, para a grande festa que está sendo preparada com muito empenho, dedicação e carinho pelas chaverot de todos os grupos de nossa organização: o 52º Bazar Anual. Não vão faltar shows, almoço, chá da tarde, leilão de arte e muitas barracas com os mais variados artigos e comidas típicas judaicas. Celi Maltz Raskin - Presidente Centro Porto Alegre Presidentes 38 03 O amor jamais reclama, dá sempre. O amor tolera, jamais se irrita, nunca se vinga. - Indira Gandhi AGATHA LERRER DINIZ (RIO) CATHERINA ISDRA MOSZKOWICZ FERNANDA KESSLER PEREIRA ALESSANDRO SCHWARTZ CECÍLIA WENZEL BRODACZ FERNANDA S. SUKIENNIK ALEX MALTZ SCHUL CINTIA ROVINSKI FERNANDA SCHNEIDER ALEXANDRE FRIDMAN VARGAS DAFNE KIVES FERNANDA SOIBELMAN ALICE ALTSCHIELER TESSLER DAN NELSTEIN FIALKOW FERNANDO ROSOLEN KIJNER ALICE ROITMAN DAN RUBIN FLÁVIA GURSKI ALIZA BLUM DANIEL AXELRUD GABRIEL AXELRUD AMANDA COPSTEIN DANIEL GENSAS MESTER GABRIEL CZYZ AMANDA GIORDANI CARDON DANIEL GOLDSTEIN FRIDMAN GABRIEL HERNAN EIFER AMIR RIBEMBOIM BLIACHERIS DANIEL POCZTARUK GABRIEL ISDRA MOSZKOWICZ AMIT HALEVY (ISRAEL) DANIEL ROSENHEIN (ISRAEL) GABRIEL OLCHIK BORGES ANA CAROLINA HELER MEDEIROS DANIEL S. SPUNBERG GABRIEL SCHWARCZ MACHADO ANA CAROLINA ISDRA DANIELA GURSKI GABRIEL SIMINOVICH GURSKI MOSZKOWICZ DANIELA MALTZ RASKIN GABRIEL SIVIERO SIBEMBERG ANA CLARA MOCELIN SCHMIT DANIELA RUBIN GABRIEL TEITELBAUM FRIEDMAN ANA FLAVIA W. FRIDMAN DANIELA SCHWARTZ GABRIEL V. DE MIRANDA ANA LAURA SZAPSZAY DANIELA TEITELBAUM FRIEDMAN GABRIELA CHIWIACOWSKY LEMOS ANA LUÍSA TONATTO MELAMED DANIELLE KASPER GLASSER GABRIELA FRIDMAN ANA LUIZA C. DE MIRANDA DAVI FIRPO TURIK GABRIELA KESSLER PEREIRA ANA RAFAELA JOVCHELOVITCH BAUER DAVID CHANAN DA ROSA GRINBERG GABRIELA RAPAPORT AVERBUCH ANABELLA OLIVEN DAVID MEIR GRUBER GABRIELA TONATTO MELAMED ANALARA GORELIK PEREIRA DAVID MALTZ KRANTZ GEORGIA PAKTER ANDRÉA MALTZ SCHUL DÉBORA CHAIT GUILHERME SCHWARTZMAN ARIEL S. BARKAN DÉBORA OLIVEN RODRIGUES ARIELA GENSAS MESTER DÉBORA SIMINOVICH GURSKI GUILHERME V. DE MIRANDA ARTHUR COPSTEIN DÉBORA SOIBELMAN GUSTAVO FRIDMAN SCHWETZ ARTHUR SAUTE DÉBORA WAINSTEIN PAIVA GUSTAVO RAPAPORT ARTHUR WAINSTEIN PAIVA DEBORAH LEISTNER SEGAL GUSTAVO SCHAFRAN VOLQUIND ARTUR ZOUVI DENIS MALTZ BIN GUSTAVO SCHWARCZ BERLIM ASHER DAVID BERLIM MULLER DENISE ROVINSKI HANAH GOLBSPAN BEATRIZ C. DE MIRANDA DIEGO ANDRÉ EIFER HENRIQUE ISCOVICH BERNARDO DIAS COIFMAN EDUARDA BRODACZ DE HENRIQUE LERRER TERNER BERNARDO GALO PAKTER VASCONCELLOS HILA TURKIENICZ BERNARDO MARTINS EDUARDA JOVEGELEVICIUS IAIR IUGT BERDICHEVSKI EDUARDO FRIDMAN VARGAS IAN KERSZ AMARAL BERNARDO SCALETSKY EDUARDO FOLBERG IAN RATINECAS BERNARDO SZAPSZAY EDUARDO KIVES IANIV SHARABANI (ISRAEL) BETINA CHAIT EDUARDO MALTZ RASKIN IASMIN GOLBSPAN BETINA KASPER GLASSER EFRAIM MILMAN IGNÁCIO ISDRA SNIADOWER BIANCA SALTZ (USA) ESTHER FAJER FERNANDES (SEVILHA) ILAN LIBESKIND (ISRAEL) BRUNA WAINSTEIN GROSSMAN ETIELE AMIEL CORTEZ (URUGUAIANA) INBAL SHARABANI (ISRAEL) BRUNA ZOUVI FABIANA FARIA GIGUER ISABELA CARDON UNIKOVSKI BRUNO FRIDMAN SCHWETZ FÁBIO SAUTE ISABELA NAIDITCH BERGER BRUNO GRINBERG BELLEZA FEDERICO REYES HERSLIKOWICZ ISABELLA G. MÜLLER CAMILA GOLDSTEIN FRIDMAN FELIPE CANTERGI FRIDMAN ISABELLE WAINSTEIN GROSSMAN CAMILA HUROVICH FELIPE FOLBERG IURI COPSTEIN CAMILA SCALETSKY FELIPE LECHTMAN NETO IURY AMIEL CORTEZ CARINA HENKIN AMIEL FELIPE P. NEMETZ JAIME CARRION FIALKOW CAROLINA HOROVITZ VIEIRA FELIPE RASKIN CARDON JACQUES ENGELMAN KAUER CAROLINE KAPEL FELIPE SALTZ (USA) JAYME CAOM JOVEGELEVICIUS CAROLINE SALTZ GENSAS FELIPE SCHWARCZ BERLIM JULIA ADAMS PEREZ CATARINA CHIWIACOWSKY LEMOS FERNANDA HALPERN FAERTES JÚLIA ALTSCHIELER TESSLER 90 Anos Fundação Na amat Israel Agradecimento NA AMAT PIONEIRAS, na passagem de seu 52º Bazar, homenageia e agradece a todos os seus colaboradores e companheiras que a apoiaram em sua trajetória. Pela compreensão dedicada aos nossos ideais, pela perseverança e seriedade no cumprimento das metas estabelecidas e em prol do engrandecimento da Organização, o reconhecimento da Na amat aos grupos Any Scliar Rerin, Avodá, Berta Siminovich, Chai, Clarinha Milman, Coach Neurim, Elisheva Kaplan, Hatikva, Iachad, Kidma, Kineret, Morashá, Paulina Cuperstein, Prachim, Sara Barkait e Shemesh. Homenageados: Carlos Urbim Lizete Wolkind Atrações: Barracas com: Almoço com comidas típicas judaicas; Galeria e Leilão de Arte; Chá da Tarde com tortas; Apresentação de grupos musicais e de dança; Mezanino com muitas novidades Beneficiando as Entidades: Associação Israelita Damas de Caridade Instituto do Câncer Infantil do Rio Grande do Sul Lar da Criança Anne Frank Sociedade Humanitária Padre Cacique - Asilo Padre Cacique Hering, Beigalech, Strudel e outras delícias; Artigos de Israel; Artigos de Cozinha, Mesa, Artesanato e Vestuário; Espaço Infantil 36 05 Na amat A história da luta da mulher pelos seus direitos sociais e de Israel, e sua prioridade continua sendo a promoção e o igualdade de oportunidades certamente é antiga. Talvez pense- fortalecimento do status da mulher na família, no trabalho e na mos que começou com Betty Friedan. Poderíamos também sociedade, não só em Israel, como nos Estados Unidos, Canadá, imaginar que começou com Sara, Rebeca, Raquel, Lea, Miriam, Inglaterra, França, Bélgica, Austrália, Argentina, Chile, México, Ruth. Mas a nossa história, a história de Na amat, pode ser contada Espanha Peru, Uruguai e Brasil. a partir das chalutzot que participaram das três primeiras aliot, Além disso, e porque as mães precisam de tranquilidade entre 1886 e 1920. para trabalhar, Na amat preocupa-se com o bem-estar de 20 mil Em 1921, inspiradas na frase de Theodor Herzl uma crianças, construindo e mantendo creches, onde elas recebem nação que luta para ser reconhecida como igual entre atendimento integral. Através do Centro Glickman, outras nações tem de aceitar as mulheres como iguais referência mundial na área, acolhe mulheres que entre os homens, aquelas mulheres pioneiras que sofrem violência na família e se encontram em partiam da Europa, principalmente, para trabalhar situação de risco. Além de manter escolas agrícolas na agricultura porque queriam criar o Estado ao lado para jovens, Na amat proporciona cursos profissionado homem fundaram a MOETZET HAPOALOT, o lizantes para que mulheres judias e não judias, departamento feminino da Histadrut (Confederação dos inclusive presidiárias, possam ser inseridas no mercado de Sindicatos dos Trabalhadores). Após sua criação, diversos grupos trabalho. Na amat também conta com um Departamento Jurídico de mulheres trabalhadoras se uniram com o propósito de treinar muito atuante, principalmente na área do Direito de Família. outras mulheres para trabalhar, efetivamente, no desenvolvimen- À Na amat Israel, nos seus 90 anos de fundação, fonte de to de uma sociedade pioneira. inspiração e orgulho, o nosso mais profundo reconhecimento pela Em 1978, a Moetzet Hapoalot adotou a denominação importância de seu trabalho em prol das mulheres não só de Israel, universal de NA AMAT sigla que, em hebraico, significa mas de todo o mundo. Mulheres Trabalhadoras e Voluntárias. Na amat é o maior e mais importante movimento feminino Marili Scliar Buchalter 52º BAZAR 10/Julho Criança, o caminho para o futuro Jovens Patrocinadores o.s.: 26058-21/06/2011 - REVISTA NA AMAT BAZAR 2011 - MIOLO 3 - LÂMINA 1 FRENTE

06 Educação Mônica Timm de Carvalho Em época nem tão distante, os relacionamentos entre as pessoas teciam uma rede de segurança digna de um amplo e contínuo investimento de tempo e esforço. Palavras como carreira, progresso e maturação faziam parte do vocabulário corrente. Hoje, contudo, vemos comunidades destituídas de substância. São grupos urdidos por laços humanos frágeis e temporários, cuja maior virtude passa a ser a da prontidão para mudar rapidamente de tática e estilo. A fidelidade às regras e aos compromissos de maior fôlego passou ao campo da obsolescência. Por conta de toda essa efemeridade, constata-se o perigoso rompimento com projetos existenciais de longo prazo. Vivemos tempos líquidos. A vida flui ou se arrasta de um episódio para outro, em orientações mais laterais do que verticais, o que torna nebulosas a expectativa e a visão do 1 futuro. Saímos da fase sólida da modernidade, com suas estruturas robustas e mais permanentes, para sua fase líquida, em que as organizações sociais já não podem mais manter sua forma: elas se dissolvem mais rápido do que o tempo leva para moldá-las. Nesse difícil contexto, espera-se da educação um papel de relevância na vida em sociedade. Por definição, ela está comprometida com a continuidade do projeto civilizatório, nutrindo-se do passado para impulsionar as novas gerações à construção do futuro. Para dar cabo a sua tarefa, a educação se estabelece na tênue fronteira entre a permanência e a mudança, entre a memória e a inovação. Educar nunca 1 BAUMAN, Zigmunt. Medo Líquido. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008. foi empreendimento fácil, posto que feito de extremos, mas, a bem da verdade, jamais foi tarefa tão complexa de ser realizada como nos dias atuais. Carpe Diem: aproveite agora, pague depois, máxima da modernidade líquida. Vive-se de crédito porque já não é mais possível retardar a satisfação. São tantas e tão rápidas as mudanças, que é mesmo improvável prever, como aponta Bauman, se os sacrifícios feitos no presente serão honrados no futuro. Planejar e comprometer-se com uma visão parecem, especialmente aos olhos das novas gerações, mera especulação fadada ao erro. Haveria finalidade para a renúncia das gratificações imediatas? A proposição de um futuro para nossas crianças implica uma posição de resistência ao efêmero. Fidelidade à memória e aos vínculos é condição básica para o avanço de qualquer projeto de vida. Um futuro promissor para nossas crianças passa também por elas serem educadas para a civilidade. Que aprendam a exercer a virtude da polidez e dediquem seu tempo a também dizer por favor, com licença, desculpe e muito obrigado. Esses rituais, ainda que primeiramente apenas imitados, serão a base para virtudes de maior relevância, como a generosidade, a tolerância e a doçura. Que nossas crianças sejam encorajadas a visualizar e perseguir seus sonhos com criatividade e disciplina. Que no percurso tenham a ousadia para testar novos caminhos, mas também prudência para não colocarem a si e aos outros em situações de risco. Que nossos pequenos vivam com leveza e alegria, jamais com superficialidade. Que possam usufruir dos recursos naturais, sentindo-se comprometidos não apenas com seu próprio futuro, mas também com o das gerações seguintes. Que, mais do que esperanças, tenham vontade e determinação para realizar. Por certo, o futuro das novas gerações depende sobremaneira de nosso empenho. É preciso que nós, adultos, os apresentemos à riqueza dos vínculos humanos, à beleza do conhecimento, à fidelidade à memória. Assim, nossas crianças se diferenciarão na liquidez do mundo por virem a ser pessoas virtuosas, capazes de criar, transformar e atingir suas metas, mas também de acolher, cuidar e sempre considerar o outro nos seus projetos de vida. Mônica Timm de Carvalho é diretora geral do Colégio Israelita Brasileiro e integrante da diretoria do SINEPE/RS. Graduada em Letras pela UFRGS, especialista em Gestão Empresarial também pela UFRGS, integra o quadro profissional do Israelita desde 1994 inicialmente, como coordenadora pedagógica e, há 12 anos, na direção do Colégio. Mônica Timm de Carvalho Por um sólido futuro às nossas crianças LÉA SPRITZER LÉIA WAISMANN LENA S. KEISERMAN LEONOR SCHWARTZMANN LÍDIA ROITMAN CARDON LILIAN CILENE SCHWARCZ LINA HAUZMAN LIZETE GLOCK LÚBIA SCLIAR ZILBERKNOP LÚCIA CRESPO RIBEIRO MOREIRA LÚCIA M. RUBINSTEIN LUCIANA BORENSTEIN LUIZA BILESKI LUIZA FAINGLUZ LUIZA COPSTEIN WALDEMAR MALVINA BERESNIACK MALVINA DORFMAN MALVINA SOIBELMAN MÁRCIA SIGAL MARGARETH CHWARTZMANN MARIA CRISTINA FARIA GIGUER MARIA MADALENA MARTINS KESSLER GERCHMANN MARIA N. FOLBERG MARIA HELENA FINKEL MARIA HELENA LERRER MARIA KUPERSTEIN MARIA RICACHINEVSKI MARIA SCHWARTZMAN MARIA SOFIA BACALTCHUK MARIE ANNE MACADAR MARIELA BACK MARILI SCLIAR BUCHALTER MARISA SIGAL MARIZA TERUCHKIN MARLENE KAPEL MARTA FITERMAN MARTA NEMETZ MARTA R. H. GLASER MARYSE MATTATIA WOFCHUK MATILDE GROISMAN GUS MENITA SIBEMBERG BONDAR MERCEDES BOLOGNESE MICHELLE ROCHICHNER STEIN MINA ALCALAY MINA LAPTCHIK MINA LIBERMAN MIRA KUPPER (CURITIBA) MIRIAM ABULIAC NADOLNY MIRIAN WEISS BLIACHERIS MIRIAM LERRER TERNER MIRIAM ZELTZER FIALKOW MÔNICA HERTZ COHEN NARA B. SIROTSKY NELLY DE BERMAN NICHA BRODACZ NOÊMIA FAERMAN NOÊMIA LITVIN NOÊMIA NESTROVSKY NOÊMIA SALTZ GENSAS OLGA B. FIXMAN OVETT SIGAL SUSLIK PATRÍCIA D. CHIWIACOWSKY PATRICIA REGINA C. TVORECKI PAULETE PAKTER PAULINA EIZIRIK PAULINA GLOCK PAULINA G. GORELIK PAULINA PROCIANOY PAULINA SUSLIK PAULINA Z. KNIJNIK PÉROLA MALTZ ZOUVI (PAULINA) POLA WACHSMANN SCHANZER RACHEL TAMAR GURSKY RAIA KNIJNIK RAQUEL B. MELAMED RAQUEL CARDON RAQUEL KIRJNER RAQUEL SUSLIK (RUTH) RAQUEL TOBA SPRITZER REBECA SAUTE REGINA BLIACHERIS REGINA ESTER L. CHANIN REGINA LIBESKIND REGINA LITVIN REJANE BEATRIZ KASPER GLASSER REJANE MATONE CHANIN REJANE RATINECAS RENATA FISCHER RENÉE RUBIN RENÉE STEIN ROSA IOLOVICH ROSA LEVCOVICH ROSA SPUNBERG ROSA WAGNER ROSA WLADIMIRSKY ROSALI PIPKIN ROSANA ENGELMAN ROSANE PAKTER RASKIN ROSANNE PLATCHECK ROSINHA MALTCHIK MEYER ROSINHA SAPOZNIK RUTE MILMAN RUTH COIFMAN RUTH FRIDMAN RUTH PIC SABINA K. KANTER SABRINA PRIKLADNICKI SANDRA AKCELRUD SARA BURSZTEJN SARA CANTERGI SARA CHAIT SARA FETER SARA FRAJNDLICH SARA SIBEMBERG STOLNIK SARA WAINSTEIN SARAH N. GERBER SARINA ZOUVI SARINHA GOLBSPAN SARINHA S. HENKIN SARITA BENSIMON SARITA CANTERGI SARITA GUERCHMAN SARITA ISCOVITZ SELMA TOLEDO HALEVA SHEILA LÉA HELER MEDEIROS SHEILA MALTZ SHEILA S. WAGNER SILVANA SCHWARTZMANN SÍLVIA BLUM TARTAKOWSKY SÍLVIA CANTERGI DE CANTERGI SÍLVIA HALPERN SILVIA SCHAFRAN SILVIA SCHLAIM SCHNEIDER SÍLVIA GENSAS SPIELMANN SIMONE ROBIM LEVEMFOUS SOFIA MILMAN SAUTE SÔNIA DVOSKIN SÔNIA FRIDMAN SÔNIA K. DRANOFF SONIA L. REICHERT ROVINSKI SÔNIA UNIKOVSKI TERUCHKIN SOPHIA NEMETZ MALTZ SOPHIE ISDRA SUZANA S. MELZER SUZANA STAROSTA SUZANNE REBOH SUZETE LEVY NUNES TEIXEIRA SUZETE S. ZYLBERSZTEJN TÂNIA DE LEON TÂNIA STEREN BARQUI TÂNIA WAIS TÂNIA K. WLADIMIRSKY TANISE ROITMAN CARDON TERESA CARDON TEREZINHA SANDLER THELMA SNE-OR SILVERSTON THELMA STIVELMAN TILZA SIGAL SUSLIK VÂNIA CHATKIN VERA BEATRIZ CUTIN VERA ROWE MILMAN VERA SCHWARCZ VIVIAN SUSLIK ZYLBERSZTEJN VIVIANE M. G. GUIDALEVICH YARA KNIJNIK YEDA CARNOS ZAIDA BONDER SPRINZ ZELDA PRIKLADNICKI ZELDI OLIVEN ZORAIA C. W. MARTINS ZULAMAR PIPKIN Conhecem-se as pessoas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem em nossas vidas... o.s.: 26058-21/06/2011 - REVISTA NA AMAT BAZAR 2011 - MIOLO 3 - LÂMINA 1 VERSO 35 Patrocinadores

Patrocinadores 34 Só é necessário um minuto para que se simpatize com alguém, uma hora para gostar de alguém, mas é preciso toda uma vida para que se possa esquecê-lo. ADÉLIA MATONE CLARA RABIN FANNY CHMELNITSKY ADÉLIA ROITHMANN CLARA S. MALTZ FANNY ROSEMBERG ADELINA NAIDITCH CLARICE A. CHARCHAIT (BRASILIA) FANNY SCHNEIDER ADRIANA DA SILVA RIBEIRO CLARICE K. GUS FANNY DVOSKIN ZAMEL AIDA STEREN CLARITA NURKIN FELA HALPERN ALESSANDRA JOVEGELEVICIUS CLAUDETE GARBARSKI FERNANDA C. UNIKOVSKY ALESSANDRA SHARGORODSKY TERNER CLESSY BURSZTEJN FERNANDA SIBEMBERG SPUNBERG AMANDA SCHVARTZMAN CRISTINA JOVEGELEVICIUS FERNANDA STZILER ANA BEATRIZ COPSTEIN WALDEMAR CRISTIANE MENNA CZYZ FLÁVIA ASPESI SALTZ ANA GOLDSTEIN DÉBORA GENSAS MESTER FLÁVIA SZUCHMAN VOGEL ANA MARIA PASCAROLO IOCHPE DEBORA PRESMAN FLORA AMIEL (SANTA MARIA) ANA OLCHIK DELEUSE RUSSI DE AZEVEDO FLORA ZELTZER ANA TRACHTENBERG DIVA R. KORNFELD FLORA SHERMAN ANABELA LOIFERMAN DORA BERGER FRIDA ENK KAUFMAN ANDREA WURZEL DORA CARDONI GENY TURKIENICZ ANDRESSA B. SILVA FITERMAN (CURITIBA) DORA GUDIS HENKIN GENY SIBEMBERG ANGELA STEIN DORA PLATCHECK GESSY AMIEL FISCHMAN ANNA GROSSMANN DORA ROZMAN GILDA L. NEMETZ ANNA ZAMEL DORA TABASNIK GLACI FAINGLUS ANITA MARON (NENA) DORA WAIMBERG GLADIR O. CONCEIÇÃO ANNITA SOIBELMAN DORINHA B. PILTCHER GRAZIELA CLEMENS NEMETZ ANNITA WOLF DORINHA RASKIN GUITA SILBERFARB AUGUSTA COROGODSKY DORINHA STIFELMAN HELENA B. G. ROSENFELD AUGUSTA KELBERT EDA WAINSTEIN HELENA FRIEDRICH BEATRIZ CHWARTZMANN EDZIA STORCH HELENA KEISERMAN BEATRIZ FISCHMAN OSÓRIO ELAINE RODRIGUES HELENA RUBIN BEATRIZ NEUMAN ELIANE GULKO CARAVER HELENITA SCALETSKI BEATRIZ SAUTE GLOCK ELIANE KASSOW MASTRONARDI HENIE O. NUDELMAN BEATRIZ PAPICH KROST ELIANE KIVESS HILDA PECHANSKY BEATRIZ STRAZAS ELIANE SUSLIK SIBEMBERG IDA C. GUS BEATRIZ ZIMMERMANN ELKA KREITCHMAN IDA PERLA F. LOCKCHIN BEKY MORON DE MACADAR ELOIR ZYLBERSZTEJN IDA S. FRIDMAN BELA IGOR ENA RASKIN IEDA GUTFREIND BELA LITVIN ENEIDA DIAMANTE IEDA NUDELMAN BELA TEITELBAUM ENI GALBINSKY ILANA CANTERGI DE CANTERGI BELA FANI G. TVORECKY ESTELA LEDERMAN SPRITZER (RIO) INÊS GLOCK BELINHA DUBIN ESTELA WAINBERG INÊS GOLBSPAN BELINHA NUDELMAN ESTER BERENICE VEISSID IONE GALBINSKY BERTA ROSA JOVEGELEVICIUS ESTER CARDON ISABEL SCHWARTZMANN BERTA SALTZ ESTER GOLANDINSKI IVONE HERZ BERTHA FAJER ESTER K. ENGELMAN JACQUELINE SPUMBERG BETI BACALTCHUCK ESTER ENGELMAN MACHADO (CAPÃO) JANE CANTERGI GHIDALEVICH BETI POTZTARUK ESTER UNIKOVSKI JANE WULFF ALTSCHIELER BETTY RUTH WINDMUELLER ESTHER HANDLER JANETA G. ZILBERMAN BETTY ZAMEL KATZ EUGÊNIA BERLIM JANETE CANTERGI BRIGIDA GURSKI EUNICE SCHMIT JANETE F. A. CORTEZ (URUGUAIANA) CATIA HELENA ROSA EVA ESMERALDA BECKER JANICE CHMELNITSKY CECI LEWIN ZILBERKNOP (PELOTAS) EVA PIPKIN JOCELI MARLI KUPPER TERNER CECÍLIA SUKIENNIK EVA SUKSTER JOICE NHUCH CEIRA LAKS FANI JAWETZ JUDITH SCLIAR CELI MALTZ RASKIN FANI MESTER JULIETA PRAWER CÉLIA BERGER FANI RATINECAS JUSSARA FITERMAN CÉLIA BROCHMAN FANI SALTZ ROSENFELD JUSSARA GRIMBLAT CÉLIA KRAVETZ FANY SMEJOFF KARINA SCHAFRAN VOLQUIND CÉRES MALTZ BIN FANY EVA SELIGMAN LAÍS KNIJNIK CLARA FERMAN FANY KLEIMAN LÉA RUSSOVSKY MACIEL CLARA GUELFAND FANY S. CHWARTZMANN LÉA SCHWARTZ Ensinando Integridade Tania Zagury Tania Zagury é filósofa, professora adjunta da UFRJ, conferencista e escritora, autora de Filhos, Manual de Instruções, Limites sem Trauma e Educar sem Culpa, entre outros. Leitura essencial aos pais, seu último livro, Filhos: Manual de Instruções, é fundamental para as crianças crescerem éticas, responsáveis, mentalmente saudáveis e felizes. Não faz muito tempo, ser um bom menino significava, consumismo exacerbado, ao suicídio, à marginalidade e às como dizia o palhaço Carequinha, não fazer pipi na cama nem drogas. Em contrapartida, a convicção num caminho produtivo a fazer má-criação, concluir o trabalho de casa com capricho, deixar ser trilhado e o desejo de contribuir fazem com que os jovens o quarto mais ou menos arrumado, não falar palavrão, dirigir-se progridam, criem, estudem e realizem. E para ter essa confiança respeitosamente aos mais velhos; tarefas, enfim, razoavelmente eles precisam conviver com pessoas que não apenas vivam de simples de serem aprendidas, porque valores como honestidade e acordo com esse modelo, mas também que não se deixem abalar integridade não estavam ainda em discussão. pelas notícias negativas que saem diariamente na mídia. Existe Ser um bom menino hoje significa não apenas saber o sim gente desonesta, o que não significa que muitos outros que é certo ou errado, mas também conseguir se opor a atitudes muitos mais não sejam dignos, trabalhadores e corretos. (bem frequentes) que contrariam os princípios norteadores da Precisamos lutar vigorosamente para que nossos filhos percebam sociedade o que não é fácil para adultos, quanto mais para que quem leva o Brasil adiante é a maioria silenciosa, aquela crianças e jovens. que é formada por pessoas honestas e Opor-se ao grupo e fazer escolhas trabalhadoras, e que, por isso mesmo, não adequadas demandam forte grau de constituem notícia, nem, portanto, segurança. Mais ainda: significam que nossos aparecem nos jornais e na TV. filhos têm que estar convictos, em primeiro Os pais têm papel primordial na lugar, de que solidariedade, justiça e estruturação do caráter dos filhos. Resgatar honestidade, por exemplo, não estão fora de a ética é hoje questão de sobrevivência. Que moda. Precisam, acima de tudo, acreditar jovem poderá resistir às pressões negativas que, mesmo quando parte dos homens não de uma sociedade em crise, se não aquele respeita esses princípios, não há a mínima que tenha internalizado o respeito por si condição de vivermos com segurança sem próprio e pelo outro? Para isso é preciso, em eles. Como convencê-los, no entanto, se a TV, primeiro lugar, que se reconheçam num as novelas, as atitudes de muitos adultos, os modelo - isto é, que saibam quem são, que jornais, alguns programas humorísticos e até façam identificações adequadas. Muita certas músicas os bombardeiam com gente acha que ensinar integridade é mensagens antiéticas? Como convencê-los, se impossível nos tempos modernos o que se parte dos colegas, com os quais convivem, faz basicamente através de exemplos quebram vidraças, desrespeitam os mais concretos de vida. Se os pais, sem muito velhos, picham muros, destroem o mobiliário discurso, vivem de acordo com princípios, das escolas, dirigem sem carteira aos estarão encorajando os filhos a seguirem dezesseis anos ou falsificam documentos Tania Zagury seus passos, mesmo sem perceber. Quer para poder entrar nas boates antes da idade dizer, não mentindo, não aceitando uma conta errada no permitida em lei, por vezes, com a anuência dos responsáveis? restaurante, chegando à hora combinada aos encontros, respei- Criar adultos dignos depende basicamente de duas tando a lei, não mudando ou querendo mudar as regras do jogo de coisas: da maneira pela qual nós, pais, vivemos o dia a dia e da acordo com as conveniências do momento, e, especialmente, não confiança que temos nos valores que guiam nossas ações. Ou seja, disseminando amargura e descrença, simplesmente, porque nem é necessário não só sermos íntegros, mas também não duvidar- todos agem de maneira honesta. Na grande maioria dos casos, mos da força dos nossos princípios. Quando crianças e jovens essa forma de viver será suficiente para que seus filhos acreditem percebem, nos seus mais fortes modelos (nós, seus pais!), nos valores... Afinal, não podem contestar estão vendo! vocês segurança inabalável na retidão, na cooperação, na honra vivem de acordo com o que defendem! independente do que estejam fazendo os vizinhos, parentes e Por fim, é bom lembrar que, especialmente, quando nosamigos, eles, muito provavelmente, também acreditarão. Se, ao sos filhos chegam à adolescência, quase com certeza, irão opor contrário, já que há tanta corrupção e impunidade, os próprios alguma (ou bastante) resistência ao que defendemos. Não nos deipais começam a lassear seus conceitos ou a repetir diariamente xemos iludir pelas aparências especialmente não desanimemos! que o Brasil não tem jeito, em que irão seus filhos acreditar? Mesmo quando parece que não nos ouvem nem veem, é a nossa O perigo maior para um jovem não são as drogas é não integridade que serve de fundamento para nossos filhos, hoje e crer no futuro e na sociedade em que vive. A falta de esperança, sempre. essa sim, é que pode levar à depressão, ao individualismo, ao Educação 07 INSTITUIÇÕES E ENTIDADES JUDAICAS Celso Gutfreind nasceu em Porto Alegre, em 1963. É escritor e médico. Como escritor, é autor consagrado pela crítica. Possui cerca de 20 livros publicados, entre poemas, contos infanto-juvenis e ensaios. Participou de várias antologias no Brasil e no exterior (França, Argentina, Luxemburgo, Canadá), e sua obra é traduzida para francês, inglês e espanhol. Recebeu importantes premiações, entre as quais se destaca o Prêmio Nacional de Poesia Mario Quintana (1985) e os prêmios Açorianos, Henrique Bertaso para melhor livro de poemas publicado no RS em 1993 e Livro do Ano, da Associação Gaúcha de Escritores, nos anos de 2002 e de 2007. Participou do projeto Autor Presente do Instituto Estadual do Livro (IEL). Como médico, Celso realizou especialização em Medicina Geral Comunitária e, posteriormente, em Psiquiatria e Psiquiatria Infantil. Fez doutorado e pós-doutorado em Paris, nessa área, tendo como tema de pesquisa a utilização terapêutica do conto. Atualmente, é professor na Unisinos e na Fundação Universitária Mário Martins. NA AMAT PIONEIRAS A DIRETORIA DA SINAGOGA UNIÃO ISRAELITA PORTO ALEGRENSE CUMPRIMENTA A NA AMAT PIONEIRAS, DESEJANDO PLENO SUCESSO NO BAZAR. Mãe e pai fazem muita besteira com seus filhos. E invasão, atropelamento. Mãe e pai precisam pensar por não é de vez em quando. É todos os dias, já começa de si mesmos e acreditar em suas próprias capacidades, por manhã. Isto é natural, como o sol (mas aí parece chuva): menores ou mais lentas que elas sejam. Ninguém é tanto os filhos vieram de dentro da assim. Pai e mãe precisam mulher, que veio da costela do buscar de dentro para fora a homem, segundo a Bíblia. Ou intuição para ver se menosdo mais profundo narcisismo prezaram um sentimento de e desejo egoísta de imortalida- filho. Ou hipervalorizaram. Se de dos pais, segundo a foram rígidos ou frouxos, psicologia. De uma ou outra, deixaram muito, toleraram não poderia dar boa coisa, pouco. Em sua linguagem embora dê, especialmente, se metafórica, a Bíblia não se o nível de exigência baixe a manifestou diretamente a bola. Bola é para filho brincar. respeito. Mas a psicologia não Ser mãe e pai, aliás, é hesitou em dizer que, no este jogo e luta para melhorar. fundo, ser mãe e pai é impossí- Tentar sair da própria costela, vel. do próprio narcisismo e Não sejamos tão chegar ao outro no que ele radicais: se tem amor, metade realmente é. E não o que pai e do copo está cheia. É baixar a mãe desejam que ele seja bola, que a outra metade desde que sonharam a também, e mesmo a garrafa. imortalidade ou, pelo menos, Haverá sempre uma dose de outra vida (a dos filhos) para acertos, outra de erros, e amor realizar tudo aquilo que não de mãe e pai precisa ser puderam com a sua. Toda luta Celso Gutfreind apoiado e elogiado para é feita de batalhas perdidas. É como na guerra, só que é pensar que os acertos serão sempre maiores, e os erros uma história de amor, e histórias de amor são ainda mais podem ser reconhecidos, por mais que doa na costela. É difíceis, porque é mais fácil destruir do que construir. dizer a esta que dá para melhorar, e ela volta a ficar Pai e mãe, enfim, fazem muita bobagem, desde o durinha. E o narcisismo, molinho. começo. Mas não pode alguém de fora deste imbróglio Também há quem nunca duvide de si. Ache que, dar palpite, medir competência, criticar. Foi o Mandela em caso de mãe e pai, tudo é acerto. Aqui a besteira é quem disse que não bastam pai e mãe para criar um filho, tamanha, mas pode-se chamar o Mandela, trazer a é preciso uma comunidade inteira. Concordo, mas não comunidade e mostrar a uma criança que a vida é se pode confundir isto com palpite, interferência, mesmo imperfeita e, ainda assim, vale a pena. 32 09 Psicanálise o.s.: 26058-21/06/2011 - REVISTA NA AMAT BAZAR 2011 - MIOLO 3 - LÂMINA 2 FRENTE Mãe e pai Celso Gutfreind