BuscaLegis.ccj.ufsc.br

Documentos relacionados
Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho (s)

PLANO DE ENSINO. TDI0011 Carga horária

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho (s).

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

Programa Analítico de Disciplina DIR100 Introdução à Ciência do Direito

CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM

1º PERÍODO. FERRAZ JR, Tércio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito técnica, decisão, dominação. São Paulo: Atlas, 2003.

EMENTÁRIO DO CURSO DE DIREITO PARA INGRESSANTES A PARTIR DE Créd. 04 I

Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA

PROGRAMA DE DISCIPLINA

SISTEMAS JURÍDICOS NA VISÃO DE JUSFILÓSOFOS

Programa Analítico de Disciplina DIR107 Oficina de Linguagem Jurídica

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MARABÁ FACULDADE DE DIREITO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS DEPARTAMENTO DE DIREITO PLANO DE ENSINO I IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA

PLANO DE ENSINO EMENTA

HERMENÊUTICA JURÍDICA: Alguns aspectos relevantes da hermenêutica constitucional.

1 Para uma Teoria Moderna do Direito: apresentação do programa.

Aulas expositivas e interativas. Leitura e discussão de textos. Debates interdisciplinares.

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

CAPACIDADE À LUZ DO ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Verdade e Justiça em suas três dimensões

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JATAÍ - CESUT A s s o c i a ç ã o J a t a i e n s e d e E d u c a ç ã o

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NÚCLEO DE CIÊNCIAS SOCIAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS

As Fontes do Direito. Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior

CURSO DE DIREITO Autorizado pela Portaria no de 05/12/02 DOU de 06/12/02 PLANO DE CURSO

DIREITO CIVIL PARTE 6 INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL

DISCIPLINA Normas e Legislação Ambiental. CURSO Mestrado em Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente

1. IDENTIFICAÇÃO. CÓDIGO DA DISCIPLINA: D-01 PERÍODO: 1 o. CRÉDITO: 04 CARGA HORÁRIA SEMANAL: 04 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60

Teoria da Decisão Judicial em tempos de Neoconstitucionalismo: o necessário controle do ativismo judicial no Estado de Direito 1

DIREITO CIVIL PARTE 5 INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL

DIREITO CIVIL TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL 8

ANALISANDO A HERMENÊUTICA JURÍDICA

ANALOGIA: FONTE OU MÉTODO DO DIREITO? (Doutor em Direito pela PUC/SP; professor do curso de Direito da Faculdade de Paulínia;

EFEITO-MEMÓRIA DA LINGUÍSTICA NO DIREITO: SAUSSURE NO PENSAMENTO DE KELSEN E DE LUHMANN

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PRÓ-REITORIA DE RECURSOS HUMANOS E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE DIREITO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROF. DR. LEANDRO REINALDO DA CUNHA

DIREITO CIVIL DIREITO DAS SUCESSÕES 20

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

PROGRAMA DE DISCIPLINA

MATERIAL DE APOIO MONITORIA

COMPETÊNCIA PROCESSUAL

CAPÍTULO 1 DIREITO MARÍTIMO E PROCESSO CIVIL UM DIÁLOGO NECESSÁRIO

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL

2. OBJETIVO GERAL Discutir os pressupostos, os conceitos e técnicas fundamentais para a produção e aplicação do conhecimento jurídico.

PROGRAMA DE DISCIPLINA

A NATUREZA CONSTITUCIONAL DA RECLAMAÇÃO PARA O STF. A reclamação para o STF possui natureza constitucional.

Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PRÓ-REITORIA DE RECURSOS HUMANOS E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS

REFLEXÕES SOBRE A EFICÁCIA DA LEI AO LONGO DO TEMPO

1. Quanto às afirmações abaixo, marque a alternativa CORRETA : I O direito é autônomo, enquanto a moral é heterônoma.

PLANO DE ENSINO I EMENTA

O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E A GARANTIA DA NÃO SURPRESA NA APLICAÇÃO DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO PARA JUÍZOS PRIMA FACIE DE PRECEDENTES

Dogmática Jurídica. A função social da dogmática jurídica. por Irma Pereira Maceira outubro de 2009

EDITAL Nº 094/2016 PROCESSO SELETIVO PARA TRANSFERÊNCIA FACULTATIVA FDV 2017/1

CONCEITO, FONTES, CARACTERÍSTICAS E FINALIDADES

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

PLANO DE ENSINO. PRÉ-REQUISITO Teoria Geral do Processo SEMESTRE/ANO 1º/2013

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS TEORIA GERAL DO DIREITO

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária Ciências Econômicas

Marcelo Moreno Gomes Lisboa Mestrando em teoria do direito pela PUC-MG

JUIZO UNIVERSAL FALIMENTAR COM ENFOQUE NOS CREDÍTOS TRABALHISTAS Carolina Staut Pires BAITELO 1 Edson Freitas de OLIVEIRA 2

Efetivação de Direitos Fundamentais pelo Estado. Nível: Doutorado Obrigatória: Não Carga Horária: 45 Créditos: 3

Noções de Estado. Organização da Federação e Poderes do Estado

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO. PERÍODO: 6 PERÍODO Matutino/Noturno (2019-2)

PLANO DE ENSINO. Dr. Francisco José Rodrigues de Oliveira Neto

Legislação Previdenciária

AULA 08 HERMEUTICA JURIDICA E INTERPRETAÇÃO DO DIREITO

Direito Processual Penal Conceito, Finalidade, Características, Fontes. Prof. M.Sc. Adriano Barbosa Delegado de Polícia Federal

NORMA JURÍDICA - OBJETO CULTURAL

FACULDADE DE DIREITO DE FRANCA PLANO DE ENSINO INFORMAÇÕES GERAIS 2. EMENTA 3. OBJETIVOS GERAIS 4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

C U R S O D E D I R E I T O Autorizado pela Portaria nº 378 de 27/05/15-DOU de 28/05/15 Componente Curricular: LEGISLAÇÃO ELEITORAL - OPTATIVA

DIREITO OBJETVO E SUBJETIVO

Direito Constitucional

DA INSTRUMENTALIDADE DA COISA JULGADA EM DIREITO PREVIDENCIÁRIO

Programa Analítico de Disciplina DIR314 Direito Contratual

NOÇÕES DE DIREITO. Curso JB preparatório para o Instituto Rio Branco Não é permitida a reprodução deste material.

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás.

Bibliografia - item 3.6 Instrumento de avaliação de cursos

PLANO DE ENSINO DE GRADUACÃO Curso Semestral Código INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I 57. Período 1º Período

IUS RESUMOS. Interpretação e Integração da Lei Penal. Organizado por: Samille Lima Alves

SISTEMAS JURÍDICOS NA VISÃO DOS JUSFILÓSOFOS Alf Ross, Emil Lask, Hans Kelsen, Hebert Hart, Lourival Vilanova e Tercio Sampaio Ferraz Júnior

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

JURISPRUDÊNCIA DOS INTERESSES

EDITAL Nº. 41, DE 04 DE AGOSTO DE CAMPUS DO PANTANAL COMISSÃO ESPECIAL CURSO DE DIREITO SELEÇÃO DE CANDIDATOS A PROFESSOR SUBSTITUTO

HANS KELSEN ( )

PROGRAMA DE DISCIPLINA

INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE ALCANCE DA NORMA CONTIDA NO ART. 481, PARÁGRAFO ÚNICO DO CPC, ACRESCENTADO PELA LEI Nº 9.756/98

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam:

III Capacidade de pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras fontes do Direito;

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam:

PROVA ESCRITA DE NOÇÕES DE DIREITO E DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

Parte I Filosofia do Direito. Teoria Geral do Direito e da Política

TÍTULO: O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E SEU IMPACTO NO FENÔMENO DA APLICAÇÃO DO DIREITO SOB A PERSPECTIVA CONSTITUCIONAL E PRINCIPIOLÓGICA.

Introdução ao direito para Administração (GFSJ04) 1º semestre de 2012

O DIREITO E A MORAL GUSTAVO GUSMÃO

Transcrição:

BuscaLegis.ccj.ufsc.br (Artigos) poder normativo do juiz Newton Garcia Faustino Sabemos que o juiz é um agente político que detém parcela do poder do Estado e que possui ampla liberdade de atuação funcional, devido a importante contribuição para com a justiça exercendo a atividade jurisdicional. Ao meu ver, a função do magistrado é de dar a cada um aquilo que expressa, efetivamente, a realização da justiça entre os homens, independentemente de se cumprir a lei, pois nem sempre se cumpre a mesma literalmente. O juiz que tem diante de si um sistema de Direito, não o pode receber apenas como concatenação lógica de proposições. Deve sentir que nesse sistema existe algo de subjacente, que são os fatos sociais aos quais está ligado um sentido ou um significado que resulta dos valores, em um processo de integração dialética, que implica ir do fato à norma e da norma ao fato. Entendo que para o jurista, em suma, o Direito não é só norma, mas culmina sempre em sentido de normatividade, sendo impossível reduzi-lo à mera conduta, pois o Direito, visto na totalidade de seu processo, é uma sucessão de culminantes momentos normativos, nos quais os fatos e os valores se integram dinamicamente; sendo assim, as normas não são todo o fenômeno jurídico, mas apenas os momentos culminantes de um processo, pois a aplicabilidade dessas normas fica sob a incumbência do magistrado que detém a soberania para o julgamento, invocando o Estado no exercício da atividade jurisdicional. Representando a figura do Estado, o magistrado deverá apenas e tão somente interpretar e aplicar a cada caso concreto individualmente o que cabe lhe é devido, enfocando

indiscutivelmente, sempre que possível, a justiça digna de um Estado Democrático de Direito. Acredito que o juiz exerce uma importante participação no que tange à aplicação do Direito, realizando justiça como julgador de lides no meio social. Mas para que isso realmente ocorra, o julgador deverá aplicar as leis aos casos concretos dando a cada um o que é devido, porém, não deve o mesmo ficar preso aos limites da lei como assim um escravo fosse, pois o verdadeiro juiz, ao meu ver, é aquele que, para realizar mais precisamente a justiça respeita o ordenamento jurídico e que, em alguns casos de impropriedade legislativa, lacunas do ordenamento jurídico e injustiças, enfrenta o texto legal rasgando-o no peito se necessário. Falo de um juiz funcionalista e não carreirista. Refiro-me àquele desprendido da ambição da promoção por merecimento tão querido pelo Órgão especial de seu Tribunal; daquele juiz que julga de acordo com os postulados constitucionais amparados nos tratados e convenções relativos aos direitos humanos, civis e políticos de cada Estado; e digo mais, daquele juiz que observa no réu um ser humano e não um desafeto social que, simplesmente, merece a masmorra em vez da condenação justa, digna de um Estado Democrático de Direito. O juiz deve ser imparcial, honesto, digno do cargo que ocupa, conhecedor do direito e não, simplesmente, jurista, arrogante e prepotente; refiro-me a um órgão capacitado para tanto. Entretanto, tenho para mim que todo juiz tem o seu poder normativo restringido pela lei. Digo porque é ela que estabelece os limites e facetas dos poderes do juiz, logo o poder normativo do juiz é pleno em partes, onde o fato de exercer uma parcela do poder soberano do Estado -- aplicação da jurisdição -- e de ter ampla liberdade funcional não implica aplicar a lei da forma e jeito que bem entender, pois terá que ser imparcial, fundamentar suas decisões e dar seu sangue pela justiça, se deparando muitas vezes com leis que, a priori, seriam justas; porém, no exato momento da aplicação das mesmas, analisando

individualmente a norma geral ao caso concreto, terá que buscar outros meios e mecanismos para a efetiva realização plena da justiça. Sabemos também que, no tocante às sentenças normativas, o juiz é concebido como um legislador, pois afinal, cria normas jurídicas individuais a determinado caso concreto. Com relação ao processo de criação de normas gerais, onde há a flexibilidade do Direito, podemos dizer que um tribunal poderá receber competência para criar, através de suas decisões, não só uma norma individual vinculante apenas ao caso sub judice, mas também normas gerais; é o que chamamos de precedente judicial; isto é, quando a decisão do caso concreto emanado por um juiz é vinculante para outros casos idênticos. Primordialmente, Kelsen nos apresenta a função criadora de Direito dos Tribunais dizendo que a referida função existe em todas as circunstâncias; surgindo com particular evidência quando um tribunal recebe competência para produzir também normas gerais através de decisões com força de precedentes. Nesse mesmo sentido, refiro-me à possibilidade de atribuição desta função criadora a um tribunal, designadamente a um tribunal de última instância, quando este seja autorizado, em certas circunstâncias, a decidir um caso, não em aplicação de uma norma vigente de direito material, mas segundo a sua livre apreciação do mesmo; isto é, quando autorizado a produzir uma norma individual cujo conteúdo não esteja predeterminado em qualquer norma geral do ordenamento jurídico. Por fim, não há que se falar em concorrência do Órgão Legislativo e dos Tribunais quanto à função criadora do Direito, pois podemos dizer que há ordenamentos jurídicos tecnicamente diferentes, pois a produção e normas jurídicas gerais está completamente centralizada e reservada ao Órgão Legislativo central; já os Tribunais limitam-se a aplicar aos casos concretos, nas normas individuais a produzir por eles, as normas gerais produzidas por esse Órgão Legislativo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BATALHA, Wilson de Souza Campos. Introdução ao estudo do direito. Filosofia, história e ciência do direito. Vol. I. São Paulo: Revista dos Tribunais. BOBBIO, Norberto. O Positivismo Jurídico Lições de filosofia do direito. Ed. Ícone Ltda, 1996.. Teoria do ordenamento jurídico. 10ª ed. Brasília: UnB, 1997.. Teoria da norma jurídica. 1ª ed. Bauru: Edipro, 2001. CAHALI, Yussef Said. Constituição Federal - Código Civil Código de Processo Civil. Organizador Yussef Said Cahali. 6ª ed. rev., atual e ampl. São Paulo: RT, 2004. COELHO, Fábio Ulhoa. Para entender Kelsen. 3ª edição,[s.l.], Ed. Max Limonad, 2000. DINIZ, Maria Helena. Compêndio de introdução à ciência do direito. 8ª edição, São Paulo: Saraiva, 1995. FERRAZ JUNIOR. Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito. Técnica, decisão e dominação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1994.. Teoria da norma jurídica, Rio de Janeiro: Forense, 1978.. A ciência do direito. 2ª ed. São Paulo: Atlas. GUIMARÃES, Ylves José de Miranda. Direito natural. In: Visão Metafísica e Antropológica. Rio de Janeiro: forense Universitária, 1991. GUSMÃO, Paulo Dourado. Introdução ao estudo do direito. 27ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000.

IHERING, Rodolf Von. A luta pelo direito. 16ª ed. Rio de Janeiro: [s.n], 1998. KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. 4ª tiragem, São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2000. LIMA, Hermes. Introdução à ciência do direito. 30ª ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1993. NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 16ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998.. Filosofia do direito. 8ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000. NUNES, Luiz Antônio. Manual de introdução ao estudo do direito. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 1999. RÁO, Vicente. O Direito e a vida dos direitos. 5ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais. REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 22ª ed. São Paulo: Saraiva, 1995. TELLES JUNIOR, Goffredo. Iniciação na ciência do direito. São Paulo: Saraiva, 2001. Disponível em: < http://www.wiki-iuspedia.com.br/article.php?story=20080207135747482 >. Acesso em: 01 abr. 2008.