IVANILDO TAVARES DE LIMA JÚNIOR

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Transcrição:

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA-SECITECESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DE ENSINO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICO DE LUCAS DO RIO VERDE CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA IVANILDO TAVARES DE LIMA JÚNIOR Professora Orientadora: Patrícia Magalhães COMPONENTES DE PREVENÇÃO E SEGURANÇA E A DISTRIBUIÇÃO DA TENSÃO ELÉTRICA NO COMPUTADOR

Apresentação Todo equipamento eletroeletrônico necessita de energia elétrica para funcionar, ela vem das usinas hidrelétrica e de outras fontes de energia como a eólica. Chegam às residências nos valores de 110 ou 220 volts. Mas essa energia não é limpa, ocorrem oscilações, transientes até curto-circuito. Para evitar que essas anomalias cheguem ao computador é necessário a utilização de equipamentos de proteção. As fontes de alimentação tem um papel importante elas são responsáveis pela diminuição e posteriormente a distribuição das tensões que serão utilizadas pelos hardwares do computador (LEMOS, 2005). A informática é muito ampla e está a todo o momento em pleno desenvolvimento e é impossível, por esse motivo, saber tudo sobre essa extensa área. Pra quem se especializar na parte de hardware, é necessário ter um conhecimento dos equipamentos utilizados na proteção do computador e a prevenção com a eletricidade estática e o emprego do aterramento do computador e em relação ao componente que faz a diminuição e alimentação dos periféricos da máquina, identificando o consumo de cada. Todas as informações contidas nesta cartilha foram retiradas de meu trabalho de conclusão de curso. 3

Figura 1: O Gênio da Lâmpada Fonte: Facebook (adaptado) 4

Equipamentos que protegem o computador contra anomalias provenientes da rede elétrica Segundo Lacerda (2004), nas instalações elétricas residenciais existem ruídos chamados transientes. São gerados por reatores, relés ou motores elétricos. O transiente pode ser percebido ao ser ligado um liquidificador ou motor de geladeira, por exemplo, é percebidos chiados em aparelhos de som ou televisores e também interferências na imagem do computador. Figura 2: Filtro de linha Fonte: http://planetech.uol.com.br/2011/08/26/filtro-de-linha-deinformatica-pode-ser-usado-em-ht/> Acesso em 21 fev.2013 O filtro de linha é apenas uma proteção adicional para o computador e mesmo com essa proteção é indispensável a utilização de um estabilizador. Figura 3: Estabilizador de tensão Fonte: http://www.parai.com.br/?p=154 5

O estabilizador de tensão só é dispensável quando é empregado em seu lugar um no-break, que alias, além de dar essa proteção, ainda da uma autonomia de energia que mantém o computador ligado por sua bateria interna. A dois tipos de no-break que são: o on-line e o off-line a diferença entre os dois é que no off-line acontece uma pequena demora no seu acionamento quando falta energia elétrica, enquanto no on-line não existe esse retardo. Figura 4: No-break Fonte: http://www.rotsinformatica.com.br/product_info.php?cpath=71&products_id=2936&oscsid=9rgl n30d6n46qjjdpd4rnc0q20. 6

Eletricidade estática Facilmente podemos ocasionar um estrago como o da figura seguinte ao tocarmos em um chip com as mãos: Figura 5: Visão microscópica do interior de um chip danificado por descarga eletrostática Fonte: http://www.laercio.com.br/artigos/colunas/col_006/col_006.htm Há alguns cuidados que podem ser tomados para prevenir os componentes do computador, dentre eles estão: Equipamentos de armazenamento (discos rígidos), placas e outros componentes, devem ser mantidos dentro das embalagens originais. Quando se está manuseando os componentes de hardware devem ser evitado o uso de peças de roupas de lã. Recomenda-se executar o descarregamento de casuais cargas elétricas existentes no corpo, antes de trabalhar com os componentes, simplesmente tocando em qualquer elemento metálico aterrado. Igualmente as peças de roupas de lã, carpetes e tapetes, têm alta porosidade, colaborando para a acumulação de cargas elétricas. Ou seja, a manipulação dos componentes sobre superfície acarpetada precisa ser evitada. Não se deve tocar nos chips e os contatos internos de placas e componentes, no momento do manuseio, ficando claro que a manipulação necessitará ocorrer pelas bordas, 7

É recomendado o uso de pulseira antiestática, apesar de não ser totalmente necessária, sobretudo se as condições de trabalho nos componentes não podem evitar as demais observações quanto ao ambiente e ao vestuário. Aterramento Segundo Carmona (2009), o aterramento tem a utilidade não só de dar proteção ao computador, como também ao usuário. Um computador sem aterramento pode provocar choques elétricos em quem estiver utilizando-o. Ainda é responsável por dar proteção a máquina contra descargas eletrostáticas. Geralmente um usuário comum não se preocupa com um aterramento, o que talvez nem passe pela cabeça dele, ficando a cargo do técnico providenciar sua instalação. Figura 6: Falta de Aterramento Fonte: Google (adaptado) O aterramento é importantíssimo e evita possíveis choques elétricos. 8

Fonte De Alimentação De acordo com Mueller S. e Soper M. E. (2002), a fonte de alimentação representa o componente que mais apresenta perigos para qualquer computador. Ela converte os 110 ou 220 volts que chegam a nossas residências através das linhas elétricas para os 12V, -12V, 5V -5V e 3,3V fornecidos nas diferentes saídas, demonstrado na tabela 1 demonstra as tensões e os respectivos componentes. Tabela 1: Dados de saída da fonte de alimentação +5V Placa-mãe, processador e memória. -5V Áudio, video e outras interfaces. +12V Motores dos acionadores de HDs, Cooler, Drive de CD, Drive de disquete. -12V Interfaces seriais, modems, áudio, vídeo, outras interfaces. +3,3V Placa-mãe, processador e memória. GRD Todas as partes. Fonte: Gomes (2013) Já a tabela 2 demonstra o consumo dos hardwares do computador. A tensão que sai da fonte e é distribuída através dos seus diferentes tipos de conectores. Tabela 2: Consumo dos componentes do computador Componente Consumo Componente Consumo Placa-mãe (full) 100W Drive de CD-ROM 25W Modem 20W HD IDE 5200 rpm 10W Módulo de memória 10W para 128 MB HD IDE 7200 rpm 15W Placa de vídeo 15W Scanner de mão 5W Placa de vídeo AGP 20a30W Mouse 2W Placa de rede 10W Drive de 3½ 15a20W Teclado 5W CPU 15a30W Fonte: Gomes (2013) 9

Na tabela 3 são expressos os pinos, as cores e as respectivas tensões fornecidas por cada um. Note que as tensões fornecidas pelo fio vermelho é sempre +5V o laranja é sempre +3,3V e assim acontece com os demais fios. Tabela 3: Voltagem de um conector ATX Pino Cor Saída Pino Cor Saída 1 Laranja + 3,3V 11 Laranja + 3,3V 2 Laranja + 3,3V 12 Azul -12V 3 Preto 0V 13 Preto 0V 4 Vermelho +5V 14 Verde Power On 5 Preto 0V 15 Preto 0V 6 Vermelho +5V 16 Preto 0V 7 Preto 0V 17 Preto 0V 8 Cinza Power Good 18 Branco -5V +5,0V 9 Roxo +5VSB 19 Vermelho +5V 10 Amarelo +12V 20 Vermelho +5V Fonte: Gomes (2013) Esta cartilha é finalizada com uma serie de perguntas e respostas de duvidas mais comuns, desenvolvidas pelo autor Torres (1999), em seu livro Hardware Curso Completo: Perguntas mais comum 1. O que consome mais energia em um micro: deixa-lo ligado direto ou ficar ligando e desligando quando for utiliza-lo? O computador foi desenvolvido para ficar ligado horas a fio. Isso significa que você pode deixá-lo ligado durante o dia inteiro sem maiores complicações. É claro que a desvantagem de deixar o micro ligado direto é a conta de luz! Para resolver isso, você poderá configurar seu micro para desligar o monitor de vídeo, por exemplo, economizando energia em momentos de ociosidade. Ficar ligando e desligando o micro não é muito aconselhável, pois acaba diminuindo a vida útil da fonte de alimentação e de seus componentes, devido à existência de uma corrente de pico. 10

2. O aterramento é realmente necessário? A resposta tradicional a essa pergunta é SIM, porém, em vários casos, não é possível que o aterramento seja feito. Em micros de usuários comuns, não há muito problema: o máximo que pode ocorrer é o usuário sentir pequenos choques no gabinete do micro. Em empresas, porém, o aterramento deve ser levado a sério. Em geral, micros de empresas são conectados em rede. Se os micros não estiverem aterrados, poderá haver diferença de potencial entre os micros. O cabo da rede (se não for de fibra óptica, obviamente) se encarregará de executar essa diferença de potencial, o que poderá ocasionar desde o mau funcionamento da rede até a queima das placas de rede ou outros componentes do micro. 3. Devemos realmente nos preocupar com descargas eletroestáticas? Sim descargas eletroestáticas danificam componentes eletrônicos. Tradicionalmente devemos nos descarregar eletrostaticamente antes de manipularmos componentes de hardware. Isso é feito simplesmente tocandose em um móvel metálico ou qualquer outra peça grande metálica. No Brasil, esse problema não é muito discutido, pois temos poucos problemas relacionados à eletricidade eletroestática, já que temos um alto nível de umidade relativa do ar. Em cidades e ambientes com baixa umidade - como Brasília e ambientes com ar-condicionado central muito forte, por exemplo devemos realmente nos preocupa com esse problema, nos descarregando sempre que possível. O ideal é trabalharmos com uma pulseira antiestética, que normalmente liga o braço do técnico à estrutura metálica da bancada de trabalho. 4. Qual é o melhor tipo de no-break existente? O no-break on-line é o melhor tipo de no-break, porém o mais caro. 11

5. Qual é a maneira correta de se ligar o micro? O estabilizador deverá ser ligado na tomada, enquanto o microcomputador e seus periféricos são conectados às saídas do estabilizador. Não há qualquer problema conectar o monitor de vídeo à tomada existente na fonte de alimentação do microcomputador. Tal tomada foi justamente designada de modo a alimentarmos um monitor de vídeo. No entanto, não é aconselhável deixar todos os periféricos já em posição de ligado e ligar o conjunto pelo estabilizador de tensão. Nesse caso, será gerado um pico de tensão que poderá danificar os equipamentos. Aconselhase ligar o microcomputador nesta ordem: 1. Estabilizador de tensão. 2. Microcomputador (gabinete). 3. Monitor de vídeo. 4. Impressora. 5. Demais periféricos externos que possam existir. REFERENCIAS LACERDA, I. M. F. Microcomputadores Montagem e Manutenção. Rio de Janeiro: Ed: Senac Nacional, 2004. MORAZ, E. Curso Essencial de Hardware. São Paulo: Digerati Books, 2006. CARMONA, T. Curso Prático de Manutenção de Computadores e Notebooks. São Paulo: Digerati Books, 2009. MUELLER, S.; SOPER, M. E. PCs Atualização e Manutenção- Guia Pratico. São Paulo: Digerati Books, 2002. TORRES, G. Hardware Curso Completo. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Axcel Books do Brasil Editora, 1999. GOMES, R. Fonte de Alimentação. Disponível em http://www.cin.ufpe.br/~rcmg/cefet-al/maha/aulas/maha_04.pdf. Acesso em 28/02/2013. 12