Programa BIP/ZIP de Lisboa Objectivos e âmbito O Programa BIP-ZIP Bairros e Zonas de Intervenção prioritária de Lisboa é criado pela Câmara Municipal de Lisboa, no quadro do Programa Local de Habitação (PLH), como um instrumento de política pública municipal que visa dinamizar parcerias e pequenas intervenções locais de melhoria dos habitats abrangidos, através do apoio a projectos levados a cabo por juntas de freguesia, associações locais, colectividades e organizações não governamentais, contribuindo para o reforço da coesão socio-territorial no município. Objectivos específicos Fomentar a cidadania activa, a capacidade de auto-organização e a procura colectiva de soluções, através da participação da população na melhoria das suas condições de vida; Contribuir para uma imagem positiva destes espaços, por forma a permitir e reforçar a sua integração harmoniosa na cidade, sem discriminações no acesso aos bens e serviços a todos são devidos; Criar um clima favorável ao empreendedorismo e à capacidade de iniciativa local; Âmbito Os BIP-ZIP abrangidos pelo programa são os que constam da Carta dos BIP-ZIP de Lisboa, aprovada pela Deliberação 616/CM/2010 de 17 de Novembro (http://habitacao.cmlisboa.pt/?no=401000100410,018) Ciclo e calendário para 2011 O Programa BIP-ZIP de Lisboa desenvolve-se segundo um ciclo com 7 fases:
Para a sua primeira edição o calendário das 7 fases é o abaixo-indicado. Considera-se que a fase de diagnóstico dos problemas e prioridades se encontra realizada na sequência da consulta pública sobre a Carta dos BIP-ZIP que decorreu em Agosto e Setembro de 2010. 1. Preparação (Novembro e Dezembro 2010) Diagnóstico de problemas e prioridades (realizado) Definição do orçamento do Programa (realizado) Definição das diferentes fases e respectivo cronograma Definição das regras de funcionamento Promoção de articulações inter-institucionais Auscultação das Juntas de Freguesia (20 de Dezembro de 2010) Constituição do Júri de Avaliação Submissão do programa à Câmara Municipal (22 de Dezembro de 2010) 2. Capacitação (Janeiro 2011) Divulgação pública do programa Organização de acções de formação sobre a preparação de projectos Disponibilização do formulário de candidatura (on-line e em papel) 3. Apresentação das candidaturas (Fevereiro e Março 2011) Formalização dos pedidos de financiamento 4. Apreciação das candidaturas (Março e Abril 2011) Verificação de conformidade Publicitação da lista de candidaturas admitidas Prazo de reclamação Análise técnica das candidaturas Avaliação e pontuação das candidaturas pelo Júri Aprovação da acta do Júri pela entidade competente Informação à CML Notificação dos candidatos 5. Apresentação dos resultados (Abril 2011) Divulgação dos resultados Assinatura dos protocolos (em acto público) 6. Execução dos projectos (Maio a Dezembro 2011) Implementação dos projectos 7. Avaliação do Programa (Outubro e Dezembro 2011) Aplicação de um questionário de avaliação a todos os projectos Estudo de caso de alguns projectos
Workshop de avaliação com os promotores dos projectos Relatório global de avaliação e recomendações Apreciação do relatório de avaliação pela CML Preparação do ciclo de 2012, com ajustamento das regras face à avaliação A este ciclo corresponde um ciclo interno de acompanhamento do programa, da responsabilidade da DMH e com obrigatoriedade de informação interna (rede de pontos de contacto dos serviços e empresas municipais envolvidos) e externa (rede de parceiros). Regras 1. O Programa destina-se exclusivamente a apoiar actividades e projectos a desenvolver nos Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária de Lisboa, em conformidade com a proposta final de 67 localizações aprovada pela Câmara Municipal, em Novembro de 2010. http://habitacao.cm-lisboa.pt/documentos/1289927720m5bex9ym2lp76uw4.pdf 2. O Programa prevê o apoio a projectos que podem desenvolver-se segundo um ou vários dos seguintes eixos: socio-económico (intervenções de apoio social, de promoção da cidadania ou de criação de emprego local) ambiental (intervenções no espaço público) urbanístico-legal (intervenções no tecido edificado, apoio a regularização de questões urbanísticas e patrimoniais) 3. O Programa prevê o apoio a projectos que se insiram numa das seguintes três tipologias e escalões de intervenção: a) Intervenções pontuais, com apoio máximo até 5.000,00 ; b) Serviços à comunidade, com apoio máximo até 25.000,00 ; c) Pequenos investimentos e acções integradas, com apoio máximo até 50.000,00. 4. Os apoios financeiros serão concedidos mediante a celebração de protocolos de colaboração entre a Câmara Municipal de Lisboa e os promotores dos projectos. 5. O financiamento dos projectos aprovados é de 100% até ao limite financeiro estipulado para cada tipologia de intervenção. Isto não impede as organizações de complementarem os projectos, para além desses limites, através de outros apoios, desde que devidamente declarados e sem incorrer em situações de duplo financiamento das mesmas actividades. 6. Podem concorrer ao Programa as Juntas de Freguesia que incluem nos seus territórios pelo menos um BIP/ZIP, assim como as organizações da sociedade civil que aí desenvolvem ou se propõem desenvolver actividade. 7. Todas as candidaturas devem ser apresentadas por uma parceria territorial que integre pelo menos duas entidades. 8. As entidades promotoras e parceiras não podem apresentar mais de uma candidatura por cada BIP-ZIP. 9. O processo de candidatura deverá integrar obrigatoriamente, sob pena de indeferimento, a seguinte documentação: a) Formulário de candidatura devidamente preenchido; b) Fotocópia do cartão de pessoa colectiva; c) Fotocópia do Número de Identificação Bancária.
No caso das organizações da sociedade civil acresce a seguinte documentação: d) Estatutos; e) Fotocópia da acta de eleição dos órgãos sociais; f) Comprovativo de situação regularizada perante a Fazenda Pública; g) Comprovativo de situação regularizada perante a Segurança Social. As entidades poderão anexar outras informações que considerem relevantes para o processo de candidatura. 10. Todas as entidades candidatas da sociedade civil, promotoras de projectos, deverão inscrever-se na base de dados de fornecedores da Câmara Municipal de Lisboa. As que já se encontram inscritas não necessitam de repetir esse procedimento. 11. Todos os projectos apresentados serão alvo de uma análise técnica por parte da Coordenação do Programa e de um Júri Independente, que avaliarão a conformidade com os objectivos do Programa, os benefícios para os territórios, assim como a respectiva viabilidade técnica e financeira. 12. As candidaturas serão analisadas com base nos seguintes critérios: a) Pertinência e complementaridade, com pontuação de 0 a 10; b) Participação, com pontuação de 0 a 30; c) Coesão social e territorial, com pontuação de 0 a 30; d) Inovação, com pontuação de 0 a 20; e) Planeamento e avaliação, com pontuação de 0 a 10. A classificação final resultará do somatório da pontuação atribuída a cada critério. 13. Os apoios previstos no ponto 3 serão concedidos em tranches trimestrais, nos dias 15 dos meses de Maio, Agosto e Novembro de 2011 e Fevereiro de 2012. O primeiro pagamento será efectuado com a assinatura do protocolo. Os pagamentos intermédios serão condicionados à apresentação de uma ficha de progresso do trabalho desenvolvido no trimestre anterior. O último pagamento será efectuado mediante a apresentação de um relatório final de prestação de contas e avaliação dos resultados por parte dos promotores. 14. Caso se confirmem situações de aplicação irregular dos apoios concedidos, as entidades envolvidas poderão ter que restituir o dinheiro ou ficar impedidas de apresentar novos projectos em futuras edições do Programa. 15. A execução dos projectos deverá decorrer entre os meses de Maio e Dezembro de 2011. 16. Todas as entidades promotoras de projectos aprovados devem comunicar por escrito, à Coordenação do Programa, a data de início dos mesmos. 17. Eventuais alterações aos projectos aprovados carecem de uma autorização prévia por parte da Câmara Municipal de Lisboa. 18. Compete à Direcção Municipal de Habitação o acompanhamento dos projectos apoiados pelo Programa, podendo, nesse âmbito, solicitar aos candidatos informação que considere necessária sobre as intervenções em curso. 19. Todas as acções desenvolvidas devem fazer menção expressa ao Programa BIP/ZIP da Câmara Municipal de Lisboa. 20. As candidaturas podem ser enviados por e-mail ou através de correio postal registado para Programa BIP-ZIP CML-DMH, Rua Nova do Almada, 3ª andar, até ao dia 18 de Março de 2011. 21. Os casos omissos nas presentes regras serão devidamente analisados pela Coordenação do Programa e resolvidos mediante despacho da entidade competente.
22. As regras do Programa serão revistas anualmente, tendo por base a avaliação efectuada.