UMA ANÁLISE CLÍNICA SOBRE OS SETE NÍVEIS DE COURAÇA CARACTEREOLÓGICA

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Transcrição:

1 UMA ANÁLISE CLÍNICA SOBRE OS SETE NÍVEIS DE COURAÇA CARACTEREOLÓGICA Maria Beatriz de Paula José Henrique Volpi/PR RESUMO A observação clínica mostra que os sinais gravados no corpo são expressões das relações objetais que a pessoa viveu em seu desenvolvimento. Esses sinais mostram-se em cada segmento do corpo e contam a história contida nele. Essa história é particular, tem seu ritmo próprio, seu tempo peculiar e mostra como a pessoa viveu, em cada momento, as relações de afeto. Assim, o mesmo segmento expressa a singularidade da pessoa em diferentes momentos da vida. Palavras-chave: Análise Reichiana. Caráter. Couraça. Vegetoterapia. Reich. A organização, desorganização, reorganização dos traços caracteriais referem-se às relações do organismo e o meio ambiente na linha do tempo, e às marcas que esta relação vai deixando no organismo ao longo de sua vida. A relação é principalmente energética; é um movimento de energia, uma interação vibracional de campos. O organismo está sempre se relacionando com outros organismos (campos). Não existe organismo isolado, sem influenciar ou ser influenciado pelos campos com que se relaciona. Nesse sentido, a relação é uma pulsação energética, afetiva, que se movimenta em contração e expansão. Quanto maior for a precocidade da influencia do meio ambiente, mais profunda a marca. Cada marca revela o estado das relações afetivas no momento da sua gênese, através do tempo, a partir da concepção até o momento presente. As marcas mais profundas que podemos reconhecer como traços caracteriais situam-se na fase intra-uterina do desenvolvimento onde predomina a reatividade neuro-endócrina. Os traços desta fase podem ser autistas ou psicóticos (NAVARRO, 1995). Estes traços expressam uma reação de totalidade do organismo, a partir do cerne biológico vital. O organismo encolhe para sobreviver, compromentendo sua capacidade de estabelecer relações funcionais com o ambiente e consigo mesmo. Ele fica perdido no

2 espaço/tempo ou encolhido e contraído como o autista, na particula fechada, ou explodido/expandido como o psicótico na onda de energia. O desenvolvimento leva o organismo a formar um contorno existencial, uma membrana que funciona como filtro perceptivo das relações ambientais, na superfície do corpo. A coerência energética do organismo está na possibilidade deste filtro se deslocar para longe do cerne biológico interagindo com os vários campos de energia de maneira sincrônica e funcional. Quando as marcas são muito profundas e precoces, interferem na autoregulação do organismo diante de eventos estressantes (VOLPI; VOLPI, 2002). O desenvolvimento do organismo requer o amadurecimento progressivo psico-corporal de funções vitais como contato, instinto, sexualidade, oralidade, narcisismo, identidade, etc. No sistema de pensamento de Wilhelm Reich (1995), de Ola Raknes, de Federico Navarro e seus colaboradores, estas funções estão associadas a segmentos corporais específicos que tem uma prevalência funcional de acordo com o momento do desenvolvimento. Exemplo: 1) A percepção do ambiente neo-natal se dá pela maturação da função ocular e da superfície da pele. 2) O estabelecimento de uma oralidade coerente se dá pelo amadurecimento do nível da boca. Na concepção reichiana o corpo se organiza em sete segmentos cujo tonus define a saúde ou a patologia. Quanto mais organizado o nível do corpo estiver, melhor a expressão da função natural. Quanto mais desorganizado, mais dificil será estabelecer o contato consigo mesmo e com o meio ambiente. Cada segmento de couraça possui funções caracteriais naturais, como veremos à seguir.

3 Primeiro Nível: Ocular Corresponde aos olhos, ouvido, pele e nariz, que estão diretamente relacionados ao contato com o ambiente neo-natal e consigo mesmo. Segundo Nível: Oral Diz respeito à boca e seus anexos e está ligado à oralidade, ou seja, à incorporação do meio externo para o meio interno. O nariz faz a ponte entre o primeiro e o segundo nível. Terceiro Nível: Pescoço Está relacionado ao narcisismo e ao instinto de sobrevivência. Quarto Nível: Tórax Está associado a maturação do sistema imunológico e a identidade biológica. Quinto Nível: Diafragma Está ligado a respiração e ao ritmo. Responde pela ansiedade. Sexto Nível: Abdômen Está associado coma visceralidade e controle dos esfíncteres. Sétimo Nível: Pélvis Está diretamente ligado à sexualidade. Além das funções biológicas, cada nível contem as marcas afetivas referentes às etapas do desenvolvimento, expressando sinais comportamentais relativos a estas fases. O contato insatisfatócio com o ambiente por excesso ou por falta de contato, determina a formação de marcas ou registros na membrana corporal psico-afetiva, que repercurtem ao longo da vida de maneira singular e repetitiva. Estas marcas singulares são os traços caracteriais (que são

4 psíquicos e físicos). São marcas de comportamento que se tornam entraves ao amadurecimento. Pela repetição atemporal do modelo das relações primitivas, o traço caracterial se torna conhecido tanto pelo ambiente quando pelo sujeito. O trasço é, portanto, uma deformação de si mesmo, do temperamento devido as relações insatisfatórias com o meio ambiente. O processo terapeutico ao tocar as insatisfações trazendo-as à tona propicia a reorganização dos traços caracteriais com o amadurecimento do sujeito. Alguns traços caracteriais nos níveis do corpo são: 1. Primeiro Nível Olhos = traço confusional; traço paranóide Nariz = traço carente 2. Segundo Nível Boca = traço depressivo 3. Terceiro Nível Percoço = traço narcisista 4. Quarto Nível Tórax = traço ambivalente; traço melancólico 5. Quinto Nível Diafragma = traço masoquista 6. Sexto Nível Abdomem = traço fálico-anal 7. Sétimo Nível Pelvis = traço histérico Cabe lembrar que os níveis são sempre continuos e contíguos.

5 REFERÊNCIAS NAVARRO, F. Caracterologia pós-reichiana. São Paulo: Summus, 1995 REICH, W. Análise do Caráter. São Paulo: Martins Fontes, 1995 VOLPI, J. H.; VOLPI, S. M. Crescer é uma aventura! Desenvolvimento emocional segundo a psicologia corporal. Curitiba: Centro Reichiano, 2002 AUTORES Maria Beatriz de Paula/RJ - CRP-05/18718 - Psicóloga clínica, analista reichiana e orgonoterapeuta caracteroanalítica. Coordenadora e supervisora clínica de grupos de estudos reichianos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Professora do Curso de Especialização em Análise Reichiana no Chile, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. E-mail: centroreichiano@centroreichiano.com.br José Henrique Volpi/PR - Psicólogo, Especialista em Psicologia Clínica, Psicologia Corporal, Anátomo-Fisiologia, Psicodrama, e Análise Reichiana (Vegetoterapia e Orgonoterapia). Mestre em Psicologia da Saúde (UMESP) e Doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento (UFPR). Diretor do Centro Reichiano-Curitiba/PR. E-mail: volpi@centroreichiano.com.br