Associação Brasileira de Supermercados Nº28 ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 29 de Maio de 2013 Autosserviço acumula crescimento de 1,65% em 2013 Em abril, as vendas reais do autosserviço apresentaram queda de -14,06% na comparação com o mês imediatamente anterior e de -3,84% em relação ao mesmo mês do ano de 2012, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, apurado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No resultado acumulado (jan/abr), as vendas apresentaram crescimento de 1,65%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os índices já estão deflacionados pelo IPCA do IBGE. Fator sazonal explica o resultado de abril A queda real de faturamento verificada em abril se explica pelo efeito calendário. Em 2012, o domingo de Páscoa caiu na primeira semana de abril, o que fez com que parte das vendas ficasse naquele mês. Neste ano, no entanto, as vendas se concentraram todas no mês de março, o que provocou a alta substancial de vendas ocorrida naquele mês. O resultado acumulado de 1,65% mostra que as vendas do setor continuam em progressão, mas em um ritmo menor do que se verificava no ano passado. A expectativa do setor é que volte a aumentar gradualmente no decorrer do ano, afirmou o vicepresidente da Abras, João Sanzovo. Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram queda de -13,58% em relação ao mês anterior e aumento de 2,44% contra abril/12. No acumulado do ano, as vendas cresceram 8,19%. Variações Período de análise mês/13 Variação Nominal Variação Real* (IPCA/ IBGE) Abr/13 x Mar/13-13,58% -14,06% Abr/13 x Abr/12 2,44% -3,84% Acumulado/ano 8,19% 1,65% Índice Abras apresenta crescimento de 1,65% em 2013 Nesta edição: >> Conjuntura 2 Caged: Empregos formais continuam em crescimento >> Inflação 3 Pressionado, IPCA-15 de maio acumula 6,46% em 12 meses >> Abrasmercado 4 Abrasmercado volta a subir em abril e acumula 13,05% em 12 meses >> Abrasmercado 5 Região Centro-Oeste tem a maior alta na comparação mensal: 2,76% >> Volume 6 Volume mostra queda de 1,8% no 1º quadrimestre >> Projeções 7 Estoque de crédito chega a R$ 2,452 trilhões em abril >>Indicadores 8 Indicadores macroeconômicos e do varejo
Análise Conjuntura do mercado - pg. - pg. 02 02 Caged: Empregos formais continuam em crescimento A economia brasileira continua andando de lado em 2013, mas os números de empregos formais gerados continuam aumentando. Em abril, foram gerados 196,9 mil empregos formais, correspondendo ao crescimento de 0,49% em relação ao estoque do mês anterior. Este aumento mantém a trajetória de expansão, constituindo-se no maior saldo mensal do emprego desde maio de 2012. O desempenho positivo em abril decorreu das 1,938 milhão de admissões e 1,741 milhão de desligamentos. No acumulado do ano verifica-se crescimento de 1,39% no nível de emprego, equivalente à criação de 549 mil postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o aumento atingiu 1,087 milhão de novos postos de trabalho, correspondendo à elevação de 2,79% no período. O setor Serviços criou 75,6 mil postos (+0,46%). A indústria gerou 40,6 mil (+0,49%) e a agricultura, 24,8 mil (+1,59%). Por regiões, a única a apresentar queda foi a Nordeste (-0,03%). Todas as demais apresentaram crescimento: Sudeste (+127,2 mil postos ou +0,59%), Sul, com geração de 39,3 mil postos (ou + 0,54%); Centro-Oeste, com novos 29,978 mil postos e a terceira melhor geração para o mês (+0,98%) e finalmente, a região Norte, com mais 2,059 mil postos (+0,11%). Taxa de desemprego mostra estabilidade em abril Segundo dados do IBGE, em sua Pesquisa Mensal do Emprego (PME), a taxa de desocupação em abril de 2013 foi estimada em 5,8% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas. Na comparação com março (5,7%), praticamente não variou. Frente a abril do ano passado, quando a taxa foi estimada em 6,0%, a variação foi de 0,3 p.p. Porto Alegre tem a menor taxa de desemprego do País (4,0%) O rendimento médio real habitual dos trabalhadores, foi estimado em abril de 2013, em R$ 1.862,40, para o conjunto das seis regiões pesquisadas. Este resultado foi considerado estável frente ao apurado em março e 1,6% maior que o verificado em abril de 2012 (R$ 1.833,27). A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados, foi estimada em 43,0 bilhões em abril de 2013, apresentando quadro de estabilidade frente a março de 2013. Na comparação com abril do ano passado esta estimativa cresceu 2,4%.
Análise do Inflação mercado - - pg. pg. 0302 Pressionado, IPCA-15 de maio acumula 6,46% em 12 meses O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de abril apresentou variação de 0,55% e ficou acima da taxa de 0,47% registrada no mês de março em 0,08 ponto percentual. Com isso, a variação no ano foi para 2,50%, enquanto havia se situado em patamar inferior em igual período de 2012, com 1,87%. Considerando os últimos doze meses, o índice foi para 6,49%, abaixo dos 6,59% relativos aos doze meses anteriores. Em abril de 2012 a taxa havia ficado em 0,64%. IPCA 15 tem alta de 0,46% em maio O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,46% em maio e ficou abaixo do IPCA-15 de abril, cuja taxa foi 0,51%. Com isso, o resultado acumulado no ano situou-se em 3,06%, bem acima da taxa de 2,39% relativa a igual período de 2012. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 6,46%, descendo dos 6,51% que estava nos 12 meses imediatamente anteriores. Os remédios, com 0,10 ponto percentual, lideraram os principais impactos do mês. A alta de 2,94% em maio após a de 0,93% em abril refletiu o reajuste vigente desde 4 de abril, que variou de 2,70% a 6,31% conforme a classificação do medicamento, e, com isso, o ano acumula alta de 4,18%. Os remédios levaram saúde e cuidados pessoais ao mais elevado resultado de grupo, atingindo 1,30% contra 0,63% do mês anterior. Habitação (0,68% para 0,72%) e vestuário (0,44% para 0,76%) também apresentaram taxas crescentes de um mês para o outro. O grupo comunicação se manteve em queda, em menor intensidade (-0,09% para -0,06%). Já os alimentos, embora tenham aumentado 0,47%, mostraram forte recuo em relação a abril, quando a alta havia sido de 1,00%. Vários produtos ficaram mais baratos de abril para maio, alguns muito importantes na alimentação das famílias, como açúcar refinado (-6,46%) e cristal (-2,37%), óleo de soja (-2,23%), café(-1,92%), arroz (-1,78%), frango (-1,72%) e carnes (-0,75%), destacando-se o tomate, cujos preços chegaram a cair 12,42% no mês. Por outro lado, outros produtos também importantes no orçamento tiveram aumentos de preços significativos, a exemplo do feijão carioca (10,13%), cebola (5,63%), batata-inglesa (5,45%), leite em pó (3,32%), leite longa vida (3,14%), frutas (2,33%) e pão francês (1,50%). O grupo artigos de residência (de 0,39% em abril para 0,18% em maio) também teve influência na redução do índice no mês, além das despesas pessoais (de 0,48% para 0,46%) e educação (de 0,10% para 0,08%), que ficaram um pouco abaixo do mês anterior.
Abrasmercado - pg. 04 Abrasmercado volta a subir em abril e acumula 13,05% em 12 meses Em abril, o Abrasmercado, cesta de 35 produtos de largo consumo analisada pela GfK, apresentou alta de 0,79%, em relação a março de 2013. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o Abrasmercado apresentou alta de 13,05%, passando de R$ 316,66 para R$ 357,98. Os produtos com as maiores altas em abril, na comparação com o mês anterior, foram: carne dianteira, com 7,88%; batata, com 6,94%, farinha de mandioca, com 5,71%; leite longa vida, com 5,18%. Já os produtos com as maiores quedas foram: tomate, com -6,27%; açúcar, com -3,72%; queijo prato, com -3,22%; óleo de soja, com -2,67%. No caso da batata o resultado insatisfatório das últimas safras das águas (2010/11 e 2011/12) acarretou diminuição da área plantada, consequência da eventual descapitalização dos bataticultores, com isso seu preço neste 1º quadrimestre de 2013 ficou elevado. Na safra 2012/13, os resultados foram favoráveis aos agricultores, com preços acima de seu custo de produção. Desmotivados pelo baixo preço que era praticado há pouco tempo, muitos produtores da farinha de mandioca desistiram e outros baixaram a produção que hoje não atende a demanda, elevando o preço do produto. No caso do leite, a justificativa dada pelas empresas distribuidoras é a queda da produção durante o período de baixas temperaturas. Segundo os produtores, nesta época os animais se alimentam menos e, consequentemente, também produzem menos. O resultado reflete no bolso do consumidor e os preços altos devem continuar até o fim do inverno. As maiores variações no acumulado de 12 meses No acumulado dos últimos doze meses, os produtos que mais pressionaram a inflação na cesta Abrasmercado foram o tomate (125,4%), a batata (122,1%), a farinha de mandioca, com (95,5%), e a cebola (89,1%). Os produtos com as menores oscilações de preços em 12 meses foram pela ordem: açúcar (-6,8%), carne traseiro (-4,2%), papel higiênico (-1,8%) e detergente líquido para louças, com (-0,5%). Comparativo Abrasmercado x IPCA Abrasmercado IPCA Variação Mensal (Abr/13 versus Mar/13) 0,79% 0,55% Acumulado no Ano (Jan/13 a Abr/13) 4,74% 2,50% Variação 12 meses (Abr/13 versus Abr/12) 13,05% 6,49% Abrasmercado Período Valor em R$ Abril/12 R$ 316,66 Abril/13 R$ 357,98 Var. (%) Mês x Mesmo mês do ano anterior 13,05 Período Valor em R$ Março/13 R$ 355,16 Abril/13 R$ 357,98 Var. (%) Mês x Mês Anterior 0,79 Maiores quedas (X Mês anterior - %) TOMATE -6,27 AÇÚCAR -3,72 QUEIJO PRATO -3,22 ÓLEO DE SOJA -2,67 Maiores altas (X Mês anterior - %) CARNE DIANTEIRO 7,88 BATATA 6,94 FARINHA DE MANDIOCA 5,71 LEITE LONGA VIDA 5,18
Abrasmercado - pg. 05 Região Centro-Oeste tem a maior alta na comparação mensal: 2,76% Em abril, a cesta da Região Centro-Oeste apresentou alta de 2,76%, a maior variação regional em relação a março/13 e atingiu R$ 330,76. Na região, os produtos que apresentaram maiores altas de preços foram a carne dianteiro (9,43%) e carne traseiro (8,87%). A Região Norte permanece com o posto da cesta mais cara do País, registrando uma variação de 2,24%, em relação a março/2013. Com destaque para carne dianteiro (17,81%) e feijão (9,83%). A cesta regional ficou em R$ 427,27. A segunda cesta mais cara do País continua sendo a da Região Sul, com valor de R$ 375,99, variação de -1,01% no mês. Na região, os produtos que apresentaram maiores altas de preços foram leite longa vida (6,33%) e massa sêmola espaguete (4,81%). R$ 427,27 R$ 311,59 R$ 330,76 R$ 336,95 R$ 375,99 Brasília tem a cesta mais cara do País A Região Sudeste apresentou oscilação de -1,01%, na relação de um mês para o outro, com destaque para a queda do tomate (-9,12%) e frango congelado (-6,19%). A cesta regional ficou em R$ 336,95. Na Região Nordeste, a alta foi de 1,04%, atingindo o valor de R$ 311,59, as maiores altas da região foram verificadas na batata (22,99%) e no leite longa vida (9,98%). De acordo com a pesquisa, em abril Brasília passou a apresentar a cesta mais cara do País, R$ 400,48. Com variação de 7,16% no mês, destaque para a alta da carne traseiro (20,31%). Na Grande São Paulo, a cesta Abrasmercado apresentou em abril/2013 variação de -1,50%, em relação a março/13, atingindo o valor de R$ 341,83. Os produtos que apresentaram queda de preços foram o frango congelado (-8,79%) e a carne traseiro (-7,69%). Goiânia apresenta entre as capitais e municípios pesquisados, a cesta mais barata do País, R$ 267,98 com variação de -3,29%. Na região, os produtos que apresentaram queda no mês foram o tomate (-12,34%) e o creme dental com (-10,81%).
Volume - pg. 06 Volume mostra queda de 1,8% no 1º quadrimestre De acordo com o Índice Nacional de Volume, pesquisado pela Nielsen para a Abras, o autosserviço brasileiro apresentou, no 1º quadrimestre de 2013, queda de -1,8% nas vendas em volume, em comparação a 2012, quando a variação ficou em -0,9% (em relação a 2011). A cesta de bebidas alcoólicas desponta como a principal responsável pela queda do volume (-5,6%), seguida pela cesta de higiene e beleza e perecíveis, ambas com -2,5%. A cesta de mercearia salgada teve queda de -1,9% no volume de vendas; bebidas não alcoólicas e mercearia doce tiveram queda de -1,7% e -1,4%, respectivamente. A cesta Outros, que contém principalmente produtos de bazar, variou +3,3%, e limpeza caseira com +3,2%, foram as que apresentaram crescimento no bimestre. As categorias que apresentaram maior crescimento em volume vendido no bimestre foram alimentos para gatos, com 21,2%; água mineral e tintura e rejuvenescedor para cabelos, ambas com 10,5% e leite fermentado, com 9,5%. As maiores quedas aconteceram nos seguintes produtos: açúcar, com -10,3%; carnes congeladas, com -8,1%; e margarina com -6,7. Maiores contribuições no crescimento Variação do Índice de Volume, por cestas Variação do Índice de Volume por ckeck-out Contribuições negativas no volume Lojas de pequeno porte apresentam queda menor No segundo bimestre de 2013, os supermercados, no geral, apresentaram queda de vendas em volume e houve queda em todos os portes. O modelo que compreende os hipermercados de 20 ou mais check-outs, teve o pior desempenho com redução de -2,0% em volume, ao passo que o modelo de supermercados médios, de 5 a 9 check-outs, teve queda de -1,9% e 10 a 19 check-outs mostrou queda de -1,5%. Os supermercados de pequeno porte (com 1 a 4 check-outs) foram os que apresentaram menor queda -0,6%, segundo o levantamento da Nielsen. Deflacionado IPCA =
O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1,1% em abril ante março e chegou a R$ Análise 2,452 trilhões, Macro - informou pg. 04 o Banco Central. No trimestre encerrado em abril, a carteira cresceu 3,7% e, no acumulado do ano, houve alta de 3,6%. Em 12 meses, a elevação foi de 16,4%. Projeções - pg. 07 Estoque de crédito chega a R$ 2,452 trilhões em abril De acordo com a autoridade monetária, o crédito livre cresceu 0,5% no mês e 11,1% em 12 meses, enquanto o direcionado aumentou 1,9% e 24,6% em 12 meses. No crédito livre houve crescimento de 1,0% para pessoas físicas no mês, 2,1% no acumulado do ano e 9,2% em 12 meses. Para as empresas, no crédito livre houve estabilidade no mês e altas de 0,5% no ano e de 13,1% em 12 meses. O crédito à pessoa jurídica, que apresentou retração no mês de 0,2%. Já a carteira de pessoa física, mesmo com ligeira melhora na margem, continuou com um ritmo de expansão bastante moderado. Enquanto no primeiro quadrimestre de 2012 a carteira de pessoa física apresentou crescimento médio mensal de 0,8%, neste ano a variação chegou a 0,4%, na mesma base de comparação. O Banco Central informou que a inadimplência do crédito livre permaneceu em 5,5% em abril. No caso de pessoa física, houve redução de 7,6% em março para 7,5% em abril. Para pessoa jurídica houve elevação para 3,7% em abril, ante 3,6% no mês anterior. Projeção para o IPCA 2013 é de 5,81%; 2014 é de 5,80% Projeções 24/5/2013 Índices/Indicadores 2013 2014 PIB (% de crescimento) 2,93 3,50 Produção Industrial (% de 2,43 3,10 crescimento) Taxa de câmbio - fim de 2,03 2,07 período (R$/US$) Taxa Selic - fim de período 8,25 8,50 (% a.a.) IPCA (%) 5,81 5,80 IGP-M (%) 4,40 5,28 Fonte: Boletim Focus - Banco Central Segundo analistas de mercado consultados pelo Banco Central, em seu Boletim Focus, a perspectiva para o PIB de 2013 de crescimento foi alterada para 2,93%. Para 2014, a previsão para o crescimento permaneceu em 3,50%. As projeções indicam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) irá fechar 2013 em 5,81%, abaixo dos 5,84% de 2012. Para 2014, expectativa de alta de 5,80%. Há um mês, a projeção era de 5,71% para 2013 e 2014. Para o IGP-M, a previsão é de que o índice encerre o ano em 4,40%. Para 2014 a projeção é de, 5,28%. A previsão para a Selic foi mantida em 8,25% para 2013. Para 2014, a perspectiva é de 8,50% ao ano. De acordo com o levantamento de 24/5, a previsão do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2013 é de 2,03. A previsão para o dólar no fim de 2014 está em R$ 2,07.
Indicadores - pg. 08 Indicadores Expediente: Departamento de Economia e Pesquisa Flávio Tayra (Gerente) Moisés Lira/Fabiana Alves Revisão: Roberto Leite Tel.: 55 11 3838-4516 e-mail: economia@abras.com.br