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Transcrição:

Guanella NEWS www.operadonguanella.it Cinco anos mais tarde Cinco anos mais tarde A alma missionária de Pe. Guanella Memória daquele 23 de outubro de 2011 Atividades do Conselho Geral C aros coirmãos. O mês de outubro é para nós guanellianos um tempo especial porque recordamos: o nascimento ao Céu do Fundador, a sua glorificação aqui na terra como Bem-aventurado no dia 25 de outubro de 1964 e como santo no dia 23 de outubro de 2011, mas especialmente para o empenho de aprofundar e viver o espírito, para que a sua vida e a sua santidade sejam estímulo e modelo para todos nós que escolhemos seguir suas pegadas e continuar sua missão. A sua santidade deve tornar-se não somente santidade pessoal, mas santidade partilhada, santidade comunitária. O carisma que o Espírito transmitiu também a nós deve ser sempre atualizado e vivificado pelo discernimento comunitário, na escuta da perene novidade do Espírito. Com a canonização Pe. Guanella está mais perto de nós; também o levamos, com a sua urna ou com as suas relíquias, nas nossas Comunidades para estimular-nos a maiormente conhecê-lo e difundir assim a devoção e o espírito. O Fundador, graças à comunhão dos Santos, continua a estar presente entre nós e a interceder em favor da fidelidade e da criatividade da sua Família. Cabe a nós manternos disponíveis à ação do Espírito e viver em comunhão com os nossos primeiros santos coirmãos para que o carisma fecunde o nosso presente, como o foi ao tempo do Fundador. Desde alguns anos muitos coirmãos tiveram a possibilidade de fazer a experiência Sui passi di LUI peregrinando para os lugares que o viram apóstolo e profeta da caridade, com o objetivo de compreender melhor a essência do carisma para em seguida sabê-lo inculturar nos ambientes do apostolado. Mesmo que estamos em situações históricas ou geográficas diferentes, para viver o carisma guanelliano é necessário voltar às origens, não certamente para repetir as estruturas externas, mas para descobrir em profundidade o carisma e o espírito. Certo não é suficiente conhecer a história ou admirar os lugares onde fisicamente começou a nossa Obra, se não se participa profundamente do carisma que é graça e dom dinâmico da Providência. Isto é possível se alimentamos e desenvolvemos em nós o amor à Congregação, aos coirmãos concretos com os quais somos chamados a conviver e santificar-nos juntos, se nos aproximamos aos pobres com o espírito com o qual Pe. Guanella e os coirmãos da primeira hora os acolhiam e serviam, se ainda hoje sabemos viver aquele sistema preventivo que pelos caminhos do coração torna o nosso apostolado educativo verdadeira espiritualidade vivida. Hoje corremos o risco que no nosso serviço devemos privilegiar mais a técnica que os caminhos do coração, ou dar mais importância à burocracia e aos standard organizativos que manter o espirito de família, ou também sermos obrigados a acolher quem já goza um bom amparo social que abrir uns espaços das nossas Casas para quem é mais abandonado e marginalizado.!1

Durante as celebrações do Centenário da morte do Fundador o repetimos com força: é urgente que abramos nosso coração para com os novos pobres e menos protegidos aos quais temos que oferecer não somente serviços bem organizados, mas especialmente aquela proximidade que faça sentir os pobres circundados do afeto de quem os acolhe na própria família. A hospitalidade dada ao pobre por que este é Jesus, deu ao nosso Fundador a motivação básica da sua santidade. Esta motivação empenhou não somente a sua inteligência e capacidade de ação, mas também toda a sua vida afetiva: Um coração que vê e que sente não pode passar perto do pobre... e passar adiante, fazendo de conta de não ver e desculpando-se porque é preciso salvar as normas sociais... Aqui nos encontramos no ponto mais alto do nosso carisma, porque o Senhor é Pai para cada um de nós. Mas Deus não nos ama para gozar, quase egoisticamente do seu amor, mas porque o devemos doar aos outros. E hoje quantas oportunidades temos para viver em profundidade este nosso carisma! Às vezes nos queixamos que nos custa muito viver em comunhão entre nós com o vínculo de caridade tão desejado pelo nosso Fundador, mas pode ser que isto nos custa porque estamos longe dos nossos pobres na nossa vida comunitária e no nosso apostolado. Quando numa família nasce um filho reforça-se também o vínculo de amor entre os cônjuges!... Na mesa redonda organizada na celebração dos 100 anos da morte do Fundador refletimos sobre este tema: O Fundador nas nossas mãos. O carisma entre fidelidade e novidade e em relação a isso procuramos responder a algumas perguntas provocatórias: - Nas mãos de quem foi depositado o carisma de Pe. Guanella? É um tesouro em vaso de barro, mas é sempre um grande tesouro! - Como manter a harmonia entre fidelidade ao carisma e novidade para testemunhá-lo hoje numa sociedade muito diferente daquela do Fundador? - Como discernir as novidades ou as inovações requeridas pelos signos dos tempos e pelas solicitações de Papa Francisco? A reflexão deverá continuar e levar-nos nos próximos meses a nos preparar com consciência ao próximo Capítulo geral, refletindo sobre estes temas essenciais para a nossa Congregação. No entanto, reavivamos nossa vida pessoal e comunitária vivendo o dom que recebemos gratuitamente por que, para tornar eficaz e comunicar o carisma, é necessário experimentá-lo em primeira pessoa e torná-lo operante em nossa vida. Invoquemos com maios insistência o Espírito do Senhor pela intercessão de São Luís Guanella a fim de que a sua presença em nosso meio nos torne capazes do discernimento necessário para enfrentar os desafios de hoje. A todos vocês Coirmãos, às nossas Irmãs, aos Cooperadores e Leigos guanellianos e a todos os destinatários da nossa caridade, faço votos que vivam com alegria e serenidade a festa do Santo Fundador, com a abertura de mente e de coração que caracterizou toda a sua vida. In charitate Christi. 24 Ottobre 2016 Pe Alfonso Crippa!2

A ALMA MISSIONÁRIA DE PE. GUANELLA (Reflexões tiradas do livrinho Vieni meco per le Suore missionarie americane, em uso na Congregação das Filhas de Santa Maria da Providência em Como, 1913") Deste livrinho guanelliano se podem tirar indicações úteis para alimentar o nosso espírito missionário nesta época em que a Congregação inteira está empenhada na difusão do seu carisma de caridade nas diferentes e jovens Igrejas do mundo inteiro. Pe. Guanella, quando decide o envio das suas Irmãs nos Estados Unidos (1913), para iniciar a Obra de Chicago, pergunta-se: quem enviar? Ele sabe que o seu desejo será acolhido com entusiasmo por parte de muitas de suas Irmãs, como demonstração da grande disponibilidade que ele mesmo soube infundir nas suas religiosas, também para empreendimentos corajosos. Seria suficiente relembrar a disponibilidade de muitas para ir socorrer os doentes de cólera e as vítimas do terremoto da cidade de Messina (1908). Pe. Guanella considerava a vocação missionária uma grande graça do Senhor, que todas a devem alimentar no coração, mesmo que vivida em maneiras diferentes: A este respeito todas e cada uma das Filhas de Santa Maria da Providência podem ser missionárias, porque todas e cada uma entre elas direta ou indiretamente desejam-na. Este espírito missionário deve invadir a alma de todas. Quem deseja responder ao chamado? Nesta iniciativa missionária, que é a primeira para a Congregação, nós esperaríamos que Pe. Guanella quisesse ele mesmo escolher a quem enviar. Ao invés as suas palavras surpreendem: Vocês quereriam que os superiores, representantes de Deus, falassem por primeiro e as convidasse. Mas, como eles o desejam, não seria melhor que vocês mesmas manifestassem o desejo de seu coração? O Senhor está em vocês e fala... Quais as virtudes e as qualidades necessárias? Pe. Guanella não duvida que a humildade é a primeira virtude: As almas realmente humildes são as almas mais generosas e que maiormente conseguem e obtêm grandes coisas. A humildade deve evitar a presunção mas também a pusilanimidade. Se a vocação missionária é graça do Senhor, Ele pode concedê-la não somente àquelas que já progrediram na perfeição, mas também àquelas que não a alcançaram ainda, a fim de que as miseráveis criaturas entendam que são nada e são pecadoras e esperam a ajuda de Deus. Recorda claramente o espírito do É Deus quem age. Em seguida Pe. Guanella, como é seu estilo, não se limita a falar somente das características espirituais. Ele quer ver o reflexo do espírito missionário também nas qualidades humanas. Qualidades de mente e de corpo: capacidade de governo (especialmente a prudência), capacidade de colaboração (a docilidade) para com os superiores, a capacidade de adaptação. O corpo também tem a sua importância: O corpo é o recipiente da alma e é bem que seja um recipiente bem resistente e, se como recipiente é de cristal frágil, seja bem cuidado para que possa aguentar. Qual preparação é necessária? Pe. Guanella também aqui indica uma prioridade: É saber falar com as pessoas, com as quais se deve relacionar. É claro para P. Luís que a prioridade do missionário é aquela do anúncio que requer capacidade de compreensão e de diálogo com gente diferente. Mesmo sublinhando que o maior testemunho que as Irmãs devem dar é aquele da caridade e das obras de misericórdia, quer que elas entendam que sem a comunicação a mensagem não pode alcançar os corações. Quem repudia o estudo da língua (o inglês no caso das Irmãs), que é chamada a língua dos pássaros, se deve preparar a não poucas humilhações e a ser e a chamar-se pessoa incompleta. Enfrentando o desafio da língua, ele intui toda a necessidade da enculturação. O termo não era usado naquele tempo, mas nos seus conselhos está presente todo o significado. Ele enviou as!3

suas Irmãs principalmente para o cuidado e o apoio dos imigrantes italianos, mas...cuidado!... nem os italianos, nem as Irmãs deviam viver à margem, para não sentir-se marginalizados. Não deem a entender que vocês querem limitar-se aos cuidados dos italianos e então à língua dos italianos; por que isto dificultaria a aceitação de vocês seja diante das autoridades civis, mas também diante das autoridades eclesiásticas e não poderiam aspirar a serem aceitas como religiosas internacionais e menos ainda como Irmãs cosmopolitas... Naquele primeiro grupo de Irmãs Pe. Guanella via o gérmen de uma maior expansão para a sua Obra! Uma dúvida... Mesmo inculcando esta abertura à enculturação, Pe Guanella quer manter clara a identidade das suas Irmãs: Dediquem-se então ao estudo, se e quanto lhes será concedido e em maneira que não fira o espírito da Regra, que as solicita a mais trabalho que estudo. Em tal maneira que os italianos vossos irmãos nunca serão tentados a dizer: estas filhas italianas se tornaram filhas americanas. Todos compreendemos o sentido desta frase: quer dizer o perigo de uma excessiva secularização, tomando como estilo de vida alguns comportamentos negativos daquela sociedade. Em outras partes do livro, de fato, ele destaca os perigos do americanismo: recomendando especialmente de manter-se pobres e pôr sempre Deus em primeiro lugar e não a técnica. Vocês entenderam, Filhas da Divina Providência? Não basta trabalhar; é preciso antes rezar...concluindo: irmãs católicas, sempre; missionárias americanistas, nunca. Uma forte convicção. Ele retoma ainda o tema da pobreza, por que era um dos seus temas preferidos: Mas queridas filhas, vocês creem que isto constitua a santidade da bem-aventurança dos pobres em espírito? Viver a pobreza somente quando nada falta e na hora certa ter o que necessitam para viver e para dormir, isto não torna vocês perfeitas na virtude. É grande o seu desejo que, também longe dos superiores, as suas Irmãs mantenham fidelidade ao espírito da Providência, que exatamente neste livrinho Pe Guanella nos dá alguns dos princípios mais conhecidos e sentidos, que são como pérolas preciosas que refletem em forma muito concreta a beleza do carisma guanelliano. Apresento somente três delas, mas poder-se-iam apresentar muitas outras, tanto que poder-se-ia dizer que este livrinho é uma verdadeira síntese do espírito guanelliano. - Quando nas fundações entram a mentalidade humana e a ajuda do braço do homem, então parece que a mão da Providência se retira e diga: Não estou sozinha, a Providência santa, quem age; junto está a mão humana que espalha um pouco de pó dourado e isto chama minha atenção e me incomoda. - Pois bem, o mais abandonado entre todos recolhei-o e colocai-o à mesa convosco e fazei-o vosso, porque este é Jesus Cristo. - Repetimo-lo muitas vezes: se quereis que a Congregação definhe, deixai que se torne rica. Caros coirmãos enquanto agradecemos ao Senhor pelo belo e qualificado testemunho dado neste primeiro centenário do Fundador por tantos coirmãos missionários em vários lugares do mundo, trabalhemos a fim de que no coração de cada um de nós cresça a lembrança, a oração, a sensibilidade e a disponibilidade a pôr-se a disposição do Espírito lá onde ele nos chama.!4

Memória daquele 23 de outubro de 2011 Bento XVI fala de Pe. Guanella... O testemunho humano e espiritual de São Luís Guanella é para toda a Igreja um especial dom de graça. Durante a sua existência terrena ele viveu com coragem e determinação o Evangelho da Caridade, o grande mandamento que também hoje a Palavra de Deus nos recorda. Graças à profunda e contínua união com Cristo, na contemplação do seu amor, Pe. Guanella, guiado pela Providência divina, tornou-se companheiro e mestre, conforto e alívio dos mais pobres e mais fracos. O amor de Deus animava nele o desejo do bem para com as pessoas que eram-lhes confiadas, na concretude do dia a dia. Com amável atenção acompanhava a caminhada de cada qual, respeitando os tempos de crescimento e cultivando no coração a esperança que cada ser humano, criado a imagem e semelhança de Deus, gozando a alegria de ser amado por Ele Pai de todos pode atrair e doar aos outros o melhor de si. Queremos hoje louvar e agradecer ao Senhor por que em São Luís Guanella nos deu um profeta e um apóstolo da caridade. No seu testemunho, tão cheio de humanidade e de atenção para com os últimos, reconhecemos um sinal luminoso da presença e da ação benéfica de Deus: aquele Deus, como escutamos na primeira Leitura, que defende o forasteiro, a viúva, o órfão, o pobre que deve dar como penhor o seu manto, o único cobertor para cobrir-se durante a noite (Ex. 22,20-26). Este novo Santo da caridade seja para todos, em especial para os membros das Congregações por ele fundadas, modelo de profunda e fecunda síntese entre contemplação e ação, assim como ele mesmo a viveu e a praticou. Toda a sua vicissitude humana e espiritual a podemos sintetizar nas suas últimas palavras que pronunciou no leito de morte: in caritate Christi. É o amor de Cristo que ilumina a vida de cada homem, revelando que doando a si mesmo ao outro nada se perde, mas realiza-se em plenitude a nossa verdadeira felicidade. São Luís Guanella nos obtenha crescer na amizade para com o Senhor para sermos no nosso tempo portadores da plenitude do amor de Deus, para promover a vida em cada sua manifestação e condição, a fim de que a sociedade humana torne-se sempre mais a família dos filhos de Deus... (Da Homilia da Canonização do Fundador, Roma, 23 de outubro de 2011).!5

O cardeal Tarcísio Bertoni fala de Pe. Guanella... A Eucaristia é ao mesmo tempo a moldura e o quadro pelos quais olhar a figura de São Luís Guanella. Ele chamava a Eucaristia o nosso Paraíso em terra, e deixou-se guiar ao largo de sua vida pelo mistério do Cenáculo, pelas palavra que Cristo falou aos seus: Fazei isto em minha memória, sim, ele concebeu a vida como memória de Jesus, celebrada e realizada, no santo Sacrifício do altar e no lava pés dos irmãos mais pobres. Neste momento vamos espiritualmente ao santuário do sagrado Coração em Como, Casa Madre das Obras de São Luís, onde estão expostos seus restos mortais para a veneração dos fiéis. Lá, uma das imagens que ficam gravadas na mente dos visitantes é a janelinha do seu quarto, do qual se mira o tabernáculo: uma posição escolhida e privilegiada, da qual podia ter os olhos e o coração fixos em Jesus. Este era o seu segredo, o ponto de força que tornou-o habitualmente dedicado a Cristo e aos seus irmãos menores, tornando-o um homem de Deus cujo único orgulho era: Vivo pela fé. De fato, a canonização de um membro do Povo de Deus, sublinha exatamente isso: uma entrega de si constante, habitual, nunca negada; não um episódio de um ato heroico ocasional, mas a continuidade do amor na fé e na paciente esperança......a paixão de São Luís Guanella era aquela do pequeno progresso, para o lento abrir-se dos pobres à confiança e à esperança: o seu povo não era certo daqueles que pudessem render muita glória a quem cuidava deles. Nem muitas vezes podia esperar muito progresso; pouco, às vezes pouquíssimo podia esperar de algumas pessoas no fim da vida; mas ele sabia que a vida ao ocaso tem cores de uma rara beleza como o outono muitas vezes é a mais colorida das estações, ou o sol que no seu ocaso é mais bonito, como ele dizia. São Luís sabia renunciar ao seu prato de comida quando alguém não tinha alimento, ou à sua cama quando alguém não tinha onde descansar; e isto deixou como herança a todos vocês, seus filhos e filhas de ontem, de hoje e de amanhã. Claro o seu testamento: não ofendam a caridade e a providência não ponhais no último lugar da casa quem deve estar no primeiro, o mais pobre, a pessoa mais miserável e abandonada. Então uma forte chamada de atenção a fim de que ninguém seja deixado para atrás na vida... (Da homilia do cardeal Tarcisio Bertoni na Missa de agradecimento para a canonização do Fundador, São Pedro 24 outubro 2011).!6

Atividades do Conselho Geral Na nossa reunião de Conselho nos dias 14 e 15 de outubro, iniciamos tendo presente os casos particulares de alguns coirmãos. Lembramos com carinho Pe. Francisco Belotti, testemunha da caridade guanelliana que doou sua vida para Deus e para os pobres no Chile até quando o Senhor o chamou para a eternidade. O secretário geral nos apresentou um pequeno subsídio sobre os últimos coirmãos transferidos entre diferentes Províncias; surgiram algumas ideias a respeito que serão objeto de discussão no próximo encontro dos Provinciais. Analisaram-se em seguida algumas perspectivas em relação ao Seminário Teológico Internacional de Roma além de estabelecer algumas datas para as profissões perpétuas e ordenações diaconais. Em seguida, nos atualizamos a respeito das novas presenças dependentes da Casa geral: Mbeya em Tanzânia, Iasi em Romênia, Pforzheim na Alemanha e a recente presença em Noro nas Ilhas Salomão (Oceania) e em relação aos funcionários da Casa geral: Centro de Estudos e Pia União. Depois abordamos alguns desafios e situações particulares das Províncias. Temos confirmado Pe. Edenilso de Costa como 4 Conselheiro do Conselho provincial da Província Santa Cruz e Pe. Adelmo secretário interino. Em relação ao encontro dos párocos latino-americanos acontecido no Paraguai, pareceu-nos importante ter recebido as conclusões para ter linhas guias para uma ulterior programação. A agenda das viagens dos conselheiros gerais foi revisada: datas, adiantamento de algumas viagens: motivações. Com a presença do Ecônomo geral falamos a respeito da economia e de questões relacionadas com o Conselho de administração da Província Italiana da Congregação dos Servos da Caridade.!7

News di Congregazione Anniversari di professione religiosa e sacerdozio Il 07.10 Don Aldo Mosca ha celebrato il 25 di professione religiosa. Il 16.10 P. Edgar Juárez Morales e P. Teodoro Raúl Rodríguez Avilés hanno celebrato il 10 anniversario di ordinazione sacerdotale. Eventi di Consacrazione Oggi, 24 ottobre nella Basilica Nazionale di Luján, in Argentina, emettono la prima professione religiosa i novizi: Osmar Jesús Vázquez Suárez (Prov. Cruz del Sur), Álvaro Luis Barrios Ramos (Prov. Nostra Sig.ra di Guadalupe) e Valdenilson Rodrigues Barros (Prov. Santa Cruz) Il 21 ottobre, a Kinshasa, nella RD Congo, hanno emesso la professione religiosa in perpetuo i seguenti confratelli della Delegazione Ns. Sig.ra della Speranza: Kibwamusitu Pumbulu Bruno; Iwuchukwu Eze Jerome; Ntambo Enewa Gédéon; Oguejiofor Chukwudi Vincent; Ozokoye Chijoke Stephen. L indomani, gli stessi confratelli sono stati ordinati diaconi da Mons. Jean Pierre Kwambamba, Vescovo ausiliare di Kinshasa. Nella Casa del Padre Confratelli Il 5 ottobre, a Coyhaique in Cile, è tornato alla Casa del Padre, Don Francesco Belotti, all età di 93 anni, 71 di professione religiosa e 67 di permanenza in Cile. Familiari dei Confratelli I Il 9 settembre, in Brasile, è deceduto, all eta di 89 anni, il Sig. Leo José Maldaner, papà del nostro confratello Pe. Adelmo Maldaner. Appuntamenti e viaggi del Consiglio generale - Raduno di Consiglio: 5-6 dicembre - Don Gustavo: Filippine dal 3 al 17 novembre. - Don Ciro: Provincia Guadalupe e Provincia Santa Cruz 27 ottobre e rientra il 27 novembre.!8