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Transcrição:

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A FERRO E FOGO 3

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Alufá-Licutã Oxorongá A FERRO E FOGO 5

A FERRO E FOGO Capa: Alufá-Licutã Oxorongá Digitação: Alufá-Licutã Oxorongá Editoração: Alufá-Licutã Oxorongá Revisão: Alufá-Licutã Oxorongá Ficha catalográfica: Oxorongá, Alufá-Licutã A FERRO E FOGO Recife Pernambuco Brasil América Literatura Brasileira - poesia 6

A FERRO E FOGO 7

Imago Dei, Amor por excelência Leopoldo & Teodora, Renovada esperança Suzanne Christinne, Ressonância de vida Joshua Reuel & Rebecca Elisama, Expressão de contrários Recife, Ainda um triste viver Oxorongá, Alufá-Licutã A ferro e fogo: poesia Apresentação, Alufá-Licutã 110 p.; il. Recife Pernambuco 8

Não quero nunca renunciar à liberdade deliciosa de me enganar. Guevara) (Che 9

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APRESENTAÇÃO A ferro e fogo se molda o homem! Com esta verdade no peito pus-me a fazer este livro. O Brasil passa por momentos de definições política, muitos são os que estão se repatriando, no meu peito, no entanto, há um enorme exílio. É claro, caríssimo leitor, que é um exílio voluntário. Não precisei sair do país, nem ao menos de minha própria cidade. Talvez seja este um dos piores exílios. O exílio interno. Aquele que vai de fora pra dentro, duro, cruel, desumano, cortante como o punhal de dois gumes. É certo de que haverá maior liberdade no país, pois há cobranças por isto, há apelos enfáticos e gritos estudantis por todos os lados. Detrimento a estes arroubos, a minha alma não anseia paz, não anseia ser livre (quando digo livre, caro leitor, falo, ordinariamente, de liberdade política), o que mais tortura em minha alma não é a repressão do Dops, o AI-5 ou todas as mazelas que estes vinte e poucos anos de ditadura nos trouxe como herança indesejada. O que mais me tortura, caríssimo leitor, é a certeza de que pouca coisa irá mudar. Já vimos este filme rodar ante nossos olhos perplexos. Regimes vem, regimes vão e, como diz o velho adágio popular, os anéis se vão mas os dedos ficam. Sim, caríssimo leitor, não sou cético, estou cético. E o estar é condicional, pode ser e pode não ser, depende, exclusivamente, dos dias que virão. E, sinceramente caro leitor, espero que sejam dias bons. 11

Dias de encantamento e esperança. Dias em que ainda terei razões para amar e ser feliz como nunca fui nestes quase (parcos) dezoito anos de vida. Foi nesta condição política, nesta atmosfera de incerteza e de metódica transformação que nasceu A ferro e fogo. Não quis, pra mim mesmo, um livro engajado, um livro direcionado, um livro de protesto. Aliás, nestes dias de protesto já não protesta a minha alma. Ela se encontra no lugar devido, escondida, quieta e soturna como sempre gosta de estar. Não que eu não tenha razões para protestar, para gritar, para mostrar a cara e arriscá-la a ser esbofeteada. Razões eu tenho e, confesso caro leitor, até de sobra. Sou jovem e vejo jovens reunidos com propósitos e ideais que muito me inflama. Sou jovem e vejo jovens se arriscando a todo dia. E isto, caro leitor, são razões de sobra para que eu tenha (e procure) motivos para protestar e gritar aos quatro cantos deste país. Mas tudo isto é pouco. Quero mais. Quero ser ouvido de minha aldeia, quero banhar no rio que corre em minha aldeia, quero vivenciar este rio para depois, se puder (e os doutos e donos do mundo deixarem) conhecer o Tejo. Quero escrever poesia, falar do homem condenado pelo homem, das dores deste homem e do sofrimento que estas dores trazem. Quero, a ferro e fogo, apenas ser homem, apenas a dura e desejada condição humana de existir. Quero ser sem, necessariamente, a obrigatoriedade do ter. Quero viver e amar como muitos vivem e amam. Sei, caríssimo leitor que o título sugere um livro dramático, que, à primeira vista, jorre sangue 12

entre suas páginas. Mas não é esta a minha intenção enquanto poeta. Digo enquanto poeta porque não sei o dia de amanhã. Enquanto poeta talvez me findo com este livro. Já se vão alguns livros e ainda não tenho o prazer de vê-los editados. Quiçá amanhã seja um novo e glorioso dia. Quiçá se acabe com todas estas efervescências política. Quiçá o meu peito sinta a paz que procuro. Quiçá encontre o amor que almejo. Quiçá, apenas quiçá. Pois nem as verdades, nestes tempos de incertezas, possam dizê-las absolutas. Por tudo isto, caríssimo leitor, espero que goste do livro. Eu, sinceramente, o abominei. Mas, se filo não porque qui-lo seja feito então a vontade do livro, não a minha. O autor 13

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A ferro e fogo se inventa a inventividade humana Existo na medida em que mais luto. E luto dentro de um abismo singular. Busco a justa contraposição do homem que faz da contradição da luta fonte em movimento de sua própria identidade 15