Ana Amélia Camarano (IPEA) Solange Kanso (IPEA)

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Transcrição:

Ana Amélia Camarano (IPEA) Solange Kanso (IPEA) Brasília, 7 de março de 2007

OBJETIVOS QUESTÕES

!"#$"$#%&#!!'"()* Visão geral das tendências de crescimento da população brasileira e dos componentes deste crescimento. Características e movimentos da população em idade ativa em direção ao mercado de trabalho. Dinâmica de crescimento da população idosa e as perspectivas de continuação da redução da mortalidade nas idades avançadas, através de uma metodologia de causas de morte evitáveis. Tendências da nupcialidade, dos arranjos familiares e das mudanças no papel da mulher. Perspectivas de uma política de renda para os idosos do futuro.

COMPONENTES DA DINÂMICA DEMOGRÁFICA BRASILEIRA 50 40 30 (por 1.000) 20 10 0-10 1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020 Taxa Bruta de Natalidade Taxa Bruta de Mortalidade Crescimento Vegetativo Migração Líquida Incremento Líquido Fonte: Merrick and Graham (1979), p.37; IBGE (1990), p.85; IBGE/Censo Demográfico de 2000.

TAXA DE FECUNDIDADE TOTAL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA 7 6 5,98 5,62 5 4 3 2 2,07 1 0 1930/1935 1940/1945 1950/1955 1960/1965 1970/1975 1981/1986 1990/1995 1995/2000 2000/2005 Fonte dos dados brutos: IBGE/Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000; PNAD de 2005. Elaboração: IPEA.

DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA E POR SEXO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA 80+ 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5-9 0-4 0,10 0,08 0,06 0,04 0,02 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 Fonte dos dados brutos: IBGE/Censo Demográfico de 1950 e 2000. Elaboração: IPEA. Homens 1950 Mulheres 1950 Homens 2000 Mulheres 2000

!'+!,-!./!'"*&*&$,.*', A proporção da população de 60 anos e mais no total da população brasileira passou de 4,1% em 1940 para 8,6% em 2000. Envelhecimento pela base e envelhecimento pelo topo. O último altera a composição etária dentro do próprio grupo, ou seja, a população idosa também envelheceu. Em 2000, a proporção da população mais idosa, de 80 anos e mais representava 12,6% do total da população idosa. O envelhecimento pelo topo foi mais expressivo entre as mulheres: feminização da velhice.

&!#&!".+&#*/0%.*&#1* Continuação do processo de envelhecimento populacional. Os idosos dos próximos 30 anos já nasceram: baby boomers se tornando os elderly boomers. As taxas de mortalidade da população idosa vão desempenhar um papel importante na dinâmica de crescimento desse segmento e, principalmente, da população muito idosa.

*!2/!'"*&*&$,.*',!/.%%!".+ População em idade ativa: 16 anos e mais. Perspectivas para o médio prazo: o número de nascimentos (decrescente) ocorridos 16 anos antes, descontada a mortalidade nessas idades; mortalidade, cujas taxas são, geralmente, muito baixas nessas idades, principalmente, entre as mulheres.

ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER, AOS 15 ANOS E AOS 60 ANOS POR SEXO BRASIL 1980 2000 Ganhos E 0 Homens 59,2 67,2 8,0 Mulheres 65,5 74,8 9,3 Diferencial 6,3 7,7 1,3 E 16 Homens 51,3 54,5 3,2 Mulheres 57,1 62,0 4,9 Diferencial 5,8 7,5 1,7 E 60 Homens 15,4 18,0 2,6 Mulheres 17,8 21,3 3,5 Diferencial 2,4 3,4 0,9 Fonte dos dados brutos: IBGE/Censo Demográfico de 1980, 1991 e 2000; Ministério da Saúde/Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Elaboração IPEA.

TAXAS ESPECÍFICAS DE MORTALIDADE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA POR SEXO 1,00 Homens - 1980 Mulheres - 1980 Homens - 2000 Mulheres - 2000 0,10 (escala log) 0,01 0,00 0,00 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 + Fonte dos dados brutos: IBGE/Censo Demográfico de 1980 e 2000; Ministério da Saúde/Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Elaboração IPEA.

ESTIMATIVAS DA ESPERANÇA DE VIDA SIMULADAS PARA HOMENS BRASILEIROS 2000 70 65 66,0 69,3 60 55 52,5 55,5 50 45 40 38,4 40,2 35 30 25 20 Ao Nascer Aos 16 Anos Ativa aos 16 anos Fonte: IPEA (2006), pg. 105. Observada Eliminando os Homicídios Eliminando as Causas Externas Eliminando os Acidentes de Transporte

TAXAS DE CRESCIMENTO ANUAIS DA POPULAÇÃO BRASILEIRA SEGUNDO GRUPOS ETÁRIOS (%) 1970/1980 1980/1991 1991/2000 < 15 1,50 1,04-0,16 15-39 3,09 2,20 1,91 40-59 2,84 2,59 3,47 60+ 4,34 3,66 3,44 Total 2,48 1,93 1,63 Fonte dos dados brutos: IBGE/Censo Demográfico de 1970 e 2000. Elaboração: IPEA.

./&,.(3!&#$/."!/&#!+.%!'.4#.* Crescimento a taxas elevadas de um segmento considerado dependente, num contexto de crescimento reduzido da população em idade ativa. Mais importante: a população que está participando do mercado formal de trabalho. Esta depende da primeira e, também, da dinâmica do mercado de trabalho. No caso brasileiro, a informalização tem tido um impacto negativo mais expressivo na equação previdenciária do que a dinâmica demográfica. Além disso, certamente, comprometerá a possibilidade de aposentadoria para os idosos do futuro.

./&,.(3!&#$/."!/&#!+.%!'.4#.* Homens de 40 a 60 anos (2005): 85,5% trabalhavam e 45,5% contribuíam para a Seguridade Social. Mulheres: 59,1% e 28,5%. As perspectivas de aposentadoria para os idosos dos próximos 20 anos não são promissoras e são menores ainda para as gerações que tem, hoje, de 20 a 40 anos. Em 2005, menos de 10% da população maior de 65 anos recebia o Benefício de Prestação Continuada por Idade Avançada (BBC). Dificilmente, a assistência social terá capacidade fiscal para garantir renda para esse segmento elevado da população, hoje desempregada e no setor informal.

A POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA E SEUS MOVIMENTOS O total da População Economicamente Ativa (PEA) é função da população em idade ativa e das taxas de atividade. As taxas são determinadas pelas taxas de ingresso e de saída do mercado de trabalho. Entradas: impacto do aumento da escolaridade Saídas: por mortes e por razões outras como, a aposentadoria, e, no caso das mulheres, pelo casamento e/ou maternidade.

IDADES MÉDIAS DA POPULAÇÃO MASCULINA À ENTRADA EM ALGUNS EVENTOS RELACIONADOS AO MERCADO DE TRABALHO BRASIL, 1980 E 2000 Escola 6,2 7,2 Atividade econômica 16,6 16,0 Aposentadoria 59,4 64,1 Duração da Vida 59,3 67,1-10 20 30 40 50 60 70 80 Fonte dos dados brutos: IBGE/Censo Demográfico 1980 e 2000. Elaboração IPEA. 1980 2000

IDADES MÉDIAS À APOSENTADORIA POR TIPO DE BENEFÍCIO BRASIL 70 60 50 52,7 51,4 65,0 64,1 47,7 47,4 51,3 50,0 61,8 60,6 48,9 49,9 40 30 20 10 0 Tempo de contribuição Idade Invalidez Tempo de contribuição Idade Invalidez Homens Mulheres Fonte dos dados brutos: IBGE/PNAD de 1993 e 2003. Elaboração IPEA. 1993 2003

NÚMERO LÍQUIDO DE ANOS PASSADOS PELOS HOMENS BRASILEIROS EM EVENTOS RELACIONADAOS AO MERCADO DE TRABALHO Escola 8,8 13,8 Atvidade Econômica 39,4 41,0 Aposentadoria 9,1 11,9 Duração da Vida 59,3 67,1-10 20 30 40 50 60 70 80 Fonte dos dados brutos: IBGE/Censo Demográfico 1980 e 2000. Elaboração IPEA. 1980 2000

70% DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL DO TEMPO PASSADO EM ALGUNS EVENTOS PELA POPULAÇÃO MASCULINA BRASIL, 1980 E 2000 69,2% 60% 58,8% 50% 40% 30% 20% 14,8% 20,7% 15,3% 17,8% 10% 0% Escola Atvidade Econômica Aposentadoria 1980 2000

PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA QUE TRABALHA E É APOSENTADA POR SEXO E IDADE 35 30 25 20 15 10 5-44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80+ Fonte dos dados brutos: IBGE/Censo Demográfico 1980 e 2000; PNAD 1981 e 2001. Elaboração IPEA. PEA e é aposentado - H 1980 PEA e é aposentado - H 2000 PEA e é aposentado - M 1980 PEA e é aposentado - M 2000

IDADES MÉDIAS DA POPULAÇÃO FEMININA À ENTRADA EM ALGUNS EVENTOS RELACIONADOS AO MERCADO DE TRABALHO BRASIL, 1980 E 2000 Escola 6,2 7,2 Atividade econômica 15,0 16,7 Aposentadoria 58,2 64,0 Duração da Vida 65,6 74,7-10 20 30 40 50 60 70 80 Fonte dos dados brutos: IBGE/Censo Demográfico 1980 e 2000. Elaboração IPEA. 1980 2000

DURAÇÃO DOS EVENTOS QUE MARCAM O CICLO DA VIDA BRASIL - MULHERES Escola 9,0 14,7 Atvidade Econômica 14,5 25,2 Aposentadoria 6,5 10,5 Duração da Vida 65,6 74,7-10 20 30 40 50 60 70 80 Fonte dos dados brutos: IBGE/Censos Demográficos de 1980 e 2000. Elaboração IPEA. 1980 2000

DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL DO TEMPO PASSADO EM ALGUNS EVENTOS PELA POPULAÇÃO FEMININA BRASIL, 1980 E 2000 70% 60% 50% 40% 33,8% 30% 20% 10% 13,7% 19,7% 22,1% 9,9% 14,1% 0% Escola Atvidade Econômica Aposentadoria Fonte dos dados brutos: IBGE/Censo Demográfico 1980 e 2000. Elaboração IPEA. 1980 2000

A POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA E SEUS MOVIMENTOS Os desafios acarretados pelo envelhecimento populacional não se devem apenas ao crescimento a taxas elevadas da população idosa, mas, também, ao menor crescimento da população em idade ativa e da contribuinte. 1980: para cada idoso havia 9,2 pessoas com idade entre 15 a 59 anos. 2000: a razão decresceu para 7,2. A razão entre contribuintes e beneficiários passou de 4,8 contribuintes por beneficiário para 2,8 no período.

GRANDE MUDANÇA Inserção maciça das mulheres no mercado de trabalho, alterando o seu papel de apenas cuidador para cuidador e provedor. Mudanças expressivas nos arranjos familiares. No entanto, a legislação previdenciária não se alterou. Conseqüências: 12% das mulheres de 60 anos e mais recebiam em 2005, o benefício da aposentadoria e a pensão por morte. Isto significa 22% do total das viúvas. Dada a baixa proporção de viúvos, a proporção entre homens não atingiu 2%.

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS ARRANJOS FAMILIARES BRASILEIROS PELO TIPO DE ARRANJO 90 80 82,8 76,7 70 60 50 40 30 20 10 0 15,1 16,5 11,8 10,9 8,7 6,0 1,1 1,1 1,4 1,3 Casal sem filhos Casal com filhos Mulher sozinha Mãe com filhos Homem sozinho Pai com filhos Fonte dos dados brutos: IBGE/PNAD de 1985 e 2005. Elaboração IPEA. 1985 2005

PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS BRASILEIROS COM ALGUMAS CARACTERÍSTICAS 18 17,4 15 12 10,6 9 8,7 6 5,6 3 0 2,9 2,9 Renda só da Mulher Renda só do Trabalho da Mulher Mulher cônjuge com rendimento maior que chefe homem 0,0 1,6 Mulher chefe comrendimento maior que o cônjuge homem Fonte dos dados brutos: IBGE/PNAD de 1985 e 2005. Elaboração IPEA. 1985 2005

CONTRIBUIÇÃO DA RENDA DAS MULHERES NA RENDA DOMICILIAR 40 37,0 30 23,1 24,8 20 17,9 10 0 Renda total Renda do Trabalho Fonte dos dados brutos: IBGE/PNAD de 1985 e 2005. Elaboração IPEA. 1985 2005

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA POR ESTADO CONJUGAL E SEXO 60 50 40 30 20 10 0 Casado Solteiro Sep./ Desq. / Div. Viúvo Homens 1980 Homens 2000 Mulheres 1980 Mulheres 2000 Fonte de dados brutos: IBGE/Censo Demográfico de 2000; Ministério da Saúde/SIM. Elaboração IPEA.

PROPORÇÃO DE MULHERES BRASILEIRAS POR ESTADO CONJUGAL E IDADE INDIVIDUAL 90% 60% 30% 0% 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80+ Fonte dos dados brutos: IBGE/Censo Demográfico de 1980 e 2000. Elaboração IPEA. Casada/Unida 1980 Casada/Unida 2000 Solteira 1980 Solteira 2000 Separada 1980 Separada 2000 Viúva 1980 Viúva 2000

IDADE À ENTRADA E DURAÇÃO NO CASAMENTO E NA VIUVEZ DA POPULAÇÃO BRASILEIRA 1980 2000 Homens Mulheres Homens Mulheres Entrada Casamento 25,07 22,31 25,70 22,64 Viuvez 71,16 63,58 72,78 64,92 Duração (Anos) Casamento 34,98 32,48 34,97 32,44 Viuvez 1,56 8,43 1,71 8,05 Vida 59,27 65,62 67,05 74,71 Fonte dos dados brutos: IBGE/Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000; Ministério da Saúde/Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Elaboração IPEA.

&!#&!".+%*#!./!'"* Redução da mortalidade e envelhecimento da população idosa. Uma questão bastante atual na literatura: perspectivas da continuação do aumento da esperança de vida. Com que qualidade? Brasil: percentual elevado de mortes consideradas evitáveis.

PROPORÇÃO DE ÓBITOS BRASILEIROS CONSIDERADOS EVITÁVEIS POR SEXO 2000 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% População Idosa População Não Idosa Fonte: IBGE/Censo Demográfico de 2000; Ministério da Saúde (SIM). Elaboração: IPEA. Homens Mulheres

ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER OBSERVADA E SIMULADAS SEGUNDO CAUSAS EVITÁVEIS BRASIL, 2000 Grupos Esperança de Vida ao Nascer (Anos) Esperança de Vida aos 60 Anos (Anos) de Causas de Morte Homens Mulheres Homens Mulheres Eliiminando Grupo I 73,0 78,3 22,3 24,7 Eliiminando Grupo II 67,3 75,9 19,4 22,7 Eliiminando Grupo III 74,4 83,3 26,2 29,9 EliminandoTotal Evitável 80,2 86,9 29,2 32,5 Total 67,2 74,8 18,0 21,3 Fonte: IBGE/Censos Demográficos de 1991 e 2000; Ministério da Saúde (SIM). Elaboração: IPEA.

POPULAÇÃO IDOSA BRASILEIRA PROJETADA ELIMINANDO AS CAUSAS DE MORTE CONSIDERADAS EVITAVÉIS POR SEXO 30 25 20 15 10 5 0 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 Fonte de dados brutos: IBGE/Censos; Ministério da Saúde/SIM. Elaboração IPEA. Homens Mulheres

COMENTÁRIOS FINAIS: E O FUTURO? Duas tendências: Crescimento acentuado de um segmento populacional considerado inativo ou dependente, o que ocorre simultaneamente a um encolhimento do segmento em idade ativa ou produtiva e uma continuação nos ganhos em anos vividos. Mudanças sociais e culturais em curso: papel social da mulher, novos arranjos familiares, redução da fecundidade e da maternidade. Pensar nas perspectivas de renda para os idosos do futuro: financiamento da Previdência Social. É difícil acreditar que as tradicionais maneiras de financiar a Seguridade Social serão suficientes para lidar efetivamente com a população idosa do futuro num contexto de crescente informalização da economia.

SUGESTÕES: DO LADO DAS RECEITAS Um dos pontos centrais: estimular o aumento da cobertura da atual força de trabalho. Uma forma de contribuição sazonal (única ao longo do ano) que seja compatível com o trabalho sazonal; A redução do percentual da contribuição do trabalho autônomo; Ampliação da rede de cobertura de benefícios não contributivos, financiados com impostos gerais, para aqueles que de, nenhuma maneira, conseguiram ou conseguirão um histórico de contribuições.

SUGESTÕES: DO LADO DAS DESPESAS Manter a população na ativa o maior número possível de anos: adiamento da idade mínima e politica de saude ocupacional. Avanço tecnológico diminui necessidade de esforço físico. Idosos têm grande capacidade de envolvimento, grau de comprometimento e cumprimento de metas. Idosos têm a vantagem do transporte gratuito.

SUGESTÕES: DO LADO DAS DESPESAS Aposentadoria parcial. Repensar as diferenças na estruturação dos sistemas de previdência social por sexo: formas (tempo, alíquota) de contribuição, os tradicionais benefícios (duplo ou não), o valor das pensões por morte (igual ao benefício do cônjuge ou não) Readaptá-los à nova realidade das famílias com mais de um provedor, das mulheres que mesmo casadas não tem filhos etc.

EM SÍNTESE Não parece existir uma solução simples, fácil e sem custos. Essa solução deverá ser uma decisão política e que leve em conta as prioridades da sociedade, bem como os resultados não esperados da ampliação da cobertura da Seguridade Social pela Constituição de 1988 na redução da pobreza dos idosos e de suas famílias.

FINALIZANDO O que se espera é que a prioridade seja dada ao bem estar da população como um todo e que a grande conquista social que é o envelhecimento populacional não traga embutida a sua falência.