Análise e quantificação de focos de calor utilizando satélites NOAA-12 e NOAA-15 no estado de Mato Grosso.

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Transcrição:

Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Curitiba, PR, Brasil, 30 de abril a 05 de maio de 2011, INPE p.7888 Análise e quantificação de focos de calor utilizando satélites NOAA-12 e NOAA-15 no estado de Mato Grosso. ALEX TRINDADE MACHADO ¹ MARCELO CARVALHO ALVES¹ 1 Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT Cuiabá - MT, Brasil alexmachad@yahoo.com.br marcelocarvalhoalves@gmail.com Abstract.The fires in the state of Mato Grosso are the object of concern regarding the impacts resulting from this practice. This study aims to quantify and analyze hots pots data for the municipalities of Mato Grosso in the period 1998 to 2009 using data from sources of heat obtained by the satellite NOAA-12 and NOAA-15. The data used for the satellite NOAA-12 were in the period 1998 to 2007 and the satellite NOAA-15 between 2008 and 2009. As a result it was found that there is a trend in reduction of hot spots in the period of 1998 to 2009 in the state of Mato Grosso. It was also verified during this period that the Biome that more showed hot spots was the Amazon Rainforest Biome. The Pantanal Biome was that less showed hot spots during the period 1998 to 2009. With analysis of hots pots of satellite NOAA-12 and NOAA-15 was observed that between the years 1998 to 2004, the city that more showed hot spots was the city of Tapurah. For the years 2006 and 2008, the municipality was Colniza that more showed hot spots in the state. In the years 2005, 2007 and 2009 the Nova Ubiratã was the city that more showed hot spots. Palavras-chave: Mato Grosso, hots pots, NOAA-12, NOAA-15. Introdução O uso do fogo é uma prática generalizada na agricultura brasileira. O fogo é utilizado como uma tecnologia agrícola em diversos momentos nos sistemas de produção, desde o preparo das terras até a pré e pós colheita. (Miranda et al, 2006). Na Amazônia, é intensa a queima de biomassa decorrente do desmatamento nos meses de seca (Ignotti, 2007). Para Justino e Andrade (1998), a queima da biomassa nos ecossistemas tropicais associada à expansão da fronteira agrícola, à conversão de florestas e savanas em pastagens e à renovação de pastagens e de cultivos agrícolas, é um dos principais fatores que causam impactos sobre o clima e a biodiversidade. O estado de Mato Grosso possui amplas áreas destinadas à pecuária extensiva e à agricultura, fruto do desmatamento estimulado pelos governos militares na década de 70 em decorrência de projetos de colonização e de ocupação desenfreada na região amazônica (Brandão, et al, 2006). Nos últimos anos, o sensoriamento remoto tornou-se uma importante ferramenta para monitorar os recursos da terra, pois possibilita a aquisição de dados importantes de grandes extensões geográficas (Canavesi et al, 2005). O objetivo deste trabalho foi analisar e quantificar os focos de calor disponibilizados pelo INPE, para os municípios de Mato Grosso, no período de 1998 a 2009, utilizando os satélites NOAA-12 e NOAA-15, bem como, analisar e quantificar os focos de calor nos Biomas do estado (Cerrado, Floresta Amazônica e Pantanal) entre os anos de 1998 a 2009. 7888

Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Curitiba, PR, Brasil, 30 de abril a 05 de maio de 2011, INPE p.7889 Material e Métodos A área de análise dos dados de focos de calor foi realizada nos municípios do estado de Mato Grosso com uso dos satélites NOAA-12 e NOAA-15 durante o período de 1998 a 2009. Para a análise dos dados, foram coletados pontos georreferenciados de focos de calor disponibilizados pelo INPE para o estado de Mato Grosso, dos satélites NOAA-12 e NOAA-15. Os dados foram quantificados para cada ano e para cada município do estado entre os anos de 1998 a 2009. Também foram quantificados e analisados dados de focos de calor entre os Biomas pertencentes ao estado, entre os anos de 1998 a 2009. Figura 1 Distribuição de focos de calor no estado de Mato Grosso para o ano de 1998 através do satélite NOAA-12 Para os anos de 1998 a 2007 foram utilizados dados de focos de calor do satélite NOAA-12. Pela descontinuidade de fornecimento dados de focos de calor do satélite NOAA-12 para os anos de 2008 e 2009 pelo INPE, os dados de focos de calor do satélite NOAA-15 foram utilizados para os anos de 2008 e 2009. Os dados georreferenciados foram manipulados em planilhas eletrônicas por meio de consultas de subtotais, de forma a facilitar a organização, estruturação e extração de informações por meio de consultas. Resultados e Discussão Com a análise dos focos de calor dos satélites NOAA-12 e NOAA-15 foi possível observar que entre os anos de 1998 a 2004, o município que mais apresentou focos de calor foi o município de Tapurah. Para os anos de 2006 e 2008, o município de Colniza foi o que mais apresentou focos de calor no estado. Nos anos de 2005, 2007 e 2009 o município de Nova Ubiratã foi o município que mais apresentou focos de calor. O município com menor quantidade de focos de calor para o ano de 1998 foi o município de Indiavaí. Em 1999, foi o município de Arenápolis. Em 2000, foram os municípios de Cabixi, Rondolândia e Vilhena. Em 2001, foram os municípios de São Pedro da Cipa. Em 2002, foram os municípios de Salto do Céu e Indiavaí. Em 2003, 7889

Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Curitiba, PR, Brasil, 30 de abril a 05 de maio de 2011, INPE p.7890 foram os municípios de Araputanga, Curvelândia, Figueirópolis d Oeste e Várzea Grande. Em 2004 foram os municípios de Arenápolis, Castanheira, Cuiabá, Nortelândia, Nova Brasilândia, Nova Nazaré, Ponte Branca, Santo Afonso, São Pedro da Cipa e Vale de São Domingos. Em 2005 foram os municípios de Reserrva do Cabaçal, Serra Nova Dourada, São José do Xingú, São José do Quatro Marcos e Várzea Grande. Em 2006 foram os municípios de Dom Aquino, São Pedro da Cipa e Vale de São Domingos. Em 2007 foram os municípios de Alto Garças, Alto Paraguai, Cuiabá, Primavera do Leste, Riberãozinho, Rio Branco, Novo Horizonte do Norte, Araguainha e Barão de Melgaço. Em 2008 foram os municípios de Alto Taquari, Arenápolis, Figueirópolis d Oeste e Rio Branco. Em 2009 foram os municípios Araguainha, Jauru, Nova Guarita, Nova Olimpia, São Pedro da Cipa e Vale de São Domingos. Tabela 1- Municípios do estado de Mato Grosso com maior quantidade de focos de calor entre os anos de 1998 a 2009 para os satélites NOAA-12 e NOAA-15 Municípios que mais apresentaram focos de calor 1998 Focos 1999 Focos 2000 Focos 2001 Focos Tapurah 1542 Tapurah 1972 Tapurah 1343 Tapurah 2185 Ribeirão cascalheira 1243 Sorriso 1392 Sorriso 1084 Sorriso 1498 Sorriso 1166 Cáceres 1526 Aripuanã 829 Aripuanã 1086 Cofresa 1128 Aripuanã 1217 Querência 733 Cáceres 970 São Félix do Araguaia 1099 Marcelândia 1085 Juara 708 Vera 903 Vila Rica 1000 Barão de Melgaço 1012 Cáceres 690 Nova Ubiratã 791 Aripuanã 974 Nova Canaã do Norte 941 Ribeirão Cascalheira 627 Tabaporã 714 Alto Boa Vista 995 Novo Mundo 905 Confresa 600 Vila Bela da Santíssima Trindade 666 Juara 881 Gaúcha do Norte 896 Vila Rica 580 Porto dos Gaúchos 652 Paranatinga 845 Juara 893 Gaúcha do Norte 580 Poconé 632 Cocalinho 844 Itaúba 845 Paranatinga 566 Juara 608 Municípios que mais apresentaram focos de calor 2002 Focos 2003 Focos 2004 Focos 2005 Focos Tapurah 2062 Tapurah 2013 Tapurah 1590 Nova Ubiratã 904 Nova Ubiratã 1434 Querência 1266 Nova Ubiratã 1103 Tapurah 796 Sorriso 1288 Nova Ubiratã 1151 Querência 808 Colniza 621 Vera 1221 Vera 1038 Santa Carmen 773 Nova Bandeirantes 586 Aripuanã 919 Sorriso 927 Tabaporã 735 Apiacás 572 Tabaporã 841 Tabaporã 695 Sinop 710 Nova Maringá 482 Querência 671 Santa Carmen 679 Vera 653 Brasnorte 463 Porto dos Gaúchos 663 Feliz Natal 631 Porto do Gaúchos 565 Novo Mundo 421 Peixoto de Azevedo 629 Porto dos Gaúchos 571 Feliz natal 559 Querência 382 Novo Mundo 582 Gaúcha do Norte 562 Nova Maringá 535 Tabaporã 346 Nova Mutum 538 Sinop 456 Sorriso 472 Paranaíta 325 Municípios que mais apresentaram focos de calor 2006 Focos 2007 Focos 2008 Focos 2009 Focos Colniza 1122 Nova Ubiratã 456 Colniza 561 Nova Ubiratã 420 Nova Ubiratã 583 Tapurah 455 Nova Bandeirantes 559 Colniza 331 Nova Bandeirantes 569 Querência 454 Nova Maringá 479 Nova Maringá 311 Tapurah 445 Feliz Natal 327 Tabaporã 363 Brasnorte 301 Querência 408 Tabaporã 302 São Felix do Araguaia 304 Nova Bandeirantes 291 Cotriguaçu 369 Porto dos Gaúchos 235 Itanhangá 296 Gaúcha do Norte 265 Feliz Natal 342 Santa Carmem 232 Gaúcha do Norte 283 Tabaporã 262 Peixoto de Azevedo 344 Paranatinga 224 Aripuanã 253 Ipiranga do Norte 231 Vila Rica 305 Gaúcha do Norte 195 Nova Ubiratã 242 Feliz Natal 223 Gaúcha do Norte 304 Colniza 186 Juara 237 Querência 207 Nova Monte Verde 271 Matupá 157 Vila Bela da Santíssima Trindade 237 Itanhangá 206 7890

Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Curitiba, PR, Brasil, 30 de abril a 05 de maio de 2011, INPE p.7891 Tabela 2 - Municípios do estado de Mato Grosso com menor quantidade de focos de calor entre os anos de 1998 a 2009 para o satélite NOAA-12 E NOAA-15 Municípios que menos apresentaram focos de calor 1998 Focos 1999 Focos 2000 Focos 2001 Focos Indiavaí 4 Arenápolis 6 Cabixi 1 São Pedro da Cipa 2 Acorizal 5 Rio Branco 9 Rondolândia 1 Reserva do Cabaçal 3 Araputanga 5 Várzea Grande 12 Vilhena 1 Araguainha 5 Araguainha 11 Ponte Branca 15 Rio Branco 2 Indiavaí 6 São Pedro da Cipa 11 Reserva do Cabaçal 18 Conquista d'oeste 2 Riberãozinho 8 Nortelândia 13 Jangada 19 Alto Taquari 2 Arenápolis 9 São José dos Quatro Marcos 13 Araguaínha 20 Araguainha 2 Rio Branco 11 Salto do Céu 14 Riberãozinho 21 Arenápolis 3 Várzea Grande 11 Sâo José do Povo 14 Alto Taquari 22 Novo Santo Antônio 3 Nova Marilândia 12 Várzea Grande 15 Figueirópolis d'oeste 24 Várzea Grande 3 Nova Brasilândia 13 Glória d'oeste 13 Municípios que menos apresentaram focos de calor 2002 Focos 2003 Focos 2004 Focos 2005 Focos Salto do Céu 1 Araputanga 1 Arenápolis 1 Reserva do Cabaçal 1 Indiavaí 1 Curvelândia 1 Castanheira 1 Serra Nova Dourada 1 Glória d'oeste 2 Figueirópolis d'oeste 1 Cuiabá 1 São José do Xingú 1 Arenápolis 2 Várzea Grande 1 Nortelândia 1 São José do Quatro Marcos 1 Rio Branco 3 Alto Paraguai 2 Nova Brasillândia 1 Várzea Grande 1 Alto Taquari 3 Alto Taquari 2 Nova Nazaré 1 NorteLândia 2 Rio Branco 3 São José do Quatro Marcos 2 Ponte Branca 1 Terra Nova do Norte 2 Porto Estrela 4 Dom Aquino 3 Santo Afonso 1 Alto Boa Vista 3 Jauru 4 Jangada 3 São Pedro da Cipa 1 Arenápolis 3 Figueirópolis d'oeste 4 Nova Santa Helena 3 Vale de São Domingos 1 Curvelândia 3 Riberãozinho 5 Conquista d'oeste 4 Carlinda 2 Jauru 3 Nova Marilândia 4 Alto Paraguai 2 Nova Guarita 3 Serra Nova Dourada 4 Barão de Melgaço 2 Planalto da Serra 3 Nova Bandeirantes 2 Ponte Branca 3 Rio Branco 2 Rio Branco 3 São Pedro da Cipa 3 Municípios que menos apresentaram focos de calor 2006 Focos 2007 Focos 2008 Focos 2009 Focos Dom Aquino 1 Alto Garças 1 Alto Taquari 1 Araguainha 1 São Pedro da Cipa 1 Alto Paraguai 1 Arenápolis 1 Jauru 1 Vale de São Domingos 1 Cuiabá 1 Figueirópolis d'oeste 1 Nova Guarita 1 Porto Estrela 2 Primavera do Leste 1 Rio Branco 1 Nova Olimpia 1 Serra Nova Dourada 2 Riberãozinho 1 CurveLândia 3 São Pedro da Cipa 1 Tesouro 2 Rio Branco 1 Porto Estrela 3 Vale de São Domingos 1 Araputanga 3 Novo Horizonte do Norte 1 Araputanga 4 Acorrizal 2 Arenápolis 3 Araguainha 1 Indiavaí 4 Arenápolis 2 Glória d'oeste 3 Barão de Melgaço 1 Santa Cruz do Xingú 4 Santa Cruz do Xingú 2 Ponte Branca 3 Acorizal 2 São Pedro da Cipa 4 São José do Povo 2 Rio Branco 3 Alto Taquari 2 Santo Antônio do Leste 3 Colíder 2 Pontal do Araguaia 2 Rondolândia 2 Terra Nova do Norte 2 7891

Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Curitiba, PR, Brasil, 30 de abril a 05 de maio de 2011, INPE p.7892 De forma geral, o Bioma que mais apresentou focos de calor durante o período analisado foi o Bioma Floresta Amazônica, seguido do Bioma Cerrado. O Bioma que menos apresentou focos de calor durante este período foi o Bioma Pantanal. O ano de 1998 foi o ano em que o Bioma Cerrado apresentou mais focos de calor e o ano de 2007 foi o ano com menos focos de calor. O ano de 1999 foi o ano em que o Bioma Floresta Amazônia apresentou mais focos de calor e o ano de 2007 foi o ano com menos focos de calor. O ano de 1999 foi o ano em que o Bioma Pantanal apresentou mais focos de calor e o ano de 2007 foi o ano com menos focos de calor. Cunha et al. (2007), fazendo levantamento de áreas de maior risco de incêndios por meio de dados NOAA-12, com estudo de caso na Reserva Biológica do Guaporé, verificaram que o uso dos dados adquiridos pelo satélite NOAA-12 integrados ao banco de dados de Registro de Ocorrência de Incêndios do Prevfogo e visitas de campo, foram satisfatórios para o mapeamento das áreas de maior risco de ocorrência de incêndios na REBIO Guaporé. Vasconcelos et al. (2005), analisando a evolução de focos de calor nos anos de 2003 e 2004 na região de Madre de Dios,no Peru, no estado do Acre e Pando na Bolívia, verificou que o uso de focos de calor no monitoramento de queimadas permitiu identificar onde e quando as queimadas aconteceram na região. Informações sobre a grandeza relativa do número de queimadas também foram obtidas, apesar de representar subestimativas do número absoluto de queimadas. Tabela 3 Quantificação de focos de calor para o Cerrado, Floresta Amazônica e Pantanal entre os anos de 1998 a 2009. Bioma 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Cerrado 12468 11924 7422 8411 6876 6033 3662 3065 2545 1926 3572 2467 Floresta Amazônica 21346 28533 17248 18739 17137 14878 10291 9864 9849 5212 8296 5463 Pantanal 833 3855 1394 2440 224 123 56 360 104 50 299 290 Com base na contagem global de focos de calor, observou-se que há uma tendência para a diminuição da quantidade de focos de calor no estado. O ano de 1999 foi o ano que mais apresentou focos de calor. O ano de 2007 foi o ano que menos apresentou focos de calor no estado. Essa diminuição poderá ser em decorrência das ações conscientização ambiental da população, o crescimento da fiscalização ambiental ou da diminuição de áreas com vegetação que podem ser convertidas para pastagem e agricultura. Barbosa (2010), analisando a distribuição temporal dos focos de calor no estado de Roraima no período de 1999 a 2009 por meio dos satélites NOAA-12 e NOAA-15, verificou que os meses com maior número de focos de calor foram fortemente associados à estiagem regional, em especial fevereiro e as três primeiras semanas de março e que os municípios mais atingidos por focos de calor são os que possuem as maiores áreas desmatadas e, por isso, devem possuir maior atenção no período seco, em especial quando do aparecimento de fortes eventos El Niño. 7892

Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Curitiba, PR, Brasil, 30 de abril a 05 de maio de 2011, INPE p.7893 Gráfico 1 Quantificação de focos de calor para o Cerrado, Floresta Amazônica e Pantanal entre os anos de 1998 a 2009. Schroeder e França (2000), realizaram um trabalho de detecção de focos de calor utilizando o NOAA-14, comparando o método espectral e utilizando o canal 3 foi verificado que ambos os testes foram satisfatórios para análise e contagem de focos de calor em cada imagem. Para Justino e Andrade (1998), a evolução temporal dos focos de calor sobre o Brasil apresenta um comportamento sazonal, com aproximadamente seis meses de defasagem em relação aos picos de precipitação e umidade relativa. Também foi verificado neste trabalho que o número de focos de calor detectados pelo sensor AVHRR do NOAA na passagem do início da noite vem a comprovar a origem antrópica das queimadas, que são iniciadas quando as condições de inflamabilidade são mais propícias. Conclusões O monitoramento de focos de calor por satélite é uma ferramenta importante e eficaz para o controle de focos de queimada no estado de Mato Grosso. O Bioma Floresta Amazônica foi o Bioma que mais apresentou focos de calor. A contagem global de focos de calor apresentou tendência na diminuição de queimadas no estado de Mato Grosso entre os anos analisados de 1998 a 2009. Referências Bibliográficas Barbosa, R. I. Distribuição espacial e temporal dos focos de calor no estado de Roraima para o período de janeiro 1999 a dezembro 2009 (satélites NOAA 12 N E NOAA 15 N). Comitê de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais de Roraima. Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas - INPA. 2010. 11 p, Brandão, A.S.P.; Rezende, G.C.; Marques, RWC. Crescimento agrícola no período 1999/2004:a explosão da soja e da pecuária bovina e seu impacto sobre o meio ambiente. Revista Economia Aplicada. 18 p, 2006. 7893

Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Curitiba, PR, Brasil, 30 de abril a 05 de maio de 2011, INPE p.7894 Canavesi, V.; Coura, S.M.C.; Formaggio, A.R.; Shimabukuro, Y.E.; Quirino, V.F. Dinâmica espectro-temporal MODIS em região de Cerrados e intenso uso agropecuário Anais do XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Goiânia, Brasil, 16-21 abril 2005, INPE, p. 1435-1442. Disponível em: <http://marte.dpi.inpe.br/col/ltid. inpe.br/sbsr/2004/11.20.17.06/doc/1435.pdf> Acesso em: 08 de out. de 2010. Cunha, A.M.C.; Lima, C.A.; Dietzsch, L. Levantamento de áreas de maior risco de incêndios através de dados NOAA12. Estudo de caso: Reserva Biológica do Guaporé. In: Anais do XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Florianópolis, Brasil, 21-26 abril 2007, INPE, p. 4439-4446. Disponível em: <http://marte.dpi.inpe.br/col/dpi.inpe.br/sbsr@80/2006/11.15.15.01/doc/4439-446.pdf> Acesso em: 26 de out. de 2010. Ignotti, E.; Hacon, S.S.; Silva, A.M.C.; Junger, W.L.; Castro, H. Efeitos das queimadas na Amazônia: método de seleção dos municípios segundo indicadores de saúde. Revista Brasileira de Epidemiologia. 453-464 p, 2007. Justino, F.B.; Andrade, K.M. Programa de monitoramento de queimadas e prevenção de controle de incêndios florestais no arco do desflorestamento na Amazônia (PROARCO). XI Congresso Brasileiro de Meteorologia, SBMET, Rio de Janeiro, p. 647-653, 2000. Miranda, E.E de.; Moraes, A.V.C de.; Oshiro, O.T. Queimada na Amazônia Brasileira em 2005. Comunicado Técnico 18. EMBAPA: São Paulo, 2006. Disponível em: http://www.cnpm.embrapa.br/publica/download/cot19_bal_ucstis06_vf.pdf>. Acesso em: 01 de nov. de 2010. Schroeder, W.; França, J.R.A. Comparação entre Métodos de Detecção de Focos de Calor para uma Região de Cerrado Usando Dados AVHRR/NOAA-14. XI Congresso Brasileiro de Meteorologia, SBMET Rio de Janeiro, outubro de 2000. Anais pp. 3907-3914, 2000. Vasconcelos, S.S.; Rocha, K.S.; Selhorst, D.; Pantoja, N.V.; Brown, I.F. Evolução de focos de calor nos anos de 2003 e 2004 na região de Madre de Dios/Peru Acre/Brasil Pando/Bolívia (MAP): uma aplicação regional do banco de dadosinpe/ibama. In: Anais do XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto SBSR, Goiânia, Brasil, 16-21 abril 2005, INPE, p. 3411-3417, 2005. 7894