Tipo de solo: Argila Silte Areia fina Diâm. Grãos (mm): Areia média. Areia Grossa. Pedregulho. 0,15 a 0,84 0,84 a 4,8 4,8 a 16. Até 0,005.

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Transcrição:

Conheça os três tipos principais de solo: areia, silte e argila Por Arq. Iberê M. Campos Fonte: http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=9&cod=59 O terreno faz parte integrante de qualquer construção, afinal é ele que dá sustentação ao peso e também determina características fundamentais do projeto em função de seu perfil e de características físicas como elevação, drenagem e localização. No que tange à mecânica dos solos, é é importante conhecer os três tipos básicos de solos: arenoso, siltoso e argiloso. Para efeito prático de uma construção, é preciso conhecer o comportamento que se espera de um solo quando este receber os esforços. Para tanto, a Mecânica dos Solos divide os materiais que cobrem a terra em alguns grandes grupos: Rochas (terreno rochoso); Solos arenosos, Solos siltosos, e Solos argilosos. Esta divisão não é muito rígida, ou seja, nem sempre (quase nunca...) se encontra solos que se enquadram em apenas um dos tipos. Por exemplo, quando dizemos que um solo é arenoso estamos na verdade dizendo que a sua maior parte é areia e não que tudo é areia. Da mesma forma, um solo argiloso é aquele cuja maior proporção é composto por argila. O principal critério para fazer a classificação acima é o tamanho dos grãos que compõem o solo. O quadro a seguir mostra os diâmetros dos grãos (em mm) para cada tipo básico de solo: Tipo de solo: Argila Silte Areia fina Diâm. Grãos (mm): Até 0,005 0,005 a 0,05 0,05 a 0,15 Areia média Areia Grossa Pedregulho 0,15 a 0,84 0,84 a 4,8 4,8 a 16 Com se pode deduzir da tabela acima, uma argila é formada por grãos extremamente pequenos, invisíveis a olho nu. As areias, por sua vez, têm grãos facilmente visíveis, separáveis e individualizáveis, o mesmo acontecendo com o pedregulho. Estas características mudam o comportamento do solo, conforme veremos adiante. Solos arenosos São aqueles em que a areia predomina. Esta compõe-se de grãos grossos, médios e finos, mas todos visíveis a olho nú. Como característica principal a areia não tem coesão, ou seja, os seus grãos são facilmente separáveis uns dos outros.

Por exemplo, pense na areia seca das praias, em como é fácil separar seus grãos. Quando a areia está úmida ganha algo como uma coesão temporária, tanto que até permite construir os famosos Castelos que, no entanto, desmoronam ao menor esforço quando secam. A areia areia úmida na praia serve até como pista de corrida graças a essa coesão temporária. Mas os solos arenosos possuem grande permeabilidade, ou seja, a água circula com grande facilidade no meio deles e secam rapidamente caso a água não seja reposta, como acontece nas praias. Imagine a seguinte situação -- fazermos uma construção sobre um terreno arenoso e com lençol freático próximo da superfície. Se abrirmos uma vala ao lado da obra, a água do terreno vai preencher a vala e drenar o terreno. Este perderá água e vai se adensar, podendo provocar trincas na construção devido ao recalque provocado. A ilustração a seguir mostra o que pode acontecer: Note-se que esta é uma situação clássica, e acontece diariamente na cidade de Santos, SP, onde são muito conhecidos os prédios inclinados na beira da praia. Estes foram feitos com fundação superficial que afundou quando mais e mais construções surgiram ao lado pois estas, além de aumentarem as cargas no solo, ajudaram a abaixar o nível do lençol freático que, por sua vez, já vinha diminuindo devido à crescente pavimentação das ruas. Estradas construídas em terreno arenoso não atolam na época de chuva e não formam poeira na época seca. Isto porque seus grãos são suficientemente pesados para não serem levantados quando da passagem dos veículos, e também não se aglutinam como acontece nos terrenos argiloso. Estes, em comparação, quando usados em estradas sem pavimentação, torna as pistas barrentas nas chuvas e na seca formam um pisa duro. Já estradas com pisos siltosos geram muito pó quando os veículos passam, tudo isto em função do tamanho dos grãos e de como eles se comportam na presença da água. Solos Argilosos O terreno argiloso caracteriza-se pelos grãos microscópicos, de cores vivas e de grande impermeabilidade. Como conseqüência do tamanho dos grãos, as argilas: São fáceis de serem moldadas com água; Têm dificuldade de desagregação. Formam barro plástico e viscoso quando úmido. Permitem taludes com ângulos praticamente na vertical. É possível achar terrenos argilosos cortados assim onde as marcas das máquinas que fizeram o talude duraram

dezenas de anos. Em termos de comportamento, a argila é o oposto da areia. Devido à sua plasticidade e capacidade de aglutinação, o solo argiloso é usado há milhares de anos como argamassa de assentamento, argamassa de revestimento e na preparação de tijolos. As lendárias Torres de Babel, assim como todas as edificações importantes da Babilônia, foram feitos de tijolos de barro cozidos ao sol. A maior parte do solo Brasileiro é de solo argiloso e este tem sido utilizado de maneiras diferentes ao longo da nossa história, desde a taipa de pilão do período colonial até os modernos tijolos e telhas cerâmicas, sem falar dos azulejos e pisos cerâmicos. Os grãos de argila são lamelas microscópicas, ao contrário dos grãos de areia que são esferoidais. As características da argila estão mais ligadas à esta forma lamelar dos grãos do que ao tamanho diminuto. Os solos argilosos distinguem-se pela alta impermeabilidade. Aliás, são tão impermeáveis que tornaram-se o material preferido para a construção de barragens de terra, claro que devidamente compactadas. Quando não há argila nas imediações vai se buscar onde ela estiver disponível, em regiões que passam a ser denominadas área de empréstimo. Solos siltosos O Silte está entre a areia e a argila e é o primo pobre destes dois materiais nobres. É um pó como a argila, mas não tem coesão apreciável. Também não tem plasticidade digna de nota quando molhado. Estradas feitas com solo siltoso formam barro na época de chuva e muito pó quando na seca. Cortes feitos em terreno siltoso não têm estabilidade prolongada, sendo vítima fácil da erosão e da desagregação natural precisando de mais manutenção e cuidados para se manter. Outras denominações A divisão feita pela Mecânica dos Solos é meramente científica, na natureza os solos são encontrados em diversas proporções e recebem nomes populares dependendo de seu tipo, fa finalidade e da região do Brasil. Veja alguns outros termos: Piçarra -- Rocha muito decomposta e que pode ser escavada com pá ou picareta. Tabatinga ou turfa -- Argila com muita matéria orgânica, geralmente encontrada em pântanos ou locais com água permanente (rios, lagos), no presente ou no passado remoto. Saibro Terreno formado basicamente por argila misturada com areia. Moledo -- Rocha em estado de decomposição mas ainda dura, tanto assim que só pode ser removida com martelete a ar comprimido. Apresentamos a seguir quadro com os usos mais aconselháveis para os três tipos de solo:

FUNDAÇÃO DIRETA USO SOLO ARENOSO SOLO SILTOSO É adequado, mas necessita atenção aos recalques devido ao abaixamento do lençol freático. Durante a execução, é difícil manter a estabilidade das paredes laterais Similar ao solo arenoso, porém é menos sensível ao lençol freático e também é mais fácil de escavar. SOLO ARGILOSO É usual e recomendável, mas também ocorrem problemas de recalques em função do lençol freático. Dirante a escavação, é fácil de manter a estabilidade das paredes laterais. FUNDAÇÃO EM ESTACA Difícil de cravar frente ao atrito lateral. Em terrenos molhados, é preciso fazer cravação a ar comprimido. É usual, por ser possível tirar partido tanto do atrito lateral quanto da resistência de ponta para aborver a carga. Usual, mas a estaca geralmente precisa atingir profundidades maiores para aumentar capacidade de carga. CORTES E TALUDES SEM PROTEÇÃO Não recomendável, pois o talude fica instável. Possível, mas é preciso levar em conta a coesão e o ângulo de atrito para dimensionar o talude. A altura de corte é menor do que para as argilas. Possível devido à grande coesão e estabilidade. ESFORÇOS EM ESCORAMENTO Esforços são maiores, levando à necessidade de escoramento contínuo. Comportamento idêntico ao solo arenoso. Esforços são menores, o escoramento pode ser bem espaçado e nãocontínuo. RECALQUES FRENTE ÀS CARGAS Recalques em solo arenoso são imediatos à aplicação das cargas, mas podem ocorrer posteriormente devido à mudança do lençol freático. Intermediário entre areia e argila. Recalques extremamente lentos, pode levar décadas para ocorrer a estabilização. ADENSAMENTO E Adensamento ocorre apenas se houver perda de água. A Há adensamento se Há adensamento se houver perda

COMPACTAÇÃO compactação se faz com vibração. DRENABILIDADE Ocorre facilmente, mas precisa cuidado com a instabilidade das paredes e do fundo das valas. MATERIAL DE BARRAMENTO Não recomendável, por ser permeável e sem coesão. Os taludes são instáveis e haveria fluxo intenso de água pela barragem. houver perda de água. Compactação é feita com percussão ou com rolos (péde-carneiro) Aceita água passante, mas necessita verificação cuidadosa da coesão e ângulo de atrito. Utilizável desde que com maior coeficiente de segurança. Tem pouca coesão e os taludes ficam mais abatidos (ângulo menor) de água. Compactação é feita com percussão e com rolos. Alta impermeabilidade dificulta a drenagem. Recomendável pela impermeabilidade, coesão e ângulo de atrito favoráveis à estabilidade. O reconhecimento do tipo de solo pode ser complicado. Em geral, os solos estão misturados, é difícil achar um solo que seja 100% argila ou 100% areia. Por isto, usa-se denominações como argila silto-arenosa, silte argiloso, areia argilosa e similares. A determinação do tipo de solo é fundamental para a construção civil, em especial para o cálculo da movimentação de terra e para a escolha das fundações. Justamente pela dificuldade em determinar o tipo de solo e em determinar suas características para a escolha de fundações é que se faz o denominado ensaio à percussão, mais conhecido como ensaio SPT, que mostramos no artigo a seguir. Com os parâmetros SPT em mãos torna-se possível escolher a fundação com precisão ou, caso o projetista ainda sinta falta de alguma informação, poderá solicitar um teste mais específico.