GEOGRAFIA - PROF. JOSÉ FONSECA ORIENTAÇÃO Pontos Cardeais: norte, sul, leste e oeste. Outras denominações para os pontos cardeais: Norte setentrional, boreal; Sul meridional, austral; Leste este, nascente, oriental; Oeste west, poente, ocidental. Pontos Colaterais: NE nordeste, SE sudeste, SO Sudoeste e NO noroeste. Pontos Subcolaterais: NNE norte-nordeste, ENE estenordeste, ESE este-sudeste, SSE sul-sudeste, SSO sulsudoeste, OSO oeste-sudoeste, ONO oeste-noroeste e NNO norte-noroeste. https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=rosa-dos-ventos
Bússola
GPS Global Positioning System
LOCALIZAÇÃO COORDENADAS GEOGRÁFICAS Paralelos são círculos imaginários traçados paralelamente ao Equador. Equador: principal paralelo. Divide a Terra em duas metades iguais. Latitude: é a distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre ao Equador. Varia de 0º a 90º para Norte ou para Sul. Meridianos são linhas imaginárias que cortam perpendicularmente os paralelos e vão de um polo ao outro. Meridiano inicial: Greenwich. Nenhum meridiano circunda totalmente a esfera terrestre. Na outra face da Terra está o meridiano oposto ou antimeridiano. http://atividadesyimagens.blogspot.com.br/2011/04/paralelos-e-meridianos.html Longitude: é a distância em graus de qualquer lugar da superfície terrestre ao meridiano de Greenwich. Varia de 0º a 180º para Leste ou para Oeste.
https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=paralelos LATITUDE E LONGITUDE: OUTRAS APLICAÇÕES Latitude: ajuda a explicar as diferenças de temperatura em nosso planeta. As temperaturas diminuem do Equador para os polos. Os paralelos delimitam as zonas climáticas ou térmicas da Terra. Zonas Térmicas da Terra A longitude é essencial para sabermos as diferenças de horário de lugar para outro.
OS MOVIMENTOS DA TERRA E SUAS CONSEQUÊNCIAS Rotação: dias e noites Movimento que a Terra realiza em torno de seu próprio eixo. A Terra leva aproximadamente 24 horas para realizar o movimento de rotação, em torno de si mesma, girando de oeste para leste a uma velocidade média de 1.649 km/h na altura do Equador. Dia solar: dura 24 horas e se baseia no despontar e no pôr do Sol. Dia civil: desde 1925 ficou estabelecido que o dia civil começa depois da meianoite. Consequências: movimento aparente do Sol; definição dos pontos cardeais; e formação das correntes marítimas. As comunicações são favorecidas pela utilização de satélites artificiais que acompanham o movimento de rotação da Terra.
OS FUSOS HORÁRIOS, PASSO A PASSO A partir do meridiano de Greenwich, são estabelecidos 24 fusos horários, com 15 graus cada um; São 12 fusos horários para leste e 12 fusos para oeste; Os fusos são resultado da circunferência terrestre (360º) pelas 24 horas do dia (360º:24=15º); Dentro de um fuso horário, todos os lugares têm a mesma hora. É a hora legal do fuso; O meridiano de um fuso horário passa pela metade desse fuso; Para evitar problemas para o comércio, bancos e meios de transporte, muitos países alteram os limites de seus fusos horários; O dia de 24 horas começa e termina à meia-noite; Para economizar energia, alguns países adiantam a hora legal no verão; Cada fuso compreende 15 meridianos (15º) e corresponde a uma hora; Para leste as horas aumentam e para oeste as horas diminuem.
FUSOS HORÁRIOS
TRANSLAÇÃO E AS ESTAÇÕES DO ANO Translação: movimento que a Terra realiza ao redor do Sol junto com os outros planetas. Em seu movimento de translação, a Terra percorre um caminho que tem a forma de uma elipse, o qual chamamos de órbita. Duração ano civil, adotado por convenção, tem 365 dias; ano sideral é de 365 dias e 6 horas. A cada quatro anos temos um ano de 366 dias, o ano bissexto. A Terra realiza simultaneamente os movimentos de rotação e translação, com seu eixo inclinado a 23º27 em relação ao plano de sua órbita. Por esse motivo, a iluminação do Sol não é igual em todos os lugares da Terra, durante o ano todo. Consequência do movimento de translação: as estações do ano. As estações são determinadas pela oposição da Terra em relação ao Sol. Devido à inclinação do eixo terrestre, as estações não são iguais nos dois hemisférios, alternandose em relação à linha do Equador.
MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO DA TERRA / EQUINÓCIOS E SOLSTÍCIOS
AS ESTAÇÕES DO ANO INÍCIO HEMISFÉRIO SUL HEMISFÉRIO NORTE DURAÇÃO 21 de março Outono Primavera 92 dias 21 de junho Inverno Verão 94 dias 23 de setembro Primavera Outono 90 dias 21 de dezembro Verão Inverno 89 dias 365 dias
EQUINÓCIO Nos dias 21 de março (início do outono no hemisfério sul) e 23 de setembro (início da primavera) os raios de Sol caem perpendicularmente sobre a linha do Equador, tendo o dia e a noite a mesma duração na maior parte dos lugares da Terra. Daí o nome equinócio, noites iguais aos dias. SOLSTÍCIO No dia 21 de junho os raios solares chegam verticalmente ao paralelo de 23º27 N (Trópico de Câncer). Nesse momento ocorre o solstício de verão no hemisfério norte. No hemisfério sul, acontece o solstício de inverno, com a noite mais longa do ano, marcando o início da estação fria.
EQUINÓCIOS E SOLSTÍCIOS
CARTOGRAFIA Projeções Cartográficas A rede paralelos e meridianos sobre a qual desenhamos um mapa constitui o que chamamos projeção cartográfica. Sua aplicação envolve conceitos matemáticos e geométricos. Os principais tipos de projeção mantêm os aspectos mais importantes para a elaboração de um mapa, que são a distância, a forma e os ângulos. Nenhuma projeção consegue manter esses três elementos ao mesmo tempo. Dessa forma, podemos considerar projeções: - Equidistantes mantêm as distâncias lineares (distâncias a partir de um centro determinado), mas apresentam distorções nas áreas e nas formas terrestres. - Conformes procuram manter os mesmos ângulos das coordenadas geográficas. Conservam, assim, as formas terrestres, mas apresentam distorções nas áreas representadas. A escala usada para representar as distâncias varia. Usa-se a escala real apenas nas áreas próximas do Equador. À medida que se afasta da região equatorial, a distorção é maior. - Equivalentes apresentam formas distorcidas, mas as áreas mantêm o mesmo valor da área real. Os ângulos do planisfério ficam deformados em relação aos ângulos da esfera terrestre. Os três tipos de projeção são elaborados a partir de três métodos originais: projeções cilíndricas, projeções cônicas e projeções azimutais (planas).
Projeções cilíndricas Os paralelos e os meridianos são projetados sobre um cilindro, que é planificado posteriormente. Os paralelos, retos e horizontais, e os meridianos, retos e verticais, formam ângulos retos. O principal inconveniente são as deformações nas áreas de altas latitudes, porém as proporções das superfícies próximas ao equador são mantidas. Com a projeção cilíndrica podemos representar a Terra inteira. Duas projeções cilíndricas são bastante conhecidas e utilizadas: a projeção de Mercator e a projeção de Peters. Projeção de Mercator idealizada e construída no século XVI pelo geógrafo flamengo Gerhard Kremer, que ficou conhecido como Mercator. Nesse tipo de projeção as áreas do hemisfério norte, principalmente a Europa, ficam muito ampliadas, mostrando uma visão de mundo eurocêntrica, própria da época. Seu principal inconveniente é apresentar deformações nas áreas de altas latitudes.
https://www.google.com.br/search?q=proje%c3%a7%c3%a3o+de+mercator&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=x&ei=x0cfu_orjyls8ah2migyca&sqi=2&ved=0cbsqsaq&biw=1366&bih=613
Projeção de Peters Projeção cilíndrica. Em 1973 o historiador alemão Arno Peters elaborou um mapa que refletia o momento histórico (guerra fria e endividamento dos países subdesenvolvidos) e que ele denominou Mapa para um mundo mais solidário. Nessa representação Peters ressaltava a ideia de igualdade entre os povos, conservando a relativamente área real dos continentes. Os países subdesenvolvidos ganharam mais destaque. A américa e a África ficam mais alongadas nessa projeção.
Projeções cônicas Nos mapas com projeção cônica, o globo terrestre (ou parte dele) é projetado em um cone tangente, que depois é planificado. As projeções cônicas são usadas principalmente para representar regiões de latitudes médias. Apresentam maiores deformações na base e no vértice do cone, por isso representam regiões menores. Nesse tipo de projeção, os meridianos são radiais porque surgem de um mesmo ponto, e os paralelos são círculos concêntricos, isto é, têm o mesmo centro.
Projeções azimutais (projeções planas) São elaboradas a partir de um ponto tangente sobre a superfície da Terra. Meridianos e paralelos são projetados sobre um plano apoiado em um ponto da que geralmente está nos polos ou no equador, mas encontramos projeções azimutais centradas em outros pontos da Terra. Por isso, podemos considerar três modalidades de projeções azimutais: oblíqua, polar e equatorial. O ponto de tangência torna-se o centro do mapa construído dessa maneira. Geralmente esse centro apresenta pequenas deformações, que se acentuam à medida que nos afastamos dele. Usa-se esse tipo de projeção quando se quer colocar um país na posição central ou para calcular a distância entre esse país e qualquer lugar na superfície da Terra. A navegação marítima e a aviação usam mapas com projeção azimutal. A mais conhecida dessas projeções está no emblema da ONU, cuja forma polar (polo norte) enfatiza o caráter de neutralidade dessa organização.
Projeção azimutal polar
Emblema da ONU
Outras Projeções Projeção de Mollweide e de Hammer Equivalente e não conforme, é apresentada em formato elíptico. Nesse tipo de projeção, a distorção das formas é menor do que na projeção de Peters.
Projeção de Goode Também chamada de projeção interrompida, a projeção de Goode tem o objetivo de mostrar a equivalência entre as áreas oceânicas e continentais. Algumas projeções não respeitam nem área, nem forma, nem distâncias. São chamadas de projeções arbitrárias ou afiláticas.
A cartografia e a tecnologia Geomática: a cartografia computadorizada Geomática ciência e tecnologia de coletar, interpretar e utilizar informações geográficas. A geomática não é um campo novo. Representa uma evolução das técnicas cartográficas, abrangendo recursos utilizados pela cartografia e pela informática. Utiliza dados coletados por satélites e por trabalho de campo, reunidos e processados em computadores. Seus principais produtos são mapas digitais e bases de dados. O resultado mais completo obtido através das técnicas da geomática é o que chamamos de geoprocessamento ou sistema SIG (Sistema de Informação e Geoprocessamento), que permite a superposição e o cruzamento das informações. Sua principal característica é integrar em uma única base de informações diversas (imagens, dados cartográficos, de população etc.), de que seja possível consultar, comparar e analisar essas informações, além de produzir mapas.
Fotogrametria ou aerofotogrametria É a técnica de elaborar cartas, com base em fotografias aéreas. Mapeamento digital O uso de dados topográficos digitais (DTD - Digital Topographic Data) tem sido comum na análise da biodiversidade, na administração de parques nacionais, áreas de conservação ecológica e na avaliação de consequências de desastres naturais como enchentes, tempestades e terremotos. http://ruralcentro.uol.com.br/noticias/mma-autoriza-compra-de-imagens-de-satelite-para-o-cadastro-ambiental-rural-62654
Sensoriamento remoto Conjunto de técnicas que permitem obter informações sobre a superfície terrestre através de sensores instalados em satélites artificiais. As imagens obtidas são utilizadas para monitorar e avaliar as alterações no meio ambiente, para mapear recursos hídricos, tendo aplicação na agricultura, na cartografia, na geologia, na geomorfologia, entre outras. Sistema Global de Posicionamento (GPS) Além de fornecer a latitude, a longitude e a altitude de um lugar, o GPS é também um recurso cartográfico, na medida em que possibilita o mapeamento de rotas marítimas e terrestres, de redes de transmissão de energia elétrica, correntes marítimas, ecossistemas, bem como o monitoramento de desastres ambientais e da fauna de certas regiões.
A representação do espaço geográfico: linguagem cartográfica e leitura de mapas Tipos de mapas ou cartas Os mapas e as cartas são o resultado visível da representação do espaço geográfico pela cartografia. Segundo o IBGE, mapa é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma figura planetária, delimitada por elementos físicos ou políticos-administrativos, destinada aos mais variados usos temáticos, culturais e ilustrativos. Para o IBGE carta é a representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais paralelos e meridianos -, com a finalidade de possibilitar a avaliação de pormenores, em grau compatível com a escala.
Físico
Mapa geral: Brasil político
Mapa temático
Quanto à finalidade, os mapas e as cartas podem ser classificados em: Gerais: contêm informações sobre temas variados (divisão política, rios, montanhas, cidades, etc.). Geralmente são elaborados em escala pequena. Temáticos: fazem referência a um determinado aspecto da Geografia (clima, demografia, geologia, aspectos ambientais). Especiais: atendem às necessidades de profissionais de diferentes áreas, como geólogos e meteorologistas, fornecendo informações técnicas bastante específicas, como cartas náuticas, militares, meteorológicos, entre outros. Quanto à representação, os mapas e as cartas podem ser: Planimétricos: sem representação do relevo. Planialtimétricos: com representação do relevo. De acordo com a escala, podemos classificar os mapas e as cartas em: Cadastrais: com escala até 1:25 000. Topográficos: com escala de 1:25 000 até 1:250 000. Geográficos: com escala de 1:1 000 000 e escala menores.
A linguagem dos mapas Por meio dos mapas podemos obter informações sobre o fenômeno geográfico representado e tirar nossas próprias conclusões. - Além da projeção e da escala, para a interpretação cartográfica, devemos considerar a orientação indicada e a legenda.
A escala no mapa Tipos de escala Escala numérica: é representada por uma fração na qual o numerador indica a distância no mapa e o denominador indica a distância na superfície real. Exemplo: 1:100 000 1 cm no mapa = 100 000 cm = 1 km na realidade. 0 100 200 300 km Escala gráfica: linha reta graduada. Ex.: 1 cm = 100 km A fórmula para calcular a distância real entre dois pontos em um mapa é: D = E. d D: distância real d: distância no mapa E: escala Fórmula para saber a distância no mapa: d = D : E Ainda é necessário observar no mapa: orientação (rosa-dos-ventos), legenda e símbolos ou convenções cartográficas.
As cores planimétricas representam elementos que não envolvem altitudes. Preto: indica cidades, casas, vilas, limites políticos e ferrovias; Vermelho: indica rodovias e correntes marítimas quentes; Azul: indica a presença de água ou a hidrografia mares, correntes marítimas frias, rios, lagos e oceanos; Verde: indica todos os tipos de vegetação. As cores convencionadas pela CIM (Carta Internacional do Mundo) para mostrar as altitudes são as hipsométricas (verde, amarelo, marrom, violeta, violeta escuro, e branco) indicam as cotas acima do nível do mar, e as batimétricas (tons de azul), indicam as cotas abaixo do nível do mar. Topografia: a técnica utilizada para analisar o relvo e que representa as diferenças de altitude por meio das curvas de nível. A imagem resultante desse processo é a carta topográfica, muito usada em projetos de engenharia, agronomia, arquitetura e urbanismo. As curvas de nível (isoípsas) são linhas que unem pontos de igual altitude na superfície representada.
Curvas de nível http://www.bing.com/images/search?q=curvas+de+n%c3%advel&qpvt=curvas+de+n%c3%advel&form=igre#view=detail&id=0f5905872f1eec2a3a490838ccd08e667efad1fd&selectedindex=700
Carta topográfica
Perfil topográfico A interseção da superfície do solo com o plano vertical que passa em determinada região é o perfil topográfico. Esse tipo de representação possibilita perceber os altos e baixos do relevo no corte horizontal da carta que representa a região. http://geographicae.wordpress.com/2007/01/13/perfil-topografico/
Referências ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de. RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. São Paulo: Ática, 2010.