Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados

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Transcrição:

Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados Introdução Prof. Marcos Alexandruk

EMENTA Sistemas gerenciadores de banco de dados; Configurações do ambiente de trabalho; Diferenças entre as diversas plataformas; Criação de tabelas e consultas; Mecanismos de back-up; Importação e exportação.

OBJETIVO Conhecer os requisitos de instalação e recursos dos principais SGBDs (Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA COSTA, Rogério Luís de Carvalho. SQL: guia prático. 2. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2007. SILBERSCHATZ, A.; KORTH, H.; SUBARSHAN, S. Sistema de banco de dados. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004. SOARES, Walace. MySQL conceitos e aplicações. São Paulo: Érica, 2004.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BRYLA, Bob; LONEY, Kevin. Oracle Database 11g manual do DBA. Porto Alegre: Bookman, 2009. DATE, C. J. Introdução a sistemas de bancos de dados. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. ELMASRI, Ramez; NAVATHE, Shamkant B. Sistemas de banco de dados. 4th ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010 PEREIRA Neto, Álvaro. PostgreSQL: técnicas avançadas: versões Open Source 7.x e 8.x: soluções para desenvolvedores e administradores de banco de dados. 4. ed. São Paulo: Érica, 2007. RAMALHO, José Antonio Alves. Oracle 10g: ideal para quem deseja o aprendizado do Oracle. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.

Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados Aula 1 Prof. Marcos Alexandruk

Características dos SBGDs Conceitos gerais As doze regras de Codd para SGBDRs

Conceitos gerais SGBD (Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados): coleção de dados inter-relacionados + conjunto de programas para acessar e manipular esses dados Silberschatz p. 4

Conceitos gerais O gerenciamento de dados envolve: Definir estruturas de armazenamento Fornecer mecanismos para a manipulação de informações

Conceitos gerais O principal objetivo de um SGBD é fornecer um ambiente que seja tanto conveniente como eficiente para armazenamento e recuperação de informações.

Conceitos gerais O SGBD precisa garantir a segurança apesar de falhas de sistema ou tentativas de acesso não autorizado.

Conceitos gerais Embora as interfaces de usuário ocultem os detalhes de acesso a um banco de dados, e a maioria das pessoas nem mesmo tenha consciência de estar lidando com um banco de dados, acessar banco de dados é uma parte essencial da vida de quase todo mundo hoje. Silberschatz p. 2

As doze regras de Codd Doze regras estabelecidas por Edgard F. Codd, em 1985, por meio das quais podemos determinar o quanto um banco de dados é relacional ou não.

As doze regras de Codd 1. Regra das informações em tabelas: As informações a serem apresentadas no banco de dados devem ser apresentadas como relações (tabelas formadas por linhas e colunas) e o vínculo de dados entre as tabelas deve ser estabelecido por meio de valores de campos comuns. Aplica-se tanto aos dados quanto aos metadados (descrições dos objetos do banco de dados).

As doze regras de Codd 2. Regra de acesso garantido: Para que o usuário possa acessar as informações contidas no banco de dados, o método de referência deve ser o nome da tabela, o valor da chave primária e o nome do campo. A ordem de apresentação dos dados não tem importância no contexto.

As doze regras de Codd 3. Regra de tratamento sistemático de valores nulos: O SGBD deve ter capacidade de tratar valores que não são fornecidos pelos usuários de maneira que permita a distinção dos valores reais. Exemplo: um campo de armazenamento de dados numéricos, pode conter valores válidos, o valor zero e valores nulos.

As doze regras de Codd 4. Regra do catálogo relacional ativo: Toda a estrutura do banco de dados (tabelas, campos, índices, etc.) deve estar disponível em tabelas (catálogo). Essas tabelas são manipuladas pelo próprio sistema, quando o usuário efetua alterações na estrutura do banco de dados.

As doze regras de Codd 5. Regra da atualização de alto nível: O usuário deve ter capacidade de manipular as informações do banco de dados em grupos de registros, ou seja, ser capaz de inserir, alterar e excluir vários registros ao mesmo tempo.

As doze regras de Codd 6. Regra da sublinguagem de dados abrangente: Pelo menos uma linguagem deve ser suportada para que o usuário possa manipular a estrutura do banco de dados (exemplo: criação e alteração de tabelas), assim como extrair, inserir, atualizar ou excluir dados, definir restrições de acesso e controle de transações (COMMIT/ROLLBACK). Deve ser possível também a manipulação de dados por meio de programas aplicativos.

As doze regras de Codd 7. Regra da independência física: Quando for necessária alguma modificação na forma como os dados são armazenados fisicamente, nenhuma alteração deve ser necessária nas aplicações que fazem uso do banco de dados. Devem também permanecer inalterados os mecanismos de consulta e manipulação de dados utilizados pelos usuários finais.

As doze regras de Codd 8. Regra da independência lógica: Qualquer alteração efetuada na estrutura do banco de dados, como inclusão e exclusão de campos de uma tabela ou alteração no relacionamento entre tabelas não deve afetar o aplicativo que o usa. O aplicativo deve manipular visões das tabelas. Visões são uma espécie de tabela virtual, que agrupam dados de uma ou mais tabelas físicas e apresentam ao usuário os dados.

As doze regras de Codd 9. Regra da atualização de visões: Visto que as visões dos dados são teoricamente suscetíveis a atualizações, então um aplicativo que faz uso desses dados deve ser capaz de efetuar alterações, exclusões e inclusões neles As atualizações devem ser repassadas automaticamente às tabelas originais.

As doze regras de Codd 10. Regra da independência de integridade: As várias formas de integridade do banco de dados (integridade de entidade, referencial, restrição e obrigatoriedade de valores, etc.) precisam ser estabelecidas dentro do catálogo do sistema ou dicionário de dados, e ser totalmente independente da lógica dos aplicativos.

As doze regras de Codd 11. Regra da independência de distribuição: Sistemas de banco de dados podem estar distribuídos em diversas plataformas, interligados em rede e podem inclusive estar fisicamente distantes entre si. Essa capacidade de distribuição não pode afetar a funcionalidade do sistema e dos aplicativos que fazem uso do banco de dados.

As doze regras de Codd 12. Regra não subversiva: O sistema deve ser capaz de impedir que qualquer usuário ou programador de passar por cima de todos os mecanismos de segurança, regras de integridade do banco de dados e restrições, utilizando algum recurso ou linguagem de baixo nível que eventualmente possam ser oferecidas pelo próprio sistema.

As doze regras de Codd 1. Regra das informações em tabelas 2. Regra de acesso garantido 3. Regra de tratamento sistemático de valores nulos 4. Regra do catálogo relacional ativo 5. Regra da atualização de alto nível 6. Regra da sub linguagem de dados abrangente 7. Regra da independência física 8. Regra da independência lógica 9. Regra da atualização de visões 10. Regra da independência de integridade 11. Regra da independência de distribuição 12. Regra não subversiva

Aula 1: Exercícios 1. Defina em suas palavras o que é um SGBD. 2. Qual é o principal objetivo de um SGBD (Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados)? 3. Quais recursos do SGBD podem ser utilizados para garantir a segurança dos dados? 4. Liste algumas ocasiões em que você direta ou indiretamente interagiu com bancos de dados. 5. Escolha três regras elaboradas por Edgard F. Codd e comente sobre a sua importância para os bancos de dados relacionais.

Aula 1: Use AVA Comente as últimas ameaças divulgadas pela imprensa que envolvam a segurança dos dados de pessoas e empresas. Que soluções ou medidas você propõe para evitar o roubo de informações?