Mapas da Geografia e cartografia temática INTRODUÇÃO

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Transcrição:

Mapas da Geografia e cartografia temática INTRODUÇÃO Quando falamos em mapas, imediatamente os associamos à Geografia. É um aspecto eminentemente cultural. Os mapas, portanto, representariam a Geografia, o que é geográfico. Seriam a própria Geografia. Sinônimos. Neste sentido, podemos verificar que o mapa sempre surge como representação simbólica da Geografia. Isso parece se confirmar mais ainda em nossos dias. Organizações geográficas, eventos de Geografia, instituições científicas ligadas à Geografia, até mesmo empresas que lidam com várias partes do mundo e operadoras de turismo marcam sua presença mediante tal símbolo nos seus logotipos. Tudo o que é Geografia, em geral, tem como logotipo básico um planisfério ou globo terrestre, mesmo que não se reflita ou discuta nada sobre mapas, nem acerca de seu conteúdo político, ideológico, temático. Ademais, a Geografia sempre foi confundida com o mapa. Na verdade, fazer Geografia era fazer mapas. Isso fica bem claro até o final do século XIX, antes da Geografia se confirmar como discurso cultural universal (Lacoste, 1976). Nos albores de sua existência, o homem gravou em pedra ou em argila, pintou em pele de animais ou armou em estruturas diversas o seu lugar, seu ambiente e suas atividades. Ao fazer isso não só representava a prática de suas relações espaciais, em terra ou mar, como também expunha o conteúdo das relações sociais de sua comunidade (Kish, 1980). Os desenhos ou estruturas apresentavam desde então uma forma original de interpretação acerca de seus territórios ou domínios 7

Marcello Martinelli em mares, sempre servindo para satisfazer as necessidades que foram surgindo nas condições do trabalho humano, para demarcar vias de comunicação, definir lugares de ação e outros (Salichtchev, 1979). Entretanto, a finalidade mais marcante em toda a história dos mapas, desde o seu início, parece ter sido aquela de estarem sempre voltados à prática, principalmente a serviço da dominação, do poder. Sempre registraram o que mais interessava a uma minoria, fato este que acabou estimulando o incessante aperfeiçoamento deles. A apreensão do espaço e a elaboração de estruturas abstratas para representá-lo sempre marcaram a vida em sociedade dos homens. Este afã constante acompanhou o empenho humano em satisfazer também as necessidades que foram surgindo nas condições de trabalho. Os mapas, junto a qualquer cultura, sempre foram, são e serão formas de saber socialmente construído; portanto, uma forma manipulada do saber. São imagens carregadas de julgamentos de valor. Não há nada de inerte e passivo em seus registros (Harley, 1988). Como linguagem, os mapas conjugam-se com a prática histórica, podendo revelar diferentes visões de mundo. Carregam, outrossim, um simbolismo que pode estar associado ao conteúdo neles representado. Constituem um saber que é produto social, ficando atrelados ao processo de poder, vinculados ao exercício da propaganda, da vigilância, detendo influência política sobre a sociedade (Harley, 1988; Gould e Bailly, 1995). Sem dúvida alguma, o grande avanço da cartografia se deu na Europa, estando relacionado com o Renascimento (séculos XV e XVI), época em que começaram a surgir relações capitalistas. Com a intensificação do comércio entre o Oriente e o Ocidente, exigindo o desenvolvimento da navegação, houve novamente grande ímpeto na necessidade de mapas, bem como a criação de meios para a respectiva orientação a bússola. Confirmavam-se os Portulanos, mapas para navegar, estabelecidos desde o fim da Idade Média, porém, agora, já muito corretos, tendo, em vez dos atuais paralelos e meridianos, uma rede de rosas-dosventos entrelaçadas. 8

Mapas da Geografia e cartografia temática Sem dúvida nenhuma, a invenção da imprensa foi um marco cultural do século XV que teve grande influência no progresso da cartografia, porquanto possibilitou a fácil reprodução de mapas, barateando seu custo unitário e permitindo maior difusão. Pode-se perceber, assim, a passagem do mapa registro, do mapa memória, para o mapa mercadoria. Por outro lado, o fato de reproduzir mapas por impressão, reduzindo os erros dos copistas, desencadeou uma marcante revolução nessa atividade. Estabeleceu-se assim, a cartografia como ofício, dando-lhe nova definição: exposição gráfica da informação geográfica (Kish, 1980). Outro grande impulso à cartografia foi dado pelos grandes descobrimentos (séculos XV e XVI). Os interesses pela expansão do mercantilismo europeu engendraram enorme revolução espacial. As novas rotas marítimas acabaram por motivar uma articulação entre as várias partes do mundo. Desta maneira, povos de outros continentes tornaram-se submissos ao modo de produção da burguesia européia. Navegantes, colonizadores e comerciantes exigiam mapas cada vez mais corretos. A busca crescente de mapas para registrar o mundo inteiro, bem como a procura de novos tipos de representações para questões específicas forçaram a entrada da cartografia na manufatura, passo decisivo para sua integração no processo capitalista de produção. Os mapas confirmaram-se como armas do imperialismo, promovendo a política colonial. Na seqüência, mais um significativo avanço na cartografia foi dado no século XVIII, com a instituição de academias científicas, marcando assim o início da ciência cartográfica moderna. Grandes inovações foram propostas pelo astrônomo francês Cesar- François Cassini de Thury (1714-1784), que elaborou a primeira série sistemática de mapas topográficos para a França. Entretanto, o maior impulso imprimido aos mapeamentos, como apoio aos novos conhecimentos, se dá com o avanço do imperialismo, no fim do século XIX. Cada potência necessitaria de um inventário cartográfico preciso para as novas incursões exploratórias, incorporando, assim, também essa ciência às suas investidas espoliativas nas áreas de dominação (Palsky, 1984). 9

Marcello Martinelli Contribuiu também para isso o florescimento e a sistematização dos diferentes ramos de estudos operados com a divisão do trabalho científico, no fim do século XVIII e início do século XIX, fazendo com que se desenvolvesse, mediante acréscimos sucessivos, outro tipo de cartografia: a Cartografia temática o domínio dos mapas temáticos. Essa crescente vocação da cartografia em busca de uma especialização vai se operando com uma gradativa libertação do registro eminentemente analógico, passando a considerar temas que paulatinamente se acrescentam à topografia. Essa nova construção mental na cartografia fica evidente com a preocupação do mapeamento do uso do solo: o mapa topográfico vai sendo enriquecido com acréscimos temáticos (Robinson, 1982). Atualmente, a cartografia entra na era da informática. A automação se introduz na cartografia através das fases mais matemáticas do processo cartográfico, graças ao aparecimento dos computadores, por volta de 1946. As primeiras aplicações são feitas aos cálculos astronômicos e geodésicos, ao estabelecimento das projeções e, mais tarde, aos tratamentos estatísticos de dados. Mas é a partir da década de 1960 que podemos considerar uma cartografia assessorada por computador, a qual passa a ser operacional em todas as etapas da elaboração dos mapas. Na cartografia temática, em especial, ela tem grande avanço em função do sensível progresso da Geografia quantitativa, a partir da década de 1950. É pelo fato da crescente necessidade de se trabalhar uma grande massa de dados, bem como uma boa variedade de parâmetros específicos para uma consciente análise matemática e estatística, que se buscam os processos computacionais (Joly, 1990). A proposta deste livro nasceu da necessidade de se trabalhar com o ramo temático da ciência dos mapas junto aos alunos do curso de graduação em Geografia, oferecendo-lhes uma base metodológica consistente, capaz de lhes assegurar resultados fruto de um raciocínio crítico consciente. O aprendizado e a experiência adquirida com os mestres Bochicchio, De Biasi, Libault, Petrone, Bertin, Bonin, Gimeno e 10

Mapas da Geografia e cartografia temática Rimbert nos levou a uma reflexão sobre o significado dos mapas diante do saber geográfico e a respectiva posição deles na estrutura curricular deste setor do ensino superior. Assim, este livro se destina, basicamente, aos estudantes de graduação e pós-graduação interessados nesta temática. Pode ser também oportuno para pós-graduandos, pesquisadores e profissionais de outros campos científicos além da Geografia, na medida em que vislumbrem o mapa temático como um meio de registro, de pesquisa e de comunicação visual dos resultados obtidos em seus estudos e não apenas como mera ilustração. Depois de introduzir o interessado ao mundo dos mapas, mediante uma incursão num domínio da comunicação visual e, portanto, social e específico o da representação gráfica, de colocar ao leitor os fundamentos da cartografia temática em bases semiológicas, e instruí-lo sobre a organização dos dados e a informação na busca da compreensão, passamos a tratar a metodologia da cartografia temática preocupada com a representação da realidade geográfica que se nos apresenta como um passo a caminho desse saber. O conteúdo está organizado em capítulos, unidades de estudo para as quais levamos em conta um embasamento metodológico e crítico. Precisamos lembrar, também, que as considerações metodológicas da cartografia temática são tratadas com base em procedimentos analógicos, tal como foi sistematizada em seu desenvolvimento histórico. É evidente que, hoje em dia, a multiplicidade de softwares que se dedicam à cartografia temática nos proporcionam soluções ágeis e sofisticadas. Entretanto, é impossível desvinculá-los de uma boa e acurada avaliação crítica, impossível de ser levada adiante sem um consistente embasamento metodológico. No nosso entender, consideramos tal empreendimento uma proposta à altura de esclarecer e encaminhar corretamente o raciocínio de quem pretende elaborar uma cartografia temática para a Geografia eficaz. O mapa nunca deverá resultar como uma ilus- 11

Marcello Martinelli tração de texto geográfico, mas, ao contrário, deverá ser um meio capaz de revelar o conteúdo da informação, proporcionando desta forma, a compreensão, a qual norteará os discursos científicos, permitindo ao leitor uma reflexão crítica sobre o assunto. 12