ILUMINÂNCIA E CÁLCULO LUMINOTÉCNICO De acordo com as normas da ABNT, cada ambiente requer um determinado nível de iluminância (E) ideal, estabelecido de acordo com as atividades a serem ali desenvolvidas, segundo a tabela abaixo: CLASSE A (áreas de uso contínuo e/ou execução de tarefas simples) CLASSE B (áreas de trabalho em geral) CLASSE C (áreas com tarefas visuais minuciosas). ILUMINÂNCIA (lux) TIPO DE AMBIENTE / ATIVIDADE 20-30 - 50 - ruas públicas e estacionamentos 50-75 - 100 - ambientes de pouca permanência 100-150 - 200 - depósitos 200-300 - 500 - trabalhos brutos e auditórios - trabalhos normais: escritórios e 500-750 - 1.000 fábricas 1.000-1.500 - - trabalhos especiais: gravação, 2.000 inspeção, indústrias de tecidos 2.000-3.000 - - trabalho contínuo e exato: 5.000 eletrônica 5.000-7.500 - - trabalho que exige muita 10.000 exatidão: placas eletro-eletrônicas 10.000-15.000 - - trabalho minucioso especial: 20.000 cirurgia Uma vez conhecido o nível de iluminância, pode-se fazer o cálculo luminotécnico para determinação do número de luminárias necessário para obtenção das condições adequadas de iluminação do ambiente. Inicialmente, é preciso identificar as características do ambiente (comprimento, largura, pé-direito e altura do plano de trabalho), além das cores e tipos de materiais empregados na construção, já que cada um apresenta um grau de reflexão (parte do fluxo luminoso que retorna ao ambiente) diferente, e que também deverão ser considerados. A tabela abaixo mostra alguns exemplos: COR GRAU DE REFLEXÃO Branco 70 até 80% Preto 3 até 7% Cinza 20 até 50% Amarelo 50 até 70% TIPO DE MATERIAL. Madeira 70 até 80% Concreto 3 até 7% Tijolo 20 até 50% Rocha 50 até 70% O passo seguinte é a determinação do RCR do ambiente, através da seguinte fórmula: RCR = [5 x h x (L + C)] / (L x C), onde: h = pé-direito - altura do plano de trabalho; L = largura do ambiente; C = comprimento do ambiente. A seguir, escolhe-se a luminária a ser utilizada. Para tanto, alguns fatores devem ser levados em conta: a) para a luminária: tipo de fonte de luz; distribuição de luz desejada; qualidade do produto;
economia e rendimento; características de instalação e manutenção. b) para as lâmpadas: Fluxo Luminoso - quantidade de luz, expressa em lúmens, emitida pela lâmpada, fluxo este que permite conhecer a eficiência luminosa e calcular o consumo de cada sistema através do levantamento de seu gasto energético; Temperatura de cor - grandeza, expressa em Kelvin (K), que indica a aparência de cor da luz. Quanto mais alta, mais "fria" é a cor da luz, e quanto menor, mais "quente"; Índice de reprodução de cor (IRC) - capacidade de reproduzir as cores com maior fidelidade ou precisão. A tabela abaixo mostra essas características das lâmpadas fluorescentes mais usuais: TIPO TEMPERATURA DE COR (K) "COR" DA TEMPERATURA FLUXO LUMINOSO (lm) 14W 4.000 amarela 1.350 28W 4.000 amarela 2.900 16W 4.100 branca 1.070 16W 4.000 amarela 1.200 20W 5.000 branca 1.060 20W 4.000 amarela 1.350 32W 4.100 branca 2.350 32W 4.000 amarela 2.700 36W 6.100 branca 2.500 36W 4.000 amarela 3.350 40W 5.000 branca 2.700 40W 4.000 amarela 3.250 110W 5.000 branca 8.300 110W 4.000 amarela 9.350 Os fabricantes de luminárias normalmente informam, em tabelas apropriadas, o Fator de Utilização (FU) de cada produto, número que varia em função do grau de reflexão e do RCR do ambiente. Assim, uma vez escolhidas a luminária e as lâmpadas, verifica-se o FU da luminária (na tabela específica) e o Fluxo Luminoso da mesma (produto do Fluxo Luminoso da lâmpada multiplicado pela quantidade de lâmpadas da luminária), e aplica-se a seguinte fórmula para obtenção do número de luminárias a serem utilizadas: N = [(L x C) x E] / Fluxo da luminária x FU x FD, onde: E = iluminância desejada para o ambiente; FD = Fator de depreciação, normalmente adotado como 0,85, ou seja, correspondendo a 15% de perda. Uma vez obtida a quantidade de luminárias necessárias, resta apenas locá-las no ambiente da forma mais adequada. Fonte: Catálogo Geral da Lumicenter / 99. Instruções 1. 1
Meça o comprimento e a largura do cômodo em centímetros com uma fita métrica. Por exemplo, sua sala de jantar pode medir 245 cm por 345 cm. 2. 2 Multiplique as dimensões do cômodo para encontrar sua área em centímetros quadrados. No exemplo anterior, 245 x 345 = 84.525 cm². 3. 3 Divida a área por 1000 para convertê-la em metros quadrados. No exemplo dado, 84.525 1000 = 84,545 m². 4. 4 Multiplique a área em metros quadrados pelo número de lúmens para cada tipo de cômodo. Os quartos exigem 160 lúmens por metro quadrado; os corredores, 80 lúmens; as salas de jantar, cozinhas e os escritórios precisam de 375 lúmens e os banheiros 810 lúmens. Sendo assim, multiplique 84,545 metros quadrados pelos 375 lúmens por metro quadrado para calcular o fluxo de iluminação necessário em uma sala de jantar. Nesse caso, 84,545 x 375 = 31704,375. Dicas & Advertências Divida o número total de lúmens para um cômodo pelo número de lúmens oferecidos por cada lâmpada que planeja utilizar para calcular quantas lâmpadas serão necessárias. Por exemplo, se estiver utilizando lâmpadas de 840 lúmens, divida 31704,375 por 840 para encontrar o numero de necessário das lâmpadas do tipo escolhido para a sala de jantar. Tabela de Lumens X Watts Published on 19/10/2011, by lednews - Posted in 0 Boas notícias: as lâmpadas estão ficando cada vez mais eficientes e utilizando menos energia para gerar a luz que você precisa! Isso significa que você irá pagar menos na sua conta de luz, mas vai comprar lâmpadas de outra forma. Atualmente uma pessoa compra uma lâmpada verificando os Watts que ela produz, mas os Watts da lâmpada significam o quanto de energia que esta lâmpada consome, e não a quantidade de luz que ela fornece! Se você quer saber a quantidade de luz/brilho gerada por uma lâmpada você tem que procurar pelo numero de lúmens que essa lâmpada produz. Quanto mais lúmens, mais luz. Uma lâmpada incandescente comum consome 60W para produzir 800 lúmens. Uma fluorescente compacta pode produzir os mesmos 800 lúmens consumindo apenas 15W. Lâmpadas de LED são ainda mais eficientes. Todas essas lâmpadas utilizam quantidades de energia diferentes para produzir a mesma quantidade de luz. As embalagens de lâmpadas devem mudar no futuro para se adequarem a essa nova realidade. Abaixo está uma tabela de valores em lúmens que lâmpadas incandescentes comuns produzem, para que na hora da compra da sua próxima lâmpada, voce já a escolha pelo número de lúmens que ela fornece.
CALCULO PRÁTICO PARA CALCULO DA LUMINANCIA Esse é um conceito fundamental para a definição da quantidade de luz mais adequada para cada situação. A iluminância é a quantidade de luz presente em um ambiente ou superfície e a unidade de medida utilizada é o LUX (lx). Existe uma Norma Técnica que determina o nível de Iluminância ideal para ambientes de acordo com as atividades que serão executadas no espaço. A norma é a NBR 5413 (Iluminância de Interiores) da ABNT. Conheça os principais níveis de iluminância residencial normatizados. ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR Norma Brasileira
Para avaliar se um conjunto de iluminação artificial está bem dimensionado para o ambiente e para as tarefas que ali serão executadas você precisa calcular o nível de iluminância e confrontar com a tabela da norma ABNT. Mas, como calcular o nível de iluminância em um ambiente ou superfície? Esse cálculo é complexo e envolve uma série de fatores que interferem em maior ou menor grau na iluminância no ambiente. Os profissionais da Luminotécnica utilizam vários outros conceitos e ferramentas para definir com maior precisão a real necessidade de luz para cada ambiente. Aqui você encontra uma forma simplificada que vai te ajudar a ter uma ideia se a luminária e a lâmpada escolhidas fornecerão luz suficiente. A fórmula simplificada é lm (fluxo luminoso da lâmpada) /m² do ambiente = lux Um exemplo de análise: você tem um dormitório de 20 m² e quer instalar um plafon com três lâmpadas fluorescentes compactas de 11W (cada uma delas emite 700 lúmens). Qual a iluminância no ambiente? 3 x 700 lm/20 m² = 2.100 lm /20 m² = 105 lux Segundo a norma ABNT um dormitório deve ter no mínimo 50 lux para a luz geral, portanto, concluímos que nesse caso, o plafon com três lâmpadas está superdimensionado. Outra forma de conduzir a análise é verificar primeiro a iluminância que a norma indica para determinado ambiente, para então, chegar à quantidade de fluxo luminoso necessária. X lm /20 m2 = 50 lux X lm = 50 x 20 X lm = 1.000 lúmens Para esse ambiente 1.000 lúmens é o ideal. A opção mais correta é um plafon com duas lâmpadas de 11W, que somam 1.400 lm. Podemos adotar esse padrão com mais lúmens, porque existe uma depreciação do fluxo luminoso basicamente por dois motivos: a existência de um difusor que reduz a emissão da luz para o ambiente e a depreciação do fluxo luminoso ao longo do tempo. A única maneira de conseguir uma avaliação precisa do nível de iluminância é com a utilização de um luxímetro ou fotômetro.