Lição 11 Cuidados com os fracos na fé Texto Bíblico: Romanos 14.1-12 O nível espiritual é diferenciado em qualquer comunidade cristã. Na Igreja em Roma certamente acontecia a mesma experiência. Nos planos divinos, tudo está preparado para uma vida de plenitude espiritual. Os fracos na fé estão presentes em todas as igrejas. Eles precisam de cuidados especiais e nunca devem ser marginalizados. Talvez eles estejam dentro de uma expressão que está no hino 164 do Cantor Cristão:...Outros seguem, mas também frios, sem amor estão. Os ensinamentos do apóstolo Paulo sobre o trato com os fracos na fé devem ser estudados com carinho, porque eles podem ser os meios para ajudarmos os nossos fracos na fé a viverem uma experiência melhor com o seu Deus e ter um maior comprometimento com o Reino. 1 Fracos na fé ou enfermos na fé? Estar fraco na fé revela uma grave doença espiritual. Por isso, fraco na fé e enfermo na fé são expressões absolutamente sinônimas. Ninguém se torna instantaneamente fraco na fé. É uma doença progressiva, que talvez os primeiros sinais não sejam percebidos. Duas evidências básicas caracterizam esta doença espiritual. Primeiro: falta de comunhão com Deus, caracterizada pela falta da oração e leitura da Palavra de Deus. Nos primeiros dias pode até fazer falta, mas à medida que cresce a enfermidade, a gravidade da situação espiritual, ler a Palavra e orar já não fazem mais falta. Segundo: falta de comunhão com os irmãos, caracterizada pela ausência aos cultos na Igreja. Nos primeiros dias de vida cristã, na medida do possível,o novo crente procura não faltar a nenhum culto de sua Igreja. É sintoma do enfermo na fé perder a regularidade aos cultos de sua igreja, até deixar de assisti-los ou ir à Igreja raramente. A prática dessas duas situações agravam muito a enfermidade espiritual. Alguns fracos na fé são mais difíceis de identificar e, por consequência, demoram a receber a ajuda necessária. Podemos citar como exemplo os reli-
giosos. A preocupação desse grupo é dizer ou demonstrar que possuem uma religião e, para isso, vale também dizer que é de uma determinada Igreja evangélica. Muitas pessoas gostam da vida dos crentes e até de suas reuniões. Podem até fazer parte de uma comunidade religiosa, mas nunca experimentam uma sólida experiência com o Senhor. Começam fracos e permanecem fracos. Outro exemplo interessante são os ativistas, estes estão presentes em várias atividades da Igreja, que necessariamente não cooperam para o crescimento espiritual. Certa Igreja possuía uma boa cantina que tinha grande aceitação dos membros da Igreja e de visitantes. Havia uma disputa entre algumas irmãs para trabalharem nela em todos os dias que estivesse funcionando. As que conseguiam entrar na equipe da cantina estavam no grupo dos ativistas, mas nunca participavam dos cultos. Eram muito ativas na cantina, mas ausente nos momentos que poderiam concorrer para o seu crescimento espiritual, era natural que estas estivessem entre os fracos na fé. 2 O respeito aos fracos na fé Pode acontecer, também, de um crente estar com certa frequência nas atividades de sua Igreja, mas interiormente estar fraco na fé. A presença física no templo não representa uma real comunhão com Deus e seu irmãos. A sua fraqueza espiritual bloqueia a sua alma, impedindo-a de receber os nutrientes espirituais que são ministrados através dos diversos momentos do culto. Os fracos na fé precisam ser tratados com todo o respeito. Não é preciso concordar com as motivações de sua fraqueza, mas entendê-las para ajudar a superá-las. Nunca adotar uma postura de superioridade espiritual. Lembre-se que você pode ser o instrumento que Deus quer usar para restaurar a plenitude espiritual do seu irmão(ã). Visão diferenciada sobre aspectos doutrinários tem sido um dos caminhos para a enfermidade espiritual. Aqueles que se julgam maduros na fé precisam caminhar para recuperar o seu irmão. 3 Fora o egoísmo! Não podemos adotar as práticas dos fariseus que afirmavam:...não sou como os demais homens (Lc 18.11). Pelo contrário: Aquele pois que cuida está em pé, olhe não caia (1Co 10.12). Não podemos julgar aquele irmão que
hoje está enfermo espiritual. A nossa humanidade é igual a dele e poderemos, infelizmente, experimentar a mesma enfermidade espiritual ou qualquer outra. Nenhum de nós está imune às fraquezas. Por isso, não há razão para qualquer postura de egoísmo. Não somos uma ilha isolada no oceano cristão. Viver ou morrer envolve todos e tudo que nos cerca. Por isso ninguém pode ser visto como insignificante, por causa de sua enfermidade espiritual, que de alguma maneira afeta a todos nós que somos parte do corpo de Cristo, a sua Igreja. Se qualquer parte deste corpo está doente, trará reflexos para todo o corpo. Nós somos parte do Corpo de Cristo, a Igreja. Aquele nosso irmão ou irmã que também é parte de nossa Igreja, mas neste momento é um fraco na fé, não pode ser ignorado simplesmente por nos julgarmos estar bem com Deus. Nossa preocupação deve ser que todo o corpo de Cristo, a sua Igreja, esteja equilibrada em sua saúde espiritual. Cada igreja tem uma função especial a desenvolver em sua comunidade. Para que ela corresponda aos desejos de Deus, ninguém deve ficar à margem do trabalho restaurador dos enfermos na fé. 4 Somos do Senhor É sempre muito bom sentir-se propriedade exclusiva de Deus. Quando Cristo morreu na cruz do Calvário por nós e ressuscitou ao terceiro dia, ficava garantido para todo o sempre a nossa adoção como filhos de Deus. Essa adoção inclui também aqueles que hoje estão fracos na fé. A expressão somos do Senhor abriga a todos os salvos. Precisamos tratar todos os nossos irmãos fracos ou fortes na fé na mesma dimensão de sermos do Senhor. 5 Não somos juízes dos nossos irmãos Não existe nenhum momento em que nos seja concedido o poder de sermos juízes dos nossos irmãos. No Tribunal de Cristo, onde todos compareceremos, nenhum de nós vai assentar na cadeira de juiz. Mesmo aqui na terra não temos a autoridade de juízes dos nossos irmãos. A fraqueza do nosso irmão não nos habilita para a posição de juiz. Nos escritos de Mateus, Jesus foi muito enfático ao afirmar: Não julgueis, para que não sejais julgados (Mt 7.1).
Normalmente a posição de juiz distancia aquele que está na posição de réu. Distantes ou separados dos enfermos na fé, jamais seremos instrumentos usados por Deus para recuperá-lo. Na vida secular, uma pessoa com uma doença física grave, muitas vezes é desprezada ou abandonada até por aqueles que são mais próximos. A enfermidade espiritual de um irmão não justifica desprezá-lo, como também não existe nenhuma razão aceitável para nos distanciarmos dele. É na adversidade espiritual que nossos irmãos precisam ser tratados com o verdadeiro amor fraternal. Chegará para todos, o momento de prestação de contas ao nosso Deus. Não haverá nenhum ajudante. Cada um dará conta de si mesmo de forma individualizada. Ao longo de nossa vida temos diversas oportunidades de servir a Deus, e uma delas é tendo um trato especial com os fracos na fé. Precisamos ter alegria em ajudar o nosso irmão a restaurar sua vida. Deus quer poder dizer a todos nós: servo bom e fiel... entra no gozo do teu Senhor (Mt 25.21). Para pensar e agir - Fracos na fé podem estar em nossa igreja. - Falta de oração e leitura da Palavra são sintomas da fraqueza espiritual. - Respeito e não concordância à fraqueza espiritual. - Fora o egoísmo: ninguém é supercrente! - Fortes e fracos: somos do Senhor. - Juízes dos irmãos: não somos qualificados para isso. - No tribunal de Cristo nenhum crente terá assento como juiz. Todos compareceremos para prestação de contas. Leitura Bíblica Diária Segunda-feira: 1Coríntios 8.9-11 ; 1Timóteo 4.4 Terça-feira: Tito 1.15; Tiago 4.12 Quarta-feira: 1Pedro 4.3; Colossenses 2.16 Quinta-feira: Gálatas 4.10; 1Coríntios 10.31 Sexta-feira: 1Timóteo 4.3; 1Tessalonicenses 5.10
Sábado: 1Corintios 6.19-20; 1Pedro 4.2 Domingo: Mateus 25.31; 2Coríntios 9.10