Acúmulo de Matéria Seca e Teor de Clorofila em Diferentes Estádios do Milho em Ambiente Controlado

Documentos relacionados
Avaliação de Doses e Fontes de Nitrogênio e Enxofre em Cobertura na Cultura do Milho em Plantio Direto

Avaliação da Eficiência Agronômica do Milho Em Função da Adubação Nitrogenada e Fosfatada Revestida com Polímeros

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Marcha de absorção de nutrientes em cultivares de milho.

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

EXTRAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES PELA CULTURA DO SORGO FORRAGEIRO. C. A. Vasconcellos, J. A. S. Rodrigues, G.V.E. PITTA e F.G.

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO MAIS FÓSFORO APLICADOS NO PLANTIO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Avaliação de variedades sintéticas de milho em três ambientes do Rio Grande do Sul. Introdução

TEOR E EXTRAÇÃO DE NPK EM DOIS GENÓTIPOS DE MILHO SAFRINHA SOLTEIRO E CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIA

Eficiência Agronômica de Compostos de Aminoácidos Aplicados nas Sementes e em Pulverização Foliar na Cultura do Milho 1. Antônio M.

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

INOCULAÇÃO VIA FOLIAR COM

DESEMPENHO DE MILHO SAFRINHA EM DUAS ÉPOCAS DE SEMEADURA E POPULAÇÕES DE PLANTAS, EM DOURADOS, MS

INOCULAÇÃO DE SEMENTES COM Azospirillum E NITROGÊNIO EM COBERTURA NO MILHO SAFRINHA

Avaliação de cultivares de milho com e sem pendão visando a produção de minimilho na região Norte do estado de Minas Gerais 1

USO DE FONTES MINERAIS NITROGENADAS PARA O CULTIVO DO MILHO

Arranjo espacial de plantas em diferentes cultivares de milho

Caraterísticas agronômicas de híbridos experimentais e comerciais de milho em diferentes densidades populacionais.

Manejo de híbrido de milho associado a fontes de nitrogênio em diferentes densidades de semeadura

RENDIMENTO DE FEIJÃO CULTIVADO COM DIFERENTES FONTES DE ADUBOS VERDES NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE COBERTURA NITROGENADA.

Manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

RESPOSTA DO MILHO A NÍVEIS DE REPOSIÇÃO DE ÁGUA NO SOLO E DOSES DE CÁLCIO*

Avaliação de Híbridos de Milho do Programa de Melhoramento Genético do DBI/UFLA

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE MILHO PARA PRODUÇÃO DE SILAGEM SAFRA 2017/2018. Campinas 21 de junho de 2018

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

AVALIAÇÃO DA FITOMASSA E COMPRIMENTO DAS RAÍZES DA MAMONEIRA BRS NORDESTINA INFLUENCIADOS PELA FERTILIZAÇÃO ORGÂNICA

Resposta de Cultivares de Milho a Variação de Espaçamento Entrelinhas.

PRODUTIVIDADE DE SOJA EM RESPOSTA AO ARRANJO ESPACIAL DE PLANTAS E À ADUBAÇÃO NITROGENADA ASSOCIADA A FERTILIZAÇÃO FOLIAR

Índice de vegetação, teor de clorofila e eficiência de uso de nitrogênio por híbridos de milho.

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA E VIABILIDADE TÉCNICA DO PROGRAMA FOLIAR KIMBERLIT EM SOJA

CALAGEM, GESSAGEM E MANEJO DA ADUBAÇÃO EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

Palavras-chave: Zea mays L., densidade populacional, nitrogênio, produção.

PRODUTIVIDADE DO MILHO SAFRINHA EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS ENTRELINHAS

DESEMPENHO PRODUTIVO DE SILAGEM DO HÍBRIDO DE MILHO DKB390 COM DIFERENTES DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO EM COBERTURA

EFEITO DA POPULAÇÃO DE PLANTAS E DO ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS NOS FATORES BIOMÉTRICOS DE MILHO SILAGEM

ÍNDICE DE ESPIGAS DE DOIS HÍBRIDOS DE MILHO EM QUATRO POPULAÇÕES DE PLANTAS E TRÊS ÉPOCAS DE SEMEADURA NA SAFRINHA

DENSIDADE DE SEMEADURA E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO TRIGO DE SEQUEIRO CULTIVADO EM PLANALTINA-DF

SEVERIDADE DE DOENÇAS EM VARIEDADES DE MILHO CRIOULO

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE HÍBRIDOS COMERCIAIS DE MILHO UTILIZADOS PARA SILAGEM

Produtividade do Sorgo Forrageiro em Diferentes Espaçamentos entre Fileiras e Densidades de Plantas no Semi-Árido de Minas Gerais

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 888

DESEMPENHO DE NOVAS CULTIVARES DE CICLO PRECOCE DE MILHO EM SANTA MARIA 1

NÍVEIS DE NITROGÊNIO E DENSIDADE DE PLANTAS DE MILHO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO NO CERRADO SUL MARANHENSE 1

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE HÍBRIDOS COMERCIAIS DE MILHO PARA UTILIZAÇÃO COMO SILAGEM

EFEITO DE DOSES DE ADUBAÇÃO MOLÍBDICA EM CULTIVARES DE FEIJOEIRO EM SOLOS DE VÁRZEA E DE TERRAS ALTAS COM IRRIGAÇÃO SUPLEMENTAR

Índice de clorofila em variedades de cana-de-açúcar tardia, sob condições irrigadas e de sequeiro

FATORES MORFOLÓGICOS DO SORGO EM DIFERENTES DENSIDADES POPULACIONAIS EM FUNÇÃO DE DUAS DATAS DE PLANTIO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

PRODUÇÃO DE ESPIGAS DE MILHO VERDE EM FUNÇÃO DE EPOÇAS DE ADUBAÇÃO NITROGENADA

DOSES E FONTES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO MILHO SAFRINHA

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

SELETIVIDADE DOS HERBICIDAS BENTAZON E NICOSULFURON PARA Crotalaria juncea e Crotalaria spectabilis

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

CRESCIMENTO INICIAL E DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DE GERGELIM EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO Apresentação: Pôster

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE HÍBRIDOS DE MILHO SAFRINHA EM DUAS ÉPOCAS DE SEMEADURA EM AQUIDAUANA, MS.

Desempenho de Cultivares, Épocas de Semeadura e Efeito do Despendoamento na Produção de Minimilho em Sete Lagoas-MG.

INFORMAÇÕES GERAIS DO TRABALHO. Título do Trabalho: Doses de adubos para produção de mudas de tomate (Solanum lycopersicum)

EFEITOS DA FERTILIZAÇÃO COM NITROGÊNIO E POTÁSSIO FOLIAR NO DESENVOLVIMENTO DO FEIJOEIRO NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES- MG.

Fundação de Apoio e Pesquisa e Desenvolvimento Integrado Rio Verde

INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MATERIAL HÚMICO SOBRE A PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA

DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO APLICADAS EM COBERTURA E SEUS REFLEXOS NA PRODUTIVIDADE DO MILHO HÍBRIDO TRANSGÊNICO 2B587PW SEMEADO NA 2ª SAFRA

Efeito da população de plantas sobre características agronômicas de milho em Vitória da Conquista-BA 1

Avaliação dos componentes de produtividade do milho sob adubação nitrogenada em área com calagem estabelecida (1)

PRODUÇÃO DE MILHO VERDE NA SAFRA E NA SAFRINHA EM SETE LAGOAS MG

INFLUÊNCIA DA SUPRESSÃO DA IRRIGAÇÃO NOS DIFERENTES ESTÁGIOS FENOLÓGICOS DO FEIJÃO-CAUPI

Desempenho do Consórcio Milho-braquiária: Populações de Plantas e Modalidades de Semeadura de Urochloa brizantha cv. Piatã

Resposta do Milho Irrigado à Adubação Nitrogenada em Sucessão ao Nabo Forrageiro como Cobertura de Solo no Inverno.

Resposta de Cultivares de Milho à Adubação Nitrogenada em Cobertura

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 893

ÉPOCAS DE SEMEADURA DE MILHO SAFRINHA SOLTEIRO E CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

FONTES DE ADUBOS FOSFATADOS EM ARROZ DE TERRAS ALTAS.

MARCHA DE ABSORÇÃO DE MACRONUTRIENTES E ACÚMULO DE MATÉRIA SECA EM MILHO

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

Características Fitotécnicas do Feijoeiro cv. Pérola Intercalado com Cafeeiro cv. Catuaí Amarelo em Formação

CRESCIMENTO DO PINHÃO MANSO (Jatropha curcas L.) EM FUNÇÃO DE NÍVEIS DE ÁGUA E ADUBAÇÃO NITROGENADA

INFLUÊNCIA DA FONTE DE ADUBAÇÃO NITROGENADA NA ABSORÇÃO DE N E PRODUTIVIDADE DO ARROZ IRRIGADO

EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

Características produtivas do sorgo safrinha em função de épocas de semeadura e adubação NPK

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Doses e épocas de aplicação do nitrogênio no milho safrinha.

INTERFERÊNCIA DA VELOCIDADE E DOSES DE POTÁSSIO NA LINHA DE SEMEADURA NA CULTURA DO MILHO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

XXV CONIRD Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem 08 a 13 de novembro de 2015, UFS - São Cristóvão/SE

INFLUÊNCIA DE DOSES E TIPOS DE ADUBOS NO DESENVOLVIMENTO DA MAMONEIRA BRS NORDESTINA

Avaliação de Cultivares de Milho na Região Central de Minas Geraisp. Palavras-chave: Zea mays, rendimento de grãos, produção de matéria seca, silagem

Adubação orgânica em milho verde no norte fluminense.

Características Agronômicas de Cultivares de Milho a Diferentes Populações de Plantas na Safrinha em Vitória da Conquista - Ba

AGRICULTURA I Téc. Agroecologia

11 EFEITO DA APLICAÇÃO DE FONTES DE POTÁSSIO NO

Iniciação Científica (PIBIC) - IFMG 2 Professora Orientadora IFMG. 3 Estudante de Agronomia.

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17

RESPOSTA DE MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis À ADUBAÇÃO, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

PP = 788,5 mm. Aplicação em R3 Aplicação em R5.1. Aplicação em Vn

ANÁLISE DO TECIDO VEGETAL DO PINHÃO MANSO, SUBMETIDOS A FONTES E DOSES DE FERTILIZANTES

Transcrição:

Acúmulo de Matéria Seca e Teor de Clorofila em Diferentes Estádios do Milho em Ambiente Controlado Ivan, V. A. F.; Renzo, G. V. P.; Fabrício, V.A.F.; Rodolfo, G. F.; Matheus, R. C.; Calil, S. L.; Indalécio, C. V. J.; Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Cep. 37.2-, Caixa postal 37, Lavras-MG. E-mail: ivanvaf@ yahoo.com.br Palavras-chave: Zea mays, acúmulo de matéria seca, teor de clorofila, adubação Para um melhor entendimento dos fatores relacionados à nutrição mineral de uma cultura, é fundamental conhecer os seus padrões normais de acúmulo de matéria seca. Considerando que há um acúmulo diferencial de matéria seca e nutrientes variável com a cultivar, parte da planta, estádio fenológico, fertilidade do solo e condições climáticas (Borges, 26). Condições que possam incrementar a intensidade fotossintética das folhas propiciam um aumento na produção de matéria seca da planta como: teor de clorofila, disponibilidade de água no solo; fertilidade do solo; arranjo espacial das plantas etc. O arsenal fotossintético da planta de milho é quase na sua totalidade construído até o florescimento a partir de quando a planta começa a priorizar o desenvolvimento de suas partes reprodutivas, ocorrendo acentuada mobilização de fotoassimilados das folhas para os grãos Na segunda metade do período de enchimento de grãos há uma significativa remobilização da matéria seca do colmo para as espigas, podendo ocorrer perda absoluta de massa do colmo; isto pode ser devido ao aumento da capacidade de dreno da espiga. O acúmulo de matéria seca na espiga inicia com a fertilização, é inicialmente lento, e é crescente até a maturidade fisiológica. O que observa é intensa mobilização de fotoassimilados das folhas e remobilização de matéria seca do colmo para o enchimento das espigas (Vasconcellos et al.1983). O entendimento do ciclo da planta de milho baseando-se em dias após a emergência (DAE), pode levar a equívocos de interpretação, pois as cultivares podem ter variações quanto ao tempo para a ocorrência de eventos fisiológicos na planta devido a variações na idade cronológica com a região de cultivo e época de semeadura (Von Pinho, 29). Com o objetivo de avaliar o acúmulo de matéria seca nas diferentes partes da planta e clorofila em função de estádios fenológicos e fontes de adubos associados ou não ao enxofre, o experimento foi conduzido em casa de vegetação, localizada na UFLA, em novembro de 28. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 (tipos de solo) x 3 (tipos de adubos) x 6 (estádios fenológicos) com três repetições. Foram utilizados dois tipos de solo contrastantes, de acordo com análises de solo, quanto a fertilidade, sendo um solo proveniente de cultivada com milho (Cultivo) e o outro proveniente de barranco (Barranco). Utilizou-se três tipos de adubos formulados (N:P:K) associados ou não ao enxofre, conforme tabela 1. Os estádios fenológicos foram: E1 (6 folhas expandidas), E2 (1 folhas expandidas), E3 (14 folhas expandidas), E4 (pendoamento), E5 (florescimento) e E6 (maturidade fisiológica). Uma vez que, o experimento foi em casa-de-vegetação sem controle de temperatura e estas diferem das encontradas no campo, esses estágios foram adaptados de Fancelli, 1986. A semeadura foi realizada no dia 17 de novembro de 28 sendo semeadas quatro sementes por vaso, com capacidade de 3 l, preenchidos com uma mistura de terra seca e peneirada e areia (2:1, respectivamente). Após a emergência procedeu-se o desbaste, deixando-se apenas uma planta por vaso. Foi utilizado o híbrido simples de milho DKB 39. A adubação N, P e K por vaso, foi baseada em lavoura de alta tecnologia (5 Kg de 8-28-16 no plantio e 4 Kg de 22--2 em cobertura). Foram utilizados por vaso, 75 g. do adubo de plantio e 5 g. do XXVIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 21, Goiânia: Associação Brasileira de Milho e Sorgo. CD-Rom 11

adubo de cobertura. A adubação de cobertura foi feita com 4 folhas expandidas, sendo incorporada a 5 cm de profundidade. Aplicou-se micronutrientes por solução nutritiva, utilizando-se reagentes sem a presença de enxofre. A umidade do solo foi mantida em 7% da capacidade de campo. Tabela 1 Descrição dos adubos formulados N:P:K utilizados no experimento. UFLA, Lavras MG, 29. Adubação DESCRIÇÃO ADUBAÇÃO PLANTIO COBERTURA 1 8-28-16 22--2 2 8-28-16 + 2,5 S 22--2 + 7,3 S 3 8-28-16 + 2,5 S 22--2 + 7,3 S Foram avaliadas as seguintes características: matéria seca da folha, matéria seca da raiz, matéria seca do caule, matéria seca da parte aérea, altura de plantas e teor de clorofila (através de medições no último par de folhas da planta de milho com o clorofilômetro SPAD). Todos os dados foram submetidos a análise de variância, pelo programa Sisvar, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade. Constatou-se diferenças significativas (P<,1) para as fontes de variação tipo de solo, estádios fenológicos, interação tipos de solo x estádios fenológicos e interação tipos de adubos x estádios fenológicos para a maioria das características avaliadas (Tabela 2). Tabela 2 Resumo da análise de variância para as características altura de plantas (cm), matéria seca da folha (g), matéria seca da raiz (g), matéria seca do caule (g), matéria seca da parte aérea (g), altura de plantas (cm) e clorofila (µg/cm 2 ). UFLA, Lavras MG, 29. FV GL MSF(g) Tipo de Solo (S) 1 4498** Adubos (A) 2 66 Estádios Fenológicos (E) 5 24811** S*A 2 46 S*E 5 143 A*E 1 138 S*A*E 1 6 C. V.(%) 13,2 Média geral 69,99 Q.M. MSR(g) MSC(g) MSPA(g) 26894** 1337** 2726** 99 173 22726** 1646** 16755** 84379** 16 275 1122 3699** 1535** 449 737** 554** 24923** 11 188 74 15,81 13,81 23,45 45,3 69,96 25,62 AP(cm) Clorofila(µg/cm 2 ). 88 67** 28 76 143582** 15845** 274 3 1765** 78** 264 65 123 338 7,88 9,97 16,14 42,93 ** Teste F, significativo a 1 %. O acúmulo de todas as características foi superior no solo de cultivo o que era esperado em função da sua maior fertilidade natural (Tabela 3). Pelos resultados médios das características avaliadas quanto ao tipo de adubo (Tabela 4), constatou-se diferenças significativas apenas para matéria seca da parte aérea, evidenciando a superioridade dos adubos contendo enxofre na forma elementar em relação aos outros. Em relação a coleta dos dados nos diferentes estádios fenológicos, houve diferenças significativas entre os estádios para todas as características evidenciando diferentes valores, o que já era esperado (Tabela 5). Tabela 3 Resultados médios das características avaliadas, considerando os dois tipos de solo. UFLA, Lavras MG, 29. Tipos de solo: MSF(g) MSR(g) MSC(g) MSPA(g) AP (cm) Clorofila (µg/cm 2 ) Solo de barranco 63,5 b 29,2 b 66,1 b 189,7b 159,2 a 4,4 b Solo de cultivo 76,4 a 6,8 a 73,8 a 221,5a 161,1 a 45,4 a As médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 1 % de probabilidade XXVIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 21, Goiânia: Associação Brasileira de Milho e Sorgo. CD-Rom 111

Tabela 4 Resultados médios das características avaliadas, considerando os três tipos de adubos. UFLA, Lavras MG, 29. Adubos: MSF(g) MSR(g) MSC(g) MSPA(g) AP (cm) Clorofila (µg/cm 2 ) 1- Sem enxofre 69,3 a 46,2 a 67,5 a 194,9 b 159,8 a 41,7 a 2- Enxofre do sulfato 69, a 43,1 a 69,9 a 187,6 b 159,4 a 43,4 a 3- Enxofre elementar 71,5 a 45,6 a 72,3 a 234,3 a 161,1 a 43,5 a As médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade. Tabela 5 Resultados médios das características avaliadas, considerando os seis estádios fenológicos. UFLA, Lavras MG, 29. MSF(g) MSR(g) MSC(g) MSPA(g) AP(cm) Clorofila (µg/cm 2 ) 1 (6 folhas) 5,8 d 7,9 f, e 5,7 d 18,1 e 4, c 2 (1 folhas) 44,2 c 15, e 18,2 d 62,6 c 88,1 d 54,8 a 3 (14 folhas) 88,27 b 38,6 d 69,2 c 157,9 b 169,4 c 54,1 a 4 (pendão) 94,38 ab 55,7 c 78,6 b 186,8 b 215,3 b 49,6 b 5 (floresc.) 99,9 a 71,1 b 89,2 a 21,3 b 244,1 a 39,5 c 6 (maturidade) 87,16 b 81,7 a 94,4 a 619,3 a 225,8 b 19,5 d As médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade. A matéria seca das folhas apresentou comportamento quadrático durante os estádios com pico máximo durante o estádio 5 (florescimento), sendo que a equação explica 98% da variação total dos dados (Figura 1). Nas folhas o acúmulo de matéria seca é lento no início do desenvolvimento vegetativo; após este período ocorre incremento considerável na acumulação de matéria seca que é máxima no florescimento. Depois do florescimento as folhas não mais acumulam matéria seca e ainda sofrem redução de massa seca devido à intensa mobilização de fotoassimilados para as partes reprodutivas (Vasconcellos et al., 1998). Matéria seca da folha (g) 12 1 8 6 4 2 y = -7,3143x 2 + 67,763x - 56,32 R 2 =,98 Figura 1. Matéria seca da folha (g) em função dos estádios fenológicos. UFLA, 29. Para matéria seca da raiz observou-se tendência linear de crescimento durante os estádios com seu máximo acúmulo durante o estádio 6 (PMF), sendo que as equações explicam 85, 99 e 92 % da variação dos dados, respectivamente para os três tipos de adubação ( Figura 2). Matéria seca da raiz (g) 12 1 8 6 4 2 ysem = -1,7791x 2 + 28,541x - 26,635; R 2 =,85 ysa = -,61x 2 + 14,861x - 8,78; R 2 =,99 yelementar =,9577x 2 + 9,8931x - 3,479; R 2 =,92 Figura 2. Matéria seca da raiz (g) nos três tipos de adubação em função dos estádios fenológicos. UFLA, 29. XXVIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 21, Goiânia: Associação Brasileira de Milho e Sorgo. CD-Rom 112

A matéria seca do caule apresentou tendências quadráticas para as adubações durante os estádios com seu máximo acúmulo durante o estádio 5 (florescimento), sendo que essas explicam 95, 91 e 94 % da variação dos dados, para os três tipos de adubação ( Figura 3). No colmo o acúmulo de matéria seca é lento no início, com incremento a partir dos 3 dias após emergência (E1) atingindo o máximo cerca de três semanas após o florescimento, quando começa a ocorrer perda absoluta de massa no colmo devido à remobilização da matéria seca para os grãos devido ao aumento da capacidade de dreno da espiga (Borges,26). Matéria seca do caule (g) 12 1 8 6 4 2-2 ysem = -4,3286x 2 + 49,45x - 51,396; R 2 =,95 ysa = -5,9354x 2 + 59,442x - 59,722; R 2 =,91 yselementar = -5,6136x 2 + 57,348x - 58,624; R 2 =,94 Figura 3. Matéria seca do caule (g) nos nos três tipos de adubação em função dos estádios fenológicos. UFLA, 29. Para a matéria seca da parte aérea houve crescimento quadrático durante os estádios, para os três tipos de adubação, sendo que as equações explicam 89, 87 e 83 % da variação total dos dados (Figura 4). Observa-se no estádio 6 (maturidade fisiológica), o máximo acúmulo de matéria seca da parte aérea. Pode-se concluir que o aumento da matéria seca da planta de milho após o florescimento é devido principalmente ao acúmulo de que ocorre na espiga, ou seja, grãos, palha e sabugo. As cultivares de milho acumulam matéria seca até próximo à maturidade fisiológica, quando são obtidos os acúmulos máximos (Von Pinho, 29). Matéria seca da parte aérea (g) 1 8 6 4 2 ysem = 23,7x 2-67x + 8,51; R 2 =,89 ysa = 14,544x 2-19,71x + 35,968; R 2 =,87 yselementar = 41,839x 2-167,92x + 187,5; R 2 =,83 Figura 4. Matéria seca da parte aérea (g) nos nos três tipos de adubação em função dos estádios fenológicos. UFLA, 29. A altura de plantas teve comportamento linear durante os estádios tendo seu máximo valor durante o estádio 5 (florescimento), sendo que as equações explicam 84 e 87% da variação total dos dados, respectivamente para os dois tipos de solo ( Figura 9 ). XXVIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 21, Goiânia: Associação Brasileira de Milho e Sorgo. CD-Rom 113

Altura de plantas (cm) 3 25 2 15 1 5 Solo Barranco yb = 46,251x - 2,68; R 2 =,84 yc = 42,489x + 12,37; R 2 =,87 Solo Cultivo Figura 9. Altura de plantas (cm) nos dois tipos de solo em função dos estádios fenológicos. UFLA, 29. Para a clorofila total houve tendência quadrática durante os estádios, para os dois tipos de solo, sendo que as equações explicam 94 e 95 % da variação total dos dados ( Figura 1). Observa-se que a partir do estádio 2 (1 folhas) houve o pico máximo de clorofila com posterior declínio. Solo Barranco Solo Cultivo Clorofila total (Mg/cm2) 6 5 4 3 2 1 yb = -3,989x 2 + 22,58x + 2,89; R 2 =,94 yc = -3,6429x 2 + 21,631x + 24,94; R 2 =,95 Figura 1. Clorofila total (µ.cm 2 ) nos dois tipos de solo em função dos estádios fenológicos. UFLA, 29. Conclui-se que o acúmulo de todas caracteristicas foi superior no solo de cultivo, evidenciando sua maior fertilidade. Todas as características foram influenciados pelo estádios fenológicos. Baseado nas características avaliadas o adubo contendo enxofre elementar revestindo a uréia poderá substituir adubos contendo enxofre na forma de sulfato de amônio, independentemente do tipo de solo e do estádio fenológico considerado. Evidenciou-se a superioridade do adubo contendo enxofre na forma elementar em relação aos outros tipos de adubo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BORGES, I. D. Marcha de absorção de nutrientes e acúmulo de matéria seca em milho. 26, 172p. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Lavras, Lavras- MG. FANCELLI, A. L. Plantas alimentícias: guia para aula, estudos e discussão. Piracicaba: ESALQ, 1986.131 p. VASCONCELLOS, C.A.; BARBOSA, J.V.A.; SANTOS, H.L. dos; FRANÇA, G.E Acumulação de massa seca e de nutrientes por duas cultivares de milho com e sem irrigação suplementar. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.18, n.8, p.887-91, 1983. VON PINHO, R. G.; BORGES, I.D.; PEREIRA, J. L. A. R. Marcha de absorção de macronutrientes e acúmulo de matéria seca em milho. Revista Brasileira de Milho e Sorgo, v.8, n.2, p. 157-173, 29. XXVIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 21, Goiânia: Associação Brasileira de Milho e Sorgo. CD-Rom 114