PLANO DE GESTÃO E MANEJO ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL APA JAGUARAÇU ABRIL DE 2008 JAGUARAÇU - MINAS GERAIS

Documentos relacionados
PLANO DE GESTÃO E MANEJO ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL APA PINGO D ÁGUA ABRIL DE 2008 PINGO D ÁGUA - MINAS GERAIS

PLANO DE GESTÃO E MANEJO ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL APA SANTANA DO PARAÍSO ABRIL DE 2008 SANTANA DO PARAÍSO - MINAS GERAIS

PLANO DE GESTÃO E MANEJO ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL APA DO BELÉM ABRIL DE 2008 MARLIÉRIA - MINAS GERAIS

Proposta de Diretrizes de Engenharia para o Planejamento da Ocupação de Área dentro da Bacia do Córrego Floresta (zona norte de Belo Horizonte)

Sistema Nacional de Unidade de Conservação

Endereço da sede da unidade Estrada do Parque Nacional, km 8,5 Municipio Itatiaia - RJ Telefo(24) /7001 Endereço Eletrônico da unidade

Corredor Ecológico. do Muriqui. PE Desengano PE Três Picos. Resultados da Primeira Fase

Documento legal de criação: Lei x Decreto Portaria Federal x Estadual Municipal

Numero e data do documento legal Decreto Estadual de 05/08/1998

Manual para Elaboração dos Planos Municipais para a Mata Atlântica

Define o Parque Florestal do Rio Vermelho como Parque Estadual do Rio Vermelho e dá outras providências.

Brasópolis, Camanducaia, Extrema, Gonçalves, Itapeva, Minas Gerais

Nome Instituição Gestora INSTITUTO FLORESTAL Tipo de instituição X governamental não governamental empresa mista Federal x Estadual Municipal

Acesso principal à sede Rodovia Rio - Friburgo sigla RJ116 Estrada Distância da capital a partir da sede

Planos de Manejo INSTITUTO FLORESTAL. Estação Ecológica de Itapeva

São Paulo Nome Instituição Gestora IBAMA-Gerex SP Tipo de instituição x governamental não governamental empresa mista x Federal Estadual Municipal

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Termo de Referência para Elaboração dos Planos de Manejo de Recursos Naturais TR GERAL

Pensando o Zoneamento e a diversidade de visitação: entraves e propostas de otimização

I - METOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE MANEJO

Área de Propriedade da Federação/Estado/Município 5208,47ha porcentagem do total 10 %

OBS.: O Requerimento deverá ser impresso em papel timbrado da Prefeitura

ECOTURISMO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS DO RIO GRANDE DO SUL. 1. Andressa Caroline Trautenmüller 2, Romário Trentin 3.

Comissão Estadual do Zoneamento Ecológico- Econômico do Estado do Maranhão

Dinâmicas sócio ecológicas no entorno do Parque Estadual do Rio Doce (PERD): cenários e governança para futuros sociobiodiversos

Programa Conservação e produção rural sustentável: uma parceria para a vida" no Nordeste de Minas Gerais

PLANO DE GESTÃO E MANEJO ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL APA CÓRREGO NOVO ABRIL DE 2008 CÓRREGO NOVO - MINAS GERAIS

TIM-1. Proposta de Diretrizes de Engenharia para o Planejamento da Ocupação da Área de Montante da Bacia do Córrego Leitão

Prefeitura Municipal de Arroio do Meio - Departamento do Meio Ambiente/DMA Formulário para Licenciamento Ambiental

Planos de Manejo INSTITUTO FLORESTAL. Floresta Estadual Serra D Água

Rozely Ferreira dos Santos

PROJETO MOSAICOS DO CORREDOR DA SERRA DO MAR (IA-RBMA / CEPF ) JUSTIFICATIVA Elaborado por Paulo Pêgas

MINUTA INSTRUÇÃO NORMATIVA LICENCIAMENTO PARA CONCESSÃO FLORESTAL. Versão - 15 junho 2007 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Florestas: A Experiência do Estado de São Paulo

Documento legal de criação: Lei Decreto X Portaria Federal X Estadual Municipal

CONSTRUINDO O PLANO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

PARECER TÉCNICO Nº 07/2017

Plano de Manejo do Parque Natural Municipal da Mata Atlântica

Deliberação Normativa COPAM nº., de XX de janeiro de 2010

Cria o Refúgio de Vida Silvestre da Serra dos Montes Altos, no Estado da Bahia, e dá outras providências.

Proposta de Criação da APA da Serra de Santo Amaro e do Corredor Ecológico do Guarujá. projetos

Definição Bio Diversidade Brasil Biomas Brasileiros Mata Atlântica

VOLUME II Introdução e enquadramento

MUNICÍPIO PASSAGEM FRANCA DO PIAUÍ. 1.1 Caracterização física COORDENADA/DIVISÃO REGIONAL/LIMITE Latitude Longitude

Figura 1 Corredor de Biodiversidade Miranda Serra da Bodoquena e suas unidades de conservação

IMPACTOS SOCIAIS EM REGIÕES DE FLORESTAS PLANTADAS. Sergio Alvareli Júnior UFV Universidade Federal de Viçosa

SUPERVISOR: Fátima Edília BOLSISTAS: Jusciana do Carmo Marta Claudino

CONTROLE DOS PROCESSOS EROSIVOS DA APA IPANEMA IPATINGA MG.

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Anais. IV Seminário Internacional Sociedade Inclusiva

ZONEAMENTO AMBIENTAL DE UM SETOR DO PARQUE ESTADUAL DA CANTAREIRA E ENTORNO SECCIONADO PELA RODOVIA FERNÃO DIAS (SÃO PAULO, BRASIL)

Panorama sobre as Unidades de Conservação do município de São Paulo.

Ecologia de Populações e Comunidades. Planos de manejo 29/11/2013. Tipos de Ucs (IUCN e SNUC) Permissões de uso são compatíveis com conservação?

DECRETO Nº 33, DE 09 DE FEVEREIRO DE 2003.

Apresentação. Figura 1. Localização da APA Triunfo do Xingu, Pará.

Geografia. As Regiões Geoeconômicas do Brasil. Professor Luciano Teixeira.

POLÍGONO ELVOLVENTE LAT 2: ,01 LONG 2: ,74 PROPRIETÁRIO: Preservar Madeira Reflorestada Ltda. CPF/CNPJ:

2. o acesso às unidades; 3. a fiscalização; 4. o monitoramento e avaliação dos Planos de Manejo; 5. a pesquisa científica; e 6. a alocação de recursos

AVALIAÇÃO DE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO NAS FAZENDAS BARRA LONGA E CANHAMBOLA

RESERVA BIOLÓGICA JAÍBA

TIM-1. Proposta de Diretrizes de Engenharia para o Planejamento da Ocupação da Área da Bacia do Córrego Navio

Macrozoneamento Ecológico-Econômico: potencialidades e fragilidades do estado do Maranhão

ESTRATÉGIAS DE GESTÃO TERRITORIAL PARA A RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE EM MINAS GERAIS

Numero e data do documento legal , 04/02/1971, modificado Pelo /06/1972

Planejamento Sistemático da Conservação e Restauração da Biodiversidade e dos Serviços Ambientais dos Biomas de Minas Gerais

Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas. Penedo, dezembro de 2016

AAVA. Associação dos Amigos do Vale do Aracatu

Identificação Do Projeto Título: PROJETO DE RECUPERAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS AREAS DE DEGRADAÇÃO

Lei n.º 4.771/1965 Institui o novo Código Florestal, ainda vigente.

Degradação da Diversidade Biológica

Plano de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. O plano de bacias tem como objetivo a programação de ações no âmbito de cada bacia hidrográfica.

PREFEITURA DE OURO VERDE DO OESTE PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS DO USO DO SOLO E ÁGUA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BARREIRO RICO TANQUÃ-RIO PIRACICABA

ITABIRA. Tabela 1. Estrutura Fundiária do Município de Itabira

Osvaldo Antonio R. dos Santos Gerente de Recursos Florestais - GRF. Instituto de Meio Ambiente de MS - IMASUL

Plano de Manejo do Parque Estadual da Ilha do Mel. Autores: Camille Marques Carla Marques Juliano Kleina

Relatório de Caracterização das Unidades de Informações Territorializadas - UITs Município de Silveiras

Plano Estratégico de Conservação e Uso da Biodiversidade do Município de Juruti, Pará

Mil Madeiras Preciosas ltda. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PC-007/2007

ANEXO I PORTARIA Nº 421, DE 26 DE OUTUBRO DE RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO-RAS Conteúdo Mínimo

Solos do Município de Alenquer, Estado do Pará

Confresa, Julho de 2018.

GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Dinâmica da paisagem e seus impactos em uma Floresta Urbana no Nordeste do Brasil

Município de Ilhéus - BA

TERESINA - PERFIL DOS BAIRROS - REGIONAL SDU CENTRO NORTE BAIRRO CHAPADINHA

O AGRONEGÓCIO EM MATO GROSSO

SNUC - SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Avaliação de métodos de classificação para o mapeamento de remanescentes florestais a partir de imagens HRC/CBERS

Plano Associativo de Combate a Queimadas e Incêndios Florestais na Bacia Hidrográfica dos Rios Guandu, da Guarda e Guandu-Mirim Rita Burin

ZONA HISTÓRICO-CULTURAL (ZHC) DEFINIÇÃO: -

AS ÁREAS VERDES PÚBLICAS NO CENTRO DA CIDADE DE ATIBAIA-SP

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO VERDE GO LEI COMPLEMENTAR N /2011

CONSELHO DIRETOR ATO DO CONSELHO DIRETOR RESOLUÇÃO INEA Nº 155 DE 28 DE JUNHO DE 2018.

Geoprocessamento na delimitação de áreas de conflito em áreas de preservação permanente da sub-bacia do Córrego Pinheirinho

Ações Convênio SEOBRAS - SEBRAE

FUNDAÇÃO GRUPO BOTICÁRIO DE PROTEÇÃO À NATUREZA ORIENTAÇÕES PARA PESQUISA NA RESERVA NATURAL SALTO MORATO

LEVANTAMENTO DA REALIDADE DA COMUNIDADE RURAL (CENSO)

ESTUDO DE CONECTIVIDADE

SUMÁRIO. Pág. LISTA DE FIGURAS... xxi LISTA DE TABELAS... xxv INTRODUÇÃO... 1

Transcrição:

PLANO DE GESTÃO E MANEJO ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL APA JAGUARAÇU ABRIL DE 2008 JAGUARAÇU - MINAS GERAIS

PLANO DE GESTÃO E MANEJO APA JAGUARAÇU PREFEITURA MUNICIPAL DE JAGUARAÇU Célia de Oliveira Coelho Prefeita SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, MEIO AMBIENTE, TURISMO E CULTURA Maria de Lourdes Moraes Guimarães Secretária CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE - CODEMA Maria de Lourdes Moraes Guimarães Presidente CONSELHO MUNICIPAL DE GESTÃO COLEGIADA Raimundo Nonato de Castro Presidente

EQUIPE TÉCNICA Profissional Elmo Nunes Sânzia Romanova Duarte Ferreira da Silva Nunes Marcos Vinícius de Souza Pereira Simone Carla da Costa Richardson Pinto Barbosa Humberto José Nunes Bastos Formação / Registro Profissional Engenheiro Florestal CREA /MG 57.856/D Bióloga CRBio/MG 16.665/4-D Engenheiro Agrônomo CREA/MG 58.822/D Engenheira Florestal CREA/MG 85.929/D Técnico Agrícola CREA/MG 43.107/TD Graduando em Arquitetura e Urbanismo Responsabilidade Técnica Coordenação geral das atividades do Plano de Gestão e Manejo Geoprocessamento de informações. Elaboração do diagnóstico e dissertações do meio biótico. Elaboração do diagnóstico e dissertações do meio abiótico e antrópico. Elaboração do diagnóstico e dissertações do meio biótico. Apoio técnico, administrativo e de campo. Apoio técnico, administrativo e de campo.

APRESENTAÇÃO A APA Jaguaraçu possui como objetivos estratégicos desenvolver ações e atividades de educação ambiental e de conscientização ecológica, oferecer e criar condições para recreação ao ar livre e turismo nas áreas vocacionadas e definidas em seu zoneamento e possibilitar a realização de estudos, monitoramento e trabalhos de interesse científico e sociocultural de forma equilibrada e voltada à preservação dos ecossistemas identificados. Foi criada pela Lei Municipal Nº. 555, de 01 de Dezembro de 1998, por reivindicação da comunidade, dentro da premissa de proteção dos mananciais de abastecimento público do município. Através dos Decretos Municipais Nº. 052/1998 e Nº. 045/1999 foram respectivamente aprovados o Zoneamento Ecológico-econômico e o Sistema de Gestão. Os estudos para criação da unidade iniciaram no final de 1997 e já no ano de 1999 passou a fazer parte do Cadastro Estadual de Unidades de Conservação. Desde então esta unidade vem sendo gerida pela Administração Municipal de forma integrada com a comunidade e a premissa de proteção dos mananciais de abastecimento público do município, atendida. A APA se encontra localizada na Zona de Amortecimento do Parque Estadual do Rio Doce e desde sua criação tem sido considerada como importante dentro do contexto desta unidade estadual. Varias ações vem sendo desenvolvidas de forma integrada com essa unidade, como: fiscalização, combate ao fogo, educação ambiental e treinamentos. Atrativos turísticos da APA como o Pico do Tirimba, Cachoeira do Jacuba e Pousada Vai e Vem são relacionados como atrativos do entorno do Parque. Suas áreas e recursos naturais são utilizados por diferentes organismos e instituições de ensino como ferramenta didática. Como exemplos dessas instituições podemos citar o

Centro Universitário do Leste de Minas (UNILESTE) através do Curso de Graduação em Ciências Biológicas e o Instituto Estadual de Florestas através do Curso de Pós Graduação de Administração e Manejo de Unidades de Conservação (AMUC). As ações de manejo da APA ao longo dos anos vêm sendo desenvolvidas mediante diretrizes estabelecidas naquela ocasião. Com o advento da Deliberação Normativa COPAM Nº.86, de 17 de Junho de 2005, que estabelece os parâmetros e procedimentos para a aplicação do Fator de Qualidade; a Administração Municipal se empenha então em produzir o Plano de Gestão e Manejo, que é tido como um instrumento fundamental para o desenvolvimento de ações integradas para a compilação, armazenamento e geração de banco de dados, definição de estratégias, definição de orçamento e fontes financiadoras, dentre outras. Todas essas ações são consideradas fundamentais para a comprovação dos parâmetros do Fator de Qualidade, fato que tem sido a maior dificuldade do município, frente ao amadorismo em que as ações eram desenvolvidas e muitas vezes não centralizadas como ações ligadas à Gestão e Manejo da Unidade de Conservação. As ações previstas para o Plano de Gestão e Manejo já apresentam efeitos positivos para a APA; através do Decreto Municipal Nº. 192/2008 o Plano de Gestão e Manejo foi aprovado, assim como, foi nomeado o seu Gerente Administrativo e através do Decreto Municipal Nº. 193/2008, as sugestões de alterações no sistema de gestão se consolidam. Sendo assim, por ocasião apresentamos este documento intitulado como Plano de Gestão e Manejo da APA Jaguaraçu, concebido no formato de encartes, com o objetivo de facilitar o fluxo de dados e informações dentro da premissa participativa e dinâmica. São encartes do Plano de Gestão e Manejo: Encarte 1: Informações Gerais da Área de Proteção Ambiental - Este encarte traz informações relativas à ficha técnica da unidade de conservação, o acesso à área e uma caracterização do meio histórico-cultural do município. 2

Encarte 2: Contexto Estadual - Este encarte contextualiza o Estado de Minas Gerais, abordando temas como biodiversidade (fauna e flora), uso e ocupação do solo e unidades de conservação. Encarte 3: Contexto Regional Este encarte contextualiza a região onde a unidade está inserida, sua área de influência, uso e ocupação do solo, características demográficas e territorial, características culturais, infra-estruturas disponíveis e ações ambientais exercidas no entorno com influência sobre a unidade de conservação. Encarte 4: Caracterização da Área de Proteção Ambiental Este encarte traz informações sobre a unidade de conservação, contextualizando a histórico do planejamento, a caracterização dos elementos bióticos (fauna e flora), abióticos ( clima, solo, água) e infraestruturas. Encarte 5: Planejamento da Área de Proteção Ambiental Este encarte compila informações como justificativa técnico - cientifica de criação da unidade, administração, gestão e objetivos, metodologia utilizada para zoneamento, o zoneamento ecológicoeconômico, diretrizes de manejo, programas e subprogramas de manejo da área. Encarte 6: Monitoria e Avaliação Este encarte apresenta informações e formulários relativos à monitoria e avaliação da implementação do Plano de Gestão e Manejo. Todas as ações passam por critérios de classificação visando melhoria continua e dinâmica do plano. Encarte 7: Anexos do Plano de Gestão e Manejo Este encarte compila os dados gerados e informações consideradas essenciais para interpretação e aplicação do Plano de Gestão e Manejo. Neste são apresentadas as matrizes de análise estratégica, de organização do planejamento, as tabelas de pontos positivos e negativos relacionados à unidade, 3

cronogramas de orçamento geral por programas e subprogramas de manejo e as diferentes bases e mapas temáticos da unidade. O que se espera com o atual Plano de Gestão e Manejo é que todas as ações a serem desenvolvidas pela Administração Municipal ou por diferentes atores, de forma participativa ou integrada, sejam então reguladas através de mecanismos de parcerias, acordos e convênios, de forma tal que se organize um banco de informações que atenda aos quesitos dos parâmetros do Fator de Qualidade, como especificados na Deliberação Normativa e proporcione a garantia de atendimento aos objetivos de conservação e manejo desejados para a APA. Elmo Nunes Universalis 4

ENCARTE 1 INFORMAÇÕES GERAIS JAGUARAÇU MG 2008

INDICE 1.0 Informações Gerais da Área de Proteção Ambiental Jaguaraçu 3 1.1 Ficha Técnica da Área de Proteção Ambiental Jaguaraçu 3 1.2 Acesso a Área de Proteção Ambiental Jaguaraçu 3 1.3 Caracterização do Meio Histórico - Cultural do Município de Jaguaraçu 3 2

1.0 - Informações Gerais da Área de Proteção Ambiental Jaguaraçu 1.1 Ficha Técnica da Área de Proteção Ambiental Jaguaraçu Nome: Área de Proteção Ambiental Jaguaraçu Unidade Gestora Responsável: Prefeitura Municipal de Jaguaraçu Endereço da APA: O melhor acesso pode ser feito pela estrada intermunicipal que liga Jaguaraçu a Marliéria. Nesta, entrar no trevo que dá acesso a Pousada Vai Vem e Cachoeiras da Jacuba. Superfície (ha): 7.819,75 Perímetro (km): 45,46 Cidade / Percentual abrangida pela APA: Jaguaraçu 47,79% Estados que abrange: Minas Gerais Coordenadas Geográficas: 19º 39' 42'' de Latitude e 42º 43' 57'' de Longitude Data de Criação e número da Lei: Lei Nº. 555 de 01 de Dezembro de 1998 Confrontantes: município de Timóteo (norte), de Marliéria (Leste e Sul) e o próprio município de Jaguaraçu (Oeste) Bioma e ecossistema: Floresta atlântica, Formação: Floresta Estacional Semidecidual - Ver Encarte de Anexos: Mapa Temático de Tipologias Vegetais Brasileiras. Atividades Desenvolvidas: atividades agropecuárias, de lazer e entretenimento e as atividades preservacionistas. Atividades Conflitantes: Caça ilegal; incêndios florestais; recreação. Atividades de uso público: Banho, caminhada, camping. 1.2 Acesso a Área de Proteção Ambiental Jaguaraçu 3

A APA Jaguaraçu, com área de 7.819,75 hectares e 45,46 Km de perímetro, localizase na porção leste do município de Jaguaraçu, situado na região do Médio Rio Doce Leste do Estado de Minas Gerais. O acesso a APA poderá ser realizado a partir de Belo Horizonte pela BR 262 e BR 381, até o trevo da cidade de Jaguaraçu. A partir daí continua por estrada vicinal (MG 320) até a referida cidade. A partir desta, seguir aproximadamente por 3 Km pela estrada intermunicipal que liga à cidade de Marliéria e entrar no trevo que dá acesso a Pousada Vai Vem e Cachoeiras da Jacuba. A APA possui como confrontantes, o município de Timóteo (norte), de Marliéria (Leste e Sul) e o próprio município de Jaguaraçu (Oeste); mais especificamente, podemos citar o ponto de coordenadas 19º 39' 42'' de Latitude Sul e 42º 43' 57'' de Longitude Oeste, que é área interior, destinada ao desenvolvimento de atividades educacionais e recreativas. Salvador Timóte BR 381 Jaguaraç u Marliéria Dionisio APA Parque Estadual do Rio Doce Bel Horizont Joã Monlevade São José do Goiabal Vitória BR Figura 1: Via de acesso a Área de Proteção Ambiental Jaguaraçu. Ver Encarte de Anexos: Carta MI 2537; Mapas Temáticos de Municípios Limítrofes e Limites. 4

1.3 - Caracterização do Meio Histórico - Cultural do Município de Jaguaraçu Jaguaraçu, antiga Pimenteira e São José do Grama, formou-se da doação de 3 alqueires de terra a São José, realizada pelo Alferes Lizardo José da Fonseca Lana, cumprindo uma promessa que fizera em troca da cura de seu filho, Teófilo Marques. As terras doadas localizavam-se na margem direita do ribeirão Onça Grande, a pouca distância da fazenda de propriedade de Lizardo José. Após a Lei Áurea, os escravos livres transferiram-se para as terras do patrimônio de São José e lá começaram a edificar suas casas. Lizardo José Lana, resolveu, posteriormente, aumentar o patrimônio do Santo e, para tanto, fez nova doação de terras, desta vez, do lado oposto do rio, onde existia um gramado muito extenso. Raimundo Quirino e Felício Miranda, foram os primeiros que edificaram suas casas dentro do novo arraial, sendo imitados por várias outras que passaram a obedecer o alinhamento que foi determinado na época. Tratou-se posteriormente, da construção da capela em honra a São José, que, no entanto, não chegou a ficar pronta no local que inicialmente fora escolhido e sim em outro. Os negros libertos levantaram uma capela em honra a Nossa Senhora do Rosário. O povoado foi elevado a distrito em 7 de setembro de 1923, com a denominação de São José do Grama e pertencendo ao município de São Domingos do Prata. Segundo os dados do recenseamento de 1950, a população do distrito era de 2061 habitantes, sendo 506 pertencentes a área urbana e 1555 a área rural. As atividades agrícolas nessa época se baseavam em arroz, milho e café. A pecuária era constituída de rebanho bovino e suinocultura; o desenvolvimento das localidades vizinhas 5

como Timóteo, em função da abertura das usinas de Aços Especiais ACESITA impulsionavam nessa época, o desenvolvimento da pecuária em função de um novo mercado para carne e leite. Com uma área total de 163,64 Km 2 o distrito de São José do Grama, foi a município pela Lei n.º 1.039 de 12 de dezembro de 1953, com o nome de Jaguaraçu, que na língua indígena significa "Onça Grande". As atividades agropecuárias do município mantêm as formas tradicionais ao longo dos anos, em função das limitações impostas pela própria região (clima, solo, relevo. Hidrografia, dentre outras). Dados de 2000 identificam uma população municipal de 2855 habitantes, sendo 2040 habitantes residentes em área urbana e 815 habitantes residentes em área rural; as atividades econômicas continuam sendo a agropecuária. Atualmente, dado às suas belezas naturais e ao clima de montanha, Jaguaraçu tem descoberto seu potencial de turismo ecológico. Seu clima de montanha impulsiona pousadas, como a Pousada Vai Vem e suas cachoeiras proporcionam áreas de lazer de belezas imensuráveis como a área da Cachoeiras da Jacuba. O artesanato local, baseia-se em trabalhos com o couro; das atividades culturais permanentes identificamos a tradicional "Festa do Rosário", onde vários romeiros da região se reúnem e o congado local anima a festa, homenageando a Nossa Senhora do Rosário; acontece também a "Cavalgada de Jaguaraçu", festa tradicional que reúne produtores e fazendeiros da região em animado concurso de marchas, com eqüinos das fazendas da vizinhança e apresentação de shows de música regional. 6

Atualmente, o município de Jaguaraçu, está subordinado judicialmente à Comarca de Timóteo. Segundo fonte da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são dados demográficos relativos ao município: População Residente: ANOS URBANA RURAL TOTAL 1970 693 1.784 2.477 1980 898 1.135 2.033 1991 1.257 1.488 2.745 2000(1) 2.040 815 2.855 2004 2.911 População Ocupada por Setores Econômicos: 2000 SETORES No. DE PESSOAS Agropecuário, extração vegetal e pesca 214 Industrial 171 Comércio de Mercadorias 53 Serviços 447 Produto Interno Bruto: 2004 SETORES MIL REAIS Agropecuário 1.319 Industrial 1.081 Serviços 6.007 Impostos 102 PIB 8.511 7