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Lição 4 Abraão: alcançado pela justificação Texto bíblico: Romanos 4.1-25 Na Carta aos Romanos, uma Igreja formada por gentios e judeus, Paulo, que anteriormente já havia começado a ensiná-los sobre a doutrina da justificação através de Jesus Cristo, sentiu a orientação do Espírito de Deus para ministrá-los sobre aqueles que antecederam a Cristo, bem tipificados pelos diversos exemplos de homens e mulheres fiéis a Deus que fazem parte dos registros do Antigo Testamento. Como eles foram salvos? Estes e outros questionamentos semelhantes podiam ser levantados. A experiência pessoal de Abraão, o amigo de Deus, é uma preciosa ilustração para se ter a visão do que Deus fez com todos os seus fiéis do Antigo Testamento. Jesus é o centro de todo o projeto de Deus. Antes da vinda dele, os salvos foram aqueles que creram na promessa da sua vinda. Jesus sempre foi e sempre será o centro de toda a história. O relacionamento do ser humano com Deus, o Pai, é sempre através de Jesus Cristo. Abraão fazia parte do divino propósito de Deus para a formação de um povo especial, para a concretização da vinda de Jesus, assumindo a forma humana para caminhar da manjedoura de Belém para o Calvário, onde Ele assumiria a cruz para pagar o preço dos pecados de todos nós. Seguindo a determinação divina, Abraão com sua família deixou sua terra e sua parentela e foi para uma terra que Deus iria mostrar. Ao longo de suavida, Abraão procurou desenvolver um melhor relacionamento com Deus, tanto que o texto bíblico o chama de amigo de Deus (Tg 2.23). Quando sua fé foi colocada à prova, porque teria que entregar seu filho Isaque como o cordeiro do sacrifício, não recuou, mas prosseguiu cumprindo os desígnios de Deus, na certeza da provisão divina, mesmo diante daquilo que poderia ser impossível. Mesmo com tudo isso, Abraão também precisava ser justificado por Deus. Sua vida caminhou sempre na fé de que Deus, na plenitude dos tempos, haveria de enviar o seu Filho, e crendo firmemente na promessa de alcançar a divina justificação. 1. As obras não são instrumentos para justificação (v.2)

Paulo começa descrevendo a justificação, através da experiência pessoal de Abraão, colocando à margem a possibilidade das obras ajudarem ou serem instrumentos exclusivos para garantir a justificação. Aqui, o apóstolo vai repetir a mesma argumentação apresentada à Igreja em Éfeso, quanto ao caminho para a justificação:... Não vem das obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.9). A prática de obras pode conduzir à autossatisfação de quem as realiza. Este não é o caminho para que ninguém se glorie. Não existem maiores detalhes sobre a vida pessoal de Abraão, mas as informações registradas no Livro de Deus, nos garante a sua proximidade com seu Deus e certamente isso ficava evidente através das obras que realizava. Essas, no entanto, eram consequências do seu relacionamento com Deus, mas nunca a motivação para o aceite divino da sua vida. Ninguém pode se gloriar diante de Deus por aquilo que é ou pelo que faz. Nesta mesma carta, Paulo revela a visão de Deus sobre todo ser humano, o que incluía a vida de Abraão: Não há uma só pessoa que faça o que é certo; não há ninguém que tenha juízo; não há ninguém que adore a Deus (Rm 3.10,11 - NTLH). Cresce neste tempo grupos religiosos que produzem ensinos enganosos que visam atribuir à pessoas ações que possam agradar a Deus para a sua própria justificação. São ciladas próprias do inimigo para desviar pessoas do principal e único foco que é Jesus Cristo. No céu não entra pecado! Se houvesse qualquer possibilidade de êxito nesses ensinos enganosos, cada pessoa iria se gloriar e deixar totalmente à margem o sacrifício de Cristo em nosso lugar; porque entrariam no céu pelos merecimentos de suas próprias obras. As obras não são instrumentos para a justificação, porque o conjunto de suas práticas jamais alcançaria a exigência da justiça divina. Obras podem isoladamente agradar ao seu praticante, mas jamais serão aceitas por Deus no processo de justificação, ou seja, a declaração de que uma pessoa está justificada. 2. A fé imputada como justiça a Abraão (v. 9,11,12) A presença de judeus na Igreja de Roma suscitava muitos valores resultantes do cumprimento da Lei. Essescristãos judeus viveram pessoalmente os significados da transição da Lei para a graça. Eles estavam também sob o

abrigo da palavra de Jesus que veio cumprir toda a lei e os profetas e, desta maneira, libertá-los dos rigores da lei para a plenitude da graça. Paulo revelou que tanto os circuncidados quanto os que não eram circuncidados poderiam, em igualdade de condições, serem alcançados pela justificação. Para isso, todos precisavam seguir os mesmos passos de Abraão que estava no abrigo desta declaração bíblica: Abraão creu em Deus, e por isso Deus o aceitou (Rm 4.3). Deus, que conhecia Abraão como conhece a todos nós, porque nada está encoberto aos seus olhos, sabia que a fé dele era plena no cumprimento da promessa da vinda de Jesus, por isso Deus qualificou a sua fé, na dimensão daqueles que recebeu a devida justificação divina. A fé de Abraão não foi um ato isolado que iria alcançar somente ele e a sua família. Ele recebeu a grande tarefa de formar, através de sua família, o grande povo de Israel, o qual teria o privilégio de receber o Deus-Filho que tomaria a forma humana. No decorrer do cumprimento da missão que Deus confiou a Abraão, ele também foi circuncidado, ajustando-se à exigência da lei e, desta forma, sua liderança de fé estendeu-se também aos circuncidados. Destaca-se, porém, que o seu exemplo de fé era anterior ao ato de ser circuncidado. O coração de Abraão percebeu que precisava adotar essa posição, porque esta não estava condicionada às práticas da lei, mas a uma fé sólida naquilo que Jesus iria realizar na cruz do Calvário, que iria garantir a declaração divina de que não havia mais culpa para os seus pecados, porque Jesus pagou o preço por todos eles, por isso Abraão estava justificado, e todos que igualmente cressem. 3. Abraão passou no teste da fé (v. 19,20) A experiência de fé de Abraão não ficou restrita à justificação de Deus para a sua vida, mas foi um exemplo de fé de forma continuada. Ele vivenciou a fé e a confiança em Deus sem limites, pois sabia que para Deus não há impossíveis. Confiava que os impossíveis humanos são possíveis para Deus. Abraão conhecia na prática a declaração de Hebreus 11.1: A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.

Deus separou o casal Abraão e Sara para, através deles, formar a grande nação de Israel. Eles não tinham filhos, e poderiam imaginar que a promessa não seria realizada através deles. Abraão já estava com cem anos. Nesta altura da vida, o seu corpo sofria os desgastes naturais, fruto da longevidade que o alcançava. O seu corpo já não possuía a mesma vitalidade. Sara, sua esposa, não podia ter filhos por ser estéril e a sua idade também já era avançada. Abraão estava diante de intransponíveis dificuldades na visão humana. No entanto, sua fé não enfraqueceu. Este era o seu momento de passar pela prova das coisas que se não veem. O jeito dedeus está muito acima do que pensamos ou imaginamos. Abraão nunca perdeu a fé de que através dele e de sua esposa, Deus formaria uma grande nação. Nunca Abraão duvidou da promessa de Deus. Quando Deus comunicou a Sara que ela teria um filho, ela colocou argumentos humanos para dizer que ela e seu esposo não poderiam ter mais condições de gerar filhos. O anjo do Senhor lhe perguntou: Haveria alguma coisa impossível ao Senhor? (Gn 18.14) Para Deus todas as coisas são possíveis de acordo com sua divina vontade. Abraão passou no teste da fé e nos deixou a prova de que tudo é possível ao que crê (Mc 9.23). 4. O alcance da justificação (v. 23,24) O aceite de Deus para Abraão não tornava essa experiência exclusiva para ele. O aceite de Deus não foi apenas para Abraão, mas é exemplar para tantos quanto desejarem experimentar a justificação. O apóstolo Paulo faz a inserção das experiências de Abraão, para induzir outras pessoas a caminharem na mesma direção. Naquele tempo e para todos os tempos, o Evangelho continuaria a ser anunciado e, como consequência, muitos haveriam de crer no plano salvador através do sacrifício de Cristo na cruz. Jesus não ficaria retido no túmulo, para o qual foi conduzido por Nicodemos e José de Arimatéia, que pediram às autoridades o corpo de Jesus para sepultá-lo. Deus ressuscitou Jesus, o nosso Senhor! E, desta forma, estava confirmada a justificação para todos os que creem, porque nossa fé não estaria firmada em um Jesus que ficou retido pela morte no sepulcro, mas no Jesus que venceu a morte, ratificando a ação de Deus de justificar a todos os

que creem em Jesus. Logo, todos os que aceitaram a Jesus como Salvador e Senhor foram alcançados pela justificação. Para pensar e agir - As obras devem ser consequência de uma vida comprometida com Deus, seu Senhor e Salvador. - O plano salvador de Deus foi sempre através de Jesus Cristo. Antes, no Antigo Testamento, durante o Novo Testamento e nos tempos que se seguem. - Abraão é um exemplo típico do Antigo Testamento que colocou a sua fé na promessa da vinda de Jesus na plenitude dos tempos. Abraão também é um precioso exemplo de fé nos impossíveis que Deus pode realizar. - Todos os que creem em Jesus Cristo, em todos os tempos e em todos os lugares, são também alcançados pela justificação divina, representando o esquecimento de Deus para os pecados cometidos. Leitura Bíblica Diária Segunda-feira:Isaías 51.2; Mateus 3.9 Terça-feira:Gênesis 15.6; Colossenses 3:6 Quarta-feira:Gênesis 17.4; Gálatas 3.29 Quinta-feira:Gênesis 17.17; Hebreus 11.11,12 Sexta-feira:Salmos 115.3; Lucas 1.37,45 Sábado:Josué 24.2-3 Domingo:Hebreus 11.8-10