NORMATIVO RELATIVO À MARCAÇÃO DE SALUBRIDADE E DE IDENTIFICAÇÃO

Documentos relacionados
(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

OS NOVOS REGULAMENTOS COMUNITÁRIOS PARA A SEGURANÇA ALIMENTAR

Controlos Oficiais de Trichinella Impacto da aplicação do Regulamento n.º 216/2014

CIRCULAR N.º 2/DIS/2010

TAXAS de CONTROLO e EMISSÃO de CERTIFICADOS

Este documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições

PT Jornal Oficial da União Europeia L 338/83

(Texto relevante para efeitos do EEE)

ANEXOS REGULAMENTO DELEGADO (UE) /... DA COMISSÃO

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO

Este documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições

Jornal Oficial da União Europeia L 227/33 DECISÕES COMISSÃO

[notificada com o número C(2015) 3745] (Apenas faz fé o texto a língua portuguesa)

L 39/12 Jornal Oficial da União Europeia

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO

Direção Geral de Alimentação e Veterinária ROTULAGEM DE ORIGEM. Novas regras. Maria Teresa Carrilho DSNA-DAH

Jornal Oficial da União Europeia L 280/5

(Texto relevante para efeitos do EEE)

COMISSÃO EUROPEIA DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE E DA SEGURANÇA DOS ALIMENTOS

D.G.F.C.Q.A. Segurança Alimentar em Portugal. Maria de Lourdes Gonçalves

Uso de proteínas animais transformadas no fabrico de alimentos para animais de aquicultura

Conselho da União Europeia Bruxelas, 24 de julho de 2017 (OR. en)

Este documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Jornal Oficial da União Europeia L 320/13

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO

ROTULAGEM DA ORIGEM DO LEITE

(Texto relevante para efeitos do EEE)

A Linguagem Global dos Negócios. Setor dos Cárnicos. Rastreabilidade das carnes de suíno, caprino, ovino e aves de capoeira

1 Legislação aplicável (UE e PT) Objetivos Objetivo geral Objetivos estratégicos Objetivos operacionais...

SEGURANÇA dos ALIMENTOS

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia,

Regulamento (CE) n. 852/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril de 2004

Uma introdução à legislação de Higiene Alimentar e sua ligação ao sector lácteo no seio da UE

IV GAMA HORTOFRUTÍCOLA EM PORTUGAL: INVESTIGAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia,

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO

L 228/52 Jornal Oficial da União Europeia

Maria Celeste da Costa Bento

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

Acção de Sensibilização sobre Higiene e Segurança Alimentar. 15 de Março de 2007

Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural Direção Geral de Alimentação e Veterinária. Despacho n.º /2018

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) /... DA COMISSÃO. de

(Actos legislativos) DIRECTIVAS

L 118/56 Jornal Oficial da União Europeia

FORMAÇÃO EM NUTRIÇÃO ANIMAL

POR: REALIZADO 1/5. Rua Rodrigo da Fonseca, nº Lisboa Tel.: I Fax I

(Texto relevante para efeitos do EEE)

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Exportação: MARROCOS

MINISTÉRIOS DA ECONOMIA E DA AGRICULTURA E DO MAR Diário da República, 1.ª série N.º de março de 2014

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO

L 284/20 Jornal Oficial da União Europeia

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS. Proposta de REGULAMENTO DO CONSELHO

REGULAMENTOS. L 54/2 Jornal Oficial da União Europeia

(Texto relevante para efeitos do EEE) (2013/519/UE)

Jornal Oficial da União Europeia L 326/3

Este documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições

(Texto relevante para efeitos do EEE)

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Foram ouvidos os órgãos de Governo próprios das Regiões Autónomas.

(Texto relevante para efeitos do EEE)

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS. Proposta de DIRECTIVA DO CONSELHO. que revoga a Directiva 72/462/CEE. (apresentada pela Comissão)

DECISÃO DE EXECUÇÃO (UE) 2016/715 DA COMISSÃO

L 94/8 Jornal Oficial da União Europeia DIRECTIVAS

(Actos não legislativos) REGULAMENTOS

Jornal Oficial das Comunidades Europeias

Higiene dos Géneros Alimentícios

(Texto relevante para efeitos do EEE) (JO L 126 de , p. 13)

Jornal Oficial da União Europeia L 77/25

Este documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições

Parte III.12.o PROMOÇÃO E PUBLICIDADE DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E DE DETERMINADOS PRODUTOS NÃO-AGRÍCOLAS

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO

ANÁLISE EXPLORATÓRIA DOS DADOS DE ABATE DE UNGULADOS PARA CONSUMO HUMANO EM PORTUGAL ENTRE JANEIRO DE 2011 E DEZEMBRO DE 2013

COMISSÃO EUROPEIA DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE E DA SEGURANÇA DOS ALIMENTOS DIREÇÃO-GERAL DA AGRICULTURA E DO DESENVOLVIMENTO RURAL

Jornal Oficial da União Europeia L 336/17

Jornal Oficial da União Europeia L 205/3

Novos regimes RED e CEM: importadores e distribuidores. Nuno Castro Luís

Direção de Serviços de Segurança Alimentar / DGAV

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento D048174/04 - ANEXO 1.

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO

SEGURANÇA dos ALIMENTOS

Proposta de REGULAMENTO DO CONSELHO

L 34/4 Jornal Oficial da União Europeia

Jornal Oficial da União Europeia L 8/29

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS. Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

A empresa candidata à atribuição do selo Portugal Sou Eu deve observar as seguintes condições de elegibilidade:

REGULAMENTO DELEGADO (UE) /... DA COMISSÃO. de

EDITAL N. º 1/2018 TRIQUINELOSE EM JAVALIS

L 293/62 Jornal Oficial da União Europeia

PT Unida na diversidade PT B7-0079/124. Alteração. James Nicholson em nome do Grupo ECR

Foram ouvidos os órgãos de governo próprios das regiões autónomas.

Este documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições

REGULAMENTO (UE) /... DA COMISSÃO. de

(Texto relevante para efeitos do EEE)

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento da Comissão D009364/03.

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Transcrição:

NORMATIVO RELATIVO À MARCAÇÃO DE SALUBRIDADE E DE IDENTIFICAÇÃO Regulamentos (CE) n.º 853/2004 e 854/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho de 29 de Abril de 2004. Direção de Serviços de Segurança Alimentar Junho de 2014 www.dgav.pt

Índice 1. Requisitos gerais... 2 2. Marca de Identificação... 2 2.1. Aposição da Marca de Identificação... 3 2.2. Forma da Marca de Identificação... 3 2.3. Métodos de marcação... 4 3. Marca de salubridade... 5 3.1 Aposição da Marca de Salubridade... 5 3.2 Forma da Marca de Salubridade... 6 3.3 Método de Marcação... 6 4. Marcas de salubridade e de identificação especiais... 6 5. Documentação comercial... 7 6. Legislação... 7 ANEXO I - MARCA DE IDENTIFICAÇÃO... 9 ANEXO II - MARCAS DE SALUBRIDADE... 10 ANEXO III - MARCAS ESPECIAIS... 11 Página 1 de 11

1. Requisitos gerais 1 O Regulamento (CE) n.º 853/2004 de 29 de Abril de 2004, que estabelece regras específicas de higiene aplicáveis aos géneros alimentícios de origem animal determina exigências aos operadores das empresas do sector alimentar, nomeadamente: 1. Só podem ser colocados no mercado produtos de origem animal que tenham sido manipulados em estabelecimentos aprovados e que detenham: a) Uma marca de salubridade aplicada nos termos do Regulamento (CE) n.º 854/2004, quando provenientes de um estabelecimento de abate de ungulados ou de um estabelecimento de preparação de caça, ou b) Uma marca de identificação aplicada nos termos do Regulamento n.º 853/2004, quando o Regulamento n.º 854/2004 não preveja a aplicação de uma marca de salubridade. 2. Só podem ser aplicadas marcas de identificação aos produtos de origem animal, quando os mesmos tenham sido produzidos em estabelecimentos aprovados em conformidade com o disposto no Regulamento (CE) n.º 853/2004. 3. A marca de salubridade só pode ser removida da carne se esta for cortada ou processada de outra forma. 4. Deve ser aposta uma única marca de identificação nos produtos de origem animal, que será a do último estabelecimento que os manipulou. Em alternativa, no caso da existência de várias marcas de vários estabelecimentos, deve ficar claro em qual dos estabelecimentos o produto foi manipulado pela última vez e qual das marcas de identificação se aplica 2. 5. No caso de se efetuar apenas o armazenamento de produtos de origem animal, devem ser mantidas as marcas de salubridade ou de identificação que os produtos ostentam à chegada ao estabelecimento. 6. Só pode proceder-se a operações de reacondicionamento e reembalagem se o estabelecimento estiver aprovado para essas atividades e neste caso, deve ser aposta nos produtos reacondicionados uma marca de identificação com o número de aprovação do estabelecimento que efetua essas operações. 2. Marca de Identificação 3 (Anexo I) Quando não for exigida a marca de salubridade, os operadores das empresas do sector alimentar devem assegurar que os produtos de origem animal possuem uma marca de identificação aposta em conformidade com as disposições seguintes: 1 Artigo 5º e Secção I do Anexo II do Reg. n.º 853/2004 2 Artigo 23º do Decreto-Lei n.º 560/99 3 Secção I do Anexo II do Reg. n.º 853/2004 Página 2 de 11

2.1. Aposição da Marca de Identificação 1. A marca de identificação deve ser aposta sempre antes do produto deixar o estabelecimento. 2. Se a embalagem e/ou acondicionamento dos produtos forem removidos ou se os produtos forem sujeitos a manipulação noutro estabelecimento, deve ser aposta a marca de identificação do estabelecimento onde sejam efetuadas essas operações. 3. Não é necessária a marca de identificação para os ovos, quando os mesmos forem rotulados e marcados nos termos do Regulamento (CE) n.º 589/2008 de 23 de Junho de 2008. 4. De acordo com o definido no artigo 18º do Regulamento (CE) n.º 178/2002, os operadores devem dispor de sistemas e de procedimentos para identificar os operadores dos quais receberam e a quem entregaram os produtos de origem animal. Por isso, além da marcação de identificação, os produtos devem ser acompanhados de informação adicional que permita identificar o lote de produção de forma a garantir a rastreabilidade interna 4. 2.2. Forma da Marca de Identificação 1. A marca de identificação deve ser legível, indelével e ostentar caracteres facilmente decifráveis, de forma a ser claramente visível para as autoridades competentes. 2. A marca de identificação deve indicar o nome do país em que se situa o estabelecimento, por extenso ou sob a forma de um código de duas letras em conformidade com a norma ISO relevante, que no caso do nosso país é PT. 3. A marca de identificação deve indicar o número de aprovação, ou seja o Número de Controlo Veterinário do estabelecimento e a sigla CE. A sigla CE não deve ser incluída nas marcas aplicadas em produtos importados para a Comunidade de estabelecimentos situados fora da Comunidade. 4. A marca de identificação deve ter a forma oval e incluir na linha superior a sigla referida no n.º 2, na linha intermédia o número de aprovação referido em 3 e na linha inferior a sigla CE (Ponto A do Anexo I). 5. Se um estabelecimento produzir tanto alimentos de origem animal, aos quais seja aplicável o Regulamento n.º 853/2004, como alimentos aos quais não seja aplicável o mesmo regulamento, mas sim o Regulamento n.º 852/2004, o operador poderá aplicar a marca de identificação a ambos os tipos de alimentos. 4 Nº 4 do artigo 3º do Decreto-Lei n.º 560/99 Página 3 de 11

2.3. Métodos de marcação 1. Em função da apresentação dos produtos de origem animal, a marca de identificação pode ser aposta diretamente no produto, no acondicionamento (invólucro) ou na embalagem, ou ser impressa num rótulo aposto no produto, no acondicionamento ou na embalagem. 2. A marca de identificação pode também ser constituída por uma etiqueta não amovível feita de material resistente. No caso dos Moluscos Bivalves Vivos, a marca de identificação deve ser aposta num material impermeável. 3. No caso das embalagens que contenham carne cortada ou miudezas, a marca de identificação deve ser aposta num rótulo fixado ou impresso na embalagem de forma a que seja destruída aquando da sua abertura, não sendo, todavia, necessário este requisito se o processo de abertura destruir a embalagem. Sempre que o acondicionamento conferir a mesma proteção do que a embalagem, o rótulo com a marca de identificação pode ser aposto no acondicionamento. 4. Para os produtos de origem animal acondicionados em caixas ou contentores de transporte ou em grandes embalagens e destinados a subsequente manuseamento, transformação, acondicionamento ou embalagem noutro estabelecimento, a marca de identificação pode ser aposta na superfície externa do contentor ou da embalagem. 5. No caso de produtos de origem animal líquidos, granulados ou em pó e dos produtos da pesca transportados a granel, não é necessária a aposição de nenhuma marca de identificação, se dos documentos de acompanhamento constar a marca de identificação do estabelecimento. 6. Sempre que os produtos de origem animal sejam colocados numa embalagem destinada ao fornecimento direto ao consumidor, bastará que a marca de identificação seja aposta unicamente no exterior da embalagem. 7. Quando os produtos forem destinados a ser disponibilizados ao consumidor final em embalagens individuais mas forem vendidos ao retalho em grandes embalagens, cada embalagem individual ou produto deve ostentar a marca de identificação. 8. Quando a marca de identificação for aposta diretamente nos produtos de origem animal com um carimbo, os corantes utilizados devem estar em conformidade com o Regulamento (CE) n.º 1333/2008, de 16 de Dezembro de 2008, (artigo 17.º e Anexo II), que fixa as regras comunitárias sobre substâncias corantes a utilizar nos géneros alimentícios. Os corantes previstos para esse efeito são os seguintes: E 129 - Vermelho allura AG E 133 - Azul brilhante FCF E 155 - Castanho HT Página 4 de 11

9. No leite, colostro e produtos lácteos, a marca de identificação, em vez de incluir o número de aprovação do estabelecimento, pode fazer uma referência à sua localização no acondicionamento ou na embalagem, ou no caso da utilização de garrafas reutilizáveis, indicar apenas as iniciais do país remetente e o número de aprovação do estabelecimento 5. 3. Marca de salubridade 6 (Anexo II) A marca de salubridade prevista no Regulamento (CE) n.º 854/2004 é a marca aposta sob a responsabilidade do Médico Veterinário Oficial (MVO) nas carcaças, meiascarcaças, quartos de carcaça e peças obtidas pela separação das meias-carcaças em três grandes peças de ungulados domésticos, ungulados de caça maior de criação e de caça maior selvagem, nos matadouros ou em estabelecimentos de preparação de caça aprovados, sempre que os controlos oficiais não tenham detetado quaisquer deficiências suscetíveis de tornar a carne imprópria para consumo humano. 3.1 Aposição da Marca de Salubridade 1. Os instrumentos utilizados para a marcação de salubridade devem estar sob a responsabilidade do MVO. 2. O MVO deve supervisionar a marcação de salubridade de modo a garantir que as marcas sejam aplicadas de forma legível. 3. O MVO deve supervisionar a marcação de salubridade de modo a garantir que a marca só seja aplicada a carcaças que não foram declaradas impróprias para consumo humano. 4. As vísceras e demais porções de carne separadas das carcaças devem ser marcadas com a marca de identificação referida no Capítulo 2. 5. As carcaças que foram sujeitas a inspeção post mortem mas que aguardam o resultado de testes ou análises para a decisão final de aprovação para consumo humano, não devem ser marcadas antes do conhecimento do resultado. 6. No entanto, a marca de salubridade pode ser aplicada em suínos antes de estarem disponíveis os resultados da pesquisa para deteção de Trichinella, se o veterinário oficial tiver garantias de que a carne dos animais em questão só será colocada no mercado se os resultados forem satisfatórios, conforme o definido no Normativo para a deteção de Trichinella na carne. 7. As carcaças reprovadas para o consumo humano deverão ser identificadas de forma clara com a aposição da letra R a tinta indelével com uma espessura de risco entre 3 a 5 cm ao longo de toda a carcaça na face interna e externa. 5 Capítulo V da Secção IX do Anexo III do Reg. n.º 853/2004 6 Capítulo III da Secção I do Anexo I do Reg. nº 854/2004 Página 5 de 11

3.2 Forma da Marca de Salubridade 1. A marca de salubridade tem a forma oval com 6,5 cm de largura e 4,5 cm de altura e deve indicar, em carateres legíveis: a. O nome do país onde está situado o estabelecimento, escrito por extenso em maiúsculas ou através de um código de duas letras de acordo com a norma ISO, que no caso de Portugal é PT ; b. O número de aprovação do estabelecimento de abate ou manuseamento da caça selvagem; c. A abreviatura CE. 2. As letras e os algarismos devem ter pelo menos 0,8 cm e 1 cm de altura, respetivamente (Ponto A do Anexo II). 3. As dimensões da marca de salubridade e dos carateres que a compõem são reduzidas a metade no caso da marcação de borregos, cabritos e leitões (Ponto B do Anexo II). 4. Os corantes a utilizar na marcação devem ser os previstos no Regulamento (CE) n.º 1333/2008, de 16 de Dezembro de 2008, (artigo 17.º e Anexo II), que fixa as regras comunitárias sobre substâncias corantes a utilizar nos géneros alimentícios (E 129 - Vermelho allura AG; E 133 - Azul brilhante FCF; E 155 - Castanho HT). 5. A carne de caça maior não esfolada (peça de caça abatida) não pode ostentar a marca de salubridade a não ser que, após a esfola num estabelecimento de manuseamento de caça selvagem ou noutro autorizado, tenha sido submetida a uma inspeção post mortem e declarada própria para consumo humano. 3.3 Método de Marcação A marcação de salubridade será aposta a tinta ou a fogo, na superfície exterior da carcaça, de forma a que, se as carcaças forem desmanchadas em meias carcaças ou em quartos, ou se as meias carcaças forem desmanchadas em três peças, cada peça ostente uma marca de salubridade. 4. Marcas de salubridade e de identificação especiais (Anexo III) 1. Em situações de surtos de doenças infetocontagiosas, nomeadamente as previstas na Diretiva 2002/99/CE de 16 de Dezembro de 2002, podem ser definidas obrigações especiais relativas à marcação dos produtos de origem animal, com vista a assegurar o cumprimento das regras de polícia sanitária estabelecidas. 2. O Decreto-lei n.º 163/2005 de 22 de Setembro, que transpôs para o ordenamento jurídico nacional a Diretiva 2002/99/CE, estabelece as regras de polícia sanitária aplicáveis à produção, transformação, distribuição e introdução de produtos de origem animal destinados ao consumo humano. Página 6 de 11

3. Este Decreto-lei prevê que se possa autorizar a produção, transformação e distribuição de produtos de origem animal provenientes de um território ou de parte de território sujeito a restrições de polícia sanitária, desde que sejam respeitadas as medidas de controlo de doenças. 4. Esses produtos não podem provir de uma exploração infetada nem suspeita de estar infetada, têm de ser submetidos a um tratamento suficiente para eliminar o problema sanitário em questão num estabelecimento aprovado para esse efeito pela autoridade competente e têm de ser devidamente identificados com uma marca de identificação especial (Ponto A do Anexo III). 5. Em alternativa a esta marca, a Diretiva 2007/10/CE e a Decisão 2007/118/CE permitem o uso de outra marca de identificação alternativa (Ponto B do Anexo III). 6. Para carnes de aves de capoeira, a Decisão 2006/135/CE, relativa a determinadas medidas de proteção respeitantes à gripe aviária de alta patogenicidade em aves de capoeira na Comunidade, prevê na subalínea i) da alínea d) do n.º 1 do art 6º a marca de identificação que devem ostentar as carnes que beneficiem da derrogação prevista neste artigo (ponto C do Anexo III). 7. As marcas de salubridade ou identificação especiais devem ser apostas sob a supervisão direta do veterinário oficial que controla a aplicação das disposições em matéria de polícia sanitária. 5. Documentação comercial A marca de identificação ou de salubridade não necessita de constar na documentação comercial que acompanha os produtos de origem animal, com exceção dos casos referidos no parágrafo 5 do ponto 2.3. Nestes casos, a documentação deve mencionar a marca de identificação do último estabelecimento que manipulou o produto. 6. Legislação 1. Géneros Alimentícios Regulamento (CE) n.º 178/2002 de 28 de Janeiro, Regulamento (CE) n.º 853/2004 de 29 de Abril, Regulamento (CE) n.º 854/2004 de 29 de Abril, Diretiva n.º 2002/99/CE de 16 de Dezembro, transposta pelo Decreto-Lei n.º 163/2005. Diretiva n.º 2004/41/CE, de 21 de Abril, transposta pelo Decreto-Lei n.º 111/2006, de 9 de Junho. Página 7 de 11

2. Regras de execução a nível nacional dos Regulamentos (CE) n.º 852 e 853/2004 Decreto-Lei n.º 113/2006, de 12 de Junho (a alínea h) do ponto 1 do art 6º do capítulo II tipifica os incumprimentos à Secção I do Anexo II do Reg 853/2004 (marcação de identificação)). 3. Mel Decreto-Lei n.º 1/2007, de 2 de Janeiro. 4. Ovos Regulamento (CE) n.º 589/2008, da Comissão, de 23 de Junho de 2008, que estabelece as regras de execução do Regulamento (CE) n.º 1234/2007, do Conselho, no que respeita às normas de comercialização dos ovos. 5. Gripe Aviaria Directiva n.º 2005/94/CE do Conselho, de 20 de Dezembro de 2005. Decisão da Comissão n.º 2006/63/CE, de 22 de Fevereiro de 2006, Decisão da Comissão n.º 2006/135/CE, de 22 de Fevereiro de 2006. Decisões da Comissão n.º 2007/118/CE, de 16 de Fevereiro de 2007. 6. Corantes Regulamento (CE) n.º 1333/2008, de 16 de Dezembro de 2008, relativo a aditivos alimentares. Decreto-Lei n.º 193/2000, de 18 de Agosto (artigo 6.º). 7. Rotulagem de géneros alimentícios Decreto-Lei n.º 560/99 de 18 de Dezembro Regulamento (UE) n.º 1169/2011 de 25 de Outubro de 2011 Página 8 de 11

ANEXO I - MARCA DE IDENTIFICAÇÃO A. Marca de Identificação PT N.º CE MERCADO COMUNITÁRIO E EXPORTAÇÃO Para marcação dos produtos de origem animal, excepto os abrangidos pela marca de salubridade (referidos no ponto A do Anexo II deste normativo). As dimensões da marca deverão ser diferentes das dimensões da marca de salubridade de dimensões reduzidas, prevista para a marcação de leitões, cabritos e borregos. Página 9 de 11

ANEXO II - MARCAS DE SALUBRIDADE A. Marca de Salubridade de Tamanho Normal MERCADO COMUNITÁRIO E EXPORTAÇÃO PT N.º CE 65 mm 45 mm Exclusivamente para marcação de: - carcaças - meias-carcaças ou quartos de carcaça - peças obtidas pela separação das meias carcaças em três grandes peças dos seguintes animais: - ungulados domésticos - mamíferos de caça de criação, com excepção dos lagomorfos - caça grossa selvagem Tamanho dos Caracteres: Letras 8 mm; Números 10 mm Espessura da linha oval exterior: 3 mm B. Marca de Salubridade de Tamanho Reduzido PT N.º CE 22,5 mm MERCADO COMUNITÁRIO E EXPORTAÇÃO Exclusivamente para marcação de carcaças de cabritos, borregos e leitões. 32,5 mm Tamanho dos Caracteres: Letras 4 mm; Números 5 mm Espessura da linha oval exterior: 1,5 mm Página 10 de 11

ANEXO III - MARCAS ESPECIAIS A. Marca de Salubridade Especial para carcaças de ungulados PT N.º CE 45 mm Prevista na Diretiva 2002/99/CE e no D.L. nº 163/2005 para a marcação de carcaças de ungulados provenientes de um território ou parte de um território sujeitos a restrições de polícia sanitária, mas que serão submetidas a um tratamento suficiente para eliminar o problema sanitário em questão. 65 mm Tamanho da oval: 65 mm X 45 mm Tamanho dos Caracteres: Letras 8 mm; Números 10 mm Espessura da linha oval exterior: 3 mm B. Marca de Identificação Alternativa para carne de suíno e aves de capoeira P T N.º > 30 mm Prevista na Diretiva 2007/10/CE e na Decisão 2007/118/CE como marca alternativa à marca de salubridade especial prevista na Diretiva 2002/99/CE (referida no ponto anterior). Aplicável apenas a carne de suíno e de aves de capoeira. Tamanho dos Caracteres: Letras 8 mm; Números 11 mm Espessura da linha exterior: 3 mm C. Marca de Identificação Especial para carne de aves de capoeira - Medidas especiais da Gripe aviária PT N.º _ > 30 mm Prevista na subalínea i) da alínea d) do n.º 1 do art 6º da Decisão 2006/135/CE de 22 de Fevereiro, relativa a determinadas medidas de proteção respeitantes à gripe aviária de alta patogenicidade em aves de capoeira na Comunidade. Tamanho dos Caracteres: Letras 8 mm; Números 11 mm Espessura da circunferência: 3 mm Página 11 de 11