CONCEPÇÕES DE IDOSOS ACERCA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA UM ENVELHECER SAUDÁVEL



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Transcrição:

CONCEPÇÕES DE IDOSOS ACERCA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA UM ENVELHECER SAUDÁVEL Ocilma Barros de Quental. Faculdade de Medicina do ABC(ocilmaquental2011@hotmail.com) Sheylla Nadjane Batista Lacerda. Faculdade de Medicina do ABC (sheyllabatista@bol.com.br) Luiz Carlos de Abreu. Faculdade de Medicina do ABC. (Luiz.abreufmabc.br) Elis Bezerra Araújo. Faculdade Santa Maria(elisbezerra.a@hotmail.com) INTRODUÇÃO O Brasil é um país em processo de envelhecimento contínuo, e a Paraíba se configura como um estado que tem grande número de idosos em sua população, ocupando os primeiros lugares entre os estados da federação com mais idosos (1). Na nossa realidade social, os idosos configuram um problema de saúde pública, por tratase de um grupo de risco, pois estão mais sujeitos ás doenças e acidentes do que a população em geral, apresentando enfermidades, tais como: cardiopatias, hipertensão arterial, câncer, diabetes, osteoporose, artrites, mal de Alzheimer, doença de Parkinson, demências etc. (2) Para se obter um envelhecimento saudável, torna-se necessário a implementação de ações que promovam modos de viver com qualidade. Envelhecer de forma saudável implica, não apenas a possibilidade dos idosos disporem de cuidados em relação á saúde, mas também, no reconhecimento de suas possibilidades e necessidades específicas. Além do bom estado físico, é necessário haver respeito, segurança e principalmente sentirse ativo, tendo a oportunidade de expressarem seus sentimentos, anseios, opiniões e experiências. Destar-te, o presente estuda tem o objetivo de investigar as concepções de idosos acerca da assistência de enfermagem para um envelhecimento saudável.

MÉTODO Estudo exploratório descritivo com abordagem quantitativa. A pesquisa foi desenvolvida em uma USF da zona urbana do município de Cajazeiras PB, com base nas observâncias éticas da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) no cumprimento ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A população foi constituída por 350 idosos, e a amostra contou com a participação de 250 idosos, com critério de ter 60 anos ou mais, onde a coleta de dados ocorreu no período de setembro de 2012, através de um questionário estruturado, com questões voltadas para a temática proposta. RESULTADOS De um total de 350 idosos, que fazem parte das famílias atendidas por uma equipe do PSF do Município de Cajazeiras PB participaram da pesquisa 250, houve predomínio de mulheres. Os dados corroboram o panorama de feminilização do envelhecimento. Este fenômeno pode ser explicado pelo fato das mulheres apresentarem condutas menos agressivas, menor exposição aos riscos no trabalho, maior atenção ao aparecimento de problemas de saúde, melhor conhecimento destes e maior utilização dos serviços de saúde (4). A situação conjugal, revela elevado contingente de casados (52% ),em contraste com 16% viúvos, 12% solteiros e 4% de divorciados. Este fato é muito importante, pois quando o idoso convivem com a família, a probabilidade em todos os aspectos do cuidar aumenta. A escolaridade aponta houve para um percentual de 44% desta população analfabetos funcionais, e apenas 8% puderam completar o ensino fundamental na mesma proporção do ensino médio completo. A satisfação no trabalho se constitui em um dos mais importantes estímulos para a longevidade entre os homens (5) e esse fato se torna preocupante, pois 96% dos entrevistados encontravam-se sem nenhuma atividade profissional, declarando aposentado, e 22% com renda

de dois a três salários mínimos. Considerando as pessoas que coabitam com o idoso, encontramos os seguintes números 36% não possuem dependentes, 60% entre dois e quatro dependentes, e 4% possuem oito dependentes. A pesquisa abordou as questões pautadas nos hábitos de vida, destes 24% são tabagistas e 11% são etilistas. Mais da metade dos idosos entrevistados, 76% declararam ser portador de alguma doença crônica, enquanto que 24% referiu ter boa saúde. Lessa (1998) (6) afirma que de 50% das pessoas idosas apresentam Hipertensão Arterial (HA) e Andrade (2009) (7) afirma que a diabetes está entre as dez causas líderes de morte, atingindo o percentual de óbitos da população. Em relação á rede de Atenção Básica aproximadamente 91% da população é coberta pelo PSF (5). O Programa Saúde da Família (PSF) é hoje dito como estratégia principal de organização da atenção básica no Brasil. Ações de proteção, promoção, recuperação da saúde e prevenção de doenças são desenvolvidas em enfoque multiprofissional, entre os integrantes da equipe está o profissional de enfermagem, que tem uma grande responsabilidade na promoção da saúde do idoso. A frequência com que o idoso procurava o serviço de enfermagem, 60% referiu buscar consulta mensalmente, 24% busca orientações bimensais e 16% trimestrais. Acerca das orientações quanto a nutrição, 96% afirmou a pratica desta durante as consultas. Diante das práticas voltadas para a assistência ao idoso na busca da qualidade de vida desta população ao serem questionados acerca da satisfação dos serviços de enfermagem recebidos, 80% referiu satisfação, e 20% apontaram falhas no serviço, que variaram desde o acolhimento até a demora na busca dos serviços especializados. As práticas de enfermagem apontadas pelos idosos durante as consultas individuais restringiram-se á questões voltadas para as doenças crônicas (48%) da amostra, seguida de 22% referiram prevenção de doenças, 18% apontaram orientações acerca de medicações e 12% relataram promoção da saúde. Dentro as atividades extras realizadas pela enfermagem, 60% citaram as palestras

abordando a saúde como predominantes (60%), atividades religiosas (26%), orientações em grupo (12%), e atividade de lazer (2%). Em relação a frequência aos serviços especializados, apenas 40% (fisioterapia) realizavam consultas de rotina, os demais frequentavam o serviço sem ter estabelecida uma rotina na USF. Nesse cenário, o desafio deve ser no sentido de operacionalizar a atenção adequada ao idoso, considerando a amplitude e gravidade de seus problemas funcionais. Para tanto se faz necessário à implementação de políticas de saúde, passíveis e condizentes com a autêntica realidade. CONCLUSÃO No decorrer deste estudo foi possível confirmar que na concepção dos idosos eles são bem assistidos pelos profissionais da Unidade de Saúde da Família pesquisada, uma vez que os dados revelam que recebem orientações diversas em relação á dieta, medicações, atividades físicas e dentre as atividades extras realizadas pela enfermagem, enfatizando que os profissionais realizam palestras, atividades religiosas, consulta individuais, atividades grupais de lazer e visitas domiciliares, revelando que os mesmos se preocupam com a promoção da saúde e prevenção de doenças. Conclui-se que é possível desenvolver ações diferenciadas junto aos idosos no serviço de atenção básica, espera-se, portanto, que os profissionais de saúde despertem para o interesse em fortalecer a assistência. Cabe ao setor saúde, promover o acesso da pessoa idosa aos serviços especializados, mantendo, desta forma, a interação que o MS preconiza, e faz-se necessário o planejamento da assistência ao idoso. REFERÊNCIAS (1) IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios no Brasil: 2000. Rio de Janeiro, 2000. 99p. (2) Fitzgerald J. O contexto da saúde do idoso no Brasil. 2008. In:

http://www.nosrevista.com.br/2008/01/07. Extraído do livro: Assistência Farmacêutica ao Idoso, acessado em: 16/04/2012 ás 14:50h. (3) Gil AC. Como elaborar projetos de pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2002.. (4) Berquó E. Algumas Considerações Demográficas Sobre O Envelhecimento da População no Brasil. In: Ministério da Previdência e Assistência Social. Anais. I Seminário Internacional Envelhecimento Populacional; uma agenda para o final do século. Brasília MPAS, 1996. (5) BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria do Gabinete do Ministro da Saúde de n 1395, de 9 de dezembro de 1999, que aprova a Política Nacional de Saúde do Idoso e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da República Federativa do Brasil, p. 20-24, 13 dez., 2006. (6) Lessa, CE. Qualidade de vida. Século XXI. Rio de Janeiro, 2008. (7) Andrade MM. Introdução a metodologia do trabalho Científico: Elaboração de Trabalho de Graduação. Ed. São Paulo: Atlas, 2009.