Universidade Federal do Oeste da Bahia UFOB CENTRO DAS CIÊNCIAS EXATAS E DAS TECNOLOGIAS CET Desenho Arquitetônico Prof. Dennis Coelho Cruz

Documentos relacionados
Aula 3 : Desenho Arquitetônico

DESENHO DE ARQUITETURA I

DESENHO TÉCNICO. AULA 04 - REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Curso: Engenharia Civil Matéria: Desenho Técnico

PROJETO ARQUITETÔNICO 1 PA1

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

AULA 3 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA. (Continuação) Parte II. Prof. João Santos

DESENHO TÉCNICO REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA

DESENHO TÉCNICO I AULA 06 PLANTAS BAIXAS. Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR Colegiado de Engenharia Civil Prof. Philipe do Prado Santos

DESENHO TÉCNICO REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA

3 Medidas, Proporções e Cortes

AULA 3. (Continuação) Parte II EDI 64 ARQUITETURA E U. Profa. Dra. Giovanna M. Ronzani Borille

Projeto arquitetônico Professora Valéria Peixoto Borges

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

2 Representação Gráfica na Arquitetura

Projeto arquitetônico: Fachadas ou Elevações Professora Valéria Peixoto Borges

2 Representação Gráfica na Aquitetura

Representando Edificações

PROJETO DE ARQUITETURA

Código da Disciplina CCE0047 AULA 3.

Leitura e Interpretaçaão de Projetos. Prof. Osvaldo Gomes Terra Junior

Aula 17- ARQ-011 Desenho Técnico 1: Representação de projetos de arquitetura (seg. NBR-6492: 1994) Antonio Pedro Carvalho

NORMAS PARA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS PARA APROVAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO GERAL ALPHAVILLE LAGOA DOS INGLESES

PROJETO ARQUITETÔNICO

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E URBANISMO

Projeto Arquitetônico Conceitos e elementos. Curso técnico em Eletroeletrônica

DESENHO DE ARQUITETURA - PROJETO ARQUITETÔNICO

PLANTA BAIXA E ELEVAÇÕES

DESENHO TÉCNICO 3. Prof. Mariana Gusmão e Gabriel Liberalquino

DESENHO ARQUITETÔNICO I. O Projeto Arquitetônico

ANEXO I TABELA 1 ÁREAS MÍNIMAS EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

Código da Disciplina CCE0047 AULA 2.

Desenho Técnico em Construções Rurais

DESENHO E ARQUITETURA DESENHO ARQUITETÔNICO

CONVENÇÕES DE PROJETO E DESENHO ARQUITETÔNICO

Representação Desenho Arquitetônico. Prof. Dr Rossano Silva CEG012 - Agronomia

2 Representação Gráfica na Aquitetura

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E URBANISMO

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

Introdução às Estruturas de Edificações de Concreto Armado

FATEC - SP Faculdade de Tecnologia de São Paulo. ACESSOS DE EDIFÍCIOS E CIRCULAÇÕES VERTICAIS - escadas. Prof. Manuel Vitor Curso - Edifícios

Código da Disciplina CCE0985. Aula 2 DESENHO TECNICO 1 - EXERCÍCIO 1.

155 Anexo B Legislação

PLANILHA AUXILIAR B DADOS DO IMÓVEL: PROJETO 02. ÁREA TOTAL TERRENO: 336,00m²

PROCEDIMENTOS PARA APROVAÇÃO

Procedimentos. de projetos

PROCEDIMENTO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE ARQUITETURA

Aula 9. Prof. Regis de Castro Ferreira. Prof. Dr. Regis de Castro Ferreira

DEFINIÇÕES INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CONSTRUÇÃO CIVIL IV

DOBRADURA, ENQUADRAMENTO E LEGENDA

DESENHO TÉCNICO ESCALA

Data: março/2012 AULA 5 ESTACIONAMENTO. CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES - COE Lei nº , de 25 de junho de 1992 Município de São Paulo

PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS NBR :2006

ARQUITETURA. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte e não acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS (60 h)

PLANILHA AUXILIAR C DADOS DO IMÓVEL: PROJETO 03. ÁREA TOTAL TERRENO: 325,00m²

UNISALESIANO Curso de Engenharia Civil Desenho Arquitetônico

FATEC - SP Faculdade de Tecnologia de São Paulo. ACESSOS DE EDIFÍCIOS E CIRCULAÇÕES VERTICAIS - escadas. Prof. Manuel Vitor Curso - Edifícios

PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS NBR :2006

TERMOS USADOS NOS PROJETOS DE ARQUITETURA Alinhamento: É a linha legal, traçada pelas autoridades municipais, que serve de limite entre o lote, ou

RESIDÊNCIA RUA BARCELONA

Tipos de Linhas, Legenda e Construção Geométricas Simples. Prof. Marciano dos Santos Dionizio

AULA 5 DESENHANDO ESCADAS E RAMPAS. Livro Didático - DA2 Pag 71 a 77

3 Medidas, Proporções e Cortes

DESENHO TÉCNICO. AULA 02 - ESCALAS Curso: Engenharia Civil Matéria: Desenho Técnico

UNISALESIANO Curso de Arquitetura e Urbanismo Projeto Arquitetônico Interdisciplinar

PROCEDIMENTOS PARA APROVAÇÃO DE PROJETO

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E URBANISMO

DESENHO TÉCNICO PLANTA DE SITUAÇÃO. Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR Colegiado de Engenharia Civil Prof. Philipe do Prado Santos

ARQUITETURA. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte e não acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

PROCEDIMENTO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE ARQUITETURA

Desenho e Projeto de tubulação Industrial. Módulo I. Aula 07

Pré-dimensionamento e formas

MEMORIAL DESCRITIVO CASA DE MADEIRA

COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS

AULA 2. Parte I EDI 64 ARQUITETURA E U. Profa. Dra. Giovanna M. Ronzani Borille

PROCEDIMENTO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE ARQUITETURA

PROCEDIMENTOS PARA APROVAÇÃO DE PROJETO

DESENHO TÉCNICO. AULA 06 - COBERTURA Curso: Engenharia Civil Matéria: Desenho Técnico

AVALIAÇÃO UNIFICADA 2015/2 ENGENHARIA CIVIL/2º PERÍODO SUBSTITUTIVA - NÚCLEO I CADERNO DE QUESTÕES

Expressão Gráfica. Projeção Ortográfica. Professor: Dr. João Paulo Bestete de Oliveira

Curso Superior de Tecnologia em Refrigeração, Ventilação e Ar Condicionado Disciplina: Desenho Técnico Tema: Projeções, Perspectivas, Vistas e

DESENHO TÉCNICO ESCALA

file:///// /clientes/sinduscon/cub/setembro_2007.htm COMUNICADO IMPORTANTE

Código da Disciplina CCE0047 AULA 2.

DIMENSIONAMENTO E ERGONOMIA. UFPR - DEGRAF - CEG219 Desenho Arquitetônico II - Prof.Márcio Carboni

Alinhamento - Linha divisória legal entre o lote e logradouro público.

MEMORIAL DESCRITIVO. O projeto deverá obedecer integralmente às disposições do Regimento Interno. Deve-se apresentar:

DESENHO TÉCNICO I AULA 02 - ESCALA. Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR Colegiado de Engenharia Civil Prof. Philipe do Prado Santos

DESENHO TÉCNICO CORTES

Desenho Técnico. Prof. Aline Fernandes de Oliveira, Arquiteta Urbanista 2010

ARQUITETÔNICOS PROJETOS

Apresentação do trabalho de prédimensionamento

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS

file:///// /clientes/sinduscon/cub/fevereiro_2007.htm

file:///// /clientes/sinduscon/cub/agosto_2007.htm

Normas de Desenho Técnico

Transcrição:

Universidade Federal do Oeste da Bahia UFOB CENTRO DAS CIÊNCIAS EXATAS E DAS TECNOLOGIAS CET0043 - Desenho Arquitetônico Prof. Dennis Coelho Cruz Aula 4 : Planta Baixa

Planta Baixa: A planta baixa é a vista superior de um corte feito no pavimento utilizando-se um plano horizontal imaginário. Conforme a NBR 6492 (ABNT, 1994a), o corte deve ser feito a, aproximadamente, 1,50 m do piso do pavimento. Contudo, essa altura pode ser variável para cada projeto de maneira a representar todos os elementos considerados necessários. A porção da edificação acima do plano de corte é eliminada, representando-se o que um observador posicionado a uma distância infinita veria ao olhar de cima a edificação cortada. As escalas utilizadas em plantas baixas são, geralmente, as de 1:50 e 1:100. Recomenda-se que a ordem de execução dos desenhos seja a seguinte: planta baixa, cortes verticais, fachadas, planta de locação, planta de coberta e planta de situação.

Em sua apresentação final, a planta baixa deve conter todas as paredes, portas e janelas da edificação. Também devem ser representadas as peças do banheiro, da cozinha e da área de serviço, os pisos impermeabilizados e a projeção do beiral do telhado. Finalmente, devem ser indicados os nomes e as áreas das dependências, as cotas das dimensões das dependências. Planta Baixa:

Planta Baixa: A seqüência de desenho dos elementos da planta baixa deve ser bem ordenada, recomendando-se a seguinte ordem para confecção do desenho: 1. Marcar o contorno externo da planta; 2. Delimitar as paredes externas da edificação (espessura usual de 0,15 a 0,25 m); 3. Desenhar as paredes internas (espessura usual de 0,15 m); 4. Representar a posição dos vãos (portas e janelas) e as suas esquadrias. Juntamente com as portas (sempre representadas abertas) deverão aparecer os arcos que demarcam sua abertura; 5. Representar os aparelhos sanitários e os demais equipamentos (fogão, geladeira, pia, tanque, etc.); 6. Representar os pisos impermeabilizados (normalmente de forma quadriculada); 7. Apagar os excessos das linhas traçadas; 8. Representar a projeção dos beirais, marquises e demais elementos que se localizam acima do plano de corte; 9. Acentuar a espessura dos traços; 10. Identificar portas e janelas e representar suas dimensões; 11. Inserir as cotas; 12. Inserir o nome das dependências, sua área e a respectiva cota do piso; 13. Indicar a posição dos cortes verticais e a entrada da edificação (acesso principal). Nos itens 1 a 8, as linhas deverão ser executadas com traço o mais leve possível. A partir do item 9, a espessura das linhas deve estar em conformidade com o tipo de elemento a ser representado.

Planta Baixa: Tipo e aplicação de linhas em desenho arquitetônico. Fonte: adaptado de ABNT (1994a). Elemento a representar Tipo de linha Espessura da linha Exemplo Paredes e demais estruturas de alvenaria em corte. Contínua ± 0,6 mm Portas, janelas e demais elementos não estruturais em corte. Contínua ± 0,4 mm Elementos visíveis situados abaixo do plano de corte; Linhas de cota; Arcos de abertura das portas; Linhas de chamada. Contínua ± 0,2 mm Hachuras e quadriculados de pisos impermeabilizados; Linhas auxiliares. Contínua ± 0,1 mm Marcação dos planos de corte. Traço e ponto ± 0,6 mm Beirais e demais elementos situados acima do plano de corte. Traço e dois pontos ± 0,2 mm Elementos invisíveis situados abaixo do plano de corte. Tracejada ± 0,2 mm

Ao se projetar as aberturas (portas e janelas) da edificação, deve-se levar em consideração que esses elementos têm a importante função de promover ventilação e iluminação aos ambientes. Para que essa função seja cumprida de forma satisfatória, a área mínima das aberturas de uma determinada dependência deve ser calculada em função da área do piso dessa dependência. Assim, recomenda-se utilizar uma área mínima para as aberturas de: - 15% da área do piso da dependência, quando se tratar de dormitórios ou de salas de estar; - 10% da área do piso da dependência, quando se tratar de cozinhas, copas e lavanderias; - 5% da área do piso da dependência, quando se tratar de banheiros e outras dependências que não necessitem de iluminação natural. Sempre que houver disponibilidade econômica, as aberturas devem ser dimensionadas com a maior área possível. Além disso, quando as aberturas forem direcionadas para áreas cobertas ou varandas, a sua área deve ser maior do que os limites especificados acima. De um modo geral, as aberturas não devem ser projetadas com menos de 0,60 m2 de área. Além disso, nenhuma abertura voltada para a divisa do lote deve ter qualquer de seus pontos situados a menos de 1,50 m da divisa, salvo as aberturas voltadas para o alinhamento dos logradouros. Planta Baixa:

3. Área Serviço Cozinha, Lavanderia, etc. Projetos Residenciais Divisão: 2. Área intima Quarto, Suíte, Banheiros, etc. 1. Área Social Sala Estar, TV Jantar, etc. Circulação

Seção II Do Dimensionamento Art. 67. As edificações residenciais terão no mínimo: I - 1 (uma) cozinha; II - 1 (um) banheiro; III - 1 (um) quarto; IV - 1 (um) estar. 1º. Para efeito do cálculo do número de pessoas da unidade imobiliária residencial, consideram-se as relações abaixo: I - unidade imobiliária com até 1 (um) dormitório: 2 (duas) pessoas; II - unidade imobiliária com 2 (dois) dormitórios: 4 (quatro) pessoas; III - unidade imobiliária com 3 (três) dormitórios: 5 (cinco) pessoas; IV - unidade imobiliária com mais de 3 (três) dormitórios: 7 (sete) pessoas. 2º. A área útil mínima da unidade imobiliária residencial é de 20,00 m² (vinte metros quadrados).

Exemplificação para Dimensionamento Mínimo: Suíte: 3 x 4 m = 12 m2 Dormitório: 3 x 3m = 9 m2 Banho: 2x1,5m = 3 m2 Sala de Jantar: 12 m2 Sala de Estar: 14 m2 Cozinha: 10 m2 Área de Serviço: 4 m2 Garagem: 14 m2 * Levar em consideração dimensionamento dos móveis e espaços de circulação.

Dos Vãos e Iluminação e Ventilação Art. 76. Nenhuma abertura de iluminação e ventilação de edificação, poderá distar menos de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) das divisas do terreno, medido na perpendicular a qualquer de seus pontos. Art. 81. Os poços de ventilação e iluminação devem atender aos seguintes requisitos: I - ter acesso para possibilitar sua inspeção; II - ter área e largura mínimas, respectivamente, 1,60 m² (um metro e sessenta centímetros quadrados) e 0,80 m (oitenta centímetros). DAS GARAGENS E ESTACIONAMENTOS Art. 107. As áreas para vagas de garagens serão fixadas de acordo com as seguintes considerações: I - largura e comprimento mínimos de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) e 5,00 (cinco metros), respectivamente; II - vias internas com largura mínima de 5,00 m (cinco metros).

Fonte: Código de obras do Município de Barreiras