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Transcrição:

Projeto de Resolução n.º 1446/XII-4ª Execução do prolongamento da Linha Verde do Metro do Porto, da Maia até à Trofa até ao final do 1º semestre de 2016 Em Abril de 2012, a Assembleia da República aprovou, sem o voto favorável de PSD e CDS (que aliás, vergonhosamente, tentaram fazer depender essa ligação da análise do projeto, da reavaliação do projeto em questão, nomeadamente verificando as condições para potenciar os rácios de custo-benefício deste investimento ), um Projeto de Resolução do PCP (PJR n.º 290/XII-1ª), que recomendava ao Governo que o prolongamento da linha Verde do Metro, entre o ISMAI e a Trofa, integrasse a 2ª fase da rede do Metro da Área Metropolitana do Porto, afirmando o seguinte: Das quatro linhas originárias da primeira fase só a linha Verde não foi construída em toda a sua extensão. As outras três linhas viram inclusivamente os trajetos originários alargados até ao estádio do Dragão, no caso das linhas Azul e Vermelha, até Santo Ovídio, a linha Amarela. A linha C - Verde, no entanto, iniciou a sua operação em 30 de Julho de 2005, primeiro entre a estação de Campanhã e o Fórum da Maia no centro desta cidade e um pouco mais tarde, em 31 de Maio de 2006, entre o centro urbano da Maia e o ISMAI, mais a Norte, ainda em território maiato, mas nunca mais arrancou a sua conclusão até ao centro da cidade da Trofa conforme o previsto originariamente e confirmado mais tarde, em 2007, quando da assinatura de um Memorando de Entendimento entre a o Governo e a Junta Metropolitana do Porto. Entretanto, a empresa Metro do Porto, SA, chegou mesmo a avançar com a construção de uma nova linha que não integrava a primeira fase da rede, a linha E Violeta, que passou a ligar o Aeroporto do Porto à linha Vermelha (na estação de Verdes), criando-

se, a partir de 27 de maio de 2006, uma nova ligação entre o Estádio do Dragão, a Estação de Campanhã e o Aeroporto. Mais recentemente, em 2 de Janeiro de 2011, a atual rede do Sistema de Metro Ligeiro da Área Metropolitana do Porto foi alargada com a entrada em funcionamento da linha F Laranja, entre a Senhora da Hora e Fânzeres (concelho de Gondomar), uma sexta linha que já fazia parte do conjunto de linhas originariamente previstas para a segunda fase da rede do Metro da Área Metropolitana do Porto. Em suma, a linha da Trofa isto é, a linha Verde (C) - que desde sempre fez parte da primeira fase da rede do Metro da Área Metropolitana do Porto, nunca foi construída na sua totalidade, não obstante os sucessivos compromissos assumidos mas sempre adiados - com aquele Concelho e sua população. Deve relembrar-se que, em Fevereiro de 2002, foi encerrado o serviço ferroviário nas linhas da CP da Póvoa de Varzim e da Trofa justificado, à altura, com o argumento de tal permitir a construção das linhas do metro, sobre o ramal existente, nomeadamente a ligação à Estação da Trindade (no Porto) à Póvoa de Varzim e à Trofa. No que se refere à Póvoa de Varzim, o compromisso assumido foi cumprido (a linha construída passou a servir as populações da parte ocidental dos concelhos da Maia, Vila do Conde e da Póvoa de Varzim as mesmas antes servidas pelo comboio), já no caso da Trofa, as populações da região viram o metro ficar-se pelo Instituto Superior da Maia (ISMAI), na Maia, e perderam o comboio. Isto significa que as populações a norte do ISMAI, a quem foi retirado o comboio, estão há mais de doze anos à espera do cumprimento da promessa feita, de que em breve teriam o metro a servi-las.

Dizia ainda o Projeto de Resolução do PCP que é uma questão ética e de justiça - para além de constituir a reconstituição de um serviço público de transportes coletivos que foi retirado às populações em 2002 - que seja concluída a linha Verde, completando-se assim a ligação entre o ISMAI e o centro da cidade da Trofa. Importa referir que, conforme afirmado no Projeto de Resolução do PCP, a construção do prolongamento da linha C até à Trofa foi confirmada e novamente consagrada no Memorando de Entendimento subscrito entre o Governo e Junta Metropolitana do Porto, com o qual, aliás, infelizmente se concretizou a governamentalização da gestão da empresa Metro do Porto em prejuízo da posição maioritária que até aí estava justamente atribuída aos representantes do poder local e metropolitano. O ponto 4 desse Memorando de Entendimento, subscrito em 21 de Maio de 2007 entre o Governo da República e a Junta Metropolitana do Porto ( ) enuncia o Programa de novos investimentos 2.ª fase do Sistema de Metro Ligeiro do Porto e diz, no seu ponto 4.1., que esta 2.ª fase é constituída, entre outras linhas, pela Ligação ao concelho da Trofa, acrescentando no ponto imediato (4.2.) que a ligação ao concelho da Trofa será garantida pelo prolongamento da linha da Trofa entre o ISMSI e Trofa. Afirmava ainda o Projeto de Resolução que o que se espera é que este novo compromisso formalizado no âmbito deste Memorando de Entendimento não seja novamente violado. De facto, em Dezembro de 2009, e dando neste particular seguimento ao disposto no referido Memorando de Entendimento, o Governo e o Conselho de Administração da Metro do Porto, SA, desagregaram da 2.ª fase da rede a construção do prolongamento da linha Verde até à Trofa, e anteciparam o lançamento do seu concurso, como aliás

previa o Memorando de Entendimento para o caso da empreitada global não estar em condições de ser colocada em concurso na totalidade. Foi assim lançado, no final de 2009, o concurso para a construção da extensão da linha C (Verde), entre o ISMAI e a Trofa, com o valor base de 140 milhões de euros, e que em Dezembro de 2010 estava já em fase de adjudicação quando foi inesperadamente anulado. Na altura em que foi anunciada esta decisão ( ) ficou a saber-se que, para a Administração da Metro do Porto a construção da linha do metro para a Trofa, mesmo depois de 2014, não é prioritária e inclusivamente ficará na pendência do resultado de estudos cuja natureza e justificação só se compreende num contexto em que se pretenda abandonar a sua construção! O que - com essas afirmações do seu Presidente - a Administração da Metro não explicou foi o facto da Metro do Porto, SA ter lançado o concurso da obra para a Trofa um ano antes, no final de 2009, o que implica, obrigatoriamente, que todos os estudos necessários, incluindo os de natureza ambiental tinham sido realizados e convenientemente analisados. A invocação da necessidade de novos estudos para relançar a empreitada depois de 2014, (e só no caso dos estudos assim o determinarem), não radica, por isso, em critérios de verdade e de transparência, quiçá se pretenda apenas começar a tratar do enterro definitivo do projeto de construção da extensão da linha C (Linha Verde) do ISMAI até à Trofa. Mas se em 2009 nada avançou, em 2010 também não, ficando evidente a falta de vontade política para concluir a linha do Metro. Recorde-se que, no final de 2010, a Administração da Metro do Porto, SA apresentou formalmente ao Governo da altura, uma proposta para viabilizar o lançamento do concurso para o que designava por 2.ª fase da rede, mas onde já não incluía o prolongamento da linha Verde até à Trofa, só contemplando as restantes quatro linhas que constavam do Memorando de Entendimento subscrito em Maio de 2007. E é bem verdade que, apesar da Administração da Metro, SA, ter na mesma altura, (Dezembro de 2010), anulado o concurso para a conclusão da linha Verde até à Trofa, nunca tomou qualquer iniciativa,

nem mostrou qualquer interesse ou vontade em aditar aquela sua proposta ao Governo e apresentar uma nova proposta para o lançamento completo da obra da segunda fase, de acordo com o previsto no Memorando, isto é, incluindo a linha da Trofa. Não fez tal correção ou aditamento em Dezembro nem o fez em nenhum momento dos seis meses que o Governo da altura demorou a responder àquela proposta Aprovado em Abril de 2012 na Assembleia da República, o Projeto de Resolução do PCP relembrava a responsabilidade das várias Administrações da Metro do Porto, bem como dos sucessivos governos protagonistas deste processo que se arrasta desde 2002. Tal incumprimento é tremendamente revelador das responsabilidades de PS, PSD e CDS, todos eles no Governo desde 2002 responsabilidades que o PCP não deixará de denunciar, nem relembrar. Os sucessivos Governos, bem como as Administrações da Metro do Porto, têm ignorado olimpicamente aquelas que são as necessidades da população da Trofa e da população a norte do concelho da Maia, e têm negado, a estas populações, o direito à mobilidade. O PCP interveio reiteradamente sobre este assunto, denunciando as injustiças de todo este processo e o desrespeito e desprezo a que têm sido votadas estas populações, e tem colocado perguntas e apresentado propostas, mesmo em sede de muitos Orçamentos do Estado, no sentido de concretizar a construção da linha do metro que ligasse o ISMAI à Trofa na sua grande maioria rejeitadas por PS, PSD e CDS.

A exceção foi o Projeto de Resolução do PCP que deu origem à Resolução da Assembleia da República nº74/2012, que, no entanto, foi deixada na gaveta pelo atual Governo PSD/CDS. Em documentação disponível no site da Metro do Porto, o prolongamento da Linha C, designadamente a ligação do ISMAI à Trofa está, aparentemente, incluída na 2ª fase de expansão do Metro do Porto uma intenção que não saiu do papel e cuja execução se desconhece quando será feita. É importante relembrar que a 2ª fase de expansão do Metro do Porto foi suspensa pelo atual governo, que se tenta escudar na crise económica e financeira. Mas a verdade é que foram as opções políticas de PSD e CDS, com a cumplicidade do PS (os signatários do Memorando da Troika) que prejudicaram e continuam a prejudicar os interesses destas populações. Importa referir que a população da Trofa já dinamizou um conjunto de iniciativas e posições públicas, ao longo dos anos, exigindo o cumprimento de promessas feitas, tendo mesmo, num passado recente, dinamizado uma Petição entregue na Assembleia da República, reclamando a construção da linha do metro até à Trofa e justificando claramente a necessidade desta ligação, demonstrando ainda a indignação sentida pela profunda injustiça que têm sido alvo. Considerando o direito à mobilidade destas populações, entendendo que o prolongamento da linha C (Linha Verde), do ISMAI à Trofa é da mais elementar justiça para responder às necessidades da região e lembrando que a aplicação formal do Pacto de Agressão argumento para a suspensão deste e de outros investimentos já terminou há cerca de um ano, o PCP insiste no cumprimento da Resolução nº 74/2012, acrescentando um prazo para a construção da referida Linha.

Neste sentido, o PCP propõe, que a Assembleia da República recomende ao Governo: 1. Que sejam tomadas as medidas necessárias à execução da recomendação prevista na Resolução da Assembleia da República nº 74/2012. 2. A construção da ligação do ISMAI à Trofa, enquadrada no prolongamento da Linha C (Verde) do metro do Porto, a concretizar até ao fim do 1º semestre de 2016. Assembleia da República, 23 de abril de 2015 Os Deputados, DIANA FERREIRA; JORGE MACHADO; DAVID COSTA; RITA RATO; JOÃO RAMOS; PAULA SANTOS