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Transcrição:

Nota Informativa Executivo Federal BRASÍLIA, 09 DE DEZEMBRO DE 2010 15h20min NOVO GOVERNO DEZ NOVOS MINISTROS SÃO CONFIRMADOS Em 08/12/2010, a Presidenta da República Eleita, Dilma Rousseff, anunciou os nomes de mais dez novos ministros para integrar sua futura equipe de governo. Dentre os escolhidos encontramse cinco nomes do PMDB, três do PT e um do PR. Na conta do Partido de Dilma, a Senadora Ideli Salvatti (PT/SC) assumirá o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA); a Deputada Federal Maria do Rosário (PT/RS) chefiará a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR); e o atual Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo (PT/PR), ficará responsável por conduzir o Ministério das Comunicações (MC). Além disso, a futura Presidente escolheu a jornalista Helena Chagas para chefiar a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Nos partidos da base aliada, o PMDB garantiu o retorno do Senador Edison Lobão (PMDB/MA) ao Ministério de Minas e Energia (MME) e a manutenção de Wagner Rossi (PMDB-SP) à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Além disso, o partido ficará responsável pelo Ministério da Previdência Social (MPS), por meio da escolha do Senador Garibaldi Alves (PMDB/RN) para Ministro; pelo Ministério do Turismo (MTur), que terá como chefe o Deputado Federal Pedro Novais (PMDB-MA); e pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), que terá como Ministro-Chefe Moreira Franco (PMDB/RJ). Já no caso do PR, o partido manteve o comando do Ministério dos Transportes que, a partir de 2011, voltará a ser chefiado pelo senador Alfredo Nascimento (PR/AM). PT predomina sobre o futuro da Esplanada Considerando a distribuição vigente até o início do processo de desincompatibilização de ministros para concorrer às eleições de 2010, o partido do Presidente da República, o PT, detinha 17 dos 37 cargos de ministros, ou seja, 46% dos Ministérios. Com a confirmação de mais dez nomes da futura esplanada, Dilma Rousseff demonstra que a tendência de predomino do PT sobre os cargos de primeiro escalão deverá se perpetuar no próximo governo. Isto porque, até o momento, 50% dos chefes das pastas confirmados estão ligados ao partido da Presidente eleita e a tendência é que esta proporção se mantenha. Entre os nomes do PT divulgados ontem, figuras tradicionais da legenda e contadas como certas no novo governo foram confirmadas. É o caso do Ministro Paulo Bernardo, que continuará na cúpula do governo, com a responsabilidade de conduzir o Ministério das Comunicações. Como Ministro desde 2005, Bernardo tornou-se peça chave de condução das políticas orçamentárias do governo. Natural de São Paulo (SP), o futuro Ministro das Comunicações foi bancário e construiu a sua vida política no estado do Paraná, onde foi eleito Deputado Federal pelo PT por três mandados. No segundo deles, foi vice-líder do PT e presidente da Comissão Mista de Planos Orçamentos Públicos e Fiscalização. Além disso, já ocupou o cargo de secretário de Fazenda do Estado de Mato Grosso do Sul e secretário de Fazenda do município de Londrina (PR). SHIS QI 05 Chácara 27 CEP: 71600-540 Brasília, DF Tel.: 61 3364-1355 Fax: 61 3248-1355 E-mail: umbelino@umbelino.com.br

No novo Ministério, Paulo Bernardo terá sobre sua gestão grandes desafios, entre eles: implantar o Plano Nacional de Banda Larga e a Lei de Comunicação Eletrônica; gerir as concessões de rádio e de TV; e reorganizar a administração da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) que fora alvo de sucessivas crises ao longo dos últimos anos. Entre os seus indicados, cabe ressaltar o cumprimento da promessa de Dilma com relação à meta preencher um terço do primeiro escalão com mulheres. Para cumprir esse objetivo, a nova Presidente analisa os quadros dos partidos aliados em busca de possíveis nomes que tenham respaldo político para ocupar as vagas na Esplanada. Neste podem ser inseridos os nomes da Senadora Ideli Salvatti (PT/SC) e da Deputada Maria do Rosário (PT/RS). A futura Ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, foi a primeira mulher eleita ao Senado pelo estado de Santa Catarina. Este ano, disputou o governo de Santa Catarina e ficou em terceiro lugar, atrás de Angêla Amim (PP) e do governador eleito, Raimundo Colombo (DEM/SC). Nascida em São Paulo, Ideli construiu sua trajetória política em Joinville, no interior de Santa Catarina, onde foi morar na década de 70. Uma das fundadoras do PT catarinense, foi professora da rede pública de ensino do estado entre 1983 e 1994, período em que militou no movimento sindical da categoria. A vida parlamentar de Ideli Salvatti começou em 1994, quando foi eleita deputada estadual. Na eleição seguinte, em 1998, foi reeleita e assumiu a liderança da bancada do PT na Assembléia Legislativa. Como Deputada Federal, no final da década de 90, integrou as comissões de Educação e de Trabalho. No Senado Federal, passou a ser líder da bancada petista a partir de 2006 e, em 2009, líder do governo no Congresso. Já a futura responsável pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da Republica no governo Dilma, Maria do Rosário, iniciou sua militância no movimento estudantil secundarista e no Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul. Foi vereadora de Porto Alegre por dois mandatos (1993-1999) e, em 2002, foi eleita deputada federal, sendo reeleita em 2006, sempre com expressivas votações. No Congresso Nacional, desde 2003, coordena a Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e foi vice-presidente das Comissões de Direitos Humanos e Minorias, e Educação e Cultura. Em 2008, Maria do Rosário foi candidata à Prefeitura de Porto Alegre, tendo conquistado 328 mil votos no segundo turno das eleições na capital gaúcha. Ainda na conta de mulheres do primeiro escalão, pode ser contabilizada a indicação de Helena Chagas para chefiar a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Sem partido definido, a jornalista chegou ao governo em 2007, para ocupar a Diretoria de Jornalismo da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), criada por medida provisória pelo Presidente Lula. Ela deixou o cargo em abril deste ano para se integrar à campanha de Dilma Rousseff à Presidência. Antes de ir para o serviço público, Helena Chagas teve passagens por grandes veículos de comunicação do país. Ela trabalhou na TV Globo e, entre 2004 e 2006, foi diretora da sucursal do jornal O Globo, em Brasília (DF). Em seguida, teve uma passagem pelo SBT. 2.

PMDB, mantém ou amplia? Após muitas negociações, articulações e pressões políticas, atritos e desentendimentos, o PMDB teve os seus cinco (primeiros) Ministros anunciados pela Presidente eleita. Com a pretensão inicial de assumir o mesmo número de Ministérios que o PT, o partido do Vice-Presidente eleito, Michel Temer (PMDB/SP), incluiu apenas no terceiro anúncio os nomes de seus indicados na composição dos chefes da Esplanada. Tal situação pode ser vista como função da dificuldade dos peemedebistas em saciar a sua histórica demanda por cargos e também como vitória momentânea da equipe petista no controle da ambição do seu principal aliado nas eleições e no futuro governo. Porém, quando questionado sobre o número total de pastas a serem ocupadas pelo PMDB, Michel Temer não se posicionou, demonstrando que as disputas internas da base deverão continuar. Entre os nomes confirmados encontra-se o Senador Edison Lobão (PMDB/MA), que voltará ao Ministério de Minas e Energia, após se descompatibilizar do cargo e elerger-se novamente Senador pelo estado do Maranhão. Lobão teve a seu favor a sua proximidade com Dilma, conquistada durante o trabalho que realizaram juntos na elaboração do marco regulatório do pré-sal. Além disso, a opção por Lobão contempla o grupo político do presidente do Senado, José Sarney (PMDB/MA) que, apesar de suas negativas, é um forte concorrente a continuar na presidência do Senado Federal. Edison Lobão nasceu em 1936 e é natural da cidade de Mirador (MA). Em carreira pública, atuou como Assessor do Ministro da Viação e Obras Públicas; como Assessor do Ministro do Interior e como Membro do Conselho de Administração da Companhia de Telefônica de Brasília (TELEBRASILIA). Exerceu mandatos de Deputado Federal nos períodos de 1979 a 1983 e de 1983 a 1987; de Governador, entre 1991 e 1994; de Senador nos mandatos de 1987 a 1991 e de 1995 a 2003. Atualmente, exerce o mandato de Senador. Já foi filiado a ARENA, PDS, PFL e DEM. Respaldado pelo forte apoio de Michel Temer, Wagner Rossi continuará a frente do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Com a base política em Ribeirão Preto (SP), Rossi conduz o Ministério desde abril, quando assumiu no lugar do peemedebista Reinhold Stephanes. Ao lado de Moreira Franco, que assumirá a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), a permanecia do Ministro pode ser analisada como parte da cota ' pessoal do futuro vice-presidente da República. Wagner Gonçalves Rossi, 67 anos, é advogado e Ph.D em Administração e Economia. Foi duas vezes deputado estadual na Assembléia Legislativa de São Paulo e ocupou o cargo de Secretário de Estado em diversas áreas, como Transportes, Educação, Esportes e Turismo. Além disso, foi presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Por sua vez, Moreira Franco é sociólogo e está no PMDB desde 1972, onde já ocupou os seguintes cargos: governador do Rio de Janeiro (1987-1991); diretor do Centro de Estudos Governamentais do Instituto de Organização Racional do Trabalho (1991-1994); e Deputado Federal, dentre outros. Em 2008 assumiu a Vice- Presidência de Fundos e Loterias da Caixa Econômica Federal, afastando-se do cargo em 2010 para se dedicar a campanha de Dilma Rousseff. Além de Minas Energias, Agricultura e a Secretaria de Assuntos Estratégicos, o PMDB garantiu outros dois importantes Ministérios: Previdência Social (MPS) e Turismo (MTur). Em função da grande capilaridade de suas ações e influência direta sobre gestão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o MPS possui grande destaque na continuidade de um governo que tem como seu principal foco a valorização das ações sociais. Comandará o Ministério o Senador 3.

Garibaldi Alves (PMDB/RN). Reeleito ao Senado pelo Rio Grande do Norte com mais de um milhão de votos, Garibaldi assumiu o seu primeiro cargo eletivo como Deputado Estadual em 1971, função que exerceu por quatro mandatos consecutivos. Foi ainda prefeito de Natal (RN) entre 1986 e 1988 e Senador eleito para o período de 1991 a 1998. Renunciou em 1994, para assumir o cargo de Governador do Rio Grande do Norte. Reeleito governador em 1998, renunciou ao cargo em 2002, desta vez para voltar ao Senado. Já o Ministério do Turismo, que junto com os Ministérios do Esporte (ME) e das Cidades (MCid) representa um dos pilares das ações do governo federal para realização nos próximos anos dos dois maiores eventos esportivos do planeta (Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016), ficará sob a responsabilidade do Deputado Federal Pedro Novais (PMDB/MA). Ele assumiu o primeiro mandato em 1983 e iniciou a sua vida partidária na década de 70, quando filiou-se à Arena. Em 1980, ingressou no PMDB. Depois, passou pelo PDC e PPR. Voltou para o PMDB em 1994. Já foi reeleito para Deputado Federal seis vezes e é ligado ao Senador José Sarney (PMDB/AP), além de ter exercido o cargo de auditor fiscal do Tesouro Nacional e secretário de Fazenda do governo do Maranhão. PR e sua conquista Detentor de um dos maiores orçamentos da esplanada, o Ministério dos Transportes estava entre os órgãos mais disputados pelas legendas da base aliada por estar ligado diretamente ao desenvolvimento da área de infraestrutura do país. Setor que, com o crescimento econômico projetados para os próximos anos, será o foco de grandes demandas do setor empresarial e, conseqüentemente, dos recursos do governo federal. Para manter o seu domínio sobre a referida pasta, o PR tomou como prioridade na disputa de espaço dentro do futuro governo a volta do Senador Alfredo Nascimento (PR/AM) à chefia do Ministério. Cabe lembrar que Alfredo deixou a pasta em abril para concorrer nas eleições de outubro e o órgão foi entregue ao seu Secretário- Executivo, Paulo Sérgio Passos, também filiado ao partido. Tal articulação política foi baseada no fato do partido controlar a pasta desde o início do primeiro mandato do Presidente Lula. Alfredo Nascimento foi vice-governador do estado do Amazonas e ocupou diversas secretarias na administração municipal de Manaus (AM). Além disso, foi eleito duas vezes para prefeito da capital amazonense e foi superintendente da Zona Franca de Manaus. Em 2004, deixou o segundo mandato de prefeito de Manaus para ocupar o cargo de Ministro dos Transportes. Cabe ressaltar ainda que, sob a tutela do Ministério, o PR controla ainda a Valec, estatal que está construindo, por exemplo, a Ferrovia Norte-Sul; e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável por investimentos em rodovias. Com relação ao DNIT, cogita-se que a permanecia do diretor-geral Luiz Antonio Pagot é dada como certa pelo Partido. Pagot está no cargo desde outubro de 2007 e é ligado ao ex-governador de Mato Grosso e Senador eleito Blairo Maggi (PR/MT). 4.

QUADRO RESUMO - NOMES OFICIALIZADOS MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Miriam Belchior (PT) Miriam Aparecida Belchior é engenheira de alimentos e mestre em Administração Pública e Governamental. Foi convidada para ocupar o cargo de Subchefe de Articulação e Monitoramento, da Casa Civil, pelo ex-ministro José Dirceu, durante o Governo Lula. Foi mantida no cargo por Dilma Rousseff, à época Ministra Chefe da Casa Civil. É ex-mulher do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em 2002. Nos últimos anos, ganhou destaque no grupo governamental responsável pela administração do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Guido Mantega (PT) MINISTÉRIO DA FAZENDA Guido Mantega, 61 anos, nasceu em Gênova, na Itália. É economista pela Universidade de São Paulo (USP) e doutor em Sociologia do Desenvolvimento pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). Exerceu o cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de 2004 a 2006. Atuou ainda como Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) de 2003 a 2004. Desde 2006, é Ministro da Fazenda. Alexandre Tombini BANCO CENTRAL DE BRASIL Alexandre Antônio Tombini, 46 anos, é economista pela Universidade de Brasília (UnB) e Ph.D. em Economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. Desde abril de 2006, exerce o cargo de diretor do Banco Central do Brasil (BACEN). Já exerceu os cargos de diretor de Assuntos Internacionais e diretor de Estudos Especiais do BACEN. É cotado para ocupar o cargo de presidente do BACEN. Antônio Palocci (PT) CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Antônio Palocci Filho, 50 anos, é médico sanitarista. Foi vereador e prefeito no município de Ribeirão Preto, além de ter sido deputado estadual e deputado federal pelo estado de São Paulo. No governo do Presidente Lula, coordenou o processo de transição governamental e ocupou o cargo de Ministro da Fazenda de janeiro de 2003 a março de 2006. Atualmente, exerce o seu segundo mandato de Deputado Federal. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA 5.

José Eduardo Cardoso (PT) José Eduardo Cardozo, 48 anos, é natural de São Paulo (SP) e possui mestrado em direito. Foi vereador (1995/2003), secretário de governo (1989/1992) na cidade de São Paulo e chefe de gabinete da Ministra da Administração, Luiza Erundina, durante o governo Itamar Franco. Filiou-se ao PT em 1980 e desde o início de 2008 ocupa o posto de secretário-geral do Diretório Nacional do Partido. Atualmente, está no segundo mandato consecutivo como Deputado Federal. Gilberto Carvalho (PT) SECRETARIA GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Gilberto Carvalho, 59 anos, é formado em Filosofia. Foi ligado à Pastoral Operária, movimento da Igreja Católica, brasileira e desempenhou diversas funções no Partido dos Trabalhadores (PT). Exerce o cargo de chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi secretário da prefeitura de Santo André em 2002, durante a gestão do exprefeito Celso Daniel. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Wagner Rossi (PMDB) Wagner Gonçalves Rossi, 67 anos, é advogado e Ph.D em Administração e Economia. Foi duas vezes deputado estadual na Assembléia Legislativa de São Paulo e ocupou o cargo de Secretário de Estado em diversas áreas, como Transportes, Educação, Esportes e Turismo. Além disso, foi presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Atualmente é Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, assumindo o cargo após Reinhold Stephanes deixar a pasta para concorrer nas eleições de 2010. Edison Lobão (PMDB) MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA Edison Lobão nasceu em 1936, é natural da cidade de Mirador (MA) e bacharel em Direito pelo Centro Educacional Unificado do Distrito Federal (CEUB). Já atuou como Assessor do Ministro da Viação e Obras Públicas; Assessor do Ministro do Interior; e como Membro do Conselho de Administração da Companhia de Telefônica de Brasília (TELEBRASILIA). Exerceu dois mandatos de Deputado Federal, um de Governador e dois de Senador. Foi filiado a ARENA, PDS, PFL e DEM. Pedro Novais (PMDB) MINISTÉRIO DO TURISMO Pedro Novais Lima é advogado e auditor fiscal do Tesouro Nacional. Possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), além de especialização em Direito Financeiro, e em Planejamento Tributário. É deputado federal por seis legislaturas (83/87; 91/95; 95/99; 99/03; 03/07; 07/11), já tendo atuado como Secretário da Fazenda do Estado do Maranhão nos anos de 1975 a 1978 e de 1988 a 1990. Pertence ao quadro de filiados do PMDB desde 1994. MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 6.

Garibaldi Alves Garibaldi Alves Filho, 63 anos, é advogado. Foi deputado estadual por quatro mandatos consecutivos, prefeito de Natal e governador do Rio Grande do Norte. Está em seu segundo mandato como Senador, cargo para o qual foi novamente reeleito. Ocupou a presidência do Senado e atualmente preside a Comissão de Assuntos Econômicos da Casa. SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Moreira Franco (PMDB) Moreira Franco nasceu em 19 de outubro de 1944, em Teresina (PI). Graduado em Sociologia, possui pós-graduação e é doutor pela École Pratique des Hautes Études (Sorbonne), da França. Foi governador do Rio de Janeiro (1987-1991), diretor do Centro de Estudos Governamentais do Instituto de Organização Racional do Trabalho (1991-1994) e Deputado Federal. De 1998 a 2002, assumiu o cargo de Assessor Especial do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Em 2008 assumiu a Vice-Presidência de Fundos e Loterias da Caixa Econômica Federal, afastando-se do cargo em 2010 para se dedicar a campanha de Dilma Rousseff. É filiado ao PMDB desde 1972. Ideli Salvatti (PT/SC) MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA Ideli Salvatti, 58 anos, é natural de São Paulo e possui licenciatura em Física pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atualmente é senadora, tendo assumido o mandato em 2003. Já foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (SC), Deputada Estadual em SC (1995/1999 e 1999/2003), líder do PT no Senado e líder do Governo no Congresso. SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Maria do Rosário (PT/RS) Maria do Rosário, 44 anos, é natural de Veranópolis (RS) e é professora e pedagoga com especialização no temário da violência doméstica. Foi duas vezes Vereadora de Porto Alegre, além de Deputada Estadual no Rio Grande do Sul. Disputou a prefeitura de Porto Alegre em 2008, mas foi derrotada por José Fogaça (PMDB/RS). Nas eleições de outubro foi eleita para o 3º mandato de Deputada Federal. Antes de ingressar no PT foi filiada ao PCdoB. Paulo Bernardo (PT/PR) MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES Paulo Bernardo Silva, 58 anos, foi bancário no Banco do Brasil. Iniciou sua vida política em 1987, como diretor da Federação dos Bancários do Paraná. Em 1991, foi eleito pela primeira vez Deputado Federal (PT/PR). Também foi Secretário da Fazenda da cidade de Londrina (PR) e do estado do Mato Grosso do Sul. Em 2005, renunciou seu terceiro mandato como Deputado Federal para assumir o cargo de Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, onde está atualmente. MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES 7.

Alfredo Nascimento (PR) Alfredo Pereira do Nascimento, 58 anos, é bacharel em Letras e Matemática e possui especialização em Administração de Pessoal. Foi vice-governador do estado do Amazonas e ocupou diversas secretarias na administração municipal de Manaus (AM). Também foi duas vezes prefeito de Manaus. Em 2004, deixou o segundo mandato de prefeito para ocupar o cargo de Ministro dos Transportes. Além disso, foi superintendente da Zona Franca de Manaus. Atualmente, é senador pelo estado do Amazonas. SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Helena Chagas Helena Maria de Feritas Chagas é jornalista e executiva da área de comunicação, formada pela Universidade de Brasília (UNB). Durante 10 anos foi repórter do jornal O Globo. Em 1995, ocupou os cargos de diretora Regional da Sucursal em Brasília, chefe de redação e coordenadora política. De maio de 2006 a novembro de 2007 foi diretora de jornalismo do SBT. Além disso, foi diretora de Jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) até março de 2010, quando se afastou do cargo para integrar a equipe de campanha de Dilma Rousseff. Equipe da Umbelino Lôbo Assessoria e Consultoria 8.