Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira. Funchal, 29 de Fevereiro de2016

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Transcrição:

PCPþ GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses - 9004-506 Funohal Ao Plenário ut_üt4 tt - ENIKADA Re ião Autónoma de Madeira -Assembleia [esislatlva Presidênõla Ns 1974 Pe7,2.5lP Data:29-fev-16 Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira N/Ref." 021 I I í-gppcpdil- 1." Funchal, 29 de Fevereiro de2016 Exmo. Senhor o Grupo Parlamentar do PCP-Partido comunista Português r" ordë'd,fjjp,i'$',,i í5lätiva da Região Autónoma da Madeira vem, ao abrigo das disposições regim.ntuirtti*ll.íéóëåjë,9 237.o e alíneas a) e c) do artigo 238J), requerer a V. Exa. processo de urgência para o Projecto de Proposta de Lei à Assembleia da República intitulado "Pela vígêncíø das Convenções Colectivøs de Trøbølho", da autoria deste Grupo Parlamentar, e que se anexa. Com os melhores cumprimentos, Plo Grupo Parlamentar do PCP na : r i,;., Os deputados rj,îñ*tq I

PCPþ GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS NOTA JUSTIFICATIVA A. Sumário a publicar no Diário da República Pela vigência das Convenções Colectivas de Trabalho. B. Síntese do conteúdo do projecto Projecto de Proposta de Lei à Assembleia da República que visa garantir a vigência das Convenções Colectivas de Trabalho. C. Necessidade da forma de Projecto de Proposta de Lei A forma de Projecto de Proposta de Lei resulta da necessidade de criar um diploma com superior valor hierárquico normativo. D. Avaliação sumária dos meios financeiros envolvidos na respectiva execução Do diploma e pela sua natureza não resultam novos encargos financeiros directos. E. Avaliação do impacto decorrente da aplicação do projecto Tendo por base uma série de considerações que evidenciam a importância e a necessidade de garantir a vigência das Convenções Colectivas de Trabalho, justifica-se amplamente a alteração ao Código do Trabalho com vista à reposição do princípio do tratamento mais favorável e a proibição da caducidade dos contratos colectivos de trabalho, permitindo assim a salvaguarda de direitos essenciais de quem trabalha, a reversão do gravoso retrocesso verificado nos últimos anos em termos de direitos laborais e o combate à exploração laboral. F. Conexão legislativa Constituição da República Portuguesa; Código do Trabalho 2

GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS PROJECTO DE PROPOSTA DE LEI À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Pela vigêncía das Convenções Colectívas de Trabølho Preâmbulo Considerando que foi através da Contratação Colectiva que os trabalhadores conquistaram um significativo acervo de direitos essenciais; Considerando que a Contratação Colectiva é um importantíssimo direito que deve ser protegido, e jamais poderá existir uma livre e justa negociação dos contratos colectivos de trabalho com a ameaça da sua caducidade; Considerando que o actual mecanismo de caducidade apenas favorece o patronato que aposta na ameaça da caducidade para impor retrocessos inaceitáveis nos contratos colectivos de trabalho; Considerando que os contratos colectivos de trabalho devem ser um instrumento para o progresso dos direitos dos trabalhadores e, por consequência, paru o progresso e desenvolvimento do País; Considerando que a Contratação Colectiva é um direito fundamental dos trabalhadores, reconhecido como tal pela Constituição da República Portuguesa, e um importantíssimo instrumento de melhoria das condições de trabalho e para o desenvolvimento do País; Considerando que foi e é através da Contratação Colectiva que se registaram significativos progressos nas condições de trabalho e na consagraçáo de um conjunto muito vasto de direitos que assumem um papel importante na melhoria das condições de vida dos trabalhadores abrangidos; Considerando que os contratos colectivos de trabalho são instrumentos negociados e assinados entre sindicatos e patrões, em que as parte chegam a acordo quando às condições de trabalho e sua remuneração, pelo que o ataque à Contratação Colectiva, em curso, é um ataque à liberdade negocial; Considerando que atacar a Contratação Colectiva é alacar os direitos de quem trabalha e agravar a exploração; 3

GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Telefone: 291210589 - Telefax: 291230132 - Email: pcp_alram@netmadeira,com Considerando que os contratos colectivos de trabalho são uma peça fundamental na vida dos trabalhadores portugueses, e são um instrumento indispensável para uma justa distribuição da riqueza no nosso País; Considerando que os direitos consagrados na Contratação Colectiva devem ser protegidos, e que o Código do Trabalho deve ter um verdadeiro papel na promoção da Contratação Colectiva de Trabalho; Considerando que o fim do princípio do tratamento mais favorável e a imposição de tegras de caducidade reflectiram-se numa acentuada quebra da Contratação Colectiva e num gigantesco retrocesso em termos de direitos laborais; Neste sentido, justifica-se amplamente a reposição do princípio do tratamento mais favorável e a proibição da caducidade dos contratos colectivos de trabalho por via da sua renovação sucessiva até à sua substituição por outro, livremente negociado entre as partes. Assim, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, nos termos no disposto na alínea f) do n.o 1 do artigo 227.o e na alínea b) do n.o I do artigo 37.' do Estatuto Político- Administrativo da Região Autónoma da Madeira, aprovado pela Lei n!3ll9i, de 05 de Junho, com as alterações introduzidas pela Lei n.o 130199, de 2I de Agosto e n.' 1212000, de 2I de Junho, apresenta à Assembleia da República a seguinte Proposta de Lei: Artigo 1." Objecto O presente diploma procede à nona alteração ao Código do Trabalho, aprovado em anexo à Lei n.o 712009, de 12 de Fevereiro, que aprova a revisão do Código do Trabalho, com as alterações introduzidas pela Lei n.o 10512009, de 14 de Setembro, pela Lei n.o 5312011, de 14 de Outubro, pela Lei n.o 2312012, de 25 de Junho, pela Lei n! 4712012, de 29 de Agosto, pela Lei n." 6912013 de 30 de Agosto, pela Lei n." 2712014, de 08 de Maio, pela Lei n.' 5512014, de 25 de Agosto e pela Lei n.o 2812015, de 14 de Abril. 4

GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES Artigo 2." Alteração ao Anexo à Lei n.o 712009, de 12 de Fevereiro Os artigos 3.o,476.o,500.o e 502.o do Código do Trabalho, aprovado em anexo à Lei n.o 712009, de 12 de Fevereiro, passam ater a seguinte redacção: " [...J Artigo 3.' (..) l- Aos contratos de trabalho aplicam-se: a) As normas legais sobre regulømentação de trabalho; b) Os instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho; c) Os usos laborais que não contrariem a lei e os instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho; d) O princípio da boa-fé. 2- As fontes de direito superiores prevalecem sempre sobre as fontes de direito inferiores, salvo na parte em que estas estabeleçam um tratamento mais favorável para o trabalhador. 3- As normas legais sobre regulamentação de trabalho podem ser afastadas por instrumento de regulamentação colectiva de trabalho, sølvo quando delas resultar o contrário. 4- As normas legais sobre regulamentação de trabalho só podem ser afastadas por contrato individual de trabalho quando este estabeleça condições mais favoráveis para o trabalhador, se delas não resultar o contrário. 5- As normas legais reguladoras de contrato de trobalho não podem ser afastadas por portoria de condições de trabalho. 5

GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES 6- As normas dos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho só podem ser afastadas por contrato de trabalho quando estabeleçam condições mais favoráveis para o trahalhador. t...1 Artigo 476.' (. ) As fontes de direito superiores prevalecem sobre as fontes de direito inferiores salvo na parte em que estas, sem oposição daquelas, estabeleçam um tratamento mais favorável para o trabalhador. t.. l Artigo 500," Denúncia de convenção colectiva Qualquer das partes pode denunciar a convenção colectiva para o termo de cada período de vigência, mediante comunicação dirigida à outra parte, acompanhada da respectiva proposta negocial. t...1 Artigo 502.' Cessação davigência de convenção colectiva l- A convenção colectiva apenas pode cessar mediante revogação por acordo das partes 2- Revogado. 3- Revogado. 6

PCPþ GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES Telefone; 291210589 - Telefax: 291230132 - Email: pcp_alram@netmadeira.com colectiva. 4- Aplicam-se à revogação as regras referentes ao depósito e à publicação de convenção 5- A revogação prejudica os direitos decorrentes da convenção, continuando todavia o respectivo regime a aplicar-se aos contratos individuais de trabalho anteriormente celebrados e às respectivas renovações. ". Artigo 3." Norma revogatória São revogados os artigos 5.o e 10.o da Lei n." 712009, de 12 de Fevereiro, que aprova a revisão do Código do Trabalho, e os artigos 497.o,501.o e os números 2 e 3 do artigo 502.o do Código do Trabalho, aprovado em anexo à Lei n.o 7 12009, de 12 de Fevereiro. Artigo 4.o Entrada em vigor O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. Funchal, 29 de Fevereiro de20l6 Plo Grupo Parlamentar do PCP na ALRAM Os deputados (,' Z*--p J,;//',ø,/n /q 7

GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira Assunto: Furr*damentação da iniciativa de adopção do processo de urgência Funchal,29 de Fevereiro de2016 Exmo. Senhor O Grupo Parlamentar do PCP vem, por este meio, de acordo com as disposições regimentais (artigo 237.o do Regimento da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira), a propésito da fundamentagão da iniciativa de adopção do processo de urgência requerido para o Projecto de Proposta de Lei à Assembleia da República intitulado "Pela vigência das Convenções Colectivas de Trabalho ", informar V. Exa, que a urgência requerida para a referida iniciativa legislativa justifica-se, essencialmente, pelo pressuposto de que negar o direito à Contratação Colectiva é, antes de mais, contrariar a Constituição da República Portuguesa, no que a esta questão concerne. No caso concreto da Região Autónoma da Madeira, é urgente desbloquear o impasse verificado na Contratação Colectiva de forma a salvaguardar direitos elementares dos trabalhadores. A título de exemplo, podemos referir o sector da Hotelaria, que atravessa uma fase de crescente ocupação c'om reflexo no aumento das receitas, mas cujos trabalhadores não beneflrciam de qualquer aumento saiarial há já quatro anos. Esta é uma situação que também se faz sentir noutros sectores de actividade com significativa expressão regional, como é o caso dos Transportes, Construção Civil, Bebidas e outros, nos quais a intenção dos empresários é provocar a cessação pura e simples dos respectivos contratos colectivos, limitando ainda mais todo um conjunto de direitos essenciais dos trabalhadores, direitos esses que, nos últimos anos, têm vindo a conhecer sucessivos retrocessos. Justificam-se, por isso, medidas activas para desbloquear esta situação e retomar os processos de negociação directa entre as partes, garantindo assim o pleno respeito por um direito constitucionalmente garantido aos trabalhadores.

Assim, face ao exposto, é requerida a aplicação do "processo de urgência" no agendamento e discussão do Projecto de Proposta de Lei à Assembleia da República intitulado "Pela vigência das Convenções Colectivøs de Trabalho". Sem outro assunto, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos, P'lo Grupo Parlamentar do PCP na ALRAM Os deputados Ricardo Nóbrega Lume (--, Sílvia Martinha Vas concelos /,/tø't*þ