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Transcrição:

Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Coordenador: Ignacio Cano Co-coordenador: João Trajano Sento-Sé www.lav.uerj.br Rua São Francisco Xavier 524, 9 andar - Bloco F - Sala 9103 Maracanã - Rio de Janeiro - RJ - Cep 20550-900 Telefone: (21) 2334-0944 1

Boletim de Criminalidade Abril de 2013 Apresentação Com o objetivo de contribuir para o debate público qualificado acerca da violência e da criminalidade no Estado do Rio de Janeiro, o Laboratório de Análise da Violência - LAV da UERJ pretende monitorar e divulgar mensalmente um conjunto de indicadores que permitam acompanhar a evolução dos delitos violentos. Importante frisar que os indicadores não foram elaborados com o propósito de servirem como critérios de avaliação dos serviços prestados pelas agências de Segurança Pública. Eles podem, contudo, servir como fonte complementar de informação para o planejamento e para a implementação de políticas públicas relativas à segurança no Estado do Rio de Janeiro. Definição dos Indicadores A proposta dos indicadores de criminalidade violenta é descrever e analisar a evolução temporal daqueles delitos que produzem maior comoção e alarme social. Ela representa uma adaptação de outra proposta, produzida em 1999, por uma Comissão Especial composta por especialistas e pesquisadores da área de Segurança Pública. Para o cálculo dos indicadores, são considerados apenas os delitos que envolvem violência. Estes delitos, por sua vez, podem ser classificados em três categorias distintas: a) mortes violentas intencionais; b) crimes violentos não letais contra a pessoa; c) crimes violentos contra o patrimônio. A separação dos tipos de crimes violentos nestas três categorias se justifica pela natureza distinta dos fenômenos inclusos em seu interior, que operam segundo lógicas distintas e possuem dinâmicas diferentes. Além disso, esta categorização procura evitar problemas relacionados a unidades diferentes de registro, já que para alguns crimes são contabilizados os registros de ocorrência e, para outros, as vítimas. Uma primeira diferenciação ocorre entre os eventos criminais que resultam em morte das vítimas e aqueles em que não há vítimas fatais. Estes 2

constituem fenômenos de ordens distintas que não permitem uma soma simples. Optou-se pela separação dos crimes que resultam em morte, frisando a importância dos crimes letais, que devem constituir uma das prioridades fundamentais das ações e políticas da Segurança Pública. Outra diferenciação importante diz respeito à separação dos crimes violentos não letais contra pessoa e contra o patrimônio. Tal classificação é condizente tanto com a representação social que as pessoas fazem destes dois tipos de crime, quanto com a classificação legal dos mesmos. Os primeiros resultam de conflitos interpessoais. Os segundos possuem uma motivação econômica. Esta divisão permite ainda que não sejam misturados crimes registrados segundo o número de vítimas e aqueles recolhidos apenas segundo o número de ocorrências. Vale ressaltar que um dos princípios para a formulação dos indicadores de criminalidade violenta foi evitar, na medida do possível, problemas de validade decorrentes do uso de categorias diversas e ambíguas para classificar um mesmo fenômeno. Por exemplo, uma mesma morte pode ser classificada, algumas vezes, como encontro de cadáver e outras vezes como homicídio. Isto abre a porta para sérios problemas de comparação entre lugares e momentos diferentes e introduz a possibilidade de manipulação do indicador. Para diminuir esta possibilidade, os indicadores tentaram incluir todas as categorias que poderiam ser usadas para classificar o fato. Fontes Os indicadores adotados se baseiam exclusivamente em registros policiais, mais precisamente, nos Registros de Ocorrência (R.O.) da Polícia Civil, divulgados no Diário Oficial. Os dados são recolhidos da página do Instituto de Segurança Pública ISP 1. Para o cálculo das Taxas por 100 mil habitantes, são utilizadas estimativas elaboradas com base no Censo de 2000 e 2010, e no Censo de 2010 do IBGE. As Taxas aqui apresentadas se baseiam nos indicadores de criminalidade cujas ocorrências foram cometidas intencionalmente, sendo expressas pelo número de vítimas observadas para cada 100.000 habitantes. A 1 http://www.isp.rj.gov.br/conteudo.asp?ident=150 3

Taxa Mensal é obtida a partir da média móvel trimestral, que consiste na razão entre a média das ocorrências destes tipos de crimes nos últimos 3 meses e a população observada no meio do período, possuindo como referência um contingente populacional de 100.000 habitantes. Este procedimento foi adotado visando garantir maior estabilidade e confiabilidade à taxa obtida, na medida em que a média móvel trimestral minimiza distorções causadas por grandes oscilações nos registros ou por possíveis subregistros de determinadas ocorrências no período de observação. Da mesma forma, a população no meio do período é utilizada por ser aquela que melhor representaria a população média estimada para os 3 meses de observação. Assim sendo, o numerador utilizado para o cálculo da taxa é a média das ocorrências nos 3 meses de observação (média trimestral móvel), e o denominador da razão é a população observada no meio do período. Desta forma, as Taxas mensais apresentadas neste boletim se referem à média das ocorrências nos meses de Fevereiro, Março e Abril de 2013, tomando-se como base a população em Março de 2013. Serão observadas as taxas de criminalidade relativas a cada grupo de delitos no mês de Abril de 2013, procurando compara-las às taxas observadas para o mesmo período nos anos anteriores e ao longo dos últimos 5 anos. Pretende-se com isso identificar padrões e alterações na incidência dos tipos de crimes observados, tanto em relação às suas características sazonais quanto à evolução no longo prazo. Os dados serão analisados de acordo com a divisão regional adotada pelo ISP, no caso o Estado, a Capital, a Baixada Fluminense 2, a região da Grande Niterói 3 e os Municípios do Interior 4. 2 A Baixada Fluminense compreende os Municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São João de Meriti e Seropédica. 3 A partir de Janeiro de 2011, Grande Niterói compreende os Municípios de Niterói, São Gonçalo e Maricá. O município Itaboraí fazia parte da Grande Niterói até Dezembro de 2010. 4 As cidades consideradas nesta categoria são todos os demais Municípios do Estado, excluindo-se aqueles citados anteriormente como integrantes da Baixada Fluminense e da Grande Niterói, e a Cidade do Rio de Janeiro, no caso a capital do Estado. 4

1) Mortes Violentas Intencionais: Indicadores: 1) Mortes Violentas Intencionais: Nesta categoria incluem-se os seguintes registros: Homicídio doloso consumado, Lesão corporal seguida de morte da vítima, Latrocínio (roubo seguido de morte da vítima), Encontro de cadáver, Encontro de ossada e Auto de resistência (mortes efetuadas por policiais contra o opositor). As Taxas Mensais observadas para este conjunto de ocorrências podem ser observadas na tabela abaixo: Tabela 1 Mortes Violentas Intencionais: Taxas Mensais Abril de 2013 Região Taxa Mensal Baixada 5.31 Capital 2.10 Estado 2.95 Grande Niterói 3.18 Interior 2.53 Fonte: Instituto de Segurança Pública - ISP/RJ As regiões da Baixada Fluminense e Grande Niterói se destacam por apresentar taxas superiores à média observada para o Estado, enquanto a Capital é a região onde se observa a menor incidência destes tipos de delito no período observado. A evolução destas taxas nos últimos 5 anos pode ser observada abaixo de acordo com a região, observando-se um ligeiro acréscimo no registro destes tipos de ocorrência nos últimos meses na maioria das regiões: 5

out-07 fev-08 jun-08 out-08 fev-09 jun-09 out-09 fev-10 jun-10 out-10 fev-11 jun-11 out-11 fev-12 jun-12 out-12 fev-13 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 Gráfico 1: Mortes Violentas Intencionais Taxas Mensais: Outubro/2007 - Abril/2013 É importante destacar o efeito da sazonalidade na incidência destes tipos de crimes, já que é possível perceber um aumento nas ocorrências registradas nos períodos mais quentes do ano e, inversamente, um decréscimo nos períodos mais frios. Já a comparação mês a mês destas taxas, a partir do intervalo de 1 ano em relação ao período atual, nos mostra que as taxas estimadas entre Maio e Setembro de 2012 são inferiores àquelas do mesmo período no não anterior. No entanto, há um ligeiro acréscimo a partir de Outubro de 2012 que torna os valores bem próximos aos do ano anterior: 6

8,00 Gráfico 2: Mortes Violentas Intencionais - Estado do Rio de Janeiro Taxas Mensais: Comparação Mensal 2012/2013 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio 2011- Abr 2012 Maio 2012 - Abr 2013 Especificamente em cada região, a comparação com o mesmo mês do ano anterior nos mostra uma ligeira queda nas taxas da Capital, da Grande Niterói e do Interior. A região da baixada se destaca por apresentar um acréscimo nestes tipos de ocorrência em relação ao mesmo período de 2012: 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 Gráfico 3: Mortes Violentas Intencionais Taxas Mensais: Estado e Regiões - Mês de Abril - 2012/2013 4,37 5,31 2,23 2,10 2,94 2,95 3,26 3,18 2,95 2,53 2012 2013 7

out-07 fev-08 jun-08 out-08 fev-09 jun-09 out-09 fev-10 jun-10 out-10 fev-11 jun-11 out-11 fev-12 jun-12 out-12 fev-13 1.1) Homicídios Dolosos Incluídos no grupo de Mortes Violentas Intencionais, os homicídios Dolosos merecem uma observação mais atenta, devido à importância peculiar deste tipo de delito para a análise e discussão das questões relativas à criminalidade. Foram registrados 415 ocorrências deste tipo no Estado do Rio de Janeiro no mês de Abril de 2013, sendo 124 deles na capital. As taxas obtidas para este período de acordo com cada região são apresentadas a seguir: Tabela 2 Homicídios Dolosos: Taxas Mensais Abril de 2013 Região Taxa Mensal Baixada 4.42 Capital 1.57 Estado 2.37 Grande Niterói 2.60 Interior 2.10 A Baixada Fluminense apresenta novamente valores bem mais elevados do que as demais regiões, da mesma forma que a capital do Estado apresenta a menor taxa no período e uma queda acentuada ao longo dos últimos anos: 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 Gráfico 4: Homicídios Dolosos Taxas Mensais: Outubro/2007 - Abril/2013 8

Já a comparação mês a mês destas taxas pode ser observada abaixo, a partir do intervalo de 1 ano em relação ao período atual. Sendo os Homicídios Dolosos um tipo de crime integrante do grupo Mortes Violentas Intencionais, observam-se aqui os mesmos padrões para as taxas estimadas para o período 2012/2013 e aquelas estimadas para o período 2011/2012, como pode ser observado abaixo: 7,00 Gráfico 5: Homicídios Dolosos- Estado do Rio de Janeiro Taxas Mensais: Comparação Mensal 2012/2013 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio 2011- Abr 2012 Maio 2012 - Abr 2013 Já a comparação mensal com o ano de 2012 em cada região nos mostra que a capital e o interior do Estado apresentaram uma ligeira uma diminuição na incidência de homicídios dolosos. Por outro lado, na região da Baixada se observa um aumento deste tipo de crime em relação ao ano passado: 9

7,00 Gráfico 6: Homicídios Dolosos Taxas Mensais: Estado e Regiões - Mês de Abril - 2012/2013 6,00 5,00 4,00 3,61 4,42 3,00 2,00 1,62 1,57 2,29 2,37 2,47 2,60 2,37 2,10 2012 2013 1.2) Autos de Resistência Além de apresentarem taxas bem menores em relação aos demais tipos de delito, os registros de Autos de Resistência apresentam também outras características que o diferem dos demais crimes relacionados no grupo Mortes Violentas Intencionais. Foram registradas no mês de Abril de 2013 38 ocorrências deste tipo no Estado, sendo 21 delas na cidade do Rio de Janeiro: Tabela 3 Autos de Resistência: Taxas Mensais Abril de 2013 Região Taxa Mensal Baixada 0.30 Capital 0.27 Estado 0.21 Grande Niterói 0.26 Interior 0.02 Neste tipo de ocorrência, o interior do estado apresenta uma taxa inferior às demais regiões, e a baixada continua demonstrando incidência superior às 10

out-07 jan-08 abr-08 jul-08 out-08 jan-09 abr-09 jul-09 out-09 jan-10 abr-10 jul-10 out-10 jan-11 abr-11 jul-11 out-11 jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 outras regiões estudadas. Sendo este um tipo de ocorrência que apresenta grandes oscilações, é possível afirmar que houve um decréscimo significativo das taxas mensais a partir de 2007 em todas as regiões, com exceção do Interior do Estado, onde a taxa é constante ao longo do período, mas num patamar já muito reduzido. A capital, que historicamente registrava níveis muito elevados de mortes em intervenções policiais, vem registrando uma forte queda nos últimos anos, a ponto de não destoar mais do restante das regiões do estado. Observa-se também um aumento das ocorrências a partir do final de Outubro de 2011, principalmente na região da Grande Niterói e na Baixada: 1,40 Gráfico 7: Autos de Resistência Taxas Mensais: Outubro/2007 - Abril/2013 1,20 0,80 0,60 0,40 0,20 Ainda assim, a Baixada Fluminense foi a região que apresentou a maior queda para este tipo de ocorrência no período observado dentre todas as regiões. A comparação mensal para as taxas do Estado no período de 1 ano pode ser observada abaixo e aponta para um movimento alternado quando se comparam os valores de 2012/2013 em relação àqueles observados no período 2011/2012 em especial a partir de Agosto: 11

1,40 Gráfico 8: Autos de Resistência - Estado do Rio de Janeiro Taxas Mensais: Comparação Mensal 2012/2013 1,20 0,80 0,60 0,40 0,20 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio 2011- Abr 2012 Maio 2012 - Abr 2013 Já as taxas mensais, para cada região, observadas em relação ao mesmo período do ano passado podem ser analisadas abaixo chamando a atenção a já citada queda neste tipo de ocorrência na Grande Niterói e o aumento na Baixada Fluminense: 1,40 1,20 0,80 0,60 0,40 0,20 Gráfico 9: Autos de Resistência Taxas Mensais: Estado e Regiões - Mês de Abril - 2012/2013 0,18 0,30 0,32 0,27 0,24 0,21 0,45 0,26 0,07 0,02 2012 2013 12

2) Crimes Não-Letais Intencionais contra a Pessoa: Nesta categoria estão incluídas as incidências relacionadas à danos físicos ou ameaças que não resultam em mortes, no caso: Ameaça, Lesão corporal dolosa, Tentativa de Homicídio e Estupro 5. Destaca-se que foram registradas 7164 ocorrências de Lesão Corporal Dolosa, 340 ocorrências de Tentativa de Homicídio e 524 Estupros no Estado durante o mês de Abril de 2013. Este grupo possui as características peculiares de ter os valores mais elevados em comparação com os demais, e também de apresentar uma maior homogeneidade entre as regiões no que diz respeito à incidência das ocorrências. As Taxas mensais observadas para este conjunto de ocorrências podem ser observadas na tabela abaixo: Tabela 4 Crimes Não-Letais Intencionais contra a Pessoa: Taxas Mensais Abril de 2013 Região Taxa Mensal Baixada 113.83 Capital 81.70 Estado 94.89 Grande Niterói 85.74 Interior 107.23 A capital do Estado e Grande Niterói são as regiões que apresentam taxas mais baixas obtidas no período. As demais regiões manifestam uma incidência acima de 90 casos por 100.000 habitantes. A evolução destas taxas nos últimos 5 anos apresenta um padrão bem homogêneo para todas as regiões observadas, sendo notável o efeito da sazonalidade na incidência destes tipos de delito. 5 A Lei 12.015, promulgada em Agosto de 2009, extingue as ocorrências anteriormente registradas como Atentado Violento ao Pudor, englobando a partir deste momento na categoria Estupro tanto a conjunção carnal quanto os atos libidinosos diversos, acrescentando, inclusive, a legitimidade da classificação do homem enquanto vitima de Estupro. 13

out-07 jan-08 abr-08 jul-08 out-08 jan-09 abr-09 jul-09 out-09 jan-10 abr-10 jul-10 out-10 jan-11 abr-11 jul-11 out-11 jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 14 Gráfico 10: Crimes Violentos Não-Letais Intencionais contra a Pessoa Taxas Mensais: Outubro/2007 - Abril/2013 12 10 8 6 4 2 É importante destacar a capital do Estado por apresentar a taxa mensal mais baixa no período corrente. 14 Gráfico 11: Crimes Violentos Não-Letais Intencionais contra a Pessoa - Estado do Rio de Janeiro Taxas Mensais: Comparação Mensal 2012/2013 12 10 8 6 4 2 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio 2011- Abr 2012 Maio 2012 - Abr 2013 Estes tipos de crime também não apresentaram grandes variações quando as taxas são comparadas mês a mês, como nos mostra o gráfico 11. 14

As taxas mensais para cada região observadas em relação ao mesmo período do ano passado reforçam uma maior proximidade nos valores das taxas entre as regiões e uma menor discrepância quando comparadas aos outros tipos de crimes, em que as diferenças entre as regiões são bem mais acentuadas: 14 12 10 8 6 4 2 Gráfico 12: Crimes Violentos Não-Letais Intencionais contra a Pessoa Taxas Mensais: Estado e Regiões - Mês de Abril - 2012/2013 114,32 113,83 82,02 81,70 94,77 94,89 82,53 85,74 107,21 107,23 2012 2013 3) Crimes Violentos contra o Patrimônio: Nesta categoria estão incluídas as seguintes ocorrências: Extorsão mediante seqüestro (Seqüestro Clássico), Extorsão, Extorsão com Momentânea privação de liberdade (Seqüestro Relâmpago) e Roubos. O total de Roubos registrado no mês no Estado foi de 9994, com destaque para 2161 roubos de veículos, 4928 roubos de transeunte e 416 roubos em coletivo. Este grupo de delitos apresenta uma diferença muito grande entre as taxas de acordo com cada região. A região do Interior do Estado apresenta valores bem abaixo das demais, enquanto a Baixada Fluminense e a região da Grande Niterói se destacam em uma tendência oposta, no caso a apresentação de elevadas taxas para este grupo de crimes: 15

out-07 jan-08 abr-08 jul-08 out-08 jan-09 abr-09 jul-09 out-09 jan-10 abr-10 jul-10 out-10 jan-11 abr-11 jul-11 out-11 jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 Tabela 5 Crimes Violentos contra o Patrimônio: Taxas Mensais Região Taxa Mensal Baixada 86.48 Capital 64.66 Estado 59.41 Grande Niterói 81.18 Interior 19.99 As diferenças entre o nível de ocorrência destes tipos de crimes entre as regiões podem ser ilustradas pela dinâmica das taxas a partir de Outubro de 2007, momento em que tais taxas eram bastante dispersas, e que desde então evoluíram no sentido de atingir valores menos discrepantes obtendo um ligeiro acréscimo a partir de Outubro de 2012. A exceção é o Interior do Estado, onde as taxas permaneceram num nível constante ao longo do período, e ainda com valores bem inferiores daqueles observados nas demais regiões. Este tipo de ocorrência se destaca também por praticamente não variar muito em função da época do ano, não possuindo, desta forma, fortes efeitos sazonais: 12 Gráfico 13: Crimes Violentos contra o Patrimônio Taxas Mensais: Outubro/2007 - Abril/2013 10 8 6 4 2 A comparação mês a mês mostra pouca variação na taxa entre os períodos observados: 16

12 Gráfico 14: Crimes Violentos contra o Patrimônio - Estado do Rio de Janeiro Taxas Mensais: Comparação Mensal 2012/2013 10 8 6 4 2 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio 2011- Abr 2012 Maio 2012 - Abr 2013 Já a comparação em relação ao mês de Abril de 2012 nos mostra um acréscimo significativo destas ocorrências na Baixada Fluminense enquanto a Capital apresenta um movimento inverso, no caso a diminuição das taxas em 2013: 12 Gráfico 15: Crimes Violentos contra o Patrimônio Taxas Mensais: Estado e Regiões - Mês de Abril - 2012/2013 10 8 6 86,48 71,61 68,49 64,66 57,5859,41 80,8981,18 4 2 17,3519,99 2012 2013 17