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Transcrição:

Seletiva para competição nacional movimenta a Batalha do Calçadão

Durante todo o dia, o Calçadão de Uberaba é palco de batalhas. Inúmeras pessoas batalham alguns trocados vendendo os mais variados produtos, das mais variadas formas. Através das palavras, tentam chamar a atenção quem por ali passa, a comprar o que estão oferecendo. E é também através das palavras, que diversos MCs, tentam convencer a platéia, superar o inimigo e vencer a batalha de rimas. A intimidade com as palavras, a rapidez do pensamento e a língua afiada são fundamentos valorizados nesses embates. Existem dois tipos de batalha de rap: a do conhecimento e a de sangue. Na primeira, os MCs têm que desenvolver as rimas a partir de temas que podem ser pré-estabelecidos pelos organizadores ou escolhidos pela plateia no momento do evento. Já na batalha de sangue, os MCs devem atacar verbalmente o seu adversário. Ambas são batalhas de pura improvisação. Batalha do Calçadão Há cinco anos movimentando a cultura hip hop em Uberaba, a Batalha do Calçadão, idealizada e organizada pelo MC Toi e o DJ Nenê, teve início agosto de 2011, e ganhou maior projeção em 2014, com a parceria realizada entre a Fundação Cultural, na gestão da presidente Sumayra Oliveira, grande entusiasta da

arte. Além da tradicional primeira sexta-feira do mês, no Calçadão, a Batalha acontece no último domingo, no Teatro Experimental de Uberaba e esporadicamente do CEU das Artes. Seletiva Uma rodinha de jovens discutia as últimas seletivas, não só da cidade, mas como de outras localidades. Estudioso e cantor de rap, Lucas Rafael Pereira, 18, foi um dos juízes da seletiva. Lucas acompanha a batalha desde o início e vez ou outra se arrisca nos duelos, mas, ultimamente, tem se dedicado a ouvir e estudar, rimas e o rap como um todo, abre aspas. MC Nandinho, 18, começou nas rimas a menos de um ano e já têm se destacado nas batalhas locais. Junto ao MC Fabão, tem um grupo de rap, o Primazia, que através das letras, leva mensagens de otimismo e, sobretudo, críticas sociais. São mensagens inteligentes, colocadas de forma simples, para chegar à molecada, afirma Nandinho. Campeão MC FRT foi o grande campeão da Seletiva e vai representar Uberaba e região na eliminatória mineira no dia 13 de novembro em Belo Horizonte. No terceiro round, Luís Fellipe de Freitas Oliveira, o MC FRT, levou a melhor na final contra o MC João Felipe.

Perfil João Borges

O perfil desta edição apresenta esse grande músico, compositor, artista e pessoa querida, rico em história e experiência. João Borges é músico profissional há mais de 30 anos. No início, teve sua formação musical no Violão, mas principalmente na Bateria, além é claro da sua voz inconfundível, com interpretações regadas de emoção. Sempre teve o espírito do verdadeiro artista autoral, abordando a música com seriedade e personalidade. Sua primeira banda expressiva foi o Kreddo, onde ainda tocava bateria e cantava. O repertório era basicamente o Rock Clássico, como Deep Purple, Led Zeppelin e outros. O quarteto de duas Guitarras (Marco Aurélio Marinho e Geraldo Mathias), Baixo (Ricardo Morais) e a Bateria consistente e poderosa de João deixou sua marca na história de Uberaba. Um pouco mais tarde em 1986 eu entrei para o Kreddo como Tecladista e Vocalista. Aliás, todos na banda cantavam. O Kreddo foi a primeira Banda a se apresentar na Concha Acústica de Uberaba, e tocou em dezenas de Shows, Eventos, Bailes e Cidades da região.

Por volta de 1988, eu e João montamos nossa segunda banda, o Alerta Vermelho. Juntamente com Ronaldo Magalhães (Baixo) e Marcelo Secundino (Bateria), agora João poderia cumprir seu destino como guitarrista e nunca hesitou em seguir seu coração na mudança de instrumento, e até hoje é guitarrista. O estilo agora era mais voltado para o Pop, como A-Ha, Michael Jackson, David Bowie, mas ainda com referências do Rock, como o Dire Straits, The Police e outros. Depois, com o fim do Alerta Vermelho, João teve outras bandas e diversos trabalhos, como por exemplo o Sandwich Brasil, onde apresentou algumas de suas composições. João Borges também é professor de música, lecionando particularmente aulas de Violão, Guitarra, Baixo, Gaita e Bateria. O nosso Joãozinho Bill como alguns o conhecem, vem de uma safra de músicos que não se fabrica mais. A riqueza que o universo dos Bailes dos anos 80 e 90 trouxe para quem atuou neste mercado nesta época é insubstituível e único. Quem fez Baile, sabe que o repertório é o mais variado e eclético possível. João passa por todos os estilos que se possa ter numa festa. Sem limites. Rock, Pop, Samba, MPB, Forró, Sertaneja, Axé, Baião, Trilhas de Filmes, Bolero, Swing, anos 50, 60, 70, 80, 90 e atuais. Atualmente, trabalha em dupla, numa parceria com sua esposa, Fabiana Lima. João grava seus próprios Playbacks, tocando ele mesmo todos os instrumentos, de maneira precisa, como tudo o que faz. É também pai de Nayana Vallim e Ryan Ribeiro, Baterista renomado de nossa região, cuja genética não poderia negar nem talento, nem criatividade. Enfim, João José Borges dos Reis é pura música e emoção. Faz parte da nossa história, ajudou a construir a música em Uberaba, influenciou dezenas de músicos e tem o meu respeito e

carinho para sempre. Agora um pouquinho do seu pensamento, respondendo o nosso Questionário. Porque você atua na música? Porque tal atuação me dá a chance única de preencher o vazio da vida comum. Pra você, o que é mais importante na música? Primar pela beleza da arte e colorir o todo. O que é necessário para ser um músico próximo ao ideal? Ter musicalidade natural no espírito. Como é sua vida profissional? Não consegui tudo o que desejava, mas obtive um certo sucesso no que fiz, tendo, portanto, uma vida profissional satisfatória. Cite 3 estilos musicais que mais lhe influenciaram Rock, Country e Erudito. Cite 5 artistas que foram definitivos para a sua vida na música David Gilmour, Tony Iommi, Mark Knopfler, John Fogerty e Ian Paice. Como você entende a mídia e se relaciona com ela? (Rádio, TV, Jornais, etc.) Mídia é o amplificador do produto! Minha relação com ela sempre foi de cordialidade mútua (e ainda o é). O que está faltando no cenário musical regional e nacional? Amor despretensioso pela arte pura e simples. Como está a música hoje? Desprotegida e abandonada.

Em que aspectos, na sua opinião, você se destaca dos demais? Sinceramente, em nada! Sou só músico! Perfil Alexandre Ferreira

Na coluna passada, abordei nossa estreia com um olhar geral sobre o universo musical. A partir de agora, farei uma série de perfis de artistas, compositores, músicos e todos ligados à música da nossa Uberaba, inaugurando aqui com Alexandre Ferreira. No final dos anos 80, Alexandre começou com aulas de violão. No início dos anos 90, comprou seu primeiro teclado no Paraguai e iniciou sua experiência em acordes e solos. Lembro que uma das primeiras músicas que me aventurei a tocar foi Imagine do John Lennon e como sempre gostei de sons de synth (teclados sintetizadores), não demorou muito para me familiarizar com a música eletrônica dos anos 90, explica Alexandre Ferreira. Caiu na estrada com a Banda Vênus e conheceu a escola chamada Baile. Foi quando considerou seu início oficial na música em 1992. As bandas de baile entre os anos 80 até o fim dos 90, trouxeram muita experiência para seus músicos, em todos os sentidos. Aqui, observo que o empirismo deste universo é único. Músicos, cantores, empresários viajam por todo o Brasil, lidando com todos os públicos e tocando praticamente toda a gama de variedades musicais.

Mais tarde, diz Alexandre tive a honra de tocar com Joãozinho na banda Union que no final dos anos 90 se transformou na Sandwich Brasil onde partimos para o trabalho de música autoral. Para quem não sabe, muitos dos nossos músicos e artistas aqui de Uberaba possuem obra autoral, e fazem isso geralmente por conta própria, sem contrato de distribuição, sem patrocínio para o estúdio que irá gravar, contando apenas com o espírito de amizade e colaboração entre os próprios músicos. Eu sempre gostei de trabalhos autorais e há quase 12 anos tenho a oportunidade de viver este tipo de proposta com a Banda Outubro. Escolhi Alexandre como personalidade desta coluna por várias razões. Músico competente, profissional, ético, comprometido com as coisas que se propõe a fazer, mas também grande parceiro e amigo. O espírito de gratidão está presente nesta sua alma boa, como podem perceber aqui em sua citação: Se minha vida musical tivesse terminado aqui eu já estaria muito feliz pois haviam dois fatos que ligavam Banda Vênus e Union. Eu decidi tocar teclado ao ver a banda Vênus se apresentando em um bar durante a Expozebu e o Joãozinho era uma referência para mim, um ídolo Imagina ter a oportunidade de tocar com um ídolo! João me procurou na minha casa e me convidou para tocar na Union, convite que veio através da indicação do Djava (baterista). Quando ele saiu de lá eu dava pulos de alegria, eu não esperava ter aquele convite. Foi fantástico!

Nos últimos 16 anos tem contato também com a música católica, participando da direção de grupos e trabalhando na construção de arranjos durante este período. Realizou trabalhos na criação de trilha sonora para comerciais e filmes como o curta Entidades e recentemente auxiliou na produção de captação e criação de foleys do filme Ninfabebê. Alexandre finaliza simpático como sempre. E hoje tive mais uma surpresa ser convidado para esta entrevista para a coluna Sonzera! Puxa! Realmente não imaginei ser um entrevistado e ainda mais por nada mais nada menos que Pedro Amuí, que também é referência e ícone na minha formação musical (formação esta que é constante). Espero que tenha acrescentado algo para você que acompanha esta coluna. Obrigado pela oportunidade!. Obrigado você, irmãozinho.

Cinco anos de Batalha contados em documentário

Toi e o DJ Nenê parceiros em 5 anos de projeto. Na próxima quinta-feira, das 20h às 22h, o Teatro Experimental de Uberaba receberá a exibição do documentário Batalha do Calçadão em comemoração aos 5 anos do projeto. O evento será um encontro das gerações do Hip Hop, com troca de ideia e de experiências desde a primeira geração do Hip Hop de Uberaba até o presente. A informação é de um dos idealizadores e realizador da Batalha, Cairo Damasceno Silva, o MC Toi. Toi destaca que na exibição comparecerá a atual geração do Hip Hop, que irá se encontrar com a que iniciou o movimento em Uberaba. Será importante para as gerações se conhecerem, compartilharem pensamentos em prol de uma melhor construção para o futuro. Bboys, MCs, DJs e grafiteiros estarão presentes para contar suas histórias de

vida vivenciadas na cultura. Será um momento de ensinamentos e principalmente de aprendizados, conta MC Toi. Toi e o DJ Nenê adianta que o documentário conta a história do event ao longo destes cinco anos com depoimentos. O projeto Batalha do Calçadão iniciou em agosto de 2011, com os idealizadores Toi e DJ Nenê. A primeira edição reuniu pouco mais de dez pessoas, quando as rimas, a capela e as batidas eram feitas ao som de um pequeno rádio, da avó do MC Toi. Um ano depois, em 2012, com uma caixa de som pequena, um microfone e a ajuda de lojistas, que emprestavam a energia elétrica, o público e o número de MCs aumentaram. Em 2013 o projeto ampliava com DJs, roda de break, dois microfones e grande aumento de público. Em 2014, o evento foi elevado a nível nacional, sendo um dos mais reconhecidos no país. No mesmo ano a Prefeitura de Uberaba, através da Fundação Cultural, adere ao projeto de MC Toi e DJ Nenê. DJ Nenê Com o sucesso do projeto, a Batalha passa a ocupar, além do Calçadão da rua Arthur Machado, o Teatro Experimental de Uberaba (TEU), o Piscinão/Parque das Acácias, CEU das Artes,

Circo do Povo e o Teatro Vera Cruz, aumentando ainda mais o público. A ocupação da arte urbana também aconteceu em escolas e faculdades, com grande aumento de participantes e espalhando a cultura do Hip Hop por toda a região, se consagrando de vez como uma das maiores do país. O projeto está atraindo tantos jovens que Uberaba foi escolhida para realizar a pré-eliminatória regional do Duelo de MCs Nacional e ganhou reconhecimento nacional. O objetivo da Batalha é difundir a cultura Hip Hop, conscientizando e levando entretenimento aos jovens. Para isso acontecem intervenções de DJs, discotecando, rodas de break, ou dança, apresentações, shows de rap, batalha de MC s e sempre abrindo espaço curto para discussões de temas relacionados com a juventude. Também busca o diálogo com a juventude, que busca espaço para discutir políticas para a cidade. A Batalha no Calçadão é uma forma de dialogar com uma juventude que quer pensar a cidade e a inclusão da arte e cultura como a expressão dos seus desejos, sonhos e perspectivas para o futuro.

Sem filtros Sonzera: termo informal usado como sinônimo de música boa ou grande performance musical. O nome desta coluna foi escolhido pela qualidade dos Músicos, Álbuns, Artistas, Composições, Shows e Projetos que nos propomos a divulgar, discutir, escrever, entrevistar e homenagear neste nosso nicho cultural. Sou músico profissional há 30 anos. A beleza de toda Arte é a constante evolução íntima que ela traz, e também a constante

necessidade de inovação, seja no instrumento, conceito, ou em como a abordamos. seja no De todas as Artes, a Música é a que mais está livre dos filtros mentais e armadilhas do intelecto para que possamos fruí-la de maneira completa. A Música sendo uma linguagem diferente da falada ou escrita, expressa elementos e fenômenos que são indizíveis nas linguagens coloquiais. Expressamos através das notas e harmonias das composições, coisas que não podemos descrever em palavras. Mesmo quando a música tem letra, a letra expressa ideias e sentimentos, mas a parte instrumental expressa outra realidade. Esta realidade paralela assim se faz por ser absolutamente íntima, e atua diretamente em duas instâncias do ser humano: a memória e a emoção. Experimentar a música é como experimentar a vida, pois ambas estão acontecendo em tempo real e cada momento é único. Mesmo quando ouvimos a mesma música repetidamente, cada vez é diferente. Sendo assim, mesmo que pareça paradoxal, esta coluna se propõe a discutir o universo musical, mas o fato é que tudo que é dito ou escrito sobre música, na verdade é apenas uma metáfora. (Stravinski). A inter-relação da música e dos músicos na esfera mundial é tão delicada e complexa que talvez, neste caso também se aplica a teoria do efeito borboleta, ou seja, o que um músico cria em um lugar num determinado momento, se substancial, pode influenciar a música do outro lado do globo. Vivemos tempos áridos em relação às criações e às obras musicais em geral. Existem ícones que direta ou indiretamente, atuam n o campo mundial ou universal se preferir, e que influenciam a música de todos nós, mas o que está acontecendo, e não é de agora, é que estes ícones estão cada vez mais raros. Este ano perdemos dois gigantes da Música, dois destes ícones: David Bowie e Prince. Dois artistas extremamente talentosos, revolucionários e inquietos em sua Arte.

Via Junior apresenta projeto para ateliê de Zé Floresta O Prefeito Paulo Piau recebeu na terça-feira (14) em seu gabinete o empresário José Roberto Martins conhecido como Zé Floresta que tem o ofício de Luthier, que é o profissional especializado na construção e no reparo de instrumentos de cordas beliscadas, como viola e violão. Na reunião, a empresa Junior da Universidade Federal do Triângulo Mineiro UFTM, Via Junior, apresentou o projeto arquitetônico de um ateliê e de uma sala de aula a ser construído em terreno ao lado da casa do músico. A iniciativa teve início com uma conversa entre Piau e o Zé Floresta, durante uma visita do prefeito ao bairro do músico. Assim que conheceu a história do luthier que também dá aulas em um pequeno espaço que tem em sua casa, em meio aos instrumentos e madeiras, Paulo Piau acionou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo para que fizesse uma visita ao micro empreendedor para conhecer sua situação e estudar o que poderia ser feito para ajudar Zé Floresta. O secretário da pasta, José Renato Gomes explica que quando foram conhecer a necessidade de Zé Floresta, ele explicou quanto a existência do terreno ao lado de sua casa e a vontade de construir uma área que abrigasse tanto um ateliê para construção dos instrumentos, quanto uma sala de aula para atender melhor aos meninos do bairro que se interessam em aprender a tocar viola ou violão. É importante destacar que para a Sedec e o Prefeito, não importa o tamanho da empresa, mas sim a vontade de crescer. Vimos as necessidades do Zé Floresta e fizemos uma parceria com as empresas juniores da UFTM, que fez o estudo e montou o projeto, agora em um trabalho conjunto tentaremos conseguir

viabilizar a construção da escola junto a iniciativa privada.essa é mais uma iniciativa que demonstra que não damos atenção apenas para grandes investimentos, como atendemos também o micro empresário, que tem vontade de crescer, explica Gomes. José Roberto aprovou o projeto apresentado pela Via Junior e destacou que utilizará o espaço para dar aulas e trabalhar, oficio que passará a acontecer em um local muito mais aconchegante. Tem pouco tempo que conheço o pessoal da UFTM que tem feito um trabalho muito bom, os alunos são muito atenciosos. Agradeço a todos que estão me apoiando e ao principalmente ao prefeito que acreditou no meu trabalho, aponta Zé Floresta. Atualmente o luthier dá aulas para uma média de 16 alunos, um número que poderá ser muito maior quando as salas de aula mais adequadas forem construídas. O trabalho da empresa Junior, desenvolvida por alunos da Engenharia Civil, é um trabalho multidisciplinar que conta com a orientação da professora Alessandra Beatriz Carneiro Gonçalves Alves, que é arquiteta e do professor Mauro Cesar Barbosa que é Engenheiro Civil. Alessandra destaca que a parceria firmada é interessante, pois consegue unir o ensino com a prática na comunidade, onde os alunos tem a oportunidade de desenvolver o projeto e vivenciar como será a prática depois que saírem da Universidade. A empresa Junior da engenharia civil da universidade desenvolveu o projeto a pedido do Centri que é a união das empresas juniores. Os alunos primeiro conheceram a história do José Floresta, analisaram o espaço e as necessidades do cliente e determinaram os alunos que poderiam desenvolver o projeto arquitetônico que foi apresentado, explica Alessandra. A arquiteta explica ainda que a empresa Junior já trabalha no

desenvolvimento de projetos para a comunidade externa, mas que esse é o primeiro projeto desenvolvido a pedido da Prefeitura e que trouxe o personagem do Zé Floresta. O próximo passo agora será fazer um levantamento dos materiais de construção que foram doados ao músico para determinar o que falta para a execução do projeto. Depois será buscar junto a iniciativa privada e a população, investimentos e doações para poder ser iniciado a execução do projeto.

TEU Show celebra 35 anos da Fundação Cultural

Carlos Giovanny Thiago Costa e O TEU Show desta quinta-feira, 9, será com Carlos Giovanny e Thiago Costa. Com o nome Especial 35 anos de Fundação Cultural de Uberaba, o TEU Show integra as celebrações de aniversário da instituição e acontece no Teatro Experimental de Uberaba. TEU Show fecha o fórum 35 anos de Fundação Cultural de Uberaba Balanço e Perspectivas para as politicas públicas de cultura e será realizado a partir das 19h, com entrada franca. Carlos Giovanny, é formado em música pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), professor de violão no Conservatório de Música Renato Frateschi. O músico também se apresenta com o grupo Novos Bambas, com voz e violão. Em 2011, Carlos venceu o concurso BDMG Cultural (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais) e participou de recital na capital mineira como premiação do concurso. Esteve no Festival Mimu (Movimento Internacional de Música de Uberlândia) em 2011. Giovanny também participou de Masterclasses, como executante, com os renomados violonistas Dejan Ivanovic (professor da Universidade de Évora, Portugal), Florian Larousse (França), Johannes Möller (Suíça), Judicael Perröy (França), Mario Ulloa

(Porto Rico Professor UFBA), Fernando Lima e Cecília Siqueira (Duo Siqueira Lima Brasil/Uruguai), Jodacil Damaceno (Brasil). Em 2011, apresentou-se ao lado de Toninho Horta e Wagner Tiso em show com a Orquestra Popular do Cerrado. Tem participado de diversos projetos realizados pela Fundação Cultural, encantando público com sua voz e repertório marcantes. Em 2014 se apresentou com o músico Thiago Costa no projeto da Fundação Cultural Domingo na Concha, com o show Cordas e Tambores, emocionando os presentes. A mesma performance prometem repetir nesta quinta. O TEU Show encerra o dia do aniversário da Fundação, mas não as comemorações. Na segunda-feira, 13, será aberta a exposição 35 anos de Fundação Cultural, na Galeria de Artes Raquel Machado Casa da Cultura, às 19h.