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Transcrição:

Reprodução e Noções de Embriologia Professora: Emmanuelle Disciplina: Biologia Turma: 2º Médio São Paulo, 2013

Estrutura da Aula Tipos de Reprodução Processos assexuados de Reprodução Ciclos de vida Gametogênese Fertilização Desenvolvimento Embrionário Folhetos Germinativos

Tipos de reprodução o A reprodução é a principal característica dos seres vivos e é por meio dela que a vida tem se perpetuado em nosso planeta. o A reprodução sexuada representa um passo importante na história da vida em nosso planeta, em que ocorre união de duas células com mistura de material hereditário. o A reprodução é o processo pelo qual os seres vivos originam novos indivíduos semelhantes a si mesmos. o A reprodução apresenta duas formas básicas: assexuada ( um único genitor dá origem a descendentes geneticamente idênticos) e sexuada (um novo indivíduo origina-se a partir da união de duas células (gametas) oriundos de indivíduos diferentes.

Processos assexuados de Reprodução o Divisão Binária ou Cissiparidade: Processado assexuado de reprodução, que consiste na divisão de uma célula única, originando duas células filhas, os dois novos indivíduos. o Esporulação: Processo assexuado de reprodução realizado por meio de esporo* (célula especializada que ao ser liberado no ambiente multiplica-se e origina um novo indivíduo) Divisão Binária Esporulação

Processos assexuados de Reprodução o Brotamento: Processo assexuado de reprodução, onde o indivíduo forma broto que se separa do corpo do genitor e forma um novo indivíduo. o Estaquia ou propagação por estacas: Processo de reprodução assexuada, onde um pedaço de caule, a estaca é retirada de uma planta adulta e serve para o plantio de novas plantas. Brotamento Estaquia

o Fragmentação: Processos assexuados de Reprodução Processo de reprodução assexuada, que consiste em fragmentos que se destacam do corpo do genitor e se regeneram originando novos indivíduos. o Partenogênese: Tipo de reprodução assexuada onde o gameta feminino, o óvulo desenvolve-se sem fecundação. Fragmentação Partenogênese

Ciclos de vida A reprodução sexuada envolve a fusão e mistura de material genético de duas células haploides os gametas originando uma célual diploide, o zigoto. Ciclos de vida representam a sequência desde a origem de um indivíduo diploide pela união dos gametas até o momento em que esse indivíduo forma gametas e se reproduz Haplobionte diplonte Meiose gamética Haplobionte haplonte Meiose zigótica

Ciclos de vida Haplodiplobionte Meiose espórica

Gametogênese Organismo que reproduzem-se sexuadamente podem ser classificados em monóicos (ou hermafroditas) e dióicos. Alguns organismos apesar de monóicos possuem fecundação cruzada. Os gametas formam-se a partir de células especializadas, denominadas células germinativas. Nos machos essas células são denominada espermatogônias (localizadas nos testículos) e nas fêmeas são denominadas ovogônias (localizadas nos ovários). O processo de formação de gametas a partir de células germintaivas é denominado gametogênese.

Gametogênese

Fertilização O processo de união sexual dos gametas é denominado Fertilização ou fecundação. Em algumas espécies esse gamatas apresantam forma e tamanho iguais, fala-se em isogamia. Na maioria das espécies, os gametas tem forma, tamanho e atividade diferentes, fala-se em anisogamia ou heterogamia. O encontro dos gametas pode ocorrer no ambiente externo ou internamente no interior do corpo da fêmea. Os espermatozóides são atraídos por substâncias químicas liberadas pelo gameta feminino e ao tocar a superfície do óvulo exposta pela digestão dos envoltórios ovulares ocorre a formação de uma membrana de fecundação.

Cariogamia ou anfimixia Cariogamia ou anfimixia é a união dos pronúcleos femininos e masculinos que marca a formação do zigoto, a primeira célula do novo indivíduo.

Embriogênese ou desenvolvimento embrionário é o desenvolvimento de um indivíduo a partir de um zigoto. Pode ser dividido em três etapas: Segmentação; Gastrulação e Organogênese. o Segmentação ou fases de clivagem: corresponde ao período que vai desde a primeira divisão do zigoto até a formação de um aglomerado de células com uma cavidade interna a Blástula. A fase seguinte corresponde a Gastrulação, onde as células continuam a se multiplicar e se organizam formando a Gástrula caracterizada pela formação do tubo digestório e por três folhetos germinativos. A última fase é a Organogênese caracterizada pela formação dos diversos tecidos e órgãos que existirão no indivíduo adulto.

Tipos de Ovos

o Mórula: estágio de desenvolvimento correspondendo as primeiras clivagens de ovos oligolécitos e heterolécitos formando aglomerados compactos de algumas dezenas de célula; o Blástula: estágio de desenvolvimento em que no interior do aglomerado de células começa a surgir uma cavidade cheia de líquido, a blastocela. Nos ovos telolécitos, a blástula consiste em uma diminuta calota de células na superfície da gema, o blastodisco.

o Gástrula: etapa do desenvolvimento onde as células passam por um grande rearranjo em que se define o plano corporal do futuro animal. A migração de células para dentro do embrião faz com que a blastocela desapareça, surgindo uma nova cavidade o arquêntero (esboço do tubo digestório). O arquentêro comunica-se com meio externo da gástrula por uma abertura denominada blastóporo.

O blastóporo pode dar origem à boca ou ao ânus. Quando dá origem apenas à boca ou tanto à boca quanto ao ânus, os animais são chamados de protostômios (proto = primeiro). É o caso dos vermes, dos moluscos e dos artrópodes. Quando o blastóporo dá origem ao ânus os animais são chamados de deuterostômios(deutero = posterior). É o caso dos equinodermos e dos cordados.

Folhetos germinativos O plano de organização corporal dos animais esboça-se no estágio de gástrula. Até essa fase do desenvolvimento, as células do embrião são muito semelhantes entre si e tem a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo celular, sendo por isso denominadas célula totipotentes. No estágio de gástrula, as células totipotentes da blástula iniciam a diferenciação em conjunto celulares denominados folhetos germintativos.

Folhetos germinativos

Formação do tubo nervoso A formação do tubo nervoso inicia-se quando as células do mesoderma dorsal e endoderma liberam substâncias que induzem as células ectodérmicas acima delas a se diferenciar. O ectoderma dorsal adquire o aspecto de uma placa achatada, a placa neural. A medida em que essa placa se desenvolve forma-se um sulco central longitudinal que se aprofunda e as bordas laterais da placa neural tocam-se e fundem-se, isolando um tubo de células ao longo do dorso do embrião denominado tubo neural ou tubo nervoso. O estágio de desenvolvimento em que ocorre a formação do tubo nervoso é a nêurula.

Formação do tubo nervoso

Formação da notocorda No momento em que o tubo nervoso desenvolve-se, embaixo dele um conjunto de células do mesoderma isola-se e forma um bastão consistente, a notocorda ou corda dorsal. Além de dar suporte ao tubo nervoso e ajudar a definir o eixo corporal, ela controla a diferenciação do mesmo.

Desenvolvimento do mesoderma O tubo nervoso se forma e o mesoderma desenvolve-se e preenche todos os espaços entre o ectoderma e endoderma. Sendo caracterizado de acordo com a sua localização: o Epímero ou mesoderma dorsal: localizado no dorso do embrião, dos lado do tubo nervoso e da notocorda; o Mesômero ou mesoderma intermediário: localizado nas laterais do embrião; o Hipômero ou mesoderma ventral: localizado na região ventral do embrião, separando em duas lâminas ao longo do desenvolvimento, onde encontra-se o celoma.

Desenvolvimento do mesoderma