AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO TARDIA DE COBALTO, NA ABSCISÃO DE FLORES E COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO COMUM (Vigna unguiculata).

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO TARDIA DE COBALTO, NA ABSCISÃO DE FLORES E COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO COMUM (Vigna unguiculata). Rezanio Martins Carvalho (bolsista do PIBIC/CNPq), Fabiano André Petter (orientador Depto de Engenharia UFPI/CPCE), Jordânia Medeiros Soares (colaboradora UFPI/CPCE), Fernandes Antonio de Almeida (colaborador UFPI/CPCE). INTRODUÇÃO Entre as leguminosas, o feijão é reconhecidamente a de maior importância social, visto que é a principal fonte de proteínas das famílias brasileiras. No país, são cultivados anualmente mais de 4,0 milhões de hectares de feijão, sendo a maioria em propriedades pequenas e com rendimento muito baixo (CONAB, 2011). A cultura do feijoeiro é sensível a condições edafoclimáticas principalmente às altas temperaturas e estresse hídrico. Taiz & Zieger (2004) afirmam que condições edafoclimáticas desfavoráveis aceleram a produção de compostos metabólicos que induzem ao processo de senescência e abscisão, fenômeno este que ocorre principalmente devido à ação do hormônio etileno. O íon cobalto (Co 2+ ) é um inibidor da rota de síntese do etileno, bloqueando a conversão do ácido 1-aminociclopropano-1-carboxílico (ACC) em etileno realizada pela ACC oxidase, a última etapa na biossíntese do etileno (Taiz & Zeiger, 2004). Tendo em vista a alta taxa de abscisão floral do feijoeiro, e sendo esta causada por altas concentrações de etileno nos tecidos, se faz necessário o estudo do uso do íon cobalto, uma vez que o mesmo bloqueia a biossíntese de etileno, podendo assim aumentar o pegamento de flores e frutos, aumentando assim a produtividade. Portanto, o trabalho teve como objetivo avaliar a aplicação tardia de cobalto, na abscisão de flores de feijoeiro comum (vigna unguiculata L). METODOLOGIA O experimento foi conduzido a campo no campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI) em Bom Jesus-PI. O feijão caupi foi semeado, em sistema de plantio convencional e irrigado com espaçamento de 0,45 m com 10-12 plantas/m. A adubação de base (N-P-K + micro) utilizada foi de 400 kg ha -1 da fórmula 02-20-18 + micro. Foi realizada adubação de cobertura aos 20 e 35 dias após emergência da cultura com 100 kg de uréia ha -1 dividida nessas duas aplicações. Os tratamentos, num total, de 10 foram compostos pela combinação de cinco doses de cobalto: [0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0 kg ha -1 ] + testemunha em duas épocas: [aos 20 dias após a emergência e no inicio do florescimento] utilizando como fonte de cobalto o sulfato de cobalto.

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições em esquema fatorial 2 x 5 + 1, num total de 44 parcelas. Cada parcela composta por nove fileiras espaçadas em 0,45 m e com 10 m de comprimento, totalizando 40,00 m 2, sendo a área útil para as avaliações de 24,80 m 2. A aplicação dos tratamentos foram feitas distribuições manuais a lanço. No estádio fenológico R6 (vagem totalmente cheia) foi avaliados o número de vagens por planta, o número de grãos por vagem, tomando-se 20 plantas por parcela. Os teores de clorofila foram avaliados antes e após a aplicação dos tratamentos, por meio de clorofilômetro. Aos 7 e 14 dias após a aplicação dos fertilizantes (DAA) foi avaliado a fitotoxicidade à cultura, através de notas visuais em relação testemunha, em que, zero é ausência de injúrias, e 100 é morte total das plantas. Foi avaliada a porcentagem de abortamento de flores em pleno florescimento, com o uso de gaiolas para contagem das mesmas, bem como avaliado o processo de senescência e abscisão através da visualização dos mesmos, dando ênfase, na época e na intensidade desses processos. Os dados foram submetidos à análise de variância. As médias dos parâmetros significativos foram submetidas à análise de regressão e ao teste de Tukey a 5% de significância e análise de regressão. RESULTADOS E DISCUSSÃO Não houve efeito (teste F) da época de aplicação de cobalto nas variáveis analisadas. (Tabela 1) Com exceção da fitomassa seca da parte aérea, as demais variáveis foram significativamente (p<0,05) influenciadas pelas doses de sulfato de cobalto aplicadas. Tabela 1. Análise de variância (valores de F) para o efeito da época e doses de aplicação de Sulfato de Cobalto nas características agronômicas do feijoeiro (Vigna unguiculata) em Bom Jesus, PI, 2012. Fatores Índice clorofila Abortamento flores Sulfato cobalto 4,65** 2,46* Época de aplicação 1,29 ns 0,17 ns CV 10,8 29,0 Fatores Fitomassa fresca da Parte aérea Fitomassa seca da parte aérea Sulfato cobalto 2,69* 1,37 ns Época de aplicação 0,01 ns 0,06 ns CV 24,1 28,0 ns não significativo; ** e * - significativo a 1% e 5% de probabilidade respectivamente pelo teste F. A aplicação de sulfato de cobalto proporcionou ganhos significativos no índice de clorofila e reduziu significativamente o abortamento de flores (Tabela 2). No entanto, não houve diferença significativa (p<0,05) entre as doses de sulfato de cobalto aplicadas. De maneira geral, tem-se verificado correlação direta dos teores de clorofila com níveis de nitrogênio nos tecidos foliares em diversas culturas, em que alguns autores (Ferreira et al., 2006) tem utilizado o índice SPAD

como forma de determinar o estado nutricional da planta quanto aos níveis de N, bem como na recomendação de adubação nitrogenada. Tabela 2. Índice de clorofila e abortamento de flores de feijoeiro (Vigna unguiculata) em função da aplicação de sulfato de cobalto. Bom Jesus - PI, 2012. Índice de clorofila Testemunha (0 kg ha -1 ) 43 b 43 b 0,5 kg ha -1 60 a 61 a 1,0 kg ha -1 56 a 57 a 2,0 kg ha -1 58 a 58 a 4,0 kg ha -1 57 a 57 a 8,0 kg ha -1 58 a 58 a Média 55,3 A 55,6 A Abortamento flores Testemunha (0 kg ha -1 ) 5,5 b 5,5 b 0,5 kg ha -1 2,2 a 2,5 a 1,0 kg ha -1 2,5 a 2,5 a 2,0 kg ha -1 2,5 a 2,0 a 4,0 kg ha -1 1,2 a 2,7 a 8,0 kg ha -1 2,3 a 2,5 a Média 2,7 A 2,9 A Médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas na coluna (vertical) e maiúscula na linha O efeito das doses de sulfato de cobalto no numero de vagens planta -1 foram verificadas apenas quando aplicado aos 20 DAS (tabela 3). Já para o numero de grãos planta -1, independe da época de aplicação verificou-se efeito significativo (p<0,05) da aplicação de cobalto, todavia, não há diferenças entre as doses utilizadas. Tabela 3. Número de vagens e grãos por vagem de plantas de feijoeiro (Vigna unguiculata) em função da aplicação de sulfato de cobalto. Bom Jesus - PI, 2012. Número de vagens planta -1 Testemunha (0 kg ha -1 ) 3,7 b 3,7 a 0,5 kg ha -1 5,7 a 4,2 a 1,0 kg ha -1 4,7 ab 5,2 a 2,0 kg ha -1 5,7 a 5,0 a 4,0 kg ha -1 5,0 ab 4,0 a 8,0 kg ha -1 5,3 ab 5,3 a Média 5,0 A 4,6 A Número grãos planta -1 Testemunha (0 kg ha -1 ) 37 b 37 b 0,5 kg ha -1 68 a 55 a 1,0 kg ha -1 51 a 53 a 2,0 kg ha -1 63 a 62 a 4,0 kg ha -1 45 a 44 a 8,0 kg ha -1 63 a 62 a Média 54 A 52A

Médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas na coluna (vertical) e maiúscula na linha De maneira geral, apesar de se verificar menores valores de fitomassa fresca da parte aérea para as aplicações de 4,0 kg ha -1 de CoSO 4 aos 20 DAS e de 0,5 kg ha -1 de CoSO 4 aos 35 DAS é possível concluir que a aplicação de cobalto não interferem nesse atributo. O mesmo acontece para fitomassa seca da parte aérea, onde não se verificou efeito da aplicação de Co (tabela 4). Tabela 4. Fitomassa fresca e seca e produtividade do feijoeiro (Vigna unguiculata) em função da aplicação de sulfato de cobalto. Bom Jesus - PI, 2012. Fitomassa fresca da parte aérea (g planta -1 ) Testemunha (0 kg ha -1 ) ab 87 ab 0,5 kg ha -1 96 ab 68 b 1,0 kg ha -1 103 ab 87 ab 2,0 kg ha -1 85 ab 124 a 4,0 kg ha -1 72 b 112 ab 8,0 kg ha -1 121 a 115 ab Média 94 A 98 A Fitomassa seca da parte aérea (g planta -1 ) Testemunha (0 kg ha -1 ) 13,4 ns 13,4 ns 0,5 kg ha -1 15,7 15,0 1,0 kg ha -1 18,0 17,3 2,0 kg ha -1 13,0 18,0 4,0 kg ha -1 19,0 18,2 8,0 kg ha -1 21,0 20,0 Média 16,7 A 17,0 A Médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas na coluna (vertical) e maiúscula na linha CONCLUSÃO A aplicação de cobalto proporciona maiores índices de clorofila, redução no abortamento de flores e maior número de grãos em plantas de feijoeiro caupi. AGRADECIMENTOS Ao CNPQ pela conseção da bolsa de iniciação cientifica e a UFPI pelo espaço para realização do experimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONAB. Avaliação da Safra Agrícola 2010/2011. Sétimo Levantamento, Abril/2011 http://www.conab.gov.br/_boletim_abril-2011.pdf. Acesso em julho de 2012. FERREIRA, M.M.M.; FERREITA, G.B.; FONTES, P.C.R.; DANTAS, J.P. Índice SPAD e teor de clorofila no limbo foliar do tomateiro em função de doses de nitrogênio e da adubação orgânica, em duas épocas de cultivo. Revista Ceres, v. 53, p. 83-92, 2006. TAIZ, Lincoln & ZIEGER, Eduardo. Fisiologia Vegetal. Porto Alegre: Artmed, 2004. 719 p. Palavras chaves: feijoeiro. Abscisão. Etileno..