Acta de reunião Rede Social do Seixal - Comissão Social da Freguesia de Fernão Ferro Data: 17 de Janeiro de 2006 Horário: 9.30h Local: Junta de Freguesia de Fernão Ferro Presenças: Constituição da Mesa: Carlos Pereira, Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro Fernando Ferreira, Membro do executivo da Junta de Freguesia de Fernão Ferro Susana Domingos, Centro Comunitário de Arrentela Eugénia Rodrigues, Gabinete de Acção Social da Câmara Municipal do Seixal Sandra Aguiar, Gabinete do Projecto Seixal Saudável da Câmara Municipal do Seixal Instituições participantes: Associação de Moradores do Foros da Catrapona Associação de Moradores da Quinta das Laranjeiras Associação de Moradores dos Redondos Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Fernão Ferro Administração Conjunta da AUGI FF 90 Quinta Júlio Balanço Associação de Proprietários de Pinhal de Freiras e Quinta da Lobateira Comissão da Administração da AUGI FF 36 Quinta do Padre Nosso Administração Conjunta da AUGI FF 70 Comissão de Moradores da Parcela nº 59 Comissão de Moradores do Bairro Alegre Escola Básica com Jardim-de-Infância de Fernão Ferro Igreja Paroquial de Fernão Ferro 1/7
Guarda Nacional Republicana Grupo Territorial de Fernão Ferro Corpo Nacional de Escutas Escutismo Católico Português, Agrupamento 1238 de Pinhal de Frades Extensão de Saúde de Fernão Ferro Externato O Piparote Casa de Repouso do Marco do Grilo Casa de Repouso Novo Horizonte Externato A Casinha Mágica Ordem de Trabalhos: 1. Apresentação pública dos objectivos da das Comissões Sociais de Freguesia, com vista à constituição da Comissão Social de Freguesia de Fernão Ferro 2. Aprovação do regulamento interno da Comissão Social de Freguesia de Fernão Ferro Nesta data teve lugar a primeira reunião plenária, com vista à constituição da Comissão Social de Freguesia (CSF) de Fernão Ferro no âmbito do Programa Rede Social. O Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro iniciou a reunião, referindo que o objectivo da mesma é debater a constituição da CSF de Fernão Ferro, dando assim cumprimento a uma resolução do Conselho de Ministros. Para melhor contextualizar o âmbito desta CSF, efectuou uma abordagem histórica da Freguesia de Fernão Ferro, salientando que esta área territorial, outrora considerada eminentemente rural, tem vindo a ser alvo de uma profunda transformação, no sentido de uma maior urbanização. Actualmente coabitam nesta Freguesia duas realidades: Uma classe média-alta que, inclusivamente, escolhe esta zona como residência principal, a par de uma classe socialmente mais 2/7
desfavorecida, que muitas vezes vive em condições habitacionais mais precárias, recorrendo ao arrendamento de anexos de moradias. Em termos de parceria social, o Sr. Presidente salientou o importante trabalho desenvolvido, muito em particular, Pelo Centro Aberto ligado ao Centro Paroquial, bem como pela Associação Reformados, Pensionistas e Idosos de Fernão Ferro. O seu trabalho tem-se revelado essencial, sobretudo no apoio a pessoas que se encontram isoladas. Neste contexto, tem toda a pertinência para esta Freguesia, proceder-se à constituição de uma Comissão de Freguesia mais alargada, que dê resposta a este e a outros tipos de problemas de índole social. Em seguida, o Sr. Presidente deu a conhecer a constituição da mesa e passou a palavra à Dra. Eugénia Rodrigues, para fornecer mais detalhes sobre o âmbito da Rede Social do Seixal, bem como das CSF. A Dra. Eugénia começou por referir que o programa Rede Social tem vindo a ser implementado em todo o território nacional, desde 2001 e vários municípios têm vindo a aderir desde então. Este programa surge num contexto mais abrangente e prende-se com normas europeias, que têm por objectivo fomentar o ordenamento social do território. O Município do Seixal apresentou, por isso, a sua candidatura e encontra-se a desenvolver todo um processo conducente à implementação da Rede Social em todo o concelho. Desta forma, a Rede Social constitui-se como um fórum de participação, que visa envolver o maior número de entidades numa determinada escala territorial primeiro ao nível do concelho e depois ao nível da freguesia. A adesão dessas entidades materializa-se através da subscrição de uma ficha de adesão, através das quais as mesmas se tornam membro desta rede. Com esta rede pretende-se, em última análise, combater a pobreza e a exclusão social, promovendo o desenvolvimento social da unidade territorial em causa. 3/7
Fazem actualmente parte do Conselho Local de Acção Social da Rede Social do Seixal 80 entidades, as quais poderão também vir a integrar a CSF. A Dra. Eugénia Rodrigues referiu-se ainda à elaboração do diagnóstico social do Seixal, o qual está em fase de conclusão e que será publicamente apresentado no auditório da Junta de Freguesia de Fernão Ferro no dia 1 de Fevereiro de 2006. Através deste diagnóstico social, que será então aprovado, determinar-se-ão quais as áreas que necessitam de maiores investimentos, quais os recursos necessários, entre outros aspectos. Na sequência deste diagnóstico vai ser elaborado um Plano de Desenvolvimento Social para o triénio 2006-2009. Foi também dada a informação de que se encontra disponível a legislação sobre esta matéria, a qual poderá ser facultada no final deste encontro. Em seguida, o Sr. Presidente traçou, em linhas gerais, o âmbito das CSF, salientando a sua importância enquanto mecanismo de inter-ajuda institucional, identificando e actuando sobre as situações mais carenciadas da Freguesia. Na sequência do que foi referido sobre a CSF, a Dra. Susana Rodrigues leu a proposta de regulamento interno, onde é estabelecida a natureza da CSF de Fernão Ferro, os seus objectivos, a sua composição, organização, estrutura, funcionamento e competências. Seguidamente, o Sr. Presidente deu a palavra às instituições presentes, no sentido de colocarem questões sobre a matéria em apreço. O Sr. João Carlos Nunes, membro da Direcção da Administração conjunta da AUGI FF 70, começou por referir que os princípios desta iniciativa são positivos e que representam uma forma de exercício da cidadania, contudo vinha com a expectativa de que o âmbito da reunião estivesse mais relacionada com a problemáticas das AUGIs. O Sr. Presidente elucidou que as AUGIs estão associadas a problemas sociais de diversa ordem e que, nesse sentido, é pertinente a presença de membros destas organizações. 4/7
O Sr. Paulo Basílio, da Comissão de Proprietários da Quinta da Lobateira e de Pinhal de Freiras reiterou a afirmação do Sr. Presidente. Ressaltou também o facto de que as pessoas envolvidas nas AUGIS e organizações afins são meros voluntários, o que levanta diversos constrangimentos no que respeita à sua participação neste tipo de encontros em horário laboral. Nesse sentido, fez um apelo para que futuras reuniões desta natureza passem a decorrer em horário póslaboral. Referiu-se ainda aos problemas urbanísticos da freguesia, associados a problemas de salubridade e de índole social. A este nível manifestou ainda a sua preocupação perante a política de realojamento social da Câmara Municipal do Seixal, mostrando o seu desagrado face à possibilidade de realojar as pessoas que habitam em Vale de Chícharos na Quinta da Mata. Por fim, colocou como questão se as decisões desta Comissão terão algum peso político efectivo. A Dra. Eugénia Rodrigues tomou a palavra e respondeu que todas as decisões terão por base um determinado modelo de intervenção estabelecido para o município e que isso pressupõe respeitar um conjunto de prioridades. Deu como exemplo, o facto de que o Plano Director Municipal terá de passar a tomar em conta aquilo que ficar estabelecido no Plano de Desenvolvimento Social. Neste processo, o poder político terá naturalmente de tomar em conta aquilo que é o sentir do colectivo. Seguiu-se uma intervenção do Sr. Malveiro que referiu estar de acordo com o que disse o membro da Comissão de Proprietários da Quinta da Lobateira. Evidenciou ainda a sua preocupação perante o fenómeno da aculturação dos imigrantes e ao surgimento de guêtos. O Sr. José Guerreiro, do Agrupamento Nacional de Escutas de Pinhal de Frades questionou o modelou de intervenção social vigente no que respeita à comunidade imigrante. Na sua opinião, seria importante não favorecer nem penalizar especificamente nenhum grupo social, dando a todos as mesmas condições. A Dra. Carla da Creche O Piparote questionou a mesa sobre a forma como esta Comissão funcionará em termos práticos e como as questões que a ela são trazidas poderão ser operacionalizadas. Dra. Eugénia referiu, em resposta, que 5/7
tudo dependa da questão a ser analisada e deu como exemplo os projectos que se candidatam a financiamentos europeus esses projectos passarão a ser apreciados pelo CLAS e pela respectiva CSF e esse parecer terá importância na decisão final de desenvolvimento do projecto. A D. Maria Luísa da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Fernão Ferro referiu que tem havido um bom elo de ligação com a Rede Social e aproveitou para apresentar a nova técnica de Serviço Social da Associação (Dra. Sónia), que passará a representar esta entidade na Rede Social. A Dra. Sónia relatou a sua experiência de trabalho anterior numa Rede Social de outro município, salientando a sua utilidade na resolução de problemas comuns à comunidade. A Dra. Paula Duarte, do Centro Paroquial de Fernão Ferro referiu que esta instituição lida diariamente com problemas sociais marcantes e que se não for este tipo de sinergias, os mesmos nunca poderão ter uma efectiva resolução. Neste sentido, apelou à participação de todas as entidades presentes nesta CSF. Teceu ainda um elogio à Junta de Freguesia de Fernão Ferro, pelas respostas que sempre tem procurado dar às suas solicitações. A Dra. Susana Domingos partilhou também a sua experiência de trabalho na Freguesia de Fernão Ferro, elogiando o trabalho em parceria e o grande apoio da Junta de Freguesia. Findos os comentários da plateia, o Sr. Presidente submeteram à votação dos presentes a proposta de regulamento interno da CSF de Fernão Ferro, o qual foi aprovado por unanimidade. Reforçou uma vez mais a importância das instituições aderirem a esta CSF e solicitou que as fichas de inscrição foram remetidas à Junta de Freguesia no prazo máximo de 15 dias. Concluída a sessão plenária, o grupo de trabalho para a constituição desta CSF agendou uma próxima reunião com o Sr. Presidente da Junta e com o Sr. Fernando Ferreira para o dia 6 de Janeiro, a qual terá lugar nas instalações da Junta de Freguesia. 6/7
Nada mais havendo a tratar, deu-se por encerrada a reunião, da qual se lavrou a presente acta que será assinada pelo grupo de trabalho. 7/7