Nota de Imprensa Santander Cultural Recife apresenta Zona Tórrida, certa pintura do Nordeste Paulo Herkenhoff assina curadoria de exposição que contempla 45 obras de 18 artistas Em sintonia com o conceito adotado para a gestão de suas unidades culturais o Santander mantém a busca pela valorização das questões regionais contextualizadas por um olhar global Recife, 21 de março de 2012 A partir de 29 de março, o Santander Cultural Recife abre para o público a mostra Zona Tórrida, certa pintura do Nordeste. A exposição transita pelo tema das identidades locais e sua representação por meio da arte e da cultura. Paulo Herkenhoff, um dos principais críticos e curadores de arte do Brasil, assina a curadoria juntamente com Clarissa Diniz, jovem curadora do Recife. Zona Tórrida convida o visitante a explorar as singularidades da produção artística feita a partir do Nordeste, atentando para a força da cor das obras e sua relação com as características ambientais e culturais da região. A hipótese de que a luminosidade do Nordeste situado na zona tórrida do globo é capaz de conduzir a grandes estridências cromáticas, mobiliza o curador na seleção dos mais de cinquenta trabalhos de autoria de artistas reconhecidos. Paulo Herkenhoff destaca que são obras que exploram o modernismo antecipado de artistas do Nordeste, como Cícero Dias e Vicente do Rego Monteiro, a contribuição teórica dos críticos Gilberto Freyre e Mário Pedrosa na constituição de um debate sobre a modernidade que superasse o folclorismo e buscasse uma dimensão ecológica que trabalhasse simbolicamente a excessiva luminosidade da região, sua conversão em discurso cromático e atenção com o espaço social. Destaque para o painel Eu vi o mundo... Ele começava no Recife (1926-29), de Cícero Dias, pela primeira vez exposto na cidade cuja história é seu fio condutor. Marco da presença da produção artística nordestina no modernismo brasileiro, a apresentação da obra ao público pernambucano atende, assim, à necessidade de pensar criticamente a cultura local, compromisso assumido com empenho pelo Santander Cultural. O catálogo de Zona Tórrida é um relevante documento sobre as relações entre ambiente, arte e indivíduo. Além de ensaio inédito de autoria dos curadores Paulo Herkenhoff e Clarissa Diniz, foram também republicados três textos que discutem a questão da luz na pintura do Nordeste. As ideias de Gilberto Freyre, Mário Pedrosa e José Cláudio acerca das
especificidades dessa relação ganham, assim, fôlego na atualidade, demarcando também a contribuição histórica da discussão. Para Carlos Trevi, Coordenador Geral das Unidades Culturais do Santander, nossa proposta é dar continuidade aos projetos que valorizam a produção artística regional com mostras assinadas por destacados curadores brasileiros. Sobre Paulo Herkenhof Foi curador geral do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM-RJ, Curador Adjunto de Pintura e Escultura do Museum of Modern Art, MoMA, de Nova York, Curador da 24ª Bienal Internacional de São Paulo. Nascido no Espírito Santo, também foi Diretor do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro e é autor de inúmeros livros sobre arte e artigos sobre fotografia. Trecho do texto histórico Algumas notas sobre a pintura no Nordeste do Brasil, de Gilberto Freyre, que consta no catálogo da mostra Não haverá, talvez, paisagem tropical como a do Nordeste brasileiro, tão rica de sugestões para o pintor; nem animada de tantos verdes, tantos vermelhos, tantos roxos, tantos amarelos. Tudo isso em tufos, cachos, corólulas, folhas, de recortes os mais bizarros como os cachos vermelhos em que esplende a ibirapitanga ou arde o mandacaru; como as formas heráldicas em que se ouriçam os quipás; como as folhas em que se abrem os mamoeiros; como as flores em que se antecipam os maracujás; como as coroas-de-frade. Coroas-de-frade que, no silêncio de igreja dos meios-dias do agreste e do sertão, parecem recordar os frades mártires e os padres heroicos que o Nordeste tem dado ao Brasil. É como se a paisagem tivesse ao mesmo tempo alguma coisa de histórico, de eclesiástico e de cívico; e participasse das tradições da região, associando-se pelas suas formas vegetais aos feitos humanos: aos sacrifícios e aos heroísmos dos homens que a tornaram essencialmente brasileira e católica. Lista de obras Almandrade Uma tarde de verão, 2011 acrílica sobre tela 80 x 80 cm Almandrade Sem título, 2003 madeira policromada 130 x 50 x 50 cm Antonio Bandeira Fundição, c. 1946
nanquim e grafite sobre papel 39,7 x 49,4 cm Coleção particular, Rio de Janeiro/RJ Antonio Bandeira Comme des cerisiers au printemps, 1961 100 x 81 cm Coleção particular, Fortaleza/CE Antonio Dias Coração para amassar, 1966 acrílica sobre tecido, estofado e lâmpadas coloridas 113 x 103 x 15 cm Coleção Nina Dias Sem título, 2000 mista sobre maleta 30 x 30 x 25 cm Coleção Rodrigo Braga Sem título, 2000 mista sobre madeira 30 x 30 x 25 cm Sem título, 2000 mista sobre livro 25 x 20 x 05 cm Coleção Rodrigo Braga Sem título, 2001 mista sobre tela 105 x 71 cm Coleção Raul Cordula Sem título, 2000 mista sobre livro
25 x 20 x 5 cm Coleção Leo Asfora Carybé Beira-rio, 1939 62 x 85 cm Coleção particular Carybé Briga de cachorros, 1942 58 x 68,5 cm Coleção particular Cícero Dias Eu vi o mundo... Ele começava no Recife, 1926-1929 Guache e técnica mista sobre papel, colado em tela Parte 1: 198 x 457,5 x 8,5 cm Parte 2: 198 x 395 x 8,5 cm Parte 3: 198 x 333,5 x 8,5 cm Coleção particular, Rio de Janeiro/RJ Cícero Dias Cena vegetal, 1944 80 x 60 cm Coleção Roberto Marinho Cícero Dias Sem título, 1948 76 x 100 cm Coleção Maria Digna Pessoa de Queiroz Delson Uchôa Bambeia pião, 2011 acrílica sobre lona de algodão 220 x 170 cm. Cortesia Luciana Brito Galeria Delson Uchôa Roda pião, 2011
acrílica sobre lona de algodão 220 x 170 cm Coleção Amparo 60 Galeria de Arte Flavio-Shiró Primavera, 1965 191,5 x 126 cm Coleção João Sattamini, comodante Museu de Arte Contemporânea de Niterói Flavio-Shiró Verão, 1965 192 x 125 cm Coleção João Sattamini, comodante Museu de Arte Contemporânea de Niterói Flavio-Shiró Outono, 1965 192,5 x 115 cm Coleção João Sattamini, comodante Museu de Arte Contemporânea de Niterói Flavio-Shiró Inverno, 1965 190 x 110 cm Coleção João Sattamini, comodante Museu de Arte Contemporânea de Niterói Joaquim Rego Monteiro Le Rotondé, 1929 81 x 100 cm Coleção Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) Joaquim Rego Monteiro America do Sul, 1927 73 x 92 cm
Coleção Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) José Cláudio Olha o lance, 1976 óleo sobre Eucatex 80 x 122 cm Coleção Carlos Augusto Lira José Cláudio Morto carregando o vivo, 1982 óleo sobre Eucatex 170 x 245 cm Coleção Cida e Ernesto Roesler José Cláudio Helena, 1976 óleo sobre Eucatex 170 x 80 cm Coleção Vera Magalhães José Pancetti Lavadeiras do Abaeté, 1956 37,5 x 45,5 cm Coleção Sergio Sahione Fadel Lula Cardoso Ayres Carnaval, 1950 89 x 122 cm Coleção Luiz Cardoso Ayres Filho Lula Cardoso Ayres Frevo, 1945 109 x 85 cm Coleção Luiz Cardoso Ayres Filho Lula Cardoso Ayres CABOCLOS TUCHAU do carnaval do Recife, 1963 96 x 96 cm Coleção Thomaz Lobo
Caixa, 1967 tinta sobre madeira 20 x 20 cm (fechada) Caixa, 1967 tinta sobre madeira 30 x 22,5 cm Da série Cromossons, 1994 caneta hidrográfica sobre papel 30 x 36 cm Crepúsculo, 2001 tinta, caneta, carimbo e nanquim sobre papel 20 x 5 cm Fachadas do Nordeste, 1994 Tinta acrílica sobre papelão 40 x 50 cm (cada) Da série Barracas do Nordeste (I Ciclo As Barracas na paisagem), 1973 tinta a óleo sobre Duratex temperado 160 x 220 cm Paulo Meira Concerto para final de milênio, 1998 Instalação: molduras, pregos de chumbo, hélices de madeira, hastes e cabos de aço, encáustica, asas de pombo e tinta laranja Dimensões variáveis
Raimundo Cela Paisagem de Camocim (CE), 1937 66 x 82,5 cm Coleção particular, Fortaleza/CE Raimundo Cela Jangadeiros empurram jangada para o mar, 1940 48 x 65 cm Coleção particular, Fortaleza/CE Rubem Valentim Emblema Logotipo Poético de Cultura Afro-brasileiro nº 6, 1976 acrílica sobre tela 100 x 73 cm Coleção Paulo Darzé Galeria de Arte Rubem Valentim Emblema carnaválico, 1980 acrílica sobre tela 50 x 70 cm Coleção Paulo Darzé Galeria de Arte Thiago Martins de Melo O Ourobouros do Sebastianismo Albino (a Jodorowski), 2011 260 x 180 cm Coleção Fortes D Aloia Vicente do Rego Monteiro O atirador de arco, 1925 65 x 81 cm Coleção Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) Vicente do Rego Monteiro Paisagem zero, 1943 49,5 x 61 cm
Coleção Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC PE) Vicente do Rego Monteiro A mulher e a corça, 1926 91,3 x 64,1 cm Coleção Museu do Estado de Pernambuco, Recife Exposição Zona Tórrida Curadoria Paulo Herkenhoff Abertura 28 de março - somente para convidados Período até 29 de março até 20 de maio Local Santander Cultural Recife Avenida Rio Branco, 23 Bairro do Recife Recife PE Tel. 3224-1110 Horário terça a domingo, das 13h às 20h. Entrada Franca (11) 3553-7061/5157/5170/2803/5244/5106/5259/5166 (51) 3028-3231- Regional Sul e-mail: imprensa@santander.com.br www.santander.com.br twitter.com/santander_br Edgard Homem - Assessoria de Imprensa 81-9904.0659/3223.6538 edgardassessoria@gmail.com Rua da Soledade, 57, 402A Bairro da Soledade, Recife Pernambuco - CEP:50070-04