Vírus. - Não possui estruturas celulares (membrana plasmática, citoplasma, etc.).

Documentos relacionados
Doenças causadas por vírus. Professora: Elyka Fernanda

VÍRUS PROF.º MÁRIO CASTRO PROMARIOCASTRO.WORDPRESS.COM

Os vírus 06/03/2018. Características dos vírus. Estrutura do vírus

OS VÍRUS E A NOSSA SAÚDE PROFESSOR: NIXON REIS 7º ANO CAP. 6 (PÁG. 68)

Vírus. Prof. Fernando Belan - Classe A

OS VÍRUS. Um Caso à Parte

DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS

Conclusão? Onde classificá-los? Ensino Médio - 3 ano Professor: Marco Aurélio dos Santos

Tratamento (Coquetel Anti- HIV)

Virologia Doenças. Prof.: Anderson Marques de Souza Juiz de Fora 2º ano EM- 2016

INFECÇÕES. Prof. Dr. Olavo Egídio Alioto

Vírus. Profa: : Jéssica Macedo 2019

VIROSES...as doenças causadas pelos vírus

Aula 4 Seres Vivos. Prof Lucas Enes. Vírus I Características Gerais SÓ EU SEI O QUE VAI CAIR NA PROVA!

Vírus - Caracterização Geral

Plano de Aulas. Biologia. Módulo 10 Vírus e bactérias

Data: Nome: Ano/Série: 7 ano. Ficha 4 Vírus

VÍRUS DIFERENTES DE TODOS OS ORGANISMOS

Vírus: Características gerais

Para estudarmos a reprodução viral vamos analisar a reprodução do bacteriófago, parasito intracelular de bactérias. Bacteriófago

Programa de Retomada de Conteúdo - 1º ano 3º bimestre BIOLOGIA

Professor: David Vieira Valadão. Biologia

VÍRU R S U Colégio Mauá

Informação é a melhor proteção. AIDS

Vírus e Doenças Associadas

APROFUNDAMENTO SOBRE VÍRUS. Ao estudar os vírus o aluno deve primar por alguns pontos básicos:

VIROLOGIA HUMANA. Professor: Bruno Aleixo Venturi

ADULTO TAMBÉM TOMA VACINA!

9º ano em AÇÃO. Assunção contra o mosquito!

Prof. Msc. Cleysyvan Macedo

Vírus e Doenças Associadas

[ERLICHIOSE CANINA]

Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:

Biologia 1ª série. Profª Reisila Mendes

Agentes de viroses multissistêmicas

Estrutura típica de um vírus?

Bio-Soletrando - Doenças. Prof. Valdiran Wanderley

VIROSES. Prof. Edilson Soares

Prof.: JPBio (João Paulo Born)

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO

A IMPORTANCIA DA VACINAÇÃO NA INFÂNCIA

Início no final do século XIX; Agentes infecciosos capazes de passar por filtros que retinham bactérias; Evolução técnico-científica; Nem todos

Gripes, Constipações e Vacinação. Com Setembro chega o frio e com este, a Gripe. Saiba como se proteger e qual a melhor maneira de lidar com ela.

FEBRE AMARELA VACINE-SE PREVENIR SAIBA COMO CONHEÇA OS SINTOMAS E

ESTRUTURA VIRAL. Visualização: apenas ao ME. Não apresentam estrutura celular (acelulares) Estrutura básica: Cápsula protéica (capsídeo)

VÍRUS: A ESTRUTURA DO HIV E SEU CICLO DE VIDA

Doenças Virais AIDS. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

SISTEMA IMUNOLÓGICO. Doenças Virais e Bacterianas

Febre Amarela: O que você precisa saber sobre a doença

Vírus Questões Objetivas

Vírus - Características Gerais. Seres acelulares Desprovidos de organização celular. Não possuem metabolismo próprio

CARACTERÍSTICAS GERAIS

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO 1 a ETAPA BIOLOGIA II 3 a SÉRIE

COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ UNIDADE 2. Pág. 20

O MAIOR RISCO É... ACHARMOS QUE NÃO CORREMOS RISCOS! Tiemi Arakawa

Os mais simples microrganismos ou as mais complexas entidades moleculares??

Vírus, um grupo a parte.

EXAMES LABORATORIAIS: IMUNOLOGIA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY. Convocação dos empregados EBSERH para apresentação do Cartão de Vacina

Pneumonia (Pneumonia Humana) (compilado por Luul Y. Beraki)

Curso de Nivelamento de Biologia

Agente etiológico. Leishmania brasiliensis

VÍRUS MÓDULO 4 MICROBIOLOGIA

Biologia. Questão 1. Questão 2. Avaliação: Aluno: Data: Ano: Turma: Professor:

IMPORTÂNCIA DO FÍGADO

Doenças veiculadas por água contaminada

Vírus associados à surtos alimentares (Rotavirus, Norovirus e Hepatite A)

Sobre doenças sexualmente transmissíveis

Lista de exercícios para a recuperação 1º trimestre

VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DA VACINA?

AIDS e HPV Cuide-se e previna-se!

Os vírus. Vírus e a saúde

Febre maculosa febre carrapato

Com a estação mais fria do ano chegam também muitas doenças oportunistas, que afetam principalmente o sistema respiratório.

COLÉGIO MARISTA DE BRASÍLIA Educação Infantil e Ensino Fundamental Aluno(a): Ano: 6º Nº Professor: Sonali Componente Curricular: Ciências

Graduação em Biologia (PUC/MG).

A r g avo v s o s Ep E i p de d m e i m ol o óg ó i g co c s CON O CEI E T I OS DOE O N E ÇA

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 5. Profª. Tatiane da Silva Campos

Carteira de VETPRADO. Hospital Veterinário 24h.

Você conhece a história da vacina?

E.E Padre Anchieta Disciplina: Biologia Professor: Carlos Roberto Tema: Classificação dos seres vivos Nome: Nº 3ºano

COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ UNIDADE 2. Pág. 18

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS 1

especiais, que através do sistema do encaixe ou ajuste induzido unem-se ao

GONORRÉIA SÍFILIS PNEUMONIA TÉTANO TUBERCULOSE FEBRE TIFÓIDE BOTULISMO MENINGITE MENINGOCÓCICA CÓLERA HANSENÍASE DIFTERIA e COQUELUCHE

SISTEMA RESPIRATÓRIO PROF. JAIR

Importância dos estudos em Imunologia Doenças x Vacinas

CARACTERÍSTICAS GERAIS ESTRUTURA

Biologia II. Aula 2 Vírus: uma vida emprestada. Professor Iury Accordi

Vírus Veneno Termo utilizado devido aos problemas que estes agentes podem causar. Histórico. Histórico Adolf Mayer, Holanda: Primeiro relato

Biologia II. Aula 2 Vírus: uma vida emprestada. Professor Iury Accordi

BIOLOGIA. Identidade dos Seres Vivos Vírus e Bactérias. Prof. Daniele Duó

IMPORTÂNCIAS DAS BACTÉRIAS

Características Gerais, Classificação e Estrutura das Partículas Virais

Gripe H1N1: o que é, sintomas, tratamentos e como prevenir

Protistas. Thiago Lins do Nascimento

Plano de Recuperação Semestral EF2

ALUNO(A): Nº: TURMA: PROFESSOR(A): VALOR: 10,0 MÉDIA: 6,0 RESULTADO: %

Transcrição:

Vírus Por existirem muitas divergências sobre se os vírus se enquadram ou não entre os seres vivos, estes "organismos" não estão inseridos em nenhum dos grandes reinos dos seres vivos, daí a necessidade de serem estudados à parte. Suas principais características são: - Não possui estruturas celulares (membrana plasmática, citoplasma, etc.). - São formados basicamente por uma cápsula protéica denominada capsômero que contém em seu interior um só tipo de ácido nucléico: DNA ou RNA, nunca ambos. Alguns vírus mais complexos podem apresentar também lipídios e glicídios presos à cápsula. - São tão pequenos que podem penetrar no interior das células das menores bactérias que se conhecem, (100 a 1000 Å), portanto são visíveis somente ao M.E. - Só apresentam propriedades de vida quando estão no interio0s de células vivas. Por isso são considerados parasitas celulares obrigatórios. Reprodução dos Vírus Um dos vírus mais estudados é o bacteriófago ou fago, que ataca bactérias reproduzindo-se em seu interior. Estes vírus são inofensivos ao homem e a outros animais. A forma de reprodução dos vírus dentro de uma bactéria dá-se o nome de reprodução por montagem. Doenças Causadas por Vírus Os vírus podem causar doenças em plantas e animais. As principais doenças causadas por vírus que atingem o homem são: Hidrofobia (Raiva): saliva introduzida pela mordida de animais infectados (o cão, por exemplo). Infecção: o vírus penetra pelo ferimento e instala-se no sistema nervoso. Controle: vacinação de animais domésticos e aplicação de soro e vacina em pessoas mordidas. Sintomas e características:

febre, mal-estar, delírios, convulsões, paralisia dos músculos respiratórios (é doença mortal). Hepatite Infecciosa: transmissão: gotículas de muco e saliva; contaminação fecal de água e objetos. Infecção: o vírus instala-se no fígado onde se multiplica, destruindo células. Controle: injeção de gamaglobulina em pessoas que entram em contato com o doente; saneamento, cuidados com alimentos ingeridos. Sintomas e características: febre, anorexia, náuseas, malestar, icterícia (pode ser fatal). Caxumba: transmissão: contato direto; objetos contaminados; gotículas de saliva. Infecção: o vírus multiplica-se nas glândulas parótidas; eventualmente localiza-se em outros órgãos, como ovários e testículos. Controle: vacinação. Sintomas e características: parotidite (infecção das parótidas), com inchaço abaixo e em frente das orelhas (pode tornar a pessoa estéril se atingir os testículos ou os ovários). Gripe: transmissão: gotículas de secreção expelidas pelas vias respiratórias. Infecção: o vírus penetra pela boca ou pelo nariz, localizando-se nas vias respiratórias superiores. Controle: nenhum. Sintomas e características: febre, prostração, dores de cabeça e musculares, obstrução nasal e tosse. Rubéola: transmissão: gotículas de muco e saliva; contato direto. Infecção: o vírus penetra pelas vias respiratórias e se dissemina através do sangue. Controle: aplicação de imunoglobulina (com efeito protetor discutível). Sintomas e características: febre, prostração, erupções cutâneas (em embriões provoca a morte ou deficiências congênitas). Varíola: transmissão: gotículas de saliva; objetos contaminados e contato direto. Infecção: o vírus penetra pelas mucosas das vias respiratórias e dissemina-se através do sangue; finalmente, atinge a pele e as mucosas, causando lesões. Controle: vacinação. Sintomas e características: febre alta e erupções cutâneas (geralmente deixando cicatrizes na pele; pode ser fatal). Sarampo: transmissão: contato direto e indireto com secreções nasofaríngeas da pessoa doente. Infecção: o vírus penetra pelas mucosas das vias respiratórias e dissemina-se através do sangue. Controle: vacinação. Sintomas e características: febre alta, tosse, vermelhidão por todo o corpo (pode ser fatal em crianças). Febre Amarela: transmissão: Picada de mosquitos, entre os quais se destaca o Aedes aegypti. Infecção: o vírus penetra através da pele, disseminase pelo sangue e localiza-se no fígado, na medula óssea, no baço e em outros

órgãos. Controle: vacinação e combate aos mosquitos transmissores. Sintomas e características: febre alta, náuseas, vômitos, calafrios, prostração e pele amarelada (pode ser fatal). Poliomielite: transmissão: alimento e objetos contaminados; secreções respiratórias. Infecção: o vírus penetra pela boca, multiplica-se no intestino, dissemina-se pelo sangue e instala-se no sistema nervoso central, onde destrói os neurônios. Controle: vacinação. Sintomas e características: paralisia dos membros; em muitos casos ocorrem apenas febres baixas e indisposição, que logo desaparecem sem causar problemas (provoca deficiência física). AIDS (Síndrome da Imuno-Deficiência Adquirida): transmissão: sangue, esperma e muco vaginal contaminados. Infecção: o vírus penetra no organismo através de relações sexuais, uso de agulhas de injeção contaminadas ou transfusões de sangue infectado; ataca o sistema imunológico. Controle: uso de preservativos (Camisinha-vénus) nas relações sexuais e de agulhas descartáveis ou esterilizadas; controle rigoroso, por parte dos bancos de sangue da qualidade do sangue doado; ainda não existem remédios ou vacinas eficazes contra a doença. Sintomas e características: febre intermitente, diarréia, emagrecimento rápido, inflamação dos gânglios linfáticos, doenças do aparelho respiratório, infecções variadas, câncer de pele (doença mortal em 100% dos casos). A AIDS se caracteriza por astenia, perda de peso acentuadas e por uma drástica diminuição no número de linfócitos T auxiliadores (CD4), justamente as células que ativam os outros linfócitos que formam o exército de defesa do corpo. O organismo da pessoa que possui o vírus HIV torna-se incapaz de produzir anticorpos em resposta aos antígenos mais comuns que nele penetram. Com a imunidade debilitada pelo HIV, o organismo torna-se susceptível a diversos microorganismos oportunistas ou a certos tipos raros de câncer (sarcoma de Kaposi, linfoma cerebral). A pneumonia provocada pelo Pneumocystis carinii é a infecção oportunista mais comum, detectada em cerca de 57% dos casos. A toxoplasmose, a criptococose e as afecções provocadas por citomegalovírus são outras infecções freqüentemente encontradas nos indivíduos imunodeprimidos. As principais causas da morte são infecções banais, contra as quais o organismo debilitado não consegue reagir. O material hereditário deste vírus é o RNA, e sua principal característica é a presença da enzima transcriptase reversa, capaz de produzir moléculas de DNA a partir do RNA. A membrana deste vírus se funde com a membrana da célula, e o capsídio viral penetra no citoplasma celular. O RNA, então, produz

uma molécula de DNA, que irá penetrar no núcleo da célula, introduzir-se em um dos cromossomos do hospedeiro e recombinar-se com o DNA celular. Esse DNA viral integrado ao cromossomo celular é chamado de provírus, que irá produzir moléculas de RNA, originando centenas de vírus completos. Uma vez com os genes do provírus integrados aos da célula, esta irá produzir partículas virais durante toda a sua vida. Não leva a morte da célula hospedeira, mas esta poderá transmitir o provírus para suas células filhas. A descoberta do vírus Grande parte dos pacientes com AIDS desenvolve uma doença neuropsicológica, chamada complexo de demência aidética, que parece resultar da infecção das células do sistema nervoso central pelo vírus HIV. A AIDS é uma doença recente, sendo reconhecida apenas em 1981, embora exista evidencias de mortes por AIDS cerca de trinta anos antes. A origem do vírus é ainda desconhecida, sendo uma das hipóteses a de que teria surgido na África central, como resultado de uma mutação, e descendo por via indireta de outro vírus, não patológico, identificado no macaco (Cercopithecus aethiops). Em 1984, cientistas americanos e franceses isolaram, de células de pacientes com AIDS, o vírus HIV, que passou a ser considerado o causador da doença. Bronquite É uma inflamação nos brônquios que provoca maior secreção do muco. Há dois tipos de bronquite: aguda e crônica. No primeiro caso, geralmente é benigna e não apresenta maiores complicações, tendo várias causas possíveis, desde vírus, como o do resfriado, até por inalação de gases irritantes, como sulfetos e dióxido de nitrogênio. Na bronquite crônica ( e asmática), são mais comuns as infecções bacterianas, instalando-se em processos brônquicos já estabelecidos ou iniciados por vírus, em organismos debilitados. As bronquites crônicas representam perigo, pois vêm acompanhadas de alterações respiratórias que podem comprometer a recuperação do doente. A incidência da bronquite predomina no inverno em más condições higiênicas; também as aglomerações facilitam a afecção. Prevenção e Tratamento A principal forma de prevenção é manter as boas condições de resistência orgânica. O tratamento consiste em alimentação rica, repouso, umidificação do ar, uso de analgésicos, antitérmicos, sedativos da tosse e expectorantes, antiinflamatórios e, em alguns casos, antibióticos. A bronquite, em geral não é fatal; mesmo em casos acompanhados de complicações, elas podem ser

Please download full document at www.docfoc.com Thanks