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Transcrição:

DEMOGRAFIA Prof. Maicon Fiegenbaum

O estudo da população é fundamental para podermos verificar a realidade social e numérica da mesma. Através desses estudos, pode-se conhecer o grau de desenvolvimento de estados, regiões ou países. Através deles, pode-se elaborar projetos sociais e econômicos e, também, fazer projeções futuras de ocupação do espaço e de desenvolvimento. Na esfera governamental, esses estudos são de fundamental importância, pois, permite traçar planos e estratégias de atuação, além de poder desenvolver um planejamento de interesse social.

POPULOSO (POPULAÇÃO ABSOLUTA) *refere-se à população total de um determinado lugar (EX: o Brasil é o 5º país mais populoso do mundo, com aproximadamente 200 milhões de habitantes). *um país com grande número de habitantes será considerado um país populoso. *a população mundial é de aproximadamente 7,2 bilhões de habitantes. Destes, a Ásia concentra em torno de 4 bilhões de habitantes; China e Índia representam mas de 1/3 da população mundial, sendo os países mais populosos do mundo.

Ásia: 4,160 bilhões de habitantes África: 1,031 bilhão de habitantes América: 934,3 milhões de habitantes Europa: 749,6 milhões de habitantes Oceania: 37,1 milhões de habitantes Antártica: 4 mil habitantes (no verão) e 900 habitantes (no inverno)

POVOADO (POPULAÇÃO RELATIVA) *número de habitantes por Km 2 (densidade demográfica). *O Brasil é o 159º país mais povoado do mundo, com uma população de 23 hab/km 2 (população distribuída irregularmente pelo território).

*Ecúmeno: áreas mais favoráveis à ocupação humana (regiões de *Anecúmeno: áreas clima temperado, os desfavoráveis à planaltos tropicais, as ocupação humana, ou planícies, os vales, os seja, elevadas deltas e vales fluviais, os latitudes (regiões litorais e as regiões de polares); as elevadas solo e subsolo ricos). altitudes (altas montanhas); os desertos e as florestas equatoriais.

TAXAS DEMOGRÁFICAS Para o estudo do crescimento da população, os demógrafos utilizam algumas noções básicas como fecundidade, natalidade, mortalidade e crescimento vegetativo, expressas através de índices ou taxas.

TAXA DE NATALIDADE Relação entre o número de nascimentos em um ano e a população absoluta de determinado lugar. N de Nascimentos x 1000 População Total No Brasil, há uma sensível diminuição da natalidade nos últimos anos, devido ao aumento da população urbana, a difusão do controle de natalidade, e o custo de criação de um filho nas zonas urbanas. Em 2009, a taxa de natalidade no Brasil era de 15,7 crianças nascidas a cada grupo de mil pessoas (134º maior do mundo). No Brasil, a menor taxa de natalidade é do Rio Grande do Sul (11,6 ). A média mundial é em torno de 20,09. Das 10 maiores taxa de natalidade do mundo, 9 são de países africanos e uma de país asiático. E das 10 menores, 7 são de países europeus e 3 são de países asiáticos.

TAXA DE MORTALIDADE Relação entre o número de óbitos em um ano e a população absoluta de um determinado lugar. N de Óbitos x 1000 População Total Não é considerado um bom indicador de qualidade de vida. Os países que apresentam as menores taxas de mortalidade, inferiores a 5, não são os mais ricos, mas os que possuem uma população predominantemente jovem e dispõem de um serviço sanitário e médico com alguma qualidade. A taxa brasileira em 2007 era de 6,17 (150º do mundo). Algumas regiões subdesenvolvidas (América Latina e o Norte da África) apresentam taxas de mortalidade menores que as vigentes no continente europeu, devido à grande porcentagem de idosos na Europa.

CRESCIMENTO VEGETATIVO *É a diferença entre taxas de natalidade e de mortalidade. CV = TN TM 100 *Indica a velocidade de crescimento natural de uma população, desprezando-se os movimentos migratórios. O crescimento populacional médio mundial está em 1,17%. O brasileiro está em 1,26% (107º do mundo).

CRESCIMENTO POPULACIONAL *Calculado a partir do crescimento vegetativo mais o saldo migratório (crescimento global ou demográfico).

TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL *Expressa o número de crianças que morrem antes de completar um ano de idade em cada mil nascimentos, em um determinado lugar durante um ano. N Óbitos Crianças (<1 ano) x 1000 Crianças nascidas vivas *Varia em função direta do nível de vida da população, já que depende da quantidade e da qualidade dos serviços médicos sanitários colocados à disposição da população. As taxas são muito mais altas em países subdesenvolvidos. Nos países desenvolvidos, a mortalidade infantil, quando ocorre, geralmente é precoce (até o 28º dia de vida), devido à fatores genéticos. Segundo a ONU, a taxa brasileira é de 20,5 (107º do mundo). Já o IBGE, em 2010, diz ser de 15,6. No RS, é de 11,3.

TAXA DE FECUNDIDADE *Corresponde ao número médio de filhos por mulher. É calculado a partir das crianças com até 5 anos sobre o número de mulheres em idade reprodutiva (dos 15 aos 49 anos). N Crianças com menos de 5 a. x 1000 N Mulheres em idade reprodutiva *é diretamente proporcional à taxa de natalidade. *A taxa brasileira é de 1,83 filhos por mulher (140º do mundo). Está abaixo da taxa de reposição, que é de 2,1 filhos.

EXPECTATIVA DE VIDA *As nações mais desenvolvidas do ponto de vista econômico e social, apresentam as maiores expectativas de vida. *A expectativa de vida ao nascer no Japão, a maior do mundo, é de 82,73 anos. *A média mundial é de 67,88 (ONU, 2005-2010). Expectativa de vida no Brasil (2010) Ambos os sexos Homens Mulheres 73,8 anos (74,1 em 2011) 70,2 anos 77,4 anos

TEORIAS DEMOGRÁFICAS Na maioria dos casos, as políticas demográficas estão ligadas quase que exclusivamente ao controle da natalidade. O interesse nesta questão deve-se ao crescimento demográfico acelerado, constatado em determinadas regiões, em especial as subdesenvolvidas. Em certos países periféricos praticam-se intensos programas de esterilização, geralmente condenados pela opinião pública esclarecida.

A explosão demográfica tem sido objeto de diversas teorias populacionais. Para frear esse aumento, alguns governos e entidades civis adotam programas de planejamento familiar que auxiliam as mulheres a ter menos gestações, porém mais seguras e saudáveis. Nas últimas três décadas o número de mulheres e homens que usam algum método anticoncepcional moderno excede 1 bilhão. O Japão instituiu a primeira política moderna de controle de natalidade após a Segunda Guerra Mundial. A China tem a mais severa política de controle de natalidade no mundo. Em nosso país não há uma política clara quanto á este assunto.

TEORIA MALTHUSIANA *Elaborada por Malthus em 1798. Economista e pastor da Igreja Anglicana. *Causa dos problemas socio-econômicos: crescimento populacional (mais pobres). *Base da teoria: a capacidade da produção de alimentos cresceria em progressão aritmética (1, 2, 3, 4,...), e a população cresceria em progressão geométrica (1, 2, 4, 8,...). Assim, em apenas dois séculos, o crescimento da população teria sido 28 vezes maior do que o crescimento da produção de alimentos.

*Análise: esse descompasso seria a razão da existência da fome e da miséria. Quando a desproporção chegasse ao extremo, a natureza encarrega-se de reequilibrar a situação (pestes, epidemias e guerras). É o reequilíbrio natural. *Solução: a sujeição moral (retardar o casamento, privação voluntária dos desejos sexuais, possuir somente o número de filhos que a família puder sustentar sem a ajuda do Estado, elevar o preço das mercadorias e reduzir os salários). -Objetivo: reduzir as taxas de natalidade. *Considerações: teoria desmentida após a Revolução Industrial e com o avanço das técnicas agrícolas (população não duplicou a cada 25 anos e aumentou a oferta de alimentos). Atualmente, suas ideias são consideradas ultrapassadas.

Não se elimina a falta de alimentos diminuindo o número de nascimentos entre a população mundial. É necessário redistribuir a riqueza produzida no mundo. Ocorre grande concentração de alimentos nos países ricos e, consequentemente, má distribuição nos países pobres. Há somente um homem excedente na Terra: Malthus. (P. J. Proudhon)

TEORIA NEOMALTHUSIANA *Origem nas ideias de Malthus. Se firmou após a II Guerra Mundial (em função da explosão demográfica ocorrida nos países subdesenvolvidos). Houve melhoras no desenvolvimento da medicina, diminuindo a mortalidade sem, no entanto, que a natalidade declinasse. *Causa dos problemas socio-econômicos: o esgotamento dos recursos naturais, o desemprego e a pobreza são obstáculos ao desenvolvimento (devido à uma população numerosa).

*Base da teoria: aumento populacional atrapalharia o desenvolvimento dos Estados pobres, desviando recursos para investimentos não-produtivos (educação, saúde) e diminuindo investimentos no setor agrícola e industrial (impede a melhoria das condições de vida e do desenvolvimento econômico). *Solução: políticas de controle de natalidade (anticoncepcionais, abortos, etc). Popularmente chamado de Planejamento Familiar. *Análise: apoiada por entidades mundiais (ONU, FMI, Banco Mundial, UNICEF). Opção pelo modelo capitalista (se temia que a desordem social poderia levar os países subdesenvolvidos a se alinhar com os países socialistas). Aumenta os contrastes entre países periféricos e centrais. Apesar de vários países terem adotados essas medidas, a situação de fome e miséria continua existindo.

TEORIA REFORMISTA (MARXISTA) *Idéias desta teoria negam o princípio malthusiano, segundo o qual a superpopulação é a causa da pobreza. Para os reformistas, é a pobreza que gera a superpopulação. *Base da teoria: se não houvesse pobreza as pessoas teriam acesso à educação, saúde, etc., o que regularia, naturalmente, o crescimento populacional. Portanto, é exatamente a falta dessas condições o que acarreta o crescimento desenfreado da população. *Solução: adoção de profundas reformas sociais e econômicas nos países subdesenvolvidos -OBS: citam o exemplo dos países desenvolvidos, cuja redução do crescimento só foi possível após a adoção de reformas sócio-econômicas e consequente melhoria do padrão de vida das suas populações.

*Análise: a origem da pobreza é causada pela má divisão de renda na sociedade, gerando a pobreza, que geraria a superpopulação. A causa é a exploração a que os países desenvolvidos submetem os países subdesenvolvidos. Os governos deveriam implantar uma política de reformas sociais - na tecnologia, para aumentar a produção e resolver definitivamente o problema da sobrevivência humana, e na distribuição da renda, visando o acesso da maioria às riquezas produzidas. Só assim o problema da pobreza se resolveria. E, resolvendo o problema da pobreza, se resolveria também o problema da superpopulação. Ou seja, não haveria mais desequilíbrio entre uma e outra.

TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA *Fase I (pré-moderna): em sociedades rurais; taxas de natalidade e mortalidade altas. Há uma grande população jovem. No Brasil essa fase já foi ultrapassada, mas ainda é a fase de vários países da África. *Fase II (moderna): houve melhora nas técnicas agrícolas, maior acesso à tecnologia e educação. As taxas de mortalidade caem (maior oferta de alimentos e de condições sanitárias). Aumento da taxa de natalidade, com aumento da população. Ex: China e algumas regiões do Brasil. *Fase III (industrial): caracterizada pela urbanização, contracepção, melhora da renda, queda da taxa de nascimentos. Número inicial grande de crianças, com diminuição na taxa de natalidade (jovens concentrados em cidades). O saldo é a estabilização da população. O Brasil está no ciclo final dessa fase. *Fase IV (pós-industrial): baixas taxas de natalidade e mortalidade; taxas de fecundidade abaixo da taxa de reposição populacional. Há três conseqüências: aumento da proporção de idosos; encolhimento da população e necessidade de imigrantes para trabalhar nos empregos de mais baixo salário. Situação comum na Europa. No Brasil, a cidade de São Paulo é o exemplo típico dessa situação. *Fase V? Atualmente se aceita uma quinta fase, onde a mortalidade superará a natalidade (famílias optam por ter entre 1 e nenhum filhos). Efeito muito temido, iniciando em países como a Alemanha e Itália (crescimento populacional negativo, a população terá num futuro próximo mais idosos do que jovens).

TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL Entre o primeiro censo demográfico (1872), e o de 2010, houve alteração radical nos indicadores de mortalidade e natalidade no país. O Brasil encontra-se no início do quarto estágio de transição demográfica. Nossa taxa de fertilidade está entre 1,9 e 1,8 filho por mulher, a de mortalidade está abaixo de 6,5 pessoas a cada mil habitantes e a expectativa de vida do brasileiro supera os 72 anos. Ou seja, o país está envelhecendo rapidamente o que traz os problemas próprios do desequilíbrio entre a proporção de idosos e a da população em idade de trabalhar. Esse envelhecimento poderá vir acompanhado de outros problemas: segundo estudo divulgado em abril de 2011 pelo Banco Mundial, o país está envelhecendo sem se desenvolver o suficiente para bancar as alterações em seu perfil populacional. Enquanto a França levou mais de um século para que os habitantes com idade acima de 65 anos saltassem de 7% para 14% da população total, no Brasil essa passagem se dará em pouco mais de duas décadas: entre 2011 e 2032. O novo censo confirmou esse envelhecimento da sociedade: todas as faixas etárias inferiores a 25 anos passaram a representar parcela menor sobre o total da população,enquanto a faixa acima dos 65 anos cresceu. Entre 2000 e 2010, o crescimento médio anual foi de 1,7% (menor da história).