PIB BAIANO TOTALIZOU R$ 159,9 BILHÕES EM 2011

Documentos relacionados
Quantidade de Acessos / Plano de Serviço / Unidade da Federação - Novembro/2007

PIB 2012 Estado do Tocantins

Acre Previsão por Coeficiente no Estado

INFORME CONJUNTURAL Comportamento do Emprego - Jan-Nov Brasil. 19/12/2014 Subseção DIEESE - Força Sindical

PIB PRODUTO INTERNO BRUTO DO ESTADO DE RONDÔNIA 2014

Panorama Econômico do Rio Grande do Sul Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

INFORME CONJUNTURAL. Comportamento do Emprego Jan-Jul Brasil. Subseção Dieese Força Sindical. Elaboração: 25/08/16

Ceará: Resultados do PIB Trimestral 3 0 Trimestre/2007

Contas Regionais do Brasil 2012

Av. Gentil Bittencourt, 1868 São Brás (esquina com a Tv. Nove de Janeiro) CEP: Belém - Pará - Brasil Fone: 55 XX

9, R$ , , R$ ,

Contas Regionais do Brasil 2011

Contabilizando para o Cidadão

INFORME CONJUNTURAL. Comportamento do Emprego Jan-Dez Brasil. Subseção Dieese Força Sindical. Elaboração: 26/01/18

Econômico Contabilidade Nacional

INFORME CONJUNTURAL. Comportamento do Emprego Janeiro Brasil. Subseção Dieese Força Sindical. Elaboração:05/03/18

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL. Fevereiro/2013 (dados até Janeiro)

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL. ICPN Junho de 2016

Mercado de Trabalho Empregos formais. Estado de São Paulo Município: Capivari

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL ICPN

NOTA ECONÔMICA. Indústrias do Amapá, Maranhão, Espírito Santo e Rio de Janeiro ganham importância

Nível de Emprego Formal Celetista

Dezembro e consolidado 2015

Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos - Março de Inadimplência com cheques atinge 2,32% em março, aponta Serasa Experian

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL (ICPN) Maio / 2014 (dados até Abril)

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL. ICPN Maio de 2016

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL ICPN. Dezembro de 2015

Produto Interno Bruto

Autor: Nicholas Davies, prof. da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL (ICPN) Fevereiro/2014 (dados até Janeiro)

outro, o aperto monetário e a redução da confiança dos empresários impediram avanços mais significativos da economia.

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL. Dezembro/2012 (dados até novembro)

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL ICPN. Setembro de 2015

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS

Contabilizando para o Cidadão

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL. ICPN Fevereiro de 2016

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL (ICPN) Maio/2013 (dados até Abril)

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL. ICPN Abril de 2016

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL. ICPN Março de 2016

Observatório da Indústria Mato-Grossense

RESOLUÇÃO Nº 609, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014

NÍVEL DE EMPREGO FORMAL CELETISTA Outubro 2017 CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS CAGED

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL. ICPN Novembro de 2015

Análise do Emprego Industrial JANEIRO/2019. Geração de empregos bate recorde no mês e aponta para um ano de maior crescimento da economia

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL ICPN. Janeiro de 2016

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DA RECEITA DO SETOR DE SERVIÇOS (ABRIL )

Resultado do Estoque de Empregos Formais RAIS 2002 a 2013

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL ICPN

NOTA ECONÔMICA. Indústrias do Amapá, Maranhão, Espírito Santo e Rio de Janeiro ganham importância

Síntese de indicadores. nº 1 setembro 2012 CAGED

ICMS: um retrato da economia brasileira em 2015

RESULTADOS DAS PESQUISAS PIM-PF E PMC DO IBGE 1

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL (ICPN) Março/2013 (dados até Fevereiro)

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL ICPN

Estimativas e Análises do PIB Regiões, Estados e Municípios. Boletim Técnico Gonçalves & Associados Edição 02 Setembro/2012.

SISTEMA PENITENCIÁRIO

Alexsandre Lira Cavalcante *

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO BRASIL ICPN

Ranking de salário dos Tribunais de Justiça nos Estados e DF - Junho 2018 SS JUSTIÇA MG

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Déficit Habitacional 2009

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS

Contabilizando para o Cidadão Entendendo as Finanças Públicas

Variação em volume. Maior resultado: Mato Grosso do Sul -0,3% -2,5. % correspondendo a. 40% do PIB. per capita. Brasil ,33 Distrito Federal

IBGE divulga as Contas Regionais 2007

Março de Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional 1 SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

2017. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE DIADEMA

Emprego industrial 25 de Fevereiro de 2014 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Indústria Janeiro/2014

EMPREGO INDUSTRIAL Dezembro de 2013

PRODUTO INTERNO BRUTO DO PIAUÍ

Nível de Emprego Formal Celetista

FNPETI FÓRUM NACIONAL DE PREVENÇÃO E ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL. Cenário do Trabalho Infantil Dados PNAD 2014

A CONCENTRAÇÃO DO PIB MEDIDA PELO ÍNDICE HERFINDAHL- HIRSCHMAN: O CASO DAS MESORREGIÕES GEOGRÁFICAS BRASILEIRAS NO PERÍODO DE 1985 A 2010

EMPREGO INDUSTRIAL SUMÁRIO EXECUTIVO EMPREGO MAIO DE 2013 A INDÚSTRIA FOI O SETOR QUE MAIS CONTRATOU EM MAIO E NO ACUMULADO DO ANO.

Maio/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Maio/2013

Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social

Atualização do custo total dos acidentes de trânsito no Brasil Histórico da Revisão

Janeiro de Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

Maio de Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional 1 SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

Estudo Técnico: Evolução do ICMS no Estado do Rio Grande do Norte no período

Nível de Emprego Formal Celetista

1. Volume de Vendas do Setor de Serviços

Outubro de Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

PANORAMA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO BRASILEIRA

Alexsandre Lira Cavalcante *

2016. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

PANORAMA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO BRASILEIRA

Conjuntura econômica e perspectivas: Brasil e Bahia Superintendência de Desenvolvimento Industrial (SDI) Gerência de Estudos Técnicos

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTADO DO AMAPÁ

Análise do Emprego Industrial OUTUBRO/2018. Em outubro, Santa Catarina é o segundo estado que mais gera empregos no Brasil JAN-OUT.

O MAPA DA EXTREMA INDIGÊNCIA NO CEARÁ E O CUSTO FINANCEIRO DE SUA EXTINÇÃO

A produção aquícola de. Dados do IBGE. revista

Produção Brasileira de Melão por Estado 2007 Estados Área (ha) Volume (Ton) Valor (Mil R$) Rio Grande do Norte Ceará 6.

Outubro/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Outubro/2013

2016. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

2016. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

PIB cresce 1,1% em 2018 e fecha ano em R$ 6,8 trilhões

Transcrição:

PIB BAIANO TOTALIZOU R$ 159,9 BILHÕES EM 2011 INTRODUÇÃO A SEI divulga, em parceria com o IBGE e demais institutos de pesquisas e estatísticas do país, os dados relativos ao PIB do ano de 2011. Mais uma vez convém mencionar o caráter provisório das informações. Diferentemente do que ocorreu até o ano de 2009, quando o PIB foi divulgado como definitivo, nos anos de 2010 e 2011 esses dados são provisórios, devido à mudança de base pela qual passa o cálculo do PIB do Brasil e dos estados. Diante dessa realidade, o procedimento tradicional de ajuste 1 do PIB dos estados ao PIB do Brasil passou a ser realizado considerando-se o PIB trimestral nacional, que possui menor desagregação e está baseado num conjunto de informações conjunturais. Além da questão do ajuste ao PIB trimestral, em 2011 o cálculo foi feito apenas nos valores correntes do Valor Bruto da Produção (VBP), do Consumo Intermediário (CI) e do Valor Adicionado (VA), ficando o volume (taxa de crescimento) sem ajuste às contas nacionais, o que inviabiliza qualquer tipo de comparação entre as unidades da Federação (UF). Portanto, as taxas de crescimento divulgadas para o ano de 2011, apesar de representar um retrato do que ocorreu na economia baiana, não têm comparabilidade temporal nem espacial e estão sujeitas a alterações quando da divulgação da nova base do PIB pelo IBGE, no final de 2015 2. Ou seja, o valor 1 O ajuste consiste em realizar procedimento estatístico de forma a determinar que a soma do PIB dos estados brasileiros, que é calculado de forma independente, corresponda ao PIB do Brasil. Para tanto, normalmente o ajuste é realizado tanto no volume, isto é, na taxa de crescimento quanto no valor (nominal) no Valor Bruto da Produção (VBP), Consumo Intermediário (CI) e Valor Adicionado (VA). 2 Para maiores esclarecimentos sobre a mudança de base do PIB nacional e regional ver nota técnica em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasnacionais/2009/default_seminarios_2010.shtm

relativo ao crescimento da economia baiana não deve ser comparado com o de outras Unidades da Federação, mas apenas com o do Brasil. Também não é possível a comparação com anos anteriores, visto que há uma quebra na série histórica, via mudança de metodologia. BRASIL, GRANDES REGIÕES E ESTADOS VALORES REAIS No ano de 2011, a economia brasileira registrou expansão de 2,7%, considerando as informações relativas ao PIB trimestral. Todos os setores contribuíram positivamente para o crescimento da atividade econômica brasileira no referido ano, com destaque para agropecuária (3,9%), extrativa mineral (3,2%), construção civil (3,6%) e comércio (3,4%). Já a indústria de transformação ficou praticamente estabilizada, com expansão de 0,1%. A taxa de expansão do PIB baiano ficou bem acima da brasileira, situando-se em 4,1%. As maiores contribuições positivas para o crescimento do PIB baiano vieram dos segmentos SIUP (16,3%), construção civil (13,7%), alojamento (9,1%), saúde e educação mercantis (8,8%), transportes (6,6%), dentre outros. Já as contribuições negativas originaram-se de extrativa mineral (-1,9%) e transformação (-3,2%), este último com fortes impactos no número final do PIB, conforme será explicitado à frente. VALORES CORRENTES Em termos correntes, a soma das riquezas do país totalizou R$ 4,1 trilhões, com renda per capita de R$ 21.535. Entre as regiões, o Sudeste se manteve como o principal gerador de riquezas do país, com participação em 55,4%. A Região Sul ganhou 0,9 p.p. de participação, enquanto que o Centro-Oeste e o Norte

aumentaram, respectivamente, 0,1 p.p. e 0,3 p.p. Já a Região Nordeste perdeu 0,1 p.p., recuando de 13,5% para 13,4%. A série com as informações sobre a participação das regiões no PIB do Brasil pode ser visualizada no Gráfico 1. Gráfico 1 - Participação das regiões no Produto Interno Bruto do Brasil a preço de mercado corrente 8,8 9,0 9,1 8,9 8,7 8,9 9,2 9,6 9,3 9,6 16,9 17,7 17,4 16,6 16,3 16,6 16,6 16,5 16,5 17,4 56,7 55,8 55,8 56,5 56,8 56,4 56,0 55,3 55,4 55,4 13,0 12,8 12,7 13,1 13,1 13,1 13,1 13,5 13,5 13,4 4,7 4,8 4,9 5,0 5,1 5,0 5,1 5,0 5,3 5,4 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Fonte: SEI/Coref. Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste Observando-se os dados do PIB a partir das unidades, constata-se que não houve alteração de posição entre as cinco maiores economias do país São Paulo (32,6%), Rio de Janeiro (11,2%), Minas Gerais (9,3%), Rio Grande do Sul (6,4%) e Paraná (5,8%). Esses estados, juntos, respondem por dois terços da produção econômica do Brasil. Já na sequência houve alterações de posições, com a Bahia (3,86%) caindo da sexta para a oitava posição, sendo ultrapassada por Santa Catarina (4,08%) e Distrito Federal (3,97%). Roraima é a unidade da Federação com a menor participação no PIB do Brasil (0,17%).

Gráfico 2 - Estrutura Produto Interno Bruto Brasil: 2011 Acre 0,21% Amazonas 1,56% Roraima 0,17% Pará 2,13% Amapá 0,22% Tocantins 0,44% Maranhão 1,26% Piauí 0,59% Ceará 2,12% Rondônia 0,67% Rio Grande do Norte 0,87% Paraíba 0,86% Distrito Federal 3,97% Pernambuco 2,52% Alagoas 0,69% Goiás 2,69% Sergipe 0,63% Mato Grosso 1,72% Bahia 3,86% Minas Gerais 9,32% Mato Grosso do Sul 1,19% Espírito Santo 2,36% Rio Grande do Sul 6,36% Fonte: SEI/Coref. Santa Catarina 4,08% Paraná 5,78% São Paulo 32,57% Rio de Janeiro 11,16% No que concerne à economia baiana, os dados preliminares das contas regionais de 2011 apontam que, naquele ano, o PIB baiano totalizou R$ 159,869 bilhões, sendo que o Valor Adicionado do estado foi de R$ 139,724 bilhões, enquanto que os impostos somaram R$ 20,144 bilhões. O PIB per capita da Bahia em 2011 foi de R$ 11.340, equivalendo a 53% do brasileiro. Considerando-se o conjunto das economias estaduais em relação ao Brasil, a Bahia representou 3,86% do PIB nacional, posicionando-se como a oitava economia

brasileira. A despeito de ter registrado crescimento de 4,1% 3 no PIB, o estado apresentou perda de participação na estrutura do Produto Interno Bruto nacional. Essa perda foi decorrente, especificamente, do baixo desempenho da indústria de transformação e, em particular, do refino de petróleo, que, devido às alterações de preço internacional, impactou negativamente o Valor Adicionado da atividade. Na seção relativa ao setor industrial é apresentada uma descrição dos fatos que propiciaram esse desempenho negativo. DESEMPENHO SETORIAL Conforme explicitado inicialmente, os dados relativos ao PIB de 2011 foram ajustados ao PIB trimestral do Brasil, o qual possui um nível de abertura menor que as contas nacionais. Nesse sentido, os dados contemplam os segmentos de agropecuária, extrativa, transformação, SIUP, construção civil, comércio, transportes, serviços de informação, financeiro, administração pública, aluguel, serviços de manutenção, alojamento e alimentação, serviços prestados às empresas, saúde e educação mercantis e outros serviços. Entre os anos de 2010 e 2011, o grande destaque ficou por conta da perda de participação da indústria de transformação, que caiu de 15,65% para 10,43%. Já o comércio e a administração pública ganharam participação na estrutura do PIB baiano, respondendo, respectivamente, por 14,28% e 18,11%. A extrativa mineral também aumentou a participação, sendo que, nesse caso, esse ganho está diretamente associado à perda de participação da indústria de transformação. 3 Essa taxa, assim como a de 2010, não tem comparabilidade temporal e espacial (com os demais estados) por seguir procedimento metodológico diferente daquele adotado até o ano de 2009.

Gráfico 3 - Estrutura PIB Bahia: 2010 Saúde Educação; 2,89% Empresas; 4,40% Alojamentação; 2,42% Manutenção; 0,88% Outros; 3,44% Agropecuária; 7,22% Extrativa; 1,71% Transformação; 15,65% Aluguel; 7,78% APU; 17,31% Financeiro; 4,37% SIUP; 4,55% Informação; 1,95% Transportes; 4,71% Comércio; 12,35% Construção; 8,37% Fonte: SEI/Coref.

Estrutura PIB Bahia: 2011 Saúde Educação; 3,00% Empresas; 4,19% Alojamentação; 2,81% Outros; 3,60% Agropecuária; 7,44% Extrativa; 2,44% Manutenção; 1,04% Transformação; 10,43% Aluguel; 8,00% SIUP; 5,32% APU; 18,11% Construção; 8,04% Financeiro; 4,47% Fonte: SEI/Coref. Informação; 1,91% Transportes; 4,92% Comércio; 14,28% Agropecuária A agropecuária baiana registrou Valor Adicionado de R$ 10,399 bilhões, favorecida pela expansão de algumas culturas, a exemplo da soja, lavoura temporária e lavoura permanente, sendo que a produção de grãos alcançou o recorde de 7,6 milhões de toneladas. Por outro lado, a pecuária contribuiu negativamente para o PIB do setor, com fraco desempenho na produção de suínos e aves. Indústria Dentre os quatro segmentos da indústria baiana, a transformação continua sendo o de maior representatividade, com 40,0% do Valor Adicionado do setor, seguido pela construção civil, com 31,0%. Destaque em 2011 para o crescimento de participação

da extrativa, que chegou a 9,0%. Gráfico 5 - Estrutura do setor industrial baiano: 2011 Construção 31% Extrativa 9% Transformação 40% SIUP 20% Fonte: SEI/Coref. Conforme explicitado inicialmente, a indústria de transformação foi a principal determinante não apenas para o desempenho do setor, mas também do PIB e da Bahia no cenário nacional. Dois fatores afetaram diretamente o desempenho do segmento. O primeiro foi a retração na produção, observada através dos dados da Produção Indústria Mensal (PIM) (-4,38%), sendo que produtos químicos e refino de petróleo, dois dos principais segmentos, registraram as maiores retrações (- 9,56% e -7,4%). Vale destacar que, naquele ano, ocorreu o apagão do Nordeste, que implicou a paralisação de uma série de atividades da indústria petroquímica. O segundo fator e principal determinante para o impacto negativo no PIB foi o preço, especificamente do petróleo. Em 2011, os preços administrados dos derivados do petróleo não tiveram reajuste, enquanto que no mercado internacional observou-se forte elevação. Nesse sentido, houve, de um lado, estabilidade no preço dos derivados, e de outro, crescimento de aproximadamente 35,0% no principal insumo da indústria de refino. No cálculo do

PIB, especificamente para o segmento de refino de petróleo, consideram-se como valor da produção os resultados obtidos a partir das vendas de derivados (gasolina, diesel, nafta, querosene etc.), descontados os custos necessários para produzir esses derivados energia, equipamentos diversos, petróleo, dentre outros, sendo o petróleo o principal deles e com valor definido no mercado internacional. Sendo assim, esse insumo registrou, em 2011, crescimento de aproximadamente 40,0%, enquanto o valor da produção dos derivados de petróleo praticamente não teve reajuste. Então, ao se considerar valor de venda de produtos que ficaram praticamente estáveis (VBP), descontando-se o custo de produção, que teve significativa valorização (CI), o resultado é um saldo final bastante comprimido (VA). Isto é, houve redução significativa do Valor Adicionado do segmento de refino em todo o Brasil. Obviamente, essa situação foi a mesma para todas as unidades da Federação que possuem refinarias de petróleo. No entanto, os efeitos negativos desse fator conjuntural foram mais agressivos sobre a economia baiana, que, naquele ano, ainda exibia considerável concentração de sua atividade produtiva no segmento de refino de petróleo. Nos estados que possuem maior diversificação produtiva, os efeitos negativos foram amenizados, por conta da dinâmica das outras atividades produtivas. Há de se mencionar que nos estados em que há extração de petróleo houve ganho de participação da atividade, visto que a remuneração obtida com a venda do petróleo cru cresceu na mesma proporção que os preços da commodity no mercado internacional. Esse foi o fator principal que determinou o ganho de participação do setor extrativo mineral na Bahia. A despeito da estabilidade na produção de petróleo baiana, a elevação dos preços da atividade propiciou que ela saísse de uma participação de 1,7% em 2010 para 2,44% em 2011.

Ainda dentro do setor industrial, destaca-se o ganho de participação da atividade de serviços industriais de utilidade pública (SIUP) que contempla, dentre outros setores, a geração e distribuição de energia elétrica, além da perda de participação da construção civil, que ganhou espaço até o ano de 2010, mas que, devido ao momento conjuntural pelo qual passou, experimentou redução no ritmo de crescimento. Serviços No setor de serviços observou-se, em 2001, Valor Adicionado de R$ 92,677 bilhões, sendo que a administração pública manteve-se como principal atividade, representando 27,3% do setor, mas perdendo um pouco de participação, visto que em 2010 esse índice era de 27,7%. Essa perda foi decorrente da evolução da atividade comercial, que, ao registrar Valor Adicionado de R$ 19,958 bilhões, teve crescimento de 1,8 p. p., respondendo por 21,5% do Valor Adicionado do setor. Nas demais atividades, observou-se ligeira variação para mais ou para menos, com destaque para a perda de participação de 0,7 p. p. de serviços prestados às empresas, que passou a responder por 6,3% do Valor Adicionado do setor de serviços. Já o segmento de alojamento e alimentação aumentou sua participação no setor de 3,9% para 4,2%.