Guia de interpretação- Representante Autorizado

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Transcrição:

2014 Guia de interpretação- Representante Autorizado 17-07-2014

Índice 1 Objetivo... 3 2 Porquê esta legislação?... 3 3 A que se deve a existência de um Representante Autorizado?... 3 4 Em que circunstâncias se aplica a figura do Representante Autorizado em Portugal?... 4 4.1 Circunstância 1... 4 4.2 Circunstância 2... 6 4.3 Tabela resumo da nomeação de um RA... 6 5 Quem pode ser Representante Autorizado de uma empresa?... 7 6 Quais as responsabilidades de um Representante Autorizado?... 7 7 Desde quando é que podem ser nomeados Representantes Autorizados?... 8 8 Pode uma mesma entidade ser Representante Autorizado de vários produtores?... 8 9 Pode um produtor ter mais que um Representante Autorizado no país?... 8 10 Um importador registado, deve cancelar o registo porque passou a existir um Representante Autorizado?... 8 11 Sobre este Guia... 8 12 Modelo do Mandato... 9 13 Informações sobre o registo... 9 14 Ficha técnica... 9 ANREEE julho 2014 Página 2 de 9

1 Objetivo Este documento tem como objetivo ajudar a entender em que consiste a figura do Representante Autorizado (RA), figura que passou a existir ao abrigo do Decreto Lei nº 67/ 2014, de 7 de maio, na sequência da transposição da Diretiva 2012/19/UE. 2 Porquê esta legislação? Para dar resposta à gestão ambientalmente adequada de resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (EEE), a Comissão Europeia reformulou a Diretiva REEE através da publicação da Diretiva 2012/19/UE (REEE2), a qual vem corrigir alguns pontos menos bem sucedidos na implementação da Diretiva inicial e traçar novas metas e abrangências. A nível nacional, é o Decreto-Lei nº 67/2014, de 7 de maio, que transpõe essa Diretiva, passando a incluir a figura do Representante Autorizado. 3 A que se deve a existência de um Representante Autorizado? As vendas à distância situação em que a empresa vende para utilizadores finais, particulares ou não particulares, mas não está presente nesse mercado passaram a ter um peso muito significativo no comércio mundial e com grande incidência no setor elétrico e eletrónico. Para contornar este problema, a diretiva REEE2 criou a figura do Representante Autorizado (RA), o qual, como o nome indica, desempenha funções de representação de uma empresa a nível de um Estado Membro, na União Europeia. O RA, que tem de ser devidamente mandatado, passa, em nome da empresa ausente, a proceder ao seu registo, a declarar o que esta disponibiliza no território nacional e a garantir que o tratamento de REEE seja o adequado. Desta forma, caso por alguma razão, a empresa ausente deixe de cumprir alguma dessas obrigações, existe, a nível nacional, um representante contactável e juridicamente responsável por garantir esse cumprimento. Para além destas situações, empresas sediadas no espaço comunitário e que não estejam presentes em alguns mercados, mas que coloquem neles equipamentos através de distribuidores podem, se assim o desejarem, nomear RA para esses mercados. Deste modo, as empresas ausentes podem garantir um nível de cumprimento totalmente controlado por si, sem estarem dependentes do cumprimento de obrigações legais, por parte dos seus distribuidores, os quais ficam libertados das obrigações de registo e declarativas. ANREEE julho 2014 Página 3 de 9

4 Em que circunstâncias se aplica a figura do Representante Autorizado em Portugal? Numa típica situação de disponibilização de EEE, onde estes são transferidos de um país terceiro ou país da União Europeia (EU) para Portugal, a empresa nacional que os adquire e posteriormente os disponibiliza no mercado português, é considerada produtor, de acordo com a definição da subalínea iii) v) do artigo 3º, e terá de preencher todas as responsabilidades inerentes a essa condição, nomeadamente o registo, as declarações de atividade, etc. (ver Figura 1 abaixo). País Terceiro ou País da UE Portugal Empresa Estrangeira 1. Importador (Produtor) Retalhista 3. 4. Utilizador Final 2. Registo Nacional Figura 1 Notas: Empresa Estrangeira vende para Produtor em Portugal (1.). Situação normal em que o importador (artigo 3º, v) iii)) assume as responsabilidades de produtor, registando a sua empresa e reportando ao Registo Nacional Português (2.) todas as quantidades de EEE colocadas em Portugal (3 e 4.). Esta é a situação mais comum de colocação no mercado, quando a transação é de um país terceiro ou da UE para Portugal, mas não é a única. Por esse motivo, a legislação previu outros cenários e outras responsabilidades, as quais serão expostas abaixo. 4.1 Circunstância 1 Poderá haver algumas circunstâncias em que a Empresa estabelecida na União Europeia deseje ser ela a assumir as obrigações do (s) importador (es) (art.3º, alínea v) iii) que tiver em Portugal. Isto é, ser ela a produtora, garantindo o controlo do cumprimento relativamente aos produtos que coloca no território nacional. A Diretiva REEE2 e o diploma nacional preveem essa possibilidade, permitindo que a empresa estrangeira estabelecida num país da UE possa, excecionalmente, chamar a si essas obrigações, nomeando um RA Português e passando a agir como produtor (Ver Figura 2). ANREEE julho 2014 Página 4 de 9

País da UE Portugal Empresa estabelecida na UE (Produtor) 1. 1. 2a. Importador 2a. Representante Autorizado Retalhista 3. 3. 2b. 2b. 4. 4. Utilizador Final Registo Nacional Figura 2 Notas: O artigo 21º, 1, permite que a Empresa estabelecida na UE, por via de exceção, possa assumir as obrigações de um produtor em Portugal (1.), fazendo-o por intermédio da nomeação de um RA no nosso país (2a.). O RA em Portugal tem como função registar a Empresa Estrangeira como produtor e garantir o cumprimento das responsabilidades em seu nome (2b.). Sob estas circunstâncias, o importador nacional deixa de ter obrigações de registo ou reportar a sua atividade relativa aos EEE colocados em Portugal (3 e 4). Nesta circunstância, a empresa estrangeira estabelecida na UE pode nomear um RA, ao abrigo do nº 1 do artigo 21º, o qual tem de estar estabelecido em Portugal, e que passa a ser, a nível nacional a pessoa responsável pelo cumprimento das obrigações relativamente aos produtos que essa empresa está a colocar no mercado nacional. Desta forma, a empresa estrangeira estabelecida na UE passa a ser considerada um produtor ao abrigo da subalíneas i a iii) da alínea v) do artigo 3º, que se encontra a colocar EEE em Portugal, em empresas nacionais (i.e., as empresas adquirem EEE, com caráter profissional, com o intuito de os disponibilizar a terceiros). Nestes casos, a(s) empresa(s) nacional(ais), importadora(s) dos equipamentos fornecidos pela empresa estrangeira, fica(m) desonerada(s) de todas as responsabilidades de registo e outras obrigações decorrentes do Decreto-Lei nº 67/2014, de 7 de maio, passando a ser a empresa estabelecida na UE, através do seu RA, a chamar a si as obrigações de produtor que ficarem definidas no mandato. Para o efeito, o RA tem que fornecer e manter atualizada uma lista de distribuidores nacionais do produtor, que ele passa a representar (artigo 32º, número 4). Se uma empresa estrangeira estiver estabelecida fora da União Europeia, esta não pode substituir-se como produtor, relativamente à empresa importadora portuguesa. Neste caso, é a empresa portuguesa que terá de continuar a agir enquanto produtor de EEE. ANREEE julho 2014 Página 5 de 9

4.2 Circunstância 2 Outra circunstância será a de uma empresa estrangeira estabelecida dentro ou fora da União Europeia (a qual é considerada um produtor ao abrigo da subalínea iv) da alínea v) do artigo 3º), que se encontra a colocar EEE em Portugal, através de técnicas de comunicação à distância, em utilizadores finais, particulares e não particulares (i.e., os utilizadores adquirem EEE para uso próprio e sem intuito de os disponibilizar a terceiros). Ora, ao abrigo do nº 2 do artigo 21º, esta empresa é obrigada a nomear um RA, o qual tem de estar estabelecido em Portugal, como sendo a pessoa responsável pelo cumprimento das obrigações do produtor. País Terceiro ou país da UE Portugal Empresa Estrangeira (Produtor) 2a. 1. Utilizador Final Representante Autorizado 2b. Figura 3 Registo Nacional Notas: Empresa Estrangeira (produtor) de um País dentro ou fora da União Europeia vende EEE diretamente a um utilizador final em Portugal, através de meios de comunicação à distância. (1.). A Empresa Estrangeira DEVE (2 do artigo 21º) nomear um RA em Portugal (2a.). O RA em Portugal regista a Empresa Estrangeira (produtor) e reporta os EEE colocados em Portugal, assegurando demais obrigações estabelecidas no mandato (2b.). 4.3 Tabela resumo da nomeação de um RA Empresa Estabelecida na União Europeia Estabelecida FORA da União Europeia (país terceiro) Coloca EEE em empresas portuguesas suas distribuidoras - PODE nomear RA - Pode registar-se e desonerar das responsabilidades de registo as empresas portuguesas suas distribuidoras - NÃO PODE nomear RA - NÃO PODE registar-se - A obrigação de registo recai nas empresas portuguesas suas distribuidoras Coloca EEE em utilizadores finais - TEM DE nomear RA - TEM DE registar-se - TEM DE nomear RA - TEM DE registar-se ANREEE julho 2014 Página 6 de 9

5 Quem pode ser Representante Autorizado de uma empresa? O representante autorizado é uma pessoa singular ou coletiva estabelecida em Portugal, por intermédio de um mandato escrito emitido pela empresa estrangeira, mandato este que é submetido para apreciação à Entidade de Registo. Este mandato deve ser apresentado com uma antecedência de 15 dias corridos, face à data da sua vigência. O mandato deve respeitar o modelo constante do Anexo IX do diploma. Chama-se a atenção para o seguinte: caso uma empresa portuguesa pretenda exportar os seus EEE, para um país da UE, através de técnicas de comunicação à distância diretamente a utilizadores particulares ou a utilizadores não particulares, as obrigações dessa empresa num mercado estrangeiro são exatamente as mesmas, isto é, uma empresa portuguesa: Tem, obrigatoriamente, de nomear um representante autorizado sediado no país da UE, caso não existam empresas a intermediar a colocação no mercado, i.e., caso a disponibilização dos EEE seja feita diretamente a utilizadores finais (particulares e não particulares); Pode nomear um representante autorizado sediado no país da UE, caso a colocação de EEE seja feita através de empresas locais, passando a empresa portuguesa a assumir as obrigações inerentes ao produtor, nos termos específicos definidos no país de destino. O representante autorizado não pode ser uma entidade cuja atividade pode ser suscetível de gerar conflitos de interesse com as funções em causa, nomeadamente a Entidade de Registo e as entidades gestoras dos sistemas integrados de REEE (artigo 29º, número 9). 6 Quais as responsabilidades de um Representante Autorizado? O representante autorizado atua, a nível do país, representando o produtor ausente. Como tal, será a pessoa de contacto face às autoridades nacionais e o garante do cumprimento de todas as obrigações do produtor que representa, nomeadamente o registo e a realização de declarações periódicas. O mandato da sua nomeação tem de ser disponibilizado à Entidade de Registo, com uma antecedência mínima de 15 dias, face à data da sua vigência. Com o termo desse mandato, o RA e o produtor têm que informar, imediatamente, a Entidade de Registo. Caso a empresa estrangeira estabelecida na União Europeia possua distribuidores nacionais, o RA tem de fornecer e atualizar, junto à Entidade de Registo, a lista desses distribuidores nacionais. O RA tem de disponibilizar, a esses distribuidores, uma declaração que comprove a desoneração das suas obrigações como produtores importadores. ANREEE julho 2014 Página 7 de 9

7 Desde quando é que podem ser nomeados Representantes Autorizados? A figura do Representante Autorizado passa a existir a partir de 08/05/2014, que é a data de entrada em vigor da legislação nacional. 8 Pode uma mesma entidade ser Representante Autorizado de vários produtores? Desde que não haja conflitos de interesse, nada impede na legislação que uma mesma entidade possa representar vários produtores não residentes. 9 Pode um produtor ter mais que um Representante Autorizado no país? Sim, um produtor pode ter vários Representantes Autorizados. 10 Um importador registado, deve cancelar o registo porque passou a existir um Representante Autorizado? - Se o importador nacional só estava registado por adquirir equipamento à empresa estrangeira estabelecida na UE, e que esta agora nomeou um Represente Autorizado e, - Se esse importador nacional nada mais realiza na sua atividade que o possa classificar como produtor de EEE, e - Se recebeu do Representante Autorizado uma declaração que o exonera das suas obrigações relativamente ao equipamento que adquire à empresa estrangeira sua fornecedora, Então, e só se verificarem essas três condições, o importador nacional deve cancelar o seu registo. 11 Sobre este Guia A ANREEE é fundadora da rede europeia de entidades de registo EWRN rede essa que congrega as suas congéneres de Registo, presentes nos principais países produtores de EEE. A experiência de registo e classificação de EEE existente na EWRN permite que a harmonização classificativa seja concertada entre todos os países, sendo que este guia é mais um trabalho que resulta dessa partilha de saber. A Comissão Europeia lançou um documento de perguntas frequentes (FAQ WEEE2) 1, o qual serviu igualmente de apoio a este guia. 1 Consultar o link do website oficial da Comissão Europeia ANREEE julho 2014 Página 8 de 9

12 Modelo do Mandato O modelo do mandato de RA está disponível no Anexo IX do diploma nacional, o qual se transcreve abaixo: [Identificação do Produtor nome e número de identificação fiscal europeu ou nacional] [Endereço do produtor] País de origem Nomeia [Identificação do representante autorizado nome e número de identificação fiscal nacional], [Endereço do representante autorizado] como seu representante autorizado em Portugal, nos termos da Diretiva n.º 2012/19/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de julho de 2012, relativa aos resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE). O presente mandato abrange as seguintes categorias de EEE:... O [Representante autorizado] compromete-se, enquanto representante autorizado do [Produtor] em Portugal, a representá- lo nos termos constantes no Decreto-Lei n.º.../..., de..., sendo legalmente responsável por assegurar o cumprimento das obrigações do [Produtor] previstas nos [referir números e artigos respetivos] do referido decreto-lei. Não obstante o disposto no presente mandato, o [Produtor] só fica desonerado das responsabilidades ora delegadas no [Representante autorizado] desde que se verifique o efetivo cumprimento do mandato pelo delegatário. O presente mandato, assinado por ambas as partes, produz efeito [data] e termina a sua vigência assim que uma das partes informar a entidade responsável pela gestão do Centro de Coordenação e Registo que o mesmo foi rescindido. [Data] [Assinatura Produtor] [Assinatura do Representante Autorizado] 13 Informações sobre o registo Todas as informações sobre os procedimentos de registo, vídeos explicativos e guias estão disponíveis no website da ANREEE, pelo que convidamo-lo a visitar www.anreee.pt 14 Ficha técnica Ficha Técnica Data do Documento Julho de 2014 Data da versão Versão 1 Data da última revisão (*) Julho de 2014 (*)Documento revisto e validado pela Agência Portuguesa do Ambiente ANREEE julho 2014 Página 9 de 9