GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS no Estado do Rio de Janeiro Balanço de 2012

Documentos relacionados
GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS

na Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro

SETOR DA MODA: EMPREGOS e salários no Estado do Rio de Janeiro

GERAÇÃO DE EMPREGOS NOTA CONJUNTURAL DO OBSERVATÓRIO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, JULHO DE 2012

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS no Rio de Janeiro Balanço de 2011

SETOR DE COSMÉTICOS E BELEZA: estabelecimentos e empregos formais no Rio de Janeiro

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS

Geração de Empregos Formais no Rio de Janeiro 3º trimestre de 2011

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS

OS PEQUENOS NEGÓCIOS NO RIO DE JANEIRO

Perfil das Micro e Pequenas Empresas no ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INFORME CONJUNTURAL. Comportamento do Emprego Jan-Jul Brasil. Subseção Dieese Força Sindical. Elaboração: 25/08/16

Nível de Emprego Formal Celetista

INFORME CONJUNTURAL. Comportamento do Emprego Janeiro Brasil. Subseção Dieese Força Sindical. Elaboração:05/03/18

Novembro/ BRASIL. Análise do emprego. Novembro/2012

Janeiro/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Janeiro/2013

Dezembro/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Dezembro/2013

Setembro/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Setembro/2013

2016. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

INFORME CONJUNTURAL. Comportamento do Emprego Jan-Dez Brasil. Subseção Dieese Força Sindical. Elaboração: 26/01/18

EMPREGO INDUSTRIAL EMPREGO JUNHO DE º SEMESTRE DE 2012

Maio/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Maio/2013

Na média de 2015, a economia brasileira fechou mais de 525,3 mil postos de trabalho em relação aos dez primeiros meses de O setor de serviços,

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE DIADEMA

Características do Emprego Formal RAIS 2014 Principais Resultados

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE DIADEMA

Presidente do Conselho Deliberativo Nacional

BOLETIM EMPREGO Junho 2014

Março/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Março/2013

Emprego industrial 25 de Fevereiro de 2014 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Indústria Janeiro/2014

Nível de Emprego Formal Celetista

Junho/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Junho/2013 e 1º semestre de 2013

EMPREGO INDUSTRIAL SUMÁRIO EXECUTIVO EMPREGO MAIO DE 2013 A INDÚSTRIA FOI O SETOR QUE MAIS CONTRATOU EM MAIO E NO ACUMULADO DO ANO.

Outubro/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Outubro/2013

Na comparação com o mesmo mês, foi o menor saldo de empregos da indústria de transformação para fevereiro desde 2010.

OS SETORES ESTRATÉGICOS DE ATUAÇÃO DO SEBRAE/RJ

Julho/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Julho/2013

Fevereiro/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Fevereiro/2014

Agosto/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Agosto/2013

NÍVEL DE EMPREGO FORMAL CELETISTA Outubro 2017 CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS CAGED

16 de fevereiro de 2018

Participação dos Pequenos Negócios no Emprego

26 de outubro de 2017

COMO ANDA O RIO DE JANEIRO?

EMPREGO INDUSTRIAL Dezembro de 2013

2015. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

2015. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

Abril/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Abril/2013

2015. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS

Comparativo entre Regiões

INFORME CONJUNTURAL Comportamento do Emprego - Jan-Nov Brasil. 19/12/2014 Subseção DIEESE - Força Sindical

1 º Q U A D R I M E S T R E

2015. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

O setor de serviços vem liderando o ranking de geração de empregos em Este ano, o setor deve responder por cerca de 68,0% dos postos de

Janeiro/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Janeiro/2014

2015. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

2015. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

Nível de Emprego Formal Celetista

2015. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

Economia, mercado de trabalho e empreendedorismo no Rio de Janeiro:

Março/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Março/2014

Foi divulgado no dia 21/11/2018 pelo Ministério do Trabalho os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED do mês de outubro.

Pesquisa Mensal de Atividade em Serviços. Julho de 2017

EMPREGO INDUSTRIAL Novembro de 2013

Análise do Emprego Industrial OUTUBRO/2018. Em outubro, Santa Catarina é o segundo estado que mais gera empregos no Brasil JAN-OUT.

EMPREGO INDUSTRIAL Junho de 2014

SETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: estabelecimentos e empregos formais no Rio de Janeiro

Na atividade de têxtil e confecção ocorreu o maior volume de contratações (1.069 postos).

EMPREGO INDUSTRIAL ABRIL DE 2013

SÍNTESE DO COMPORTAMENTO DO MERCADO DE TRABALHO FORMAL EM ALAGOAS ABRIL DE 2015

Emprego Industrial Outubro de 2015

EMPREGO INDUSTRIAL Maio de 2014

2017. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae


2017. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

Tabela 1 - Evolução do Emprego - Espírito Santo e Brasil - Abril 2018

2016. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

Mercado de Trabalho Formal do Recife

Mercado de Trabalho Empregos formais. Estado de São Paulo Município: Capivari

Desenvolvimento Socioeconômico na NOTA CONJUNTURAL MAIO DE 2013 Nº23

2016. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

2016. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

2016. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

2015. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

Maio/ BRASIL. Análise do emprego. Brasil Maio/2014

Informativo Mensal de Emprego CAGED. nº 10, outubro de 2012

Síntese de indicadores. nº 1 setembro 2012 CAGED

EMPREGO INDUSTRIAL Fevereiro de 2014

2018. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

2018. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

Estabelecimentos e Empregos nas Micro e Pequenas Empresas 1

2016. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

Alexsandre Lira Cavalcante *

2018. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae

DESEMPENHO INDUSTRIAL

O setor de Serviços foi o maior gerador de empregos formais no mês de julho (1.372 postos), seguido da Construção Civil (564 postos).

Indicadores Econômicos e Fomento à Indústria

Transcrição:

NOTA CONJUNTURAL GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS no Estado do Rio de Janeiro Balanço de 2012 OBSERVATÓRIO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, JANEIRO DE 2013 19 2013 PANORAMA GERAL Os dados recém divulgados pelo Ministério do Trabalho apontam que, no Brasil, foram gerados 868.241 novos postos de trabalho formais em 2012, o que representa um incremento de 2% no estoque de empregos formais de 2011, segundo a RAIS/MTE. No Estado do Rio de Janeiro (ERJ), foram criados 105.653 empregos formais em 2012, indicando um aumento de 3% em relação ao estoque de 3,5 milhões de empregos. O Gráfico 1 mostra o nível do estoque de empregos segundo a RAIS 2011, o saldo líquido da geração de empregos em 2012 e o percentual da geração de empregos sobre o estoque total de empregos formais por Unidade da Federação. GRÁFICO 1 ESTOQUE DE EMPREGOS FORMAIS EM 2011 (RAIS/MTE), SALDO LÍ- QUIDO DE EMPREGOS EM 2012 (CAGED/MTE) E PERCENTUAL DE NOVOS EMPREGOS EM 2012 EM RELAÇÃO AO ESTOQUE DE 2011 Nota: Os estados do AC, AL e AM não contêm o percentual do saldo líquido do emprego em 2012 sobre o estoque de empregos formais de 2011 porque o saldo líquido do emprego em 2012 foi negativo.

O saldo líquido do emprego no ano de 2012 foi inferior ao ano de 2011, embora positivo. No Brasil, foram gerados um pouco mais da metade (55%) da quantidade de novos postos de trabalhado criados em 2011. O ERJ fechou o ano de 2012 com a criação de 63% da quantidade de empregos gerados no ano anterior. Este saldo líquido do emprego formal no ERJ é o segundo menor desde 2004 (Gráfico 2), superior apenas ao de 2009. GRÁFICO 2 SALDO LÍQUIDO DE EMPREGOS FORMAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ANOS DE 2000 A 2012 FONTE: CAGED MTE 200.000 150.000 100.000 50.000 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 O desaquecimento do mercado de trabalho formal em 2012 frente ao ano de 2011, foi verificado em praticamente todos os estados, como mostra o Gráfico 3. O saldo líquido de empregos só cresceu de 2011 para 2012 nos estados de Roraima e Mato Grosso, que juntos representam apenas 3% da geração de empregos no país. GRÁFICO 3 VARIAÇÃO DO SALDO LÍQUIDO DE EMPREGOS FORMAIS TOTAL E EM MICRO E PEQUENOS ESTABELECIMENTOS POR ESTADO ENTRE 2011 E 2012 FONTE: CAGED MTE

Ainda no Gráfico 3, verifica-se que o desempenho das micro e pequenas empresas (MPE) na geração de empregos, comparado ao ano anterior, foi melhor do que no total das empresas para a maioria dos estados. No ERJ, a redução do saldo líquido de empregos entre 2011 e 2012, tanto no total de empresas quanto nas MPE (-37% e -23%, respectivamente), foi menor do que a média brasileira (-45% para total de empresas e -30% para MPE). Em relação às outras Unidades da Federação, o desempenho do ERJ foi mediano, mas superior ao dos estados do Sudeste. A GERAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE E A IMPORTÂNCIA DAS MPE 1 O ano de 2012 fechou com saldo positivo de empregos formais em quase todos os grandes setores de atividade no Brasil e no ERJ, com exceção da agropecuária (Gráfico 4). Destaca-se, também, que o desempenho nesse ano foi inferior a 2011 em todos os setores. Porém, enquanto no Brasil, as maiores quedas do saldo positivo foram verificadas na indústria e na construção civil, a retração do número de novos empregos no comércio e serviços tem maior relevância no ERJ. As MPE foram as principais responsáveis pela criação de novos postos de trabalho nos diversos setores no Brasil e no Estado do Rio de Janeiro. No ERJ, as MPE do setor de serviços tiveram saldo líquido do emprego superior ao saldo total do setor. Isso indica que as médias e grandes empresas (MGE) do setor demitiram mais do que admitiram no ano de 2012. Além disso, o setor de serviços foi o que mais gerou novos empregos em toda a economia fluminense. 1. No O porte ou tamanho de empresas foi definido pelo critério de classificação por número de funcionários, utilizada pelo Sistema SEBRAE. Assim, as micro e pequenas empresas (MPE) compreendem indústrias (de transformação e extrativa mineral) com até 99 funcionários e as empresas agropecuárias, empresas do comércio e empresas dos serviços com até 49 funcionários. Já as médias e grandes empresas (MGE) são indústrias com 100 ou mais funcionários e empresas agropecuárias, do comércio e do serviço com 50 ou mais funcionários.

GRÁFICO 4 SALDO LÍQUIDO DE EMPREGOS FORMAIS POR SETOR NO BRASIL E ESTADO DO RIO DE JANEIRO ANO DE 2012 FONTE: CAGED MTE No Brasil, embora o setor de serviços tenha gerado mais empregos se comparado aos demais setores, nota-se que as MPE da indústria e da construção civil tiveram grande importância para o saldo líquido do emprego total dos respectivos setores ser positivo. Fenômeno semelhante se verifica na geração de empregos nesses mesmos setores para o caso do Nordeste e na geração de empregos da indústria na região Sudeste. A GERAÇÃO DE EMPREGOS NAS REGIÕES DO ESTADO DO RJ POR PORTE DE EMPRESA Nas regiões do ERJ, verifica-se, também, a grande importância das microempresas na geração de empregos, responsáveis pelo saldo positivo do emprego formal nas regiões do Médio Paraíba, Centro Sul, Serrana I, Serrana II e Noroeste (percentual de participação do total das MPE na geração de emprego superou os 100%, como mostra a Tabela 1). Esse comportamento não é verificado entre as pequenas empresas, pois somente a capital e a região Norte fluminense tiveram saldo líquido do emprego positivo em 2012, incrementando o saldo líquido do emprego para o total das MPE.

TABELA 1 SALDO LÍQUIDO DE EMPREGOS FORMAIS POR TAMANHO DE ESTABELE- CIMENTO NAS REGIÕES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO EM 2012 FONTE: CAGED MTE TAMANHO DO ESTABELECIMENTO SEGUNDO SISTEMA SEBRAE MICRO PEQUENA MPE MÉDIA GRANDE MGE TOTAL % DAS MPE SOBRE O TOTAL ERJ 95.194-2.080 93.114 630 11.909 12.539 105.653 88% Rio de Janeiro 52.412 3.533 55.945 1.387 5.740 7.127 63.072 89% Baixada 11.064-1.376 9.688-994 3.416 2.422 12.110 80% Médio Paraíba 5.959-926 5.033-1.788-317 -2.105 2.928 172% Centro Sul 2.455-37 2.418-204 -859-1.063 1.355 178% Serrana II 3.823-181 3.642-915 -888-1.803 1.839 198% Serrana I 1.870-717 1.153-33 -129-162 991 116% Leste Fluminense 8.870-1.987 6.883 2.565 4.339 6.904 13.787 50% Baixada Litorânea 1.947-583 1.364 324-311 13 1.377 99% Norte 4.606 734 5.340 668 1.641 2.309 7.649 70% Noroeste 1.839-595 1.244-258 -723-981 263 473% Cabe destacar que a menor participação das MPE na geração de empregos foi verificada na região Leste Fluminense (50%). Esta região foi a segunda maior em geração de empregos entre as MGE fluminenses, fato relacionado à realização das grandes obras de infraestrutura na região. A GERAÇÃO DE EMPREGOS NAS REGIÕES DO ERJ NAS MPE Como vimos, o setor de serviços foi o maior responsável pela geração de empregos no mercado de trabalho formal fluminense em 2012. Este setor também é destaque em criação de novos postos de trabalho entre as MPE, pois foi responsável por mais da metade dos novos postos (50 mil dos 93 mil criados). A Figura 1 mostra o saldo líquido do emprego das MPE por setores nas respectivas regiões do ERJ em 2012. A participação das MPE de serviços na geração de emprego é a maior entre os setores nas diversas regiões do Estado, com exceção das regiões Noroeste e Baixada Litorânea, onde as MPE do comércio geram mais empregos. A cidade do Rio de Janeiro concentrou a maior quantidade de empregos gerados em MPE, cerca de 56 mil, dos quais quase 31 mil no setor de serviços. Em seguida, vem a construção civil com 13 mil novos postos de trabalho. A região da Baixada

Fluminense ficou em segundo lugar, com aproximadamente 10 mil novos empregos gerados em MPE, sendo quase 5 mil no setor de serviços. As menores quantidades de empregos gerados em MPE do ERJ foram nas regiões da Baixada Litorânea, Noroeste e Serrana I, que estão entre as regiões de menor participação na quantidade de MPE do estado, segundo a RAIS/MTE de 2011 2. FIGURA 1 SALDO LÍQUIDO DO EMPREGO NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS POR SETOR E REGIÕES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DE REFERÊNCIA ANO DE 2012 FONTE: CAGED MTE O único setor, no ERJ, que apresentou saldo de demissões maior que de admissões em 2012 foi a agropecuária, nas regiões do Médio Paraíba, Serrana I, Baixada Litorânea, Leste e Noroeste Fluminense. Cabe destacar, ainda, que a região da Baixada Litorânea e a Serrana I também apresentaram saldos negativos nas MPE da construção civil. 2. Este dado dentre outros contidos nesta Nota Conjuntural, se encontram disponíveis nas tabelas do Sistema de Informações do Observatório das micro e pequenas empresas do Sebrae/RJ.

SALÁRIOS DOS ADMITIDOS 3 O salário médio dos admitidos em 2012 no ERJ foi de R$1.184, valor superior a média do país (de R$ 1.037) e semelhante ao Estado de São Paulo. Seu crescimento, entre 2011 e 2012, foi de cerca de 7%, maior do que no Brasil (de 5%) e no estado de São Paulo (4%) 4. No que se refere aos setores, em 2012, o ERJ apresentou as maiores remunerações médias do país para admitidos nos setores de serviços (R$ 1.269), construção civil (R$ 1.338) e indústria (R$ 1.354). Estas remunerações foram ainda maiores no setor de serviços na cidade do Rio de Janeiro (R$1.344), na construção civil no Leste Fluminense (R$1.521) e na indústria na região Norte Fluminense (R$1.813). As maiores valorizações salariais no ERJ foram verificadas na agropecuária (9%) 5 e nos serviços (8%). O comércio teve, junto com a indústria, a menor valorização dos salários de admissão entre os dois últimos anos (5%) e registrou valor médio abaixo do nível nacional 6. GRÁFICO 5 RENDIMENTO MÉDIO DE ADMITIDOS NO MERCADO DE TRABALHO FORMAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ANOS 2011 E 2012 FONTE: CAGED MTE 3. Valores deflacionados segundo INPC/IBGE de dezembro de 2012. 4. As maiores valorizações ocorreram nos estados do Acre (12%, para R$ 906), Paraíba (10%, para R$ 821), Sergipe (8%, para R$ 851), Pernambuco (7%, para R$ 945) e Mato Grosso do Sul (7%, para R$940). Note que estes estados registram valores de rendimento abaixo da média nacional. 5. Com a média de rendimento de R$ 847 no setor da agropecuária, o ERJ ocupou o décimo maior rendimento de admissão do setor em 2012. O primeiro em rendimento foi o estado da Paraíba com R$ 1.423, e a média nacional foi de R$ 814. 6. No comércio, o rendimento médio de admitidos no ERJ foi de R$ 877, enquanto o Brasil registrou média de R$ 908. O maior patamar salarial médio registrado no setor foi em São Paulo, de R$ 1.079.

EM RESUMO O desaquecimento da economia brasileira em 2012 teve efeitos no mercado de trabalho, gerando menos postos de trabalho formais do que nos dois anos anteriores. Esta tendência foi verificada em praticamente todas as Unidades da Federação, mas em menor magnitude no ERJ do que a média nacional e particularmente entre as MPE. O destaque setorial entre as MPE do ERJ é o setor de serviços. As MPE desse setor geraram mais empregos entre todas as MPE das diversas regiões do Estado, com exceção apenas das regiões Noroeste e Baixada Litorânea, onde o setor de comércio gera mais empregos. Esse comportamento é diferente da média brasileira, em que as MPE tiveram maior contribuição para a geração de empregos na indústria e na construção civil. No que diz respeito ao salário médio dos admitidos em 2012, o ERJ registrou nível semelhante ao estado de São Paulo, representando o maior do Brasil. O ERJ apareceu como destaque nos serviços, na construção civil e na indústria, onde os maiores salários médios de admissão de cada um desses setores foram encontrados, respectivamente, na cidade do Rio de Janeiro, no Leste Fluminense e no Norte Fluminense. A dinâmica da geração de empregos nas MPE do setor serviços e na construção civil, considerando todos os portes, contribuiu de forma significativa para o bom desempenho do mercado de trabalho formal fluminense, comparativamente à média brasileira. A valorização do salário médio de admissão no ERJ, acima da média brasileira, aliada aos baixos níveis de desemprego, podem resultar em desafios crescentes para a competitividade das MPE com a elevação do custo do trabalho. E MAIS De acordo com dados do IBGE, a produção industrial do ERJ no acumulado de janeiro a novembro de 2012, caiu 5,6%. Os estados de São Paulo (-4,1%) e Rio Grande do Sul (-3,9%) também apresentaram quedas acima da média nacional (-2,6%). Em novembro de 2012, o ERJ apresentou 2,7% menos empregos industriais do que o registrado para o mesmo mês de 2011. Segundo o IBGE, a quantidade de pessoal ocupado assalariado foi ainda menor nos ramos industriais de vestuário (-18,0%), alimentos e bebidas (-7,6%), papel e gráfica (-11,9%), minerais não metálicos (-11,5%) e outros produtos da indústria de transformação (-11,0%).