Título Autores Nome: Denis Striani Endereço para correspondência: Nome: Alexandre Ferreira Lopes Endereço para correspondência: Declaração do autor:

Documentos relacionados
XI MAXIMIZAÇÃO DA GESTÃO DE PRESSÃO ATRAVÉS DA IMPLANTAÇÃO DO CONTROLE PELO PONTO CRÍTICO

Equipamentos para Controle de Perda de Água

Endereço (1) : Avenida Brasil, 214 Jardim Barueri Barueri - SP - CEP: Brasil - Tel: +55 (11)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL CENTRO DE ENGENHARIAS - CENG DISCIPLINA: SISTEMAS URBANOS DE ÁGUA RESERVATÓRIO DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

RESERVATÓRIO DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

REDUÇÃO DE VAZAMENTOS APÓS INSTALAÇÃO DE VRP s NA CIDADE DE ITAPIRA SP

AULAS 11 e 12 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ÓRGÃOS DE MANOBRA E CONTROLO CÂMARAS DE PERDA DE CARGA, ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS E SOBREPRESSORAS EXEMPLOS

DIMINUIÇÃO DE VAZÃO MÍNIMA NOTURNA POR REDUÇÃO DE PRESSÃO

9 Rede de distribuição. TH028 - Saneamento Ambiental I 1

Sustentabilidade dos Serviços de Água e Boas Práticas no Controlo de Perdas GESTÃO DE PRESSÕES. Margarida Pinhão APDA/CESDA

Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A TÍTULO: ESTUDO DE CASO PARA REDUÇÃO DE PERDAS EM SETOR DE MEDIÇÃO

I SERVIÇOS DE ENGENHARIA PARA CONTROLE DE PRESSÃO E VAZÃO COM IMPLANTAÇÃO DE VÁLVULAS REDUTORAS DE PRESSÃO (VRP) CONTROLADAS POR TELEMETRIA

Órgãos de manobra e controlo. Tipos, função e localização. Válvulas de seccionamento. Ventosas. Válvulas de descarga.

I CONTROLE NAS SAÍDAS DE RESERVATÓRIOS COM IMPLANTAÇÃO DE VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO UM CASO DE REDUÇÃO DE PERDAS REAIS

Redução de Perdas através de contratos de remuneração por desempenho. Carlos Jose Teixeira Berenhauser

ALTERAÇÃO NO PADRÃO DE LIGAÇÃO DE ÁGUA PARA CONTROLE DE PERDAS APARENTES NO ABASTECIMENTO

MACEIÓ. - LIGAÇÕES ATIVAS: ligações; - LIGAÇÕES INATIVAS: ligações; - LIGAÇÕES FACTÍVEIS: ligações;

DETERMINAÇÃO DE INDICADORES DE INVESTIMENTOS PARA REDUÇÃO DE PERDAS A PARTIR DA INSTRUMENTAÇÃO E ESTUDO DE UM DISTRITO DE MEDIÇÃO E CONTROLE DMC

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO

I ABASTECIMENTO DE ÁGUA - A INOVAÇAO DA GESTÃO DA OPERAÇÃO

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental PHA Saneamento

hydrostec VÁLVULAS DE REGULAÇÃO MULTIJATO Atuador Redutor Transmissor de posição Suporte Arcada Corpo Eixo Placa móvel Placa fixa

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO

UNIDADES DE MEDIÇÃO INDIVIDUAL PARA CONDOMÍNIOS VERTICAIS E HORIZONTAIS (SUBMEDIDORES) - SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE GUARULHOS - SP.

I-027 REDUÇÃO DE FRAUDES NA MICROMEDIÇÃO ATRAVÉS DE DISPOSITIVO OBSTRUTOR METÁLICO

Saneamento com Responsabilidade Ambiental, Automação e Controle Elton Gonçalves Coordenador do Grupo Especial de Perdas. Brasil

MANUAL DE PROJETOS DE SANEAMENTO MPS MÓDULO DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE SANEAMENTO ESTUDO DOS TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS

TRABALHO DE COMBATE ÀS PERDAS DE ÁGUA

A Sharewater. Planeta Água. Prêmios

I-104 BOIA DO ALEMÃO : UMA CONTRIBUIÇÃO PARA AUTOMAÇÃO DE ESTAÇÕES COMPACTAS DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA TIPO TORREZAN

23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

XI-010 AJUSTE DE PRESSÕES DE DISTRIBUIÇÃO POR HORÁRIO

MANUAL DE SISTEMAS DE BOMBEAMENTO

XI SISTEMA DE CONTROLE FUZZY NA OPERAÇÃO OTIMIZADA DE REDES SETORIZADAS COM BOMBEAMENTO DIRETO

Saneamento Urbano II TH053

Controle de Indicadores por Áreas de Abastecimento Ferramenta para o Gerenciamento de Redes

Controle e Perdas em Sistemas de

Pressão num sistema de distribuição é determinante para: Gestão activa de pressões não é normalmente uma prioridade na gestão técnica de sistemas

INDICADOR 1 - DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES INDICADOR 1A CONTEÚDO DISPONIBILIZADO E ATUALIZADO NA PÁGINA ELETRÔNICA DO COMITÊ OU DA CONTRATADA

Válvula Redutora de Pressão Modelo 42 LP (Ação Direta)

Saneamento Ambiental I. Aula 08 Rede de Distribuição de Água: Parte III

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE

Aplicação de Sistemas de Controle e Gestão de Redes de Distribuição. Autor: Carlos Rafael Bortolotto Galhardo 6º ENA - Março 2016

TRATAMENTO DE LODO PRODUZIDO PELA ETA FONTE TEMA I: ÁGUA AUTORES:

I ESTUDO DA REDUÇÃO DO ÍNDICE DE PERDAS NO MUNICÍPIO DE UBATUBA ENTRE JANEIRO DE 2015 À OUTUBRO DE 2016

8 Reservatórios de distribuição de água. TH028 - Saneamento Ambiental I 1

A EVOLUÇÃO. 1. Se não faltar Água Tudo Bem. 2. Pesquisa de Vazamentos e Macromedição. 3. Controle de Pressão

MAPA DIGITAL DE PRESSÕES ESTÁTICAS NO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental PHA Saneamento

XI UTILIZAÇÃO DE CURVA DE CONSUMO ESPECÍFICO PARA AUXÍLIO NA DEFINIÇÃO DE CONJUNTO MOTOR-BOMBA PARA ELEVATÓRIA DE ÁGUA DO TIPO BOOSTER

VI ENCONTRO DE INOVAÇÃO DA CESAN PALESTRA TÉCNICA: QUEBRA DE PARADIGMAS NO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS DE REDUÇÃO DE PERDAS

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO

INDICADOR 1A-5 - PLANO DE APLICAÇÃO

Especificação Técnica de Projeto Nº 008

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA E ECONOMICIDADE DA ATUAL RESERVAÇÃO DO SISTEMA ADUTOR METROPOLITANO DE SÃO PAULO

I NORMALIZAÇÃO DO ABASTECIMENTO APÓS REDUÇÃO DE PRESSÃO PELO PROCESSO DE GESTÃO NOTURNA COM A UTILIZAÇÃO DE VÁLVULAS VENTOSAS

Controle e monitoramento automático e em tempo real de refinarias, oleodutos e gasodutos.

Abastecimento de Água Diretoria i de Sistemas Regionais i - R. Apresentação: Engº Joaquim Hornink Filho

XI AUMENTO DA EFICIENCIA OPERACIONAL POR MEIO DO CONTROLE DE PRESSÃO EM POÇOS TUBULARES PROFUNDOS

I-048 PERIODICIDADE PARA CALIBRAÇÃO E AJUSTE DE MEDIDORES DEPRIMOGÊNEOS

Declaramos estarmos de pleno acordo com as condições estabelecidas pelo regulamento para apresentação de Trabalhos Técnicos, submetendo-nos às mesmas.

I REDUÇÃO DE PERDAS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: ESTUDO DE CASO NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO INTEGRADO DE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA

Especificação Técnica de Projeto Nº 008

I ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE MATERIAIS DE TUBULAÇÃO PARA CONSTRUÇÃO DE REDES ADUTORAS DE ÁGUA

I-159 A MELHORIA DA INFRAESTRUTURA E O IMPACTO NA REDUÇÃO DAS RECLAMAÇÕES DE FALTA D AGUA NA UNIDADE DE NEGÓCIO SUL - SABESP

INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA PARTE I 1) PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA (CONTINUAÇÃO)

REGULADOR COMPACTO PARA TURBINAS HIDRÁULICAS VOITH HYDRO

Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais

EMPREENDIMENTOS RECURSOS COBRANÇA FEDERAL - DEMANDA ESPONTÂNEA A 2013

I PLANO DE OTIMIZAÇÃO E AMPLIAÇÃO DE RESERVAÇÃO

18ª Audiência de Inovação TEMA: EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO SANEAMENTO UTILIZAÇÃO DE ACIONAMENTOS EM ROTAÇÃO VARIÁVEL EM ELEVATÓRIAS DE ESGOTOS

DC Modular Otimizado para consumo mínimo de água

PREFEITURA UNIVERSITÁRIA

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO

Campina Grande-PB, outubro de 2016.

I-033 ESTAÇÃO DE CONTROLE DE PRESSÃO FREGUESIA DO Ó. UMA OBRA DE CONTROLE DE PERDAS

24ª Audiência de Sustentabilidade Redução de Perdas 21 de julho de Redução de Perdas de Água: Avanços Trazidos pelo Projeto Eficaz

PROGRAMA DE SETORIZAÇÃO DAS REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

PALAVRAS CHAVES: Medidores estáticos, medidores mecânicos, velocimétrico, ultrassônico.

37º ENCONTRO DO GRUPO REGIONAL DE PERDAS HÍDRICAS Consórcio PCJ. Centro do Conhecimento da Água 08/05/2013

O Município População estimada: Área territorial: Número de Economias de Água e Esgoto Orçamento Anual (2017):

SEMINÁRIO GESTÃO DO USO DA ENERGIA ELÉTRICA NO SANEAMENTO

Caminhos da Engenharia Brasileira

Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A SANASA Campinas. Jornada sobre MICROMEDICIÓN. Redução de Perdas por Submedição em Hidrômetros

PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE HÍDRICA PARA CAPTAÇÃO PELO SAAE

SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA. Decreto Regulamentar nº 23/95 Artigo 21º / Critérios de velocidade

I FLEXIBILIZAÇÃO DO ABASTECIMENTO NA CRISE COM REVERSÃO DE ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA

SUMÁRIO. Prefácio Autores do Livro Capítulo 1 - Aspectos Hidráulicos e Elétricos Básicos

XI SOFTWARE LIVRE E ENGAJAMENTO DAS EQUIPES NA REDUÇÃO DE PERDAS: CASO ITAGUARI - GO

GERENCIAMENTO DE VÁLVULAS DE BLOQUEIO COMO FERRAMENTA NO CONTROLE DE MICROZONAS DE MANOBRA, EFICIENCIA OPERACIONAL E REDUÇÃO DE PERDAS.

AUTOMAÇÃO DA OPERAÇÃO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO - O DESAFIO DA TECNOLOGIA DE SANEAMENTO

DIVULGACAO_DEMANDA_ESPONTANEA_PRE. Valor Contrap. (R$) Valor Pleiteado (R$) PDC/SUB- PROGRAMA. Valor Global (R$) % CP ANÁLISE SITUAÇÃO MOTIVO DO

Consumo responsável. Sabendo usar não vai faltar.

Instalações Prediais Aula 2

"REAPROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL NA INDÚSTRIA TUDOR MG DE BATERIAS LTDA"

DIVULGACAO_DEMANDA_ESPONTANEA_PRE % CP ANÁLISE SITUAÇÃO MOTIVO DO. Valor Contrap. (R$) Valor Pleiteado (R$) Valor Global (R$)

OTIMIZAÇÃO DE REDES DE ÁGUA ENG. GUILHERME VIOLATO GIROL

I-081 REDUÇÃO DE PRESSÃO UMA ALTERNATIVA TÉCNICA PARA MELHORAR A EFICIÊNCIA OPERACIONAL.

I REFORÇO DE CLORO EM RESERVATÓRIO UTILIZANDO DOSADOR HIDRÁULICO ESTUDO DE CASO

A ESCASSEZ HÍDRICA NO RIO PARAIBA DO SUL E OS IMPACTOS PARA O RJ

Transcrição:

Título Redução e Controle de Perdas Físicas de Água através da Implantação de Válvulas Redutoras de Pressão () com Controle Inteligente, Pesquisa e Eliminação de Vazamentos no Município de São Caetano do Sul Autores Nome: Denis Striani Cargo atual: Diretor Técnico do Departamento de Água e Esgoto de São Caetano do Sul Formação: Engenheiro Naval Escola Politécnica da USP 1975 Administração de Empresas Faculdade de Economia e Administração FEA-USP Especialização: Hidráulica Aplicada Área de atuação: Saneamento Ambiental Endereço para correspondência: e-mail: striani@aol.com Av. Fernando Simonsen, 303 Bairro Cerâmica CEP: 09540-230 São Caetano do Sul SP Nome: Alexandre Ferreira Lopes Cargo atual: Gerente de Operações da empresa ENOPS Engenharia Ltda. Formação: Engenheiro Químico FAAP 1994 Especialista em Engenharia de Saneamento Básico FSP-USP 2002 MBA em Gestão Empresarial FGV 2003 Área de atuação: Saneamento Ambiental Endereço para correspondência: e-mail: afl@enops.com.br Rua Dona Eponina Afonseca, 168 - Granja Julieta CEP: 04720-010 São Paulo - SP Declaração do autor: A água é o constituinte mais característico da Terra, ingrediente essencial da vida e talvez, o recurso natural mais precioso que o planeta fornece à humanidade. No entanto, ainda neste século, a água se tornará um recurso natural cada vez mais escasso. Nas áreas de grande conglomerado urbano, onde a água potável é mais necessária e fundamental, decisivamente ela se valorizará. Os altos índices de perdas de água que ocorrem na rede de distribuição representam, além de um prejuízo ambiental, um problema social e econômico para as empresas de abastecimento de água e saneamento, uma vez que, estas perdas geram gastos cada vez maiores que literalmente vão para o ralo. Desta forma, reduzir estas perdas na distribuição de água é uma ação determinante e de suma importância, tanto no âmbito ambiental e social, como também um fator positivo de economia para as empresas e para a população.

Palavras Chave:, Controle de Pressão, Perdas Físicas, Vazamentos Introdução: O DAE SCS vem implantando há alguns anos um Programa de Controle e Redução de Perdas de Água no seu Município. Esse Programa conta com diversas ações e projetos em andamento tais como: Reuso de água, Projeto Amigo da Água, palestras em empresas sobre uso racional da água, campanhas institucionais contínuas evitando o desperdício junto à população, medidas para evitar furtos em hidrantes, adoção de unidades de ligação, remanejamento e limpeza de rede, entre outras. Em meados de novembro de 2002 o DAE SCS deu início a uma nova atividade de combate às perdas físicas de água. Essa atividade foi a instalação de mais duas Válvulas Redutora de Pressão () no seu sistema de distribuição de água e a retomada de outras três S já existentes e que estavam fora de operação ( Prosperidade Ø 150mm, Nestor Moreira Ø 75mm e Tocantins Ø 100mm). A instalação de uma, reduzindo e controlando a pressão dentro de uma área a ser abastecida, é o caminho mais simples e de resultados imediatos para reduzir a perda de água em uma tubulação. Adotando a política de instalação de S, o DAE SCS objetivou atuar no fator que mais diretamente influencia nos vazamentos, a pressão interna em uma tubulação. A pressão interna em uma tubulação é tanto a geradora dos vazamentos como também a responsável pelo incremento do volume perdido através deles. Porém a prática de instalação de S não é a única maneira de controlar a pressão. Existem outros modos de controle e que devem preceder uma instalação de uma. São eles: Setorização da área abastecida para adequá-las às condições topográficas, podendo significar a instalação de um sistema elevatório para abastecer uma área crítica, reforço ou limpeza e reabilitação de trechos da rede; Alteração de curva de bomba para adequá-la à demanda; instalação de sistema de variação de vazão; A redução de pressão através da aplicação de uma traz alguns benefícios, como: Redução do volume perdido através dos vazamentos; Redução do consumo diretamente relacionado com pressão, tais como: lavagem de carros e calçadas, irrigação de jardins; Redução da ocorrência de vazamentos; A estabilização da pressão diminui a possibilidade de fadiga das tubulações inclusive nas instalações internas aos usuários; Estabelece um abastecimento mais constante à população. Grandes variações de pressão ao longo do dia podem dar a impressão de um abastecimento deficiente, e ainda, pressões desnecessariamente altas geram para o usuário a expectativa errônea de que o abastecimento é adequado; Permite regular a demanda em casos de racionamento. Após a implantação das S em uma primeira etapa, o DAE SCS ficou com quatro S operando em seu sistema de distribuição de água, totalizando 49 Km de rede protegida por S de um total de 393 Km de rede em todo o Município. Com o bom desempenho destas quatro S, o DAE SCS prosseguiu com a sua política de redução de perdas através da instalação de e hoje conta com mais uma em seu sistema de distribuição, denominada

Manoel Coelho. Esta é a que apresenta a maior extensão de rede (33 Km) e a que tem os melhores resultados de retorno do investimento. Objetivo: Descrever a utilização de válvulas redutoras de pressão e de controladores lógico programáveis como ferramentas de combate a perdas físicas de água no Município de São Caetano do Sul pelo Departamento de Água e Esgoto deste Município, DAE SCS. Metodologia: Caracterização do sistema O sistema de distribuição de água pertencente ao DAE SCS apresenta as seguintes características: 393 Km de redes de distribuição 3 setores de abastecimento Santa Maria, Vila gerty e Osvaldo Cruz 140.159 pessoas atendidas 35.658 ligações 60.991 economias 17.096.537 m³ vazão anual macromedida 1.424.711 m³ vazão média mensal macromedida No quadro abaixo apresentamos algumas características por setor de abastecimento: Quadro 1.1 Características por setor de abastecimento Setor de Extensão rede População Índice de Vaz/Km Abastecimento (Km) atendida (%) Santa Maria 86 23 6,4 Osvaldo Cruz 173 50 5,5 Vila Gerty 134 27 5,7 TOTAL 393 100 Metodologia para instalação de S O trabalho de instalação de S no Município de São Caetano do Sul pode ser dividido em 4 Fases: Fase 1 Estudos e projetos Fase 2 Implantação da Fase 3 Pré-Operação e comissionamento Fase 4 Pesquisa de vazamentos Fase 1 Estudos e projetos Para início dos trabalhos foi realizada uma análise dos três setores de abastecimento existentes no sistema de distribuição (Santa Maria, Osvaldo Cruz e Vila Gerty), identificando os limites atuais de cada setor, e das S existentes. Após essa delimitação e com base na análise das cotas e das pressões estáticas, foram identificadas áreas passíveis de instalação de S. Nesse trabalho inicial foram identificadas um total de 18 áreas passíveis de instalação, sendo: 3 no Setor Santa Maria, 7 no Setor Osvaldo Cruz e 8 no Vila Gerty.

Verificou-se também neste estudo que algumas áreas de S existentes poderiam ser otimizadas, sendo englobadas por futuras válvulas a serem implantadas. Após ter sido feito o estudo dos três setores de abastecimento, duas áreas foram escolhidas para implantação das duas S definidas no trabalho. Essas áreas passaram a serem chamadas de Subsetor de. Esses Subsetores foram priorizados em função de: maiores índices de perdas, indicadores de Vaz/Km e pressões elevadas. As duas S instaladas chamam-se: Campos Salles (DN 150mm) e Flórida ( 200mm). A Flórida acabou englobando uma existente ( Prosperidade DN 150mm), sendo a Prosperidade desinstalada e ficando o DAE SCS ao final desta primeira etapa com 4 S em seus sistema de distribuição de água, duas existentes e duas a serem implantadas. Após a escolha das duas S, iniciam-se as atividades de campo. A primeira atividade é fazer o isolamento do Subsetor fazendo o fechamento da área através de registros de manobra. O ideal é que o Subsetor tenha apenas uma entrada, mas podem existir Subsetores com duas ou mais entradas. Todas as S existentes no DAE SCS tem apenas uma entrada de água para o Subsetor. Nesse trabalho de fechamento do Subsetor, a experiência mostra que muitas vezes é necessário realizar manutenções, trocar os registros de manobra que irão ser fechados, pois muitas vezes esses registros apresentam algum tipo de avaria ou até mesmo instalar algum registro para fazer o isolamento da área. Na figura abaixo temos um exemplo de registros que se encontram fechados e um registro a ser instalado para isolamento do Subsetor a ser posto em operação em São Caetano. A área preenchida na cor amarela está dentro da área de influência da. Figura 1.1 Registro que se encontram fechados para isolamento da área Na figura abaixo temos um exemplo do local de instalação de uma e que é a única entrada do abastecimento do Subsetor, na linha de DN 450mm. Figura 1.2 Entrada de água do Subsetor Após a realização do fechamento do Subsetor e não havendo nenhum problema de baixa pressão dentro ou fora do Subsetor, é feito um teste de estanqueidade, fechando a entrada de água para dentro do Subsetor, de

modo a comprovar que não há nenhuma outra entrada de água excluindo-se a principal e que os registros limites não estão dando passagem. Após a comprovação da estanqueidade do Subsetor, são instalados Data-Loggers para medição de vazão e pressão na entrada do Subsetor e medição de pressão em pontos internos ao Subsetor. Esses Data-Loggers ficam registrando esses dados por um período de no mínimo uma semana. Com base nas medições realizadas, é feito o dimensionamento de todo o sistema de redução e controle de pressões: Hidrômetro, filtro, by-pass, e o projeto executivo da. Figura 1.3 Projeto Executivo de uma instalada em São Caetano Antes da efetiva instalação da é feita uma modelagem teórica do retorno do investimento. Essa modelagem apresenta um retorno estimado da instalação. Se o resultado mostrado pela modelagem teórica for satisfatório, é dada seqüência na instalação da. Em caso negativo avalia-se a situação, podendo até descartar o Subsetor, uma vez que ele pode não ser viável. Fase 2 Implantação da Após ter sido concluída a Fase 1 Estudos e projetos, é dado o início da implantação da, através da execução da obra. Essa fase contempla as seguintes etapas: escavação da vala, instalação da montagem hidráulica, constituída da e by-pass, construção da caixa de abrigo, instalação do Controlador de. O Controlador de é um equipamento eletrônico capaz de controlar uma através de parâmetros de tempo (horário) ou vazão, sendo este último muitas vezes mais eficiente. Além de fazer o controle da, ele armazena os dados de vazão, pressão de montante e pressão de jusante da válvula. Por permitir o armazenamento dos dados, as equipes de campo acabam tendo uma maior agilidade nas tomadas de decisão em eventuais problemas, como um aumento da vazão mínima noturna ou um problema na própria válvula. Ao final deste trabalho são mostradas algumas fotos das instalações realizadas no DAE SCS. Fase 3 Pré-operação e comissionamento A Fase 3 Pré-operação e comissionamento é a fase em que se definem os parâmetros de regulagem em que a válvula trabalhará. Esses parâmetros são definidos com base nos estudos feitos anteriormente, medições de vazão e pressão na e ponto crítico (ponto de menor pressão dentro do Subsetor).

Para que a válvula trabalhe conforme os parâmetros é necessário realizar uma calibração da em campo, de forma a ajustar as pressões máximas e mínimas de operação através de um piloto de regulagem instalado na. Na tabela abaixo temos um exemplo dos parâmetros adotados para uma do DAE SCS: Quadro 1.2 Parâmetros de regulagem da Manoel Coelho MANOEL COELHO Vazão (m³/h) Pressão a ajustar (mca) 320 32 290 28 250 23 200 18 160 15 50 10 É com base nestes dados que a trabalhará. No caso desta, Manoel Coelho, ela trabalha em função da vazão. Para cada mudança de vazão registrada no Controlador, ele irá ajustar uma determinada pressão. No quadro acima, para uma vazão de 250 m³/h a irá ajustar uma pressão de 23 mca. Passada a calibração inicial da e após o ajuste fino da calibração, é realizado uma avaliação dos resultados obtidos antes e após a instalação da, comparando-se: volumes distribuídos em uma semana antes e após a instalação da e a vazão mínima noturna também antes e após a instalação da. Fase 4 Pesquisa de vazamentos Como foi dito anteriormente o objetivo de uma instalação de uma é reduzir a pressão dentro de um Subsetor. Como conseqüência temos uma redução do volume de água perdido através dos vazamentos. Para melhorar a eficiência de uma instalação de uma, após a calibração e avaliação do retorno com a implantação da, é realizada uma pesquisa de vazamentos não visíveis dentro do Subsetor. Procedendo-se desta forma estamos localizando os vazamentos existentes, consertando-os e diminuindo o volume que era perdido através deles, gerando uma nova diminuição na vazão mínima noturna da e conseqüentemente uma nova diminuição no volume perdido através dos vazamentos. A diferença em se fazer uma pesquisa dentro de uma área protegida por é que estamos garantindo que novos vazamentos demorem a surgir, pois temos a principal causa dos vazamentos (pressão interna em uma tubulação) controlada. Conforme o exposto na metodologia acima, temos algumas vantagens em se aplicar tal procedimento: atuar diretamente na causa dos vazamentos (pressão interna em uma tubulação), ter um melhor controle da área uma vez que temos Data-Loggers monitorando vazão e pressão em todo o tempo, e com isso qualquer problema que ocorra o tempo para tomada de decisão é menor e garante uma longevidade dos resultados já que além de estarmos reduzindo a pressão e localizando vazamentos dentro de uma área com pressões reduzidas e controladas e que, portanto novos vazamentos demorarão um maior tempo para surgir. Resultados: No início dos trabalhos de instalação das S, foram definidas um total de 18 S para proteger toda a extensão de rede do Município de São Caetano do Sul. Em um primeiro plano, foram instaladas duas S, Campos Salles e Flórida, outras duas S já existentes foram colocadas novamente em

operação, Nestor Moreira e Tocantins e uma foi desativada, Prosperidade. Com o sucesso dos trabalhos desenvolvidos na primeira etapa, foi instalada uma nova, Manoel Coelho. Esta última é a que apresenta a maior extensão de rede e a que apresenta os melhores resultados. Portanto do total de 18 S, foram instaladas 3 S, restando ainda restando ainda 15 S, sendo 1 no Setor Santa Maria, 6 no Setor Osvaldo Cruz e 8 no Setor Vila Gerty. Abaixo temos uma figura que mostra o Município de São Caetano do Sul com as S em operação e as 15 S a serem instaladas, representadas na cor azul claro. Figura 1.4 Município de São Caetano do Sul 5 S operando e 15 S a instalar SISTEMA SANTA MARIA 1 - SM FLÓRIDA ALTO SANTA MARIA BAIXO ALTO SANTA MARIA SISTEMA OSVALDO CRUZ 2 - OC 1 - OC 6 - OC 1 - VG SANTA MARIA 8 - VG SISTEMA VILA GERTY BAIXO ALTO OSVALDO CRUZ ALTO VILA GERTY 6 - VG 3 - OC 2 - VG 7 - VG 5 - VG 5 - OC MANOEL COELHO 4 - OC 3 - VG ALTO V. GERTY 4 - VG do Sul. No gráfico abaixo temos uma ilustração do potencial para instalação de outras S em São Caetano Figura 1.5 Potencial de instalação de novas S POTENCIAL PARA INSTALAÇÃO DE 'S EM SÃO CAETANO DO SUL 200 160 120 80 40 0 Nº DE S EXTENSÃO DE REDE PROTEGIDA IMPLANTADAS A IMPLANTAR Como foi mencionada na metodologia, a instalação de uma tem o objetivo de reduzir a pressão dentro de uma área, e com isso diminuir o volume perdido através dos vazamentos. No gráfico abaixo temos um comparativo das pressões médias antes e após a instalação da. Nota-se uma grande diminuição das pressões médias dentro do Subsetor, em especial para a Manoel Coelho que foi a com os melhores resultados.

Figura 1.6 Pressão média do Subsetor Antes e após a instalação das S 50 Pressões média do Subsetor - Antes e depois da 40 Pressão (mca) 30 20 10 0 23 Nestor Moreira 38 24 Tocantins 35 Subsetor Após a 20 Campos Salles 42 42 29 20 50 Flórida Manoel Coelho Subsetor Antes da Para exemplificar melhor o resultado da diminuição da pressão em um Subsetor, tem-se no gráfico abaixo a situação das pressões no Subsetor da Manoel Coelho, também antes e após a instalação da. Nota-se que após a instalação da, a maior pressão registrada no ponto que apresenta as maiores pressões dentro do Subsetor (ponto de máxima), é praticamente igual a menor pressão registrada no ponto crítico (ponto de menor pressão dentro do Subsetor) antes da instalação da. Gráfico 1.1 Pressões antes e após a instalação da Manoel Coelho Antes da instalação da - Manoel Coelho Ponto de Ponto Pressão Entrada Saída Máxima Crítico Média Entrada Saída Depois da instalação da - Manoel Coelho Ponto de Máxima Ponto Crítico Pressão Média Pressão Máx. (mca) Pressão Mín. (mca) 48 46 59 40 49 Pressão Máx. (mca) 29 37 40 26 28 Pressão Mín. (mca) 47 22 31 13 22 39 13 25 9 16

operação. A seguir são apresentados os resultados obtidos nas vazões das S instaladas e recolocadas em Quadro 1.3 Resultados obtidos nas vazões das S nas três situações ADEQUAÇÃO NESTOR TOCANTINS CAMPOS SALLES FLORIDA MANOEL COELHO VOLUME 4.992,24 7.072,50 8.424,54 20.241,67 38.551,00 Q MÍNIMA NOTURNA 17,00 23,00 18,00 55,00 168,00 FATOR DE PESQUISA 0,57 0,54 0,36 0,46 0,73 ADEQUAÇÃO NESTOR TOCANTINS CAMPOS SALLES FLORIDA MANOEL COELHO VOLUME 4.223,98 6.404,11 6.939,50 16.446,10 28.993,00 Q MÍNIMA NOTURNA 11,00 18,60 13,00 38,00 100,00 FATOR DE PESQUISA 0,44 0,48 0,31 0,39 0,58 SITUAÇÃO ANTES DA CALIBRAÇÃO DA SITUAÇÃO APÓS DA CALIBRAÇÃO DA SITUAÇÃO APÓS CALIBRAÇÃO E PESQUISA DE VAZAMENTOS ADEQUAÇÃO NESTOR TOCANTINS CAMPOS SALLES INSTALAÇÃO INSTALAÇÃO INSTALAÇÃO FLORIDA MANOEL COELHO VAZAMENTOS DETECTADOS E REPARADOS - - 21 29 53 VOLUME - - 6.281,20 14.306,80 18.865,00 Q MÍNIMA NOTURNA - - 6,00 30,00 44,00 FATOR DE PESQUISA - - 0,16 0,35 0,39 A seguir é apresentado um gráfico de vazão da Manoel Coelho em que mostra as três situações, antes da instalação da, após a calibração da e após a calibração e pesquisa e vazamentos. Nota-se que houve uma diminuição no volume distribuído, na vazão mínima noturna, no fator de pesquisa conforme exemplificado no quadro acima. Gráfico 1.2 Manoel Coelho Vazão nas três situações Antes da calibração Após a calibração Após a calibração e após a pesquisa

No quadro a seguir temos os retornos do investimento com a instalação e operação das S. Nota-se que as S instaladas tem um retorno previsto na pior situação de aproximadamente 10 meses e que a melhor situação tem um retorno de aproximadamente 2 meses. Quadro 1.4 Volume recuperado e retorno do investimento NESTOR TOCANTINS CAMPOS SALLES FLORIDA MANOEL COELHO ETAPA 1 (m³/mês) 3.073,04 2.673,56 5.940,16 15.182,28 38.232,00 ETAPA 2 (m³/mês) - - 2.633,20 8.557,20 40.512,00 TOTAL (m³/mês) 3.073,04 2.673,56 8.573,36 23.739,48 78.744,00 VOLUME RECUPERADO ADEQUAÇÃO RETORNO DO INVESTIMENTO ADEQUAÇÃO NESTOR TOCANTINS CAMPOS SALLES INSTALAÇÃO INSTALAÇÃO FLORIDA MANOEL COELHO ECONOMIA MENSAL R$ 2.181,86 1.898,23 6.087,09 16.855,03 55.908,24 INVESTIMENTO R$ - - 65.988,54 90.834,88 126.707,03 RETORNO MESES - - 10,84 5,39 2,27 Considerações Finais: A redução de perdas físicas através do controle e redução de pressões e eliminação de vazamentos é uma ferramenta de grande eficácia por atuar na causa geradora dos vazamentos que são as pressões elevadas e as grandes oscilações de pressões. Porém vale salientar, que esta metodologia de combate a perdas deve ser aplicada em locais que favoreçam a sua implantação ou seja, que apresentem situações topográficas e de abastecimento adequados e que viabilizem a maximização de resultados tanto em volume recuperado como retorno do investimento. Bibliografia: 1. ENOPS ENGENHARIA LTDA. Relatórios de implantação do sistema de redução e controle de pressões Campos Salles / Flórida / Nestor Moreira / Tocantins / Manoel Coelho. São Paulo: 2003