CIELO S.A. CNPJ/MF 01.027.058/0001-91 Comunicado ao Mercado ICVA REGISTRA CRESCIMENTO DE 1,9% PARA O VAREJO EM JUNHO O indicador é calculado a partir da receita de vendas do comércio varejista deflacionada pelo IPCA em comparação com junho de 2014 A receita de vendas do comércio varejista ampliado apresentou alta de 1,9% em junho, já descontada a inflação, na comparação com o mesmo mês do ano passado. É o que aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta quarta-feira (15). Em maio, o crescimento foi de 0,4%, também em relação ao mesmo mês de 2014. O resultado de junho foi beneficiado pela base de comparação. Em 2014, o mês foi impactado negativamente pelos feriados em dias de jogos da Copa do Mundo. 1
Algumas capitais tiveram feriado em todos os dias de jogos na cidade, enquanto outras decretaram recesso em dias de partidas da seleção brasileira. Além do efeito dos feriados da Copa, o mês de junho de 2015 também contou com uma terça-feira a mais e um domingo a menos que o mesmo mês de 2014, o que contribuiu positivamente para o aumento na receita de vendas no período. Ao todo, a soma dos efeitos de calendário impactou positivamente em 1,3 ponto percentual o ICVA de junho de 2015. Sem o impacto dos feriados e da troca de dias da semana, junho teria registrado alta no varejo de 0,6% em relação ao mesmo período de 2014. Em maio, com os ajustes de calendário, o crescimento seria de 0,7%, na mesma base de comparação. Os números mostram, portanto, que o ritmo de crescimento registrado no mês passado foi mantido em junho. A mesma conclusão pode ser obtida na análise dos indicadores nominais (sem o desconto da inflação). O ICVA nominal de junho registrou crescimento de 8,3% na comparação com junho de 2014. Em maio, a alta foi de 6,5%, também na comparação com o mesmo mês do ano passado. Com os ajustes de calendário, o ICVA nominal de junho teria registrado alta de 6,9%, número idêntico ao de maio, no mesmo conceito. DIA DOS NAMORADOS Ao isolarmos os resultados das vendas do Dia dos Namorados, o indicador registrou crescimento de 10,5% na comparação com o ano passado. O percentual abrange a receita de vendas do varejo brasileiro no período de 10 a 12 de junho. A alta pode ser explicada, principalmente, pelo fato de o dia 12 de junho do ano passado ter marcado a abertura da Copa do Mundo - feriado em várias regiões do país e, portanto, dia de baixo movimento para o varejo. A Copa também influenciou o comportamento de compra do período. Enquanto que, em 2014, o setor de Artigos Esportivos registrou alta expressiva na receita nominal de vendas entre os dias 10 e 12 de junho, neste ano, apresentou retração de 26,5%. O destaque positivo do Dia dos Namorados de 2015 fica para o setor de Óticas e Joalherias, que cresceu 21,7% em valores nominais na comparação com 2014. Logo atrás, veio o segmento de Bares e Restaurantes, com alta de 15,6%, na mesma base de comparação. INFLAÇÃO O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apurou alta de 8,9% em junho no acumulado dos últimos 12 meses, acelerando em relação aos 8,5% de maio. Considerando apenas os setores que compõem o ICVA, a inflação foi de 6,3% no período. Para garantir a precisão e fidelidade do indicador, alguns itens que compõem a inflação oficial do IPCA não são considerados para o cálculo do ICVA deflacionado, já que não fazem parte da 2
cesta de compras do varejo ampliado por exemplo, energia elétrica, aluguel e condomínio, que têm apresentado inflação acima da média dos demais itens. Considerando a inflação para os setores que compõem o ICVA, a alta para alimentos, de 9,3% em junho no acumulado dos últimos 12 meses acima da média do IPCA para o mesmo período, impactou os setores de Supermercados e Hipermercados e Varejo Alimentício Especializado. SETORES Em junho, o segmento de Turismo cresceu acima da média em relação ao mesmo mês do ano passado. O setor também registrou aceleração em relação a maio de 2015. Já os setores de Lojas de Departamento, Eletroeletrônicos e Móveis e Decoração puxaram o crescimento do varejo para baixo. Os três segmentos apresentaram retração na comparação com junho de 2014, embora tenham registrado uma pequena melhora, com aceleração, em relação a maio deste ano. O setor de Vestuário é outro que impactou negativamente o crescimento do varejo em junho, embora tenha registrado alta superior a zero na comparação com junho do ano passado. Supermercados e Hipermercados teve uma desaceleração significativa em relação a maio de 2015. O setor chegou a registrar retração em junho em relação ao mesmo mês de 2014 pelo ICVA deflacionado. Por fim, conforme já comentado, o setor de Artigos Esportivos é outro destaque negativo - registrou queda expressiva na receita de vendas na comparação com junho de 2014, efeito da base de comparação com as vendas relacionadas à Copa do Mundo. REGIÕES O Nordeste, novamente, liderou o crescimento do ICVA deflacionado, com alta de 2,2% sobre junho de 2014. Em seguida, estão as regiões Norte e Sul, ambas com crescimento deflacionado de 2,1% para junho em relação ao mesmo mês de 2014. Na quarta colocação, está a região Sudeste, com crescimento de 1,7% na mesma base de comparação. A região Centro-Oeste ocupa a última posição, com crescimento de 0,5% em junho, em valores deflacionados. Assim como em maio, a região foi novamente impactada pela inflação, que ficou acima da média nacional. Pelo ICVA nominal, o Centro-Oeste registrou um crescimento de 8,4% na comparação com junho de 2014. 3
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SEGUNDO TRIMESTRE DE 2015 5
O ICVA encerrou o segundo trimestre de 2015 com crescimento de 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado, depois de descontada a inflação. O indicador registra, portanto, o mesmo ritmo de crescimento observado no primeiro trimestre, quando tivemos alta de 1,3% no índice deflacionado. O indicador nominal, que considera a receita de vendas sem o desconto da inflação, registrou alta de 7,3% no período, ante os 7,5% de crescimento do primeiro trimestre de 2015, ambos na comparação com o mesmo período do ano anterior. O grupo de setores de consumo de bens não duráveis e com giro rápido - como Varejo Alimentício em Geral, Drogarias e Farmácias, Postos de Combustíveis, Padarias, Lojas de Cosméticos, entre outros sustentou o crescimento do varejo no segundo semestre de 2014 e também no primeiro trimestre de 2015. Porém, no segundo trimestre de 2015, o segmento apresentou sinais de deterioração no volume de receita de vendas, principalmente em Supermercados e Hipermercados. Os setores que comercializam itens duráveis e semiduráveis tais como Vestuário, Eletroeletrônicos, Lojas de Departamento, Materiais de Construção, entre outros continuaram puxando o crescimento do varejo para baixo no segundo trimestre de 2015, com desaceleração também em relação ao primeiro trimestre do ano. O grupo de setores que acelerou no segundo trimestre de 2015 foi o relacionado à cesta de serviços. Na média, cresceu bem acima do ICVA para o período. A composição do grupo, entretanto, é bastante heterogênea. Em uma ponta, está o setor de Bares e Restaurantes, que registrou retração nas vendas no último trimestre. Em outra, o setor de Turismo, com um crescimento e aceleração expressivos no mesmo período. PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015 6
O ICVA do primeiro semestre de 2015 aponta a manutenção da trajetória de desaceleração do varejo, que se iniciou no primeiro semestre de 2014. O índice deflacionado do último semestre ficou em 1,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. No segundo semestre de 2014, o crescimento foi de 3,4%. Os números nominais apontam resultados na mesma linha, com crescimento de 7,4% neste primeiro semestre e de 9,7% no semestre anterior. Nos primeiros seis meses de 2015, houve desaceleração em quase todos os setores do varejo na comparação com o mesmo período do ano passado. As exceções ficaram com o setor de Drogarias e Farmácias, que se manteve com crescimento deflacionado acima de dois dígitos, e o setor de Turismo, que acelerou. Os setores de venda de bens não duráveis sustentaram o crescimento do varejo no semestre. Entretanto, no segundo trimestre, esse grupo também sofreu desaceleração em relação aos primeiros três meses do ano. SOBRE O ICVA O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro de acordo com a sua receita de vendas, com base em um grupo de mais de 20 setores mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes varejistas. O peso de cada setor dentro do resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês. O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com base nas vendas realizadas nos mais de 1,6 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à companhia. A proposta do Índice é oferecer mensalmente uma fotografia do desempenho do comércio varejista do país a partir de informações reais. COMO É CALCULADO A gerência de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento, como a variação de market share, bem como isolar os efeitos da substituição de cheque e dinheiro no consumo dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda. Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas. 7
Barueri, 15 de julho de 2015. CLOVIS POGGETTI JUNIOR Vice-presidente Executivo de Finanças e Diretor de Relações com Investidores Sobre a Cielo A Cielo S.A. (Bovespa: CIEL3 OTCQX: CIOXY) é a empresa líder em soluções de pagamentos eletrônicos na América Latina e uma das maiores do mundo em seu segmento. Responsável por credenciar os estabelecimentos comerciais a aceitarem pagamentos com cartões, além das outras etapas da cadeia - captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações -, a Cielo captura as principais bandeiras do Brasil e do mundo. Em 2014, mais de 5,6 bilhões de transações passaram pelas máquinas da companhia. Com um posicionamento multisserviço, multibandeira e multicanal - presente seja no ponto de venda, no mobile ou no e-commerce -, a Cielo tem como missão ser referência internacional no que ela faz. Uma empresa de serviços que tem a inovação em seu DNA, orientada para resultados, a Cielo entrega um portfólio de produtos e soluções que agregam valor ao negócio dos lojistas, microempreendedores e profissionais liberais - além da maior força comercial do mercado, atendimento de qualidade e logística eficiente, premissas da excelência para o cliente. A companhia investe continuamente em tecnologia e conta com o parque de equipamentos mais moderno do mercado, distribuído em 1,6 milhão de pontos de venda ativos em todos os seus canais - comércio físico ou virtual, pela máquina, pelo celular o pela internet, presente de ponta a ponta em toda a cadeia de pagamentos eletrônicos. 8