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1. Grandezas luminotécnicas 1.1 Fluxo luminoso O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma fonte na unidade de tempo. Designa-se pelo símbolo, e a sua unidade o lúmen (lm). Da definição de lúmen obtêm-se a expressão = l. Ω. 1.2 Intensidade luminosa Lâmpadas diferentes têm diferentes capacidades de iluminação, sendo que o sol tem o maior poder de iluminação em relação a qualquer lâmpada, isto é, é maior a sua potência luminosa. A esta capacidade ou potência luminosa chama-se intensidade luminosa, cujo símbolo é o I. A unidade referida no Sistema Internacional de Unidades (S.I.), para a intensidade luminosa, é a candela (cd). As fontes luminosas não emitem uniformemente em todas as direcções, assim é necessário conhecer a intensidade luminosa em cada direcção e representá-la através do diagrama fotométrico. O ponto x por exemplo corresponde a uma direcção de 80º e tem uma intensidade luminosa de 350 cd. 1.3 Iluminância Iluminância ou intensidade de iluminação de uma superfície é o fluxo luminoso recebido na superfície, por unidade de área: 1 Sendo E a iluminância, o fluxo luminoso e S a superfície iluminada. A unidade de intensidade de iluminação é o lux (lx). Na prática, é a quantidade de luz dentro de um ambiente, e pode ser medida com o auxílio de um luxímetro. Como o fluxo luminoso não é distribuído uniformemente, a iluminância não será a mesma em todos os pontos da área em questão. Luxímetro Baseado em pesquisas realizadas há níveis de Iluminância recomendados para interiores. Por exemplo: sala de leitura (biblioteca) 500 lux. Sala de aula (escola) 300 lux.

1.4 Luminância 2 A luminância é a intensidade luminosa produzida ou reflectida por uma superfície existente. A distribuição da luminância no campo de visão das pessoas numa área de trabalho, proporcionada pelas várias superfícies dentro da área (luminárias, janelas, tecto, parede, piso e superfície de trabalho), deve ser considerada como complemento à determinação das iluminâncias (lux) do ambiente, a fim de evitar ofuscamento. 3. Características gerais das lâmpadas As características gerais de uma lâmpada são as seguintes: Tensão nominal tensão de funcionamento para a qual a lâmpada foi fabricada, cuja unidade é o Volt; Potência nominal é a potência absorvida pela lâmpada quando funciona à tensão nominal, cuja unidade é o Watt; Fluxo luminoso quantidade de luz que a lâmpada emite por unidade de tempo, a unidade é o lúmen; Rendimento luminoso fluxo luminoso emitido por unidade de potência absorvida, indicada por lúmen/watt; Consumo luminoso potência elétrica consumida por unidade de fluxo emitido; Vida útil É definida como o tempo em horas, no qual cerca de 20% a 25% do fluxo luminoso das lâmpadas testadas foi reduzido, cuja unidade é a hora. Depreciação do fluxo luminoso Ao longo da vida útil da lâmpada, é comum ocorrer uma diminuição do fluxo luminoso que sai da luminária, por motivo da própria depreciação normal do fluxo da lâmpada e devido ao acumular de poeira sobre as superfícies da lâmpada e do reflector. Este factor deve ser considerado

no cálculo do projecto de iluminação, a fim de preservar a iluminância média (lux) projectada sobre o ambiente ao longo da vida útil da lâmpada. Temperatura de cor expressa a aparência de cor da luz emitida pela fonte de luz. A sua unidade de medida é o Kelvin (K). Quanto mais alta a temperatura de cor, mais clara é a tonalidade de cor da luz. Quando falamos em luz quente ou fria, não estamos a referimo-nos ao calor físico da lâmpada, mas sim à tonalidade de cor que ela apresenta ao ambiente. Luz com tonalidade de cor mais suave torna-se mais aconchegante e relaxante, luz mais clara torna-se mais estimulante. Índice de Reprodução de Cor (IRC) Este índice quantifica a fidelidade com que as cores são reproduzidas sob uma determinada fonte de luz. A capacidade da lâmpada reproduzir bem as cores (IRC) é independente da sua temperatura de cor (K). Numa residência devemos utilizar lâmpadas com boa reprodução de cores (IRC acima de 80), pois esta característica é fundamental para o conforto e beleza do ambiente. Diagrama fotométrico ou diagrama polar é a distribuição da intensidade luminosa no espaço envolvente da lâmpada. 4. Tipos de lâmpadas As lâmpadas dividem-se essencialmente em três grandes grupos: lâmpadas de incandescência, lâmpadas de descarga, lâmpadas mistas e lâmpadas led. 3 Lâmpadas de incandescência Lâmpadas de descarga Lâmpadas de néon. Lâmpadas de vapor de sódio de baixa e alta pressão. Lâmpadas de vapor de mercúrio de baixa pressão (fluorescentes) e de alta pressão. Lâmpadas de iodetos metálicos. Lâmpadas mistas Lâmpadas LED 4.1. Lâmpada de incandescência É constituída por um filamento de tungsténio alojado no interior de uma ampola de vidro preenchida com gás inerte. Quando da passagem da corrente eléctrica pelo

4 filamento, os electrões chocam com os átomos de tungsténio, liberando energia que se transforma em luz e calor. Características da lâmpada incandescente: Temperatura do filamento superior a 2000º C; Vida útil: em média 1 000 horas de funcionamento; Índice de restituição de cor: possui geralmente um IRC de100; Rendimento luminoso (lm/w): têm o menor rendimento luminoso de todas as lâmpadas (cerca de 17 lm/w); Temperatura de cor: 2700 K. 4.2. Lâmpada de halogéneo Como as lâmpadas de incandescência, as lâmpadas de halogéneo possuem um filamento que emite luz com a passagem da corrente eléctrica. Parte do filamento, que é constituído por átomos de tungsténio, evapora-se durante o processo. Nas lâmpadas de incandescência convencionais, os átomos de tungsténio depositamse na superfície interna da ampola, o que significa que a ampola deverá ser suficientemente grande para evitar o seu rápido escurecimento. Já as lâmpadas de halogéneo, são preenchidas com gases inertes e halogéneo (iodo, cloro, bromo) que capturam os átomos de tungsténio e os transportam de volta para o filamento. Com isto, o tamanho da lâmpada pode ser reduzido significativamente, emitindo uma luz mais brilhante e tendo uma maior durabilidade. Em termos de economia, as lâmpadas de halogéneo oferecem mais luz com potência menor ou igual à das incandescentes comuns, além de possuírem uma vida útil mais longa, variando entre 2000 e 4000 horas. O invólucro é de quartzo, que tem a propriedade de absorver todo e qualquer componente que se armazene nele. Portanto, caso necessite de manusear o produto sem uso de luvas, limpe-o com um pano seco antes do primeiro acendimento, caso contrário, a oleosidade da pele ou as impurezas mancharão o bolbo. São usadas em projectores com diversas aplicações interiores e exteriores e particularmente nos faróis dos automóveis. 4.3. Lâmpada de néon Os tubos de néon utilizados em anúncios são de vidro e contêm um gás rarefeito (néon, néon com vapor de mercúrio) dentro da ampola com dois eléctrodos nas extremidades. Ao aplicar aos eléctrodos uma tensão suficientemente elevada, o tubo ilumina-se com uma cor que depende do gás utilizado.

A tensão necessária para o funcionamento do tubo depende do comprimento do tubo, do seu diâmetro, bem como do gás utilizado. Geralmente são necessários entre 300V a 1000V por metro de tubo. A tensão é obtida directamente da rede ou intercalando um transformador. 4.4. Lâmpada de vapor de sódio de baixa pressão Esta lâmpada é constituída por uma ampola, dentro da qual existe um tubo de descarga com gás (néon ou árgon) e sódio depositado nas suas paredes. A ionização do gás desta lâmpada tem de ser feita com uma tensão relativamente elevada (superior à da rede), pelo que se utiliza para o seu arranque um transformador. É utilizada em iluminação de estradas, túneis, zonas ao ar livre, etc. Características da lâmpada: Emite praticamente uma só cor (amarelo alaranjado); Não permite a distinção das cores dos objectos que ilumina (fraco índice de restituição de cor); Tem uma elevada eficiência luminosa, da ordem de 150 lm/w; Tem uma vida útil elevada, cerca de 9000 horas; Tem um arranque lento, demorando entre 7 a 15 minutos a atingir o funcionamento normal. 4.5. Lâmpada de vapor de sódio de alta pressão Tem uma elevada eficiência luminosa até 140 lm/w, longa durabilidade e, consequentemente, longos intervalos para reposição, são sem dúvida a garantia de uma das mais económicas fontes de luz. Estas lâmpadas diferem pela emissão de luz branca e dourada, indicada para iluminação de locais onde a reprodução de cor não é um factor importante. Amplamente utilizadas na iluminação externa, em avenidas, auto-estrada, viadutos, complexos viários etc., têm o seu uso ampliado para áreas industriais, siderúrgicas e ainda para locais específicos como aeroportos, estaleiros, portos, ferrovias, pátios e estacionamentos. 5

6 4.6. Lâmpada de vapor de mercúrio de baixa pressão (fluorescente) Ao aplicar-se a tensão da rede a descarga dentro da ampola não é feita imediatamente. Entre as duas lâminas do arrancador (A) (que estão muito próximas) vai saltar um arco eléctrico que provoca o aquecimento das lâminas e a sua deformação, fechando-se por ele o circuito. Com as lâminas do arrancador (A) em contacto e tendo desaparecido o arco eléctrico, as lâminas arrefecem e têm tendência a voltar à sua posição inicial ou seja, voltam a abrir. Quando isso acontece, a interrupção brusca da corrente provoca no balastro (B) o aparecimento de uma força electromotriz induzida que, somada à tensão da rede, fica aplicada à ampola sendo suficiente para provocar a descarga no tubo. Nesta altura a corrente passa por dentro da lâmpada entre os dois filamentos (F) de tungsténio da lâmpada, e o balastro (B) exerce a sua segunda função que é a de limitador da corrente. A ampola é revestida interiormente por pó fluorescente e tem no seu interior árgon e vapor de mercúrio a baixa pressão. As substâncias fluorescentes do tubo têm a função de transformar as radiações invisíveis (ultravioletas) emitidas em radiações visíveis. NOTA: Actualmente o arranque das mais recentes lâmpadas fluorescentes faz-se com recurso a balastros electrónicos que substituem os balastros electromagnéticos e arrancadores convencionais, possibilitando uma maior economia de energia, conforto e durabilidade. 4.7. Lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão Esta lâmpada tem dentro do tubo de descarga vapor de mercúrio e árgon e quatro eléctrodos: dois principais e dois auxiliares. A luz desta lâmpada é caracterizada por falta de radiações vermelhas, tomando uma cor branca azulada, este inconveniente pode ser melhorado com a junção em série de um filamento de tungsténio, originando a chamada lâmpada mista. Tem grande aplicação na iluminação de estradas, aeroportos, grandes naves industriais e geralmente em grandes espaços exteriores.

4.8. Lâmpada mista Características da lâmpada: Eficiência luminosa (média): 50 a 60 lm/w; Vida útil (elevada): cerca de 9 000 horas; Índice de restituição de cor: 40 a 48 conforme o modelo. Como o próprio nome diz, são lâmpadas compostas de um filamento ligado em série com um tubo de descarga. Funcionam em tensão de rede 230V, sem uso de reactância. O filamento de tungsténio vem também substituir o balastro na limitação da corrente em funcionamento normal. São, em regra, alternativas de maior eficiência para substituição de lâmpadas de incandescência de altas potências. Possui IRC 61 a IRC 63 conforme o modelo, cor amarela e eficiência luminosa até 22 lm/w. Relativamente à de incandescência, esta lâmpada é mais cara, possui uma eficiência luminosa um pouco mais elevada, um espectro luminoso mais equilibrado e com uma vida útil cerca de cinco vezes maior. É utilizada frequentemente em iluminação interior, na substituição da lâmpada de incandescência. 4.9. Lâmpada de iodetos metálicos São lâmpadas que combinam iodetos metálicos, apresentando altíssima eficiência energética e excelente índice de reprodução de cor. Com uma luz, extremamente branca e brilhante, realça e valoriza espaços e ilumina com intensidade, além de apresentar longa durabilidade e baixa carga térmica. Alta Potência: Para a iluminação de grandes áreas, com níveis de iluminância elevados e, principalmente, em locais onde a alta qualidade de luz é primordial, as lâmpadas de iodetos metálicos de 250 a 3500W são as ideais. Apresentam durabilidade variada e eficiência energética de até 100 lm/w. São indicadas para iluminação de estádios de futebol, ginásios poli desportivos, piscinas cobertas, indústrias, supermercados, salas de exposição, salões, salões 7

8 de teatros e hotéis, fachadas, praças, monumentos, aeroportos, locais onde ocorrem filmagens e filmagens externas. Baixa Potência: Baseando-se nas características das lâmpadas de iodetos metálicos de alta potência, foram desenvolvidas as de baixa potência de 70 a 400W. Todas, sem excepção, apresentam pequenas dimensões, alta eficiência, ótimo índice de reprodução de cor, vida útil longa e baixa carga térmica. Cada uma, dentro de sua característica, é recomendada tanto para uso interno como externo, na iluminação geral ou localizada. Ideais para shopping centers, lojas, vitrinas, hotéis, stands, museus, galerias, jardins, fachadas e monumentos. 4.10. Lâmpadas LED O LED é um componente eletrónico capaz de emitir luz. LED é a sigla para Light Emitting Diode (Díodo Emissor de Luz). Quando se aplicada ao LED uma tensão que o polarize directamente ocorre que muitos electrões não têm energia suficiente para passarem da banda de valência à banda de condução, ficando na zona proibida. Como não podem permanecer nessa zona, retornam à banda de valência tendo para esse efeito de perder energia, e ao fazê-lo emitem luz (fotões). O LED pode ser de baixa (0,1W), média (0,2W a 0,5W) ou de alta potência (acima dos 0,5W). Em geral, os de baixa e média potência são utilizados para sinalização e efeitos decorativos, e os de alta potência são aplicados na iluminação geral. Vantagens dos LED Têm uma maior vida útil, cerca de 50.000 horas, e consequente baixa manutenção; Muito baixo consumo, e com uma eficiência energética de 50 lúmen/watt; Não emitem luz ultravioleta sendo ideais para aplicações onde este tipo de radiação é indesejada, como por exemplo, quadros e obras de arte; Não emitem radiação infravermelha, pelo que o seu feixe luminoso é frio; Bastante resistente a impactos e vibrações: Utiliza tecnologia de estado sólido, portanto, sem filamentos e sem vidro, o que aumenta a sua robustez;

Maior segurança, já que trabalham em baixa tensão (< 33V), proporcionando segurança para os utilizadores durante a sua instalação e utilização. Desvantagens do LED Custo de aquisição elevado, caso a aplicação seja desadequada; O índice de restituição de cor (IRC) pode não ser o mais adequado; Necessidade de dispositivos de dissipação de calor, nos leds de alta potência (a quantidade de luz emitida pelo led diminui com o aumento da temperatura). 9 5. Sistemas de iluminação Iluminação directa Iluminação semidirecta Iluminação difusa ou mista Iluminação semiindirecta Iluminação indirecta A totalidade do fluxo luminoso emitido é dirigido sobre a superfície a iluminar. A maior parte do fluxo é dirigido para a superfície a iluminar (60 a 90%), dirigindose o restante noutras direcções. O fluxo luminoso distribui-se em todas as direcções. Cerca de 60 a 90% do fluxo luminoso é dirigido para o tecto. Neste tipo de iluminação 90 a 100% do fluxo luminoso é dirigido para o tecto. Evita que haja grandes perdas por absorção no tecto e paredes. Produz grandes sombras e encandeamento. Neste caso o contraste sombra-luz não é tão acentuado como no sistema de iluminação directa. Não há praticamente zonas de sombra nem encandeamento. Uma boa parte do fluxo luminoso chega à superfície a iluminar por reflexão no tecto e paredes. Evita praticamente o encandeamento. Tem a desvantagem de proporcionar um baixo rendimento luminoso devido às elevadas perdas por absorção no tecto e paredes. Anula o encandeamento. Tem um rendimento luminoso muito baixo devido às elevadas perdas por absorção no tecto e paredes. 5.1. Luminárias Luminária é um suporte de iluminação onde se montam as lâmpadas, mas estas são consideradas à parte.

10 Além de servirem para suportar as lâmpadas, as luminárias também têm outros componentes que protegem as lâmpadas e modificam a luz emitida por estas. Dois desses dispositivos são os difusores e os reflectores. 5.1.1. Difusor Evita que a luz seja enviada directamente da lâmpada para os objectos ou pessoas. Uma lâmpada de incandescência vulgar não tem difusor, embora o vidro possa produzir um pouco esse efeito. Por não ter difusor, este tipo de iluminação produz um forte contraste claro-escuro entre as zonas iluminadas e as não iluminadas. Em muitos casos este efeito não é muito agradável e é preferível uma luz mais suave. Neste caso, a própria lâmpada pode vir revestida interiormente de um pó branco que espalha a luz em várias direcções, esbatendo o contraste entre o claro e o escuro. Noutros casos, os difusores são externos à lâmpada, mas a sua função é similar. 5.1.2. Refletor Um refletor é uma superfície existente no interior duma luminária e que reflecte a luz. A luz é melhor aproveitada, pois a porção da luz emitida para cima, no caso duma lâmpada pendurada no tecto, é reenviada para baixo. Os reflectores podem ser espelhos. Há lâmpadas que são espelhadas no seu próprio interior. Bibliografia Tecnologias da Electricidade 10º ano Vol. II, José Vagos Carreira Matias, Didáctica Editora. http://www.prof2000.pt/users/lpa http://www.prof2000.pt/users/eta/iluminacao.htm